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z
ou
PELO
SEGUNDA EDIÇÃO
Revista pelo auto!'
R E I M P R I M A T U R
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APPROVAÇÃO
de S. Excia. Revma. D. Carloto da Silva Tavo ra,
DD. Bispo de Caratinga
H umilde servo
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INTRODUCÇÃO
•
• •
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- 1
P. /ulio Maria
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PRIMEIRA POLEMICA
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A prophecla de S. :Malachlas 9-
in caelo. •
PAPA P
I O X
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O Anjo da Luz
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A prophecla de S. Malachlas ------ 11 --
.
PAPA PAULO V I I
PAPA LE Ã O XI V
IV - Conclusão
Eis uma prophecia que mere�e a applicação
das palavras do apostolo : Prophetias nolite sper
nere. Não desprezeis as prophecias. Examinae
tudo; e abraçae o que fôr bom ( 1 Ts 5, 20, 2 1 ) .
A Egreja n ão declarou taes prophecias ver
dades de fé; póde-se acreditar nellas e póde-se
tambem rejeitá-las.
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O Anjo da Luz
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A prophecla de S. Haia.chias
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SEGUNDA POLEMICA
VARIAS ELUCIDAÇOES
A. A.
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Origem da raça humana -------�-- 19 -
1 - Respostas
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Origem da ·raça huma.Da ------ 21 -
carar a invenção.
Ora, temos de acceitar a historia da "Creação
tal qual ella é narrada pelo historiador inspirado,
que é Moysés, ou temos de negar toda a antigui
dade, desde a creação do mundo até Jesus Chris
to, porque a tal historia é provada pela dos outros
povos: assyrios, egypcios, ethyopes, tarsos, per
sas, amalecitas, chaldeus, etc., etc.
E depois, para negar uma historia de uns
4000 a 6000 annos, com todos os seus factos, in
cidentes, guerras, etc., é preciso inventar outra ca
paz de substitui-la.
E onde os mythistas irão encontrá-la?
Si Adão e Eva são mythos, donde vem então
a raça humana?
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O Anjo da Luz
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Origem da raça. humana ------ 23 -
A resposta é simples.
Primeiro, Caim ao matar Abel já era talvez
casado com uma de suas irmãs, o que póde ter
sido havia já uns 1O a 1 5 annos, pois, estand o
elle com 4 0 annos, póde ter tido irmãs d e · 39
annos para baixo.
Tudo fica assim elucidada''.' O casamento,
entre irmãos, é secundariamente prohibido pela
natureza, porém, não o sendo primariamente, Deus
póde dispensar desta lei, como dispensou e devia
dispensar na origem da raça humana ; sendo pri
mariamente contra a natureza e para sempre a
união em linha vertical, quer ascendente, quer
descendente, e isso em toda a extensão.
* *
IV - Atavismo de filiação
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Ongern da raça humana ------- Zl-
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O Anjo da Luz
V - Conclusão
*
* *
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Origem da raça. humana ------ 29 -
do os homens.
O que o homem não tem, não póde transmit
tir a outrem. Tendo saude, transmitte saude; si,
porém, no seu organismo actuarem indícios de
molestia, transmitte molestia, a não ser que haja
algum factor em contrario.
Ora, no principio da raça humana, os ho
mens eram sadios. Deus creou-os fortes e robus
tos, sujeitos a molestias sem duvida, mas não ten
do molestias.
Neste caso, os filhos de Adão e E va, oriundos
de um sangue puríssimo, sem enfermidades e sem
tendencias morbidas, podiam unir-se em matri-
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-30 ------ O Anjo, da Luz
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TERCEIRA POLEMICA
Questões evangelicas
ou
Provas da veracidade dos quatro Evangelhos
PRIMEIRA PERGl)NTA
SEGUNDA PERGUNTA
TERCEIRA PERGUNTA
IV - Os quatro Evangelistas
*
* *
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Questões evungellcll.'l
QUARTA PERGUNTA
VI - Outros testemunhos
QUINTA PERGUNTA
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Questões evangellcas
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- 48 --
---
O Anjo da Luz
SEXTA PERGUNTA
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Questões evangelica.s
adimplere ( Mt 5, 1 7) .
O paganismo foi a desviação, a corrupção da
lei judaica, de modo que, afastando-se da lei an
!iga, ficou afastado da lei nova, n ão tendo mais
com esta lei nova nenhuma relação vital, emquan
to a lei judaica conserva taes relações na parte
dogmatica e moral, sendo apenas absoluta a sua
parte judiciaria e cerimonial.
IX - Conclusão
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QUARTA POLEMICA
O coração e o amor
ESTUDO PHYSIOLOGICO-MORAL
SOBRE O CORAÇÃO, O AMOR E A PAIXÃO
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O Anjo de. Luz
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O Anjo de. Luz
V - O Coração e a biologia
A biologia é a sciencia da vida dos corpos
organizados.
Cabeça e coração, dizem os philosophos, for
mam o duplo centro do homem. Seria melhor di
zer que o coração é o ponto central do organismo,
e que a cabeça é a sua coroação.
O physiologista vê no coração apenas uma
bomba premente, encarregada de distribui r o san
gue a todos os orgãos.
O psychologo enxerga, além da bomba, e pe
netra um mundo novo de segredos admiraveis.
A vida vem da alma, que é a sua fonte uni
c a ; por isso, todas as partes do nosso corpo de
vem ficar em contacto com a alma.
A alma não anima, entretanto, do mesmo mo
do e na mesma ordem, todos os orgãos do corpo ;
ella tem seus orgãos privilegiados a quem se com
munica com mais abundancia e a quem informa
antes dos outros.
Ora, o coração é o orgão vital, por excellen
cia, mais perto da fonte, e mais bem preparado
para receber e distribuir os effluvios da alma.
A biologia mostra-nos que o coração é a pri
meira parte viva de nosso ser; o primeiro orgão
que se destaca do envolucro grosseiro do germen,
e entra immediatamente em funcção. Os outros
orgãos apparecem mais tarde, cada um no tempo
e conforme a necessidade do desenvolvimento.
Sto. Thomaz enuncia este profundo principio
biologico : O primeiro em cada coisa é, por assim
d izer, o principio e causa de tudo o que segue.
Cor principium vitae in animali ( S. Th 1, 9, 75.
a 1 c) .
Assim o coração preside ao n ascimento, ao
desenvolvimento, á funcção e á conservação de
cada um dos orgãos, pois a vida do corpo vem do
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O coração e o a.mor ------- 61 -
VI - O coração e a physiologia
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O Anjo da Luz
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O coração e o amor ------- 63 -
IX - O amor verdadeiro
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O Anjo da Luz
X - O amor falso
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O cora�ão e o amor ------- 71 -
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O coração e o amor ------- 73 -
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O Anjo da Luz
XV - Conclusão
A conclusão é a resposta ás perguntas feitas
pelo digno medico consulente.
A exposição, embora resumida, é comprida,
porque a consulta abrangeu muitas duvidas e per
guntas, que era preciso esclarecer e responder,
não podendo por isso ser feita sinão estudando o
assumpto em suas bases, leis e desenvolvimento.
A resposta agora será curta. Os numeras
correspondem aos da consulta.
1 °. - E' um erro dizer que o amor é o me
chanismo dos orgãos sexuaes, ou a consequencia
da n utrição, 01.1 ainda uma torpeza. O amor é
indifferente ; obedecendo ao cspirito, é a virtude;
seguindo a concupiscencia, é o vicio.
2°. - Renan diz certo, mas não diz bastan
te ; o amor é a grande lei h umana e divina, na di
recção acima in dicada, obedccendó ao espirita e
não á carne.
3°. - A opinião de Flammarion é excetlentc :
O amor é tudo neste mundo.
4°.
- Aqu i ha confusão lamentavel. Os es
piritualistas não professam repugnancia ao amor.
Cultuam e cultivam o amor verdadeiro, desprezan
do a torpeza e o vicio.
5°. S. Paulo não prohibiu o acto licito, prohi
biu o peccado; é mais perfeito abster-se, porque
este acto não é um acto necessario á vida, mas
apenas n ecessario á propagação.
6°. Opinião falsa, refutada; o amor não é um
instincto, mas sim uma faculdade da alma. Só
os animaes têm o instincto ; o homem tem o l ivre
arbitrio.
7°. Opinião certa; porém, é o amor verdadeiro
que é a lei fundamental do universo, e n ão a bes
tialidade, que não é amor, mas torpeza, como já
provei acima.
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O coração e o amor . -
- --------- '/5 -
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QUINTA POLEMICA
1 - Objecções e argumentos
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A pobrez11. de Chrlsto e o luxo do Papa ---- 79 -
li - Os máus padres
A grande magua do sr. Plinio Motta é "ver
que a maior parte dos padres não segue os santos
ensinamentos do divino Rabbi da Galiléa".
Caro academico, esta é uma grande asserção,
que um homem não deve affirmar sem provar.
Vamos lá, amigo, um pouco mais de raciocinio
e menos zombaria.
Para dizer isso, V. S. deve conhecer de perto
a maior parte dos padres.
Ha, por este mundo afora, mais de meio m i
lhão de padres catholicos.
Quantos V. S. conhece? Quantos observou
e estudou ele perto? V. S. já viajou fora do Bra
sil?
I-la no Brasil 2.239 padres seculares e 1 .999
padres regulares, isto é, um total d� 4. 1 38 padres.
Quantos V.- S. conhece entre elles ?
Não fa!o da Europa, que, com certeza, V.
S. nunca viu, como não viu Roma, pois assim não
diria tantas tolices.
Ora, não conhecendo nem a maioria dos
4. 1 38 padres do clero brasileiro, como é que V.
S. tem a coragem de dizer que a maior parte dos
padres é indigna, não seguindo os ensinamentos
do Christo? !
E' argumento de criança : Ab uno disce
omnes!
Eu conheço muitos academicos, homens de
letras, de sciencia, dignissimos; e conheço outros
que não p assam de bohemios ; seria isso razão de
dizer que o sr. Plinio Motta é um bohemio? Deus
me livre de tal asserção.
Para formular uma opinião séria sobre a
classe, é preciso recorrer ás diversas Academias
de Letras, examinar as opiniões e a vida dos aca-
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A pobreza de Chrlsto e o luxo do Papa ---- 81 -
V - As riquezas do Papa
VI - O que é a Egreja
Mas sejamos francos e examinemos de perto
a objecção formidavel.
A Egreja é uma sociedade divino-humana,
isto é, fundada por Deus, mas confiada aos ho
mens. Neste ultimo sentido, a Egreja é uma so
c iedade natural, como por sua fundação, fim e
meios, é uma sociedade sobrenatural. Em seu
desenvolvimento, no exercicio de seu magisterio,
a Egreja deve, pois, comportar-se como socieda
de natural, na medida em que lhe permittam as
instituições e os ensinos de seu divino fundador.
Por isso, apesar da promessa divina de nun
ca perecer, a Egreja está sujeita, como sociedade
humana, ao ponto de vista da prosperidade, ás
altas, ás baixas, ás fluctuações, conhecendo dias
de triumpho e dias de tristezas, como todas as
coisas humanas. E' uma reflexão importantissi
ma para bem julgar o caso.
A Egreja parece-se, forçosamente, com uma
sociedade civil qualquer, bem dirigida e bem admi
n istrada. Elia tem a sua hierarchia, em que cada
um é tratado conforme a sua qualidade.
De outro lado, a Egreja, sendo universal,
contendo em seu seio milhões e milhões de mem
bros de todas as condições sociaes, a hierarchia
catholica recebe, deste facto, uma importancia ca
pital, devendo a primazia dos interesses, que ella
salvaguarda, valer-lhe a primazia de honra e de
esplendor.
Assim o termo desta hierarchia, o Papa, deve
apparecer cercado da aureola de majestade e de
poder moral incomparaveis. Esta aureola deve
manifestar-se na pompa que acompanha a appa
rição official do Santo Padre, porque assim deve
ser nas coisas humanas, e neste ponto a Egreja
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- 86 ---- O Anjo da Luz
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A pobreza de Chrleto e o luxo do Papa ---- tf1 -
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A pobreza de ChrJsto e o Iwto do Pape. ---- 89 -
IX - A majestade do Papa
X - A historia do Papado
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A pobreza de Chrlsto e r> luxo do Papa 91 -
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A pobrezá de Chrlsto e o luxo do Papa ---- 93 -
a) O PAPA A L EXANDRE VI
b) O PAPA JOÃO XI
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A pobreza de Chrlsto e o luxo do Papa ---- 96 -
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- 96 ------ O !1Djo da Luz
XIV - Copclusão
E' tempo de concluir.
Para que discutir com um cégo que não quer
ver ou surdo que não quer ouvir?
Mas, pacienci a ! Não é pelo valor das mise
raveis objecções do sr. Plinio que faço esta refu
tação; é por amor á verdade e por amor apaixo
nado á Santa Egreja Catholica, Apostolica, Ro
mana, como para fortalecer a fé e o amor na al
ma dos catholicos sinceros, desejosos de ver o
triumpho da verdade e a ruina do erro.
O sr. Plinio j ulgava que nenhum sacerdote
teria a coragem de refutar as suas tolices; de
facto, muitos sacerdotes preferem desprezar este
lodo fetido da impiedade; mas, como é um dos
papeis especiaes da imprensa catholica o esmagar
a cabeça da serpente, aqui vae, sr. Plin io, o golpe
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A pobreza de Christo e o luxo do Papa ---- 101 -
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SEXTA POLEMICA
1 - A consulta
Revmo. padre Julio Maria.
Sou um leitor assíduo de vossos incompara
veis escriptos, porque sou apaixonado pelas scien
cias humanas ou divinas.
V. Revma. tem tratado ahi questões, com mão
de mestre, e com uma clareza admiravel, que dis
sipa todos os erros e leva a luz da verdade ás
mais reconditas dobras do assumpto.
A difficuldade que proponho a V. Revma. é
a seguinte :
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- 104 ------- ------ O Anjo da Luz
t }
li - Resposta e respostas
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O Anjo ela. Luz
V - Exemplo de infallibilidade
VI - Biblla e Egreja
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O Anjo da Luz
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O desenvolvimento dos dogmas ------- 115 -
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O Anjo da Luz
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O deeenvõlvimento dos dogmas -�----=-- 117 -
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SETIMA POLEMICA
A presciencia divina
1 - Resposta ,
A resposta é praticamente simples ; porém,
entrando nas minucias e nas explicações theori
cas, ella apresenta grandes difficuldades.
A intelligencia humana póde perscrutar, com
prehender e expor sciencias humanas, porque o
que um homem comprehende, outro póde igual
mente comprehendê-lo.
Quando se trata de sciencias divinas, o es
pírito humano póde comprehender a sua razão de
ser, a sua necessidade e sua pratica ; porém es
capa-lhe o fundo, o cimo, porque as verdades di
vinas ultrapassam a capacidade intellectual do ho
mem.
No mysterio a tratar aqui, um dos mais dif
ficeis e impenetraveis da nossa santa religião,
porque diz respeito ao modo de agir do proprio
Deus, encontramos difficuldades a .cada passo; e
no momento que julgamos ter resolvido o proble
ma, elle escapa-nos para mergulhar-se no infi
n ito.
Mas, assim mesmo, procuremos lançar um
raio de luz sobre o mysterio da presciencia divina,
e si o mysterio fôr impenetravel, em si, elle nos
revelará, entretanto, o sublime objecto que revela,
que é a providencia paternal de Deus.
Tomo, pois, a questão bem de frente e pelo
fundo, para não deixar subsistir nenhum recanto
obscuro na parte que póde ser comprehendida.
Cinco grandes questões vêm grupar-se em
redor do thema central - a presciencia divina,
as quaes podemos ordenar como se segue :
1a
- a presciencia divina é um attributo ne
cessario, logico, indispensavel ;
2ª
- em que consiste;
3ª - o homem é inteiramente livre ;
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A presclencla divina ------- 121 -
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- 122 ------- O Anjo da Luz
II - Necessidade da presciencla
·
conservam quasi a vida inteira uma lembrança n i
tida do passado.
Chegando ao homem, o ser racional, vemos
que, além do presente e do passado, elle começa,
pelo raciocinio, a penetrar parcial e condicional
JTiente o futuro.
O horizonte conserva os seus segredos, mas
certos homens sabem já desvendar uma parte des
ses segredos, pela perspicacia no raciocinio.
Os anjos, puros espiritos, além do passado
e do presente, percebem intuitivamente os futuros
necessarios, escapando-lhes, entretanto, o futuro
livre.
Acima de todas as creaturas está o Creador,
o prototypo de toda a creação, o Ser perfeito, in
tegral, infinito, que possue na plenitude e em grau
infinito tudo o que elle repartiu com suas crea
turas.
E', pois, Iogico, que Elle possua a plenitude
d a visão, tanto do passado e do presente, como
do futuro, não simplesmente por intuição, mas por
essencia. Elle conhece o futuro, mais do que o
homem pelo raciocinio; mais do que o anjo pela
intuição ; mas, como Deus, conhece o futuro livre
e necessario, condicional e possivel ; e tudo isso
de modo infinito, isto é, sem limites.
Para Deus, é preciso que o passado, o pre
sente e o futuro se confundam num unico ponto,
porque Deus é simples, é um acto puro, isto é, sem
composição e sempre em acção.
A simplicidade exige a presciencia; o acto
puro exige que seja tudo num mesmo momento.
Eis como chegamos pelas creaturas a conhecer
o Creador, e pelo conhecimen to destas creaturas,
chegamos a conhecer a presciencia d ivina, que é
como o resumo de todos os seus conhecimentos
divinos.
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O Anjo da Luz
0
Os animaes superiores unem, pelo instincto,
o passado ao presente.
O homem, pela razão, não só une o passado
ao presente, mas prevê um certo futuro condicio
nal.
O anjo, pela intuição, j unta o passado, o pre
sente e o futuro necessario.
Deus, pela presciencia, reune num unico pon
to simples o passado, o presente e o futuro.
Em Deus, a presciencia é um attributo essen
cial, pelo qual elle se conhece e conhece toda a
sua obra.
Sem este attributo, Deus deixaria de ser Deus,
pois seria limitado pelo tempo e pelo espaço.
Ora, o tempo e o espaço são obras de suas
mãos. Deus n ão póde ser limitado, n em domina
do pelas obras de suas mãos.
Nós dizemos que Deus prevê tudo : é u m
termo d e analogia : Deus n ão prevê . elle vê.
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� presclencla divina ------- 125 -
*
"' *
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- 126 ------ O Anjo da Luz
V - O livre arbitrio
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O Anjo da Lw
dade psychologica.
*
* *
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O Anjo da Luz
.
VI - Presciencia e liberdade
Eis, pois, duas verdades provadas, e - es
pero - claramente comprehendidas : Deus vê tu
do no momento presente, conhece actualmente o
futuro do homem, sabe tudo que lhe ha de acon
tecer no futuro, e, entretanto, o homem conserva
toda a sua l iberdade de acção.
E' o nó da difficuldade; procuremos desfazê
lo e lançar um raio de luz sobre este mysterio,
sinão para comprehendê-lo, pelo menos para ver
claramente o objecto que o mysterio nos revela,
e que tem a sua importancia, tanto na procura da
verdade, como na do bem.
Este bem, sobretudo, como sendo o objecto
proprio de nossa vontade, deve apparecer-nos lu
minoso, amavel e attrahente.
Est.e bem, objecto do mysterio da presciencia
·
divina, é a Providencia de um pae amoroso, que
dirige, sustenta e consola o filho em caminho da
salvação.
Como combinar estas duas verdades certas e
apparentemente contradictorias?
Devem combinar-se, e combinam-se de facto,
admiravelmente, embora não nos seja dado pene
trar o modo desta combinação.
A presciencia divina não prejudica a liber
dade do homem ; e a liberdade do homem não de
pende da presciencia divina, como o effeito de
pende da causa.
A base do raciocinio é a seguinte :
As coisas não acontecem de tal ou tal modo,
porque Deus as previu, mas Elle as previu porque
sabia que haviam de acontecer livremente.
O homem age livremente . . . Deus está vendo
esta acção l ivre, quanto ao presente, não ha dif
ficuldade. . . mas, para o futuro, encontramos a
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A presclencla divina ------- 131 -
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O Anjo da Luz
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O Anjo da Luz
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·oITAVA POLEMICA
A providencia divina
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O Anjo de. Luz
* *
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O Anjo da Luz
*
* *
Thomaz :
1º- Emquanto este proprio bem é essencial
mente defeituoso.
2° Emquanto faz accidentalmente o mal 1 ) .
-
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A Providencia divina "'.._
· -------- 147 -
IX - O mal moral
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A Providencia divina ------ 151 -
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NONA POLEMICA
probo ao inferno?
2°. Por que Deus permitte que haja lzo
-
mens reprobos?
3°. - A perda de uns e a salvação de outros,
não parece quasi uma injustiça da parte de Deus?
4°.
- Pelo menos é cruel.
5°. - Podendo salvar os homens por que
Deus os deixa se perderem ?
6°. Não é uma barbaridade a existencia do
-
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O Anjo da Luz
IV - Effeltos da predestinação
V - Os decretos divinos
VI - A escolha divina
Por que Deus escolhe, de preferencia, uns aos
outros ?
Sendo a predestinação um effeito da vontade
divina, é preciso procurar a causa nesta mesma
vontade divina.
Ora, esta vontade não tem causa. Deus é es
sencialmente livre e independente. Deus quer por
que quer : é o seu bel-prazer, sua pura vontade,
nada mais.
Não havendo causa da vontade divina, nesta
propria vontade, procuremos si não haverá nos
etf eitos desta vontade.
O effeito é a beatitude eterna. Este effeito
póde ser considerado em suas partes.
Estas partes são a vocação, a graça e a glo-
ria.
Ora, uma é a preparação da outra.
A vocação é gratuita : - é a bondade divina.
Nada ha na creatura que póssa merecer esta
vocação á gloria.
Admittida a gratuidade deste primeiro passo,
é facil resolver os outros, pois um é a causa do
outro.
Uma vez chamado por Deus, o homem re
cebe as graças necessarias e superabundantes para
salvar-se : - a eleição divina é a causa da justi
ficação - como a justificação é a causa da glori
ficação.
A glorificação, termo final da predestinação,
é, pois, directamente a obra de Deus, e indirecta
mente a obra do homem, pela correspondencia, de
modo que se póde dizer que na glorificação Deus
coroa a sua propria obra.
Neste profundo mysterio tudo se refere, des
te modo, á pura e simples vontade divina ; a seu
bel-prazer, a seu livre amor, sem que qualquer
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O Anjo da Luz
bem superior.
Como já vimos, o mal é inevitavel ; Deus
deve permitti-lo, para salvaguardar a liberdade
do homem, mas o mal não fica como mal, ellc se
converte em bem, pela providencia divina.
Encontramos na predestinação a mesma re
versibilidade do mal em bem. Deus não só pre
parou para todos os meios de salvação, mas ain
da os meios de reprimir o mal e de não deixá-lo
triumphante.
Elle o reprime, armando contra elle a sua jus
tiça.
E' um bem immenso o reino da justiça sobre
o iniquo. E' por isto que Elle mesmo creou o in
ferno.
E não é simplesmente a sua justiça que inspi
rou a. creação do inferno, mas são tambem a sua
bondade e seu amor, pondo deste modo um freio
ao mal.
Com muito acerto, Dante escreveu sobre a
porta do inferno :
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A predestinação do homem ------- 167 -
* *
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DECIMA POLEMICA
A vocação
A vocação . . .
Eis um assumpto que merece ser tratado com
muito carinho, por ser como o pharol que illumina
a nossa vida - pharol, cuja ausencia abre diante
de nossos pés um abysmo, em que se vão precipi
tando tantos infelizes, que ignoram ou não apre
ciam os desígnios de Deus.
Este assumpto vem admiravelmente collocar
se em Jogar proprio, após as questões tratadas da
presciencia, da providencia e da predestinação.
O que me convida a tratar o assumpto é a
consulta de uma distincta e intelligente filha de
Maria, que me dirigiu a seguinte carta :
1 - A consulta
li - A resposta
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A vocação ------- 185 -
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O Anjo da. Lu:
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A vocação ------- 189 -
Salvação e santificação
1 - A consulta
li - A resposta
IV - O casamento
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Salvação e santificação 196 -
V - O matrimonio obrlgatorio?
Umas perguntas e respostas completarão
esta breve resposta.
O matrimonio é de preceito?
A theologia ensina que o matrimonio foi uma
obrigação de direito natural, para nossos primei
ros paes, depois da queda; porém, este preceito
não obrigava sinão no caso de necessidade de pro
pagação ou de conservação da raça humana, como
o preceito da esmola n ão obriga sinão no caso
da necessidade de um individuo : Tal é o ensino
de Suarez ( lib. IX. De cast. c. 1 ) .
O catecismo do concilio de Trento diz que a
raça, tendo-se multiplicado, hoje n ão sómente não
ha obrigação de casar-se, mas antes a castidade
é soberanamente recommendada, e aconselhada
pela Sagrada Escriptura ( D e matr. 1 4) .
Dirão, talvez, que o matrimonio é u m meio
de evitar as quedas.
Não digo o contrario, mas faço notar que,
além deste meio, ha muitos outros meios de evitar
as fraquezas.
Suarez é do mesmo sentimento.
Não admitto, diz elle, que um homem póssa
estar exposto a um tal perigo moral de cahir em
faltas contra a castidade, que seja obrigado a ca
sar-se, pois restam-lhe sempre os meios de fugir
das occasiões, de vencer as tentações pela oração,
o jejum e outros remedios deste genero ( lib. IX,
c.2).
Um filho ou uma filha são obrigados a obe
decer aos paes, que querem obrigá-los a se casa
rem?
A opinião commum dos doutores é que não
são obrigados, pois os paes, ( fóra de uma causa
urgente) ultrapassam os seus direitos. Os paes
devem orientar, dirigir, aconselhar os filhos neste
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Salvação e santificação
VI - O matrimonio aconselhado?
O matrimonio será de conselho?
Deixo Sto. Affonso responder a esta pergun
ta. O santo escreve a um joven que o consultára
sobre a escolha de um estado :
"Quanto ao estado conjugal, não pósso acon
selhar, visto S. Paulo não aconselhá-lo a nin
guem, a menor necessidade que haja em conse
quencia das quedas habituaes, o que, de certo, não
existe para vós."
São Paulo, inspirado por Deus, disse de
facto : Digo aos solteiros e ás viu11as que lhes é
bom para el/es si permanecerem assim, como
lambem eu; mas si não se contêm (guardando a
castidade) casem-se; porque é melhor casar-se do
que abrasar-se no fogo da torpeza ( 1 Cr 7, 8, 9) .
Santo Agostinho faz sobre este texto a se
guinte reflexão :
"O apostolo não diz que é melhor casar-se
que guardar a castidade, pois a castidade é me
lhor, mas diz que é melhor casar-se, que cahir em
peccado, do modo que aconselha absolutamente a
continencia, como sendo melhor, e diz positiva
mente : Eu queria que todos vós fôsseis como eu
( 1 Cr 7, 7 ) , mas elle prefere o casamento ao
peccado.
Mas, dirá talvez alguem, eu sinto vocação
para o casamento. é a vontade de Deus . devo
obedece r !
Seiá mesmo? Talvez !
Mas tal vocação não é de preceito ; póde-se,
pois, segui-la ou contrariá-la. Não ha nenhum
mandamento da lei de Deus ou da Egreja que a
impõe.
Não é de conselho tambem, pois o apostolo
aconselha o contrario e só aconselha o matrimo
nio como meio de evitar o peccado, provando, des-
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Salvação e santificação
'
te modo, a superioridade da castidade sobre o
matrimonio.
Tal vocação é, pois, uma simples, ou melhor,
complicada inclinação natural.
O matrimonio sendo um estado santo, é ge
ralmente permittido seguir uma tal inclinação,
desde que se propõe um fim honesto, porém, con
vém fazer a distincção entre uma inclinação na
tural, entre um preceito, ou um conselho.
Não quero deprimir nem diminuir o matri
monio; é um estado santo, é um sacramento ; mas
isso não prova que entre os diversos estados não
haja estados superiores, mais santos ainda e mais
agradaveis a Deus. E' esta verdade que quero
salientar aqui.
O estado de peccado : é um estado lama
cento.
O estado do matrimonio : é um estado santo.
O estado de castidade : é um estado mais
santo.
O estado religioso : é um estado mais santo
ainda, é a escola da santidade.
O estado sacerdotal : supera os outros pelo
poder e a dignidade.
O estado episcopal : deve ser a santidade
adquirida.
Ha uma gradação natural, logica e funda
mental entre estes diversos estados, que ninguem
póde negar.
VII - Os fins do matrimonio
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Salvação e santificação
VIII - O celibato
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IX - O celibato aconselhado
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o Anjo de. Luz
XI - Conclusão
Como conclusão, quero responder simples
mente ás perguntas da digna filha de Maria que
quiz consultar-me . a respeito destas questões.
Não deixo, neste capitulo, a solução comple
ta de todas as questões, reservando o resto, devido
á sua importancia, para o seguinte capitulo.
1 . - O que é melhor? Casamento para quem
quer simplesmente salvar-se, sem grandes sacri
ficios.
Solteiro ou casto, para quem deseja agradar
ao Senhor.
Religioso para quem quer ser santo.
2. -Os signaes estão indicados : inclinação
racional, aptidão . e consulta a um sacerdote
prudente : o que constitue a vocação.
3. - Por ora, direi apenas que o celibato é
superior ao matrimonio, porque afasta mais do
perigo, faz praticar melhor a virtude, une mais
inteiramente a Deus, e recebe mais bellas recom
pensas da parte de Deus.
4. -Sim ; ha obrigação de seguir a sua vo
cação.
5. -Não; a vida de castidade e a do con
vento não tem por fim levar uma vida mais calma,
e, sim, mais perfeita e mais santa.
6. - Não; todos os estados n ão são igual
mente agradaveis a Deus . . O estado é um gran
de meio de santificação.
Os diversos paragraphos deste capitulo re
solvem plenamente as diversas perguntas feitas.
Podemos resumir tudo, dizendo que :
- Deus destina a cada homem o caminho
que deve seguir, preparando-lhe, neste caminho,
os auxilias necessarios para salvar-se.
- O homem deve, pois, seguir este cami
nho, sob pena de ficar privado destes auxilias.
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DECIMA SEGUNDA POLEMICA
O estado religioso
OU ESCOLA DA PERFEIÇÃO
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O estado religioso ------- 211 -
li - Instituição divina
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O Anjo da Luz
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- 214 ---- O Anjo da Luz
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O estado relirlo110 ------ 21li -
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- 316 -----�---� O Anjo da Luz
VI - Os apostolos e successores
* *
374) .
S. Gregorio Magno, Papa, foi monge de San
to André e continuou no Vaticano a sua vida
monacal.
S. Chrodegando, nas Gallias, organizou a
vida religiosa entre o seu clero.
O Concilio Nacional de Aix-la-Chapelle, em
8 1 6, tornou esta reforma obrigatoria em todas as
dioceses das Gallias.
Mais tarde, S. Pedro Fourier, S. Carlos Bor
romeu, S. Caetano de Thienna, o veneravel H ol z
hauser empenharam-se, e com certo successo, em
restabelecer a vida regular entre o clero secular.
E' inutil prolongar estas citações. Encerre
mo-las com uma palavra de autoridade que
eclypsa a todos os theologos, a do Santo Padre
Pio IX, tirada de um breve de 1 7 de Março de
1 86ô.
"Vemos, escreve este Pontifice, que as anti
gas leis da Egreja não sómente approvavam mas
ordenavam que os padres, os diaconos e sub
diaconos vivessem juntos, pondo em commum
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o estado religioso ------ 221 -
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O estado religioso ------ 228 -
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O estado rellgioso ------ 227 -
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O estado religioso ------- ?29 -
X - Novidade moderna
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XII - Conclusão
Terminemos aqui.
Não é meu fim fazer um estudo completo
do estado religioso; quero apenas vingá-lo da
ignorancia que n ão sabe e da perversidade que ca
Im:nnia.
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DECIMA TERCEIRA POLEMICA
1 - Resposta
lectu (2 Pet. 3, 1 6 ) .
Tal difficuldade não provém da palavra di
vina, mas sim de nossa ignorancia.
No texto citado, tudo é claro, e nenhuma dif
ficuldade existe.
jesus toma o pão, benze este pão, parte-o,
dá-o aos discipulos, dizendo : Tomae e comei,
isto é o meu corpo.
Não é claro que jesus acaba de mudar a
substancia do pão, n a substancia de seu corpo?
Era pão material, e agora é o seu corpo na
tural.
Não é uma parabola, uma comparação .
é uma realidade physica : Isto é.
-
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- 242 ---- O Anjo da. Luz
IV - A falsificação protestante
A resposta precedente seria o sufficiente para
elucidar a questão em l itigio ; mas, ao terminar
esta resposta, deparou-se-me no "jornal Baptista"
um pedacinho de ouro, ou de couro, que vae ser
vir-me para pegar estes protestantes em flagrante
de falsificação biblica.
Em seu nº 7 de Dezembro de 1 933, ha na
parte doutrinal do mesmo a seguinte consulta de
um protestante : - Queira dar explicação acerca
de João, 6, 53, 57.
Tal é a consulta. Vejam agora a resposta
phenomenal do rancoroso baptista, revelando a
sua estupenda ignorancia exegetica, ou, então, a
sua perversidade diabolica.
Ei-lo : 1 . "jesus, pois, lhes disse : Na ver
dade, vos digo que, si não comerdes a carne do
Filho do homem, não tereis a vida em vós ( Jo
6, 53) . Os versiculos que se seguem, até ao 63,
esclarecem de modo completo aquillo que jesus
quiz dizer neste. Elle mesmo deu a interpreta
ção das suas palavras, de modo a n ão deixar res
quicio de duvida ; e não haveria tal duvida si a
·Egreja catholica n ão tivesse materializado aquel
las palavras que jesus mesmo declarou que eram
figurativas, e deviam ser " entendidas espiritual
!
mente. "O espírito é o que vivifica, a carne para
nada aproveita ; as palavras que vos disse são es
pirita e vida" (v 63) . Ou, em outras palavras :
"Si eu vos désse a minha propria carne a comer,
isso de nada vos aproveitaria, porque a carne n ão
tem valor algum espiritual ; é sempre carne". Que
a despeito de tão claras e peremptorias declara
ções do proprio jesus se estabelecesse a doutrina
de comer jesus materialmente para dar vida á al
ma, é a coisa mais estupenda e incomprehensivel
que póssa existir neste mundo. Isto prova, toda-
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A presença eucharistica ------ 243 -
VI - O sentido do texto
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---- 2�9
A presença eucharlstica -
IX - Conclusão
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A presença. eucharistica ------ 261 -
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DECIMA QUARTA POLEMICA
1 - Más leituras
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O Anjo da Luz
li - O diabo
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Objec�ões e respostas ----�--- :'57 -
III - As �
IV - As molestias
V - Os insectos
VI - Côr e intelligencia
VII - Os animaes
IX - Os milagres de hoje
Outra consulta :
jesus d isse : Em verdade vos digo que, si
tiverdes fé, podereis até transportar. montanhas
( Mt 2 1 , 2 1 , 22) .
O consulente cita muitos outros textos, pro
vando que, tendo fé, o homem tudo alcança, e no
fim pergunta :
Por que os catholicos de hoje não fazem mais
o que faziam no principio?
Não curam enfermos, não expulsam demo
n ios, não resuscitam mortos, não dão a vista aos
cégos, fala aos mudos, ouvido aos surdos . . E'
preciso que façam hoje o que foi feito no princi
pio.
Perfeitamente ; estamos de accordo.
Mas, parece-me q ue o meu digno consulente
está pouco familiarizado com a leitura da vida
dos santos e do movimento religioso de nosso se
culo.
O tempo dos m ilagres não passou nem ter
m inou, e talvez não houve tempo em que Deus fi
zesse tantos milagres como em nossos dia �
O meu con sulente parece ignorar isto. Leia
um pouco os "milagres e graças de Santa Teresi
nha". São mais de 8.000 e ha entre elles curas
de cégos, de mudos, de paralyticos e até resurrei
ção de mortos.
E isto é de hoje . é moderno . é de cada
instante.
Si o meu consulente fizesse uma viagem a
lourdes, averiguaria ali milagres assombrosos :
cégos que vêem de repente, surdos que ouvem,
tuberculosos, morpheticos que são repentinamen
te curados pela SS. V irgem.
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Objecções e respostas ------- 263 -
XI - As emendas religiosas
Servos de Deus
O caminho do céu
A maçã bibllca
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- 272 --
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DECIMA QUINTA POLEMICA
- Argumento theologico
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O dever eleitoral feminino ------- 275 -
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O Anjo da Luz
li - A mulher na civilização
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O dever eleitoral feminino ------- m-
IV - A mulher na polltlca
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O dever eleitoral feminino ------- 281 --
VI - O valor do voto·
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O Anjo da Luz
VII - O commodismo
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O dever eleitoral feminino
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O dtrrer eleitoral feminino ------- 289 -
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CONCLUSÃO FINAL
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INDICE
Approvação 3
lntroducção 5
PRIMEIRA POLEMICA
Uma celebre prophecia acerca do fim do mundo . 7
1 . O que são taes prophecias - 2. A l ista dos Pa-
pas - 3. Os ultimas tempos - 4: Conclusão.
SEGUNDA POLEMICA
Origem da raça humana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1 . Respostas - 2 . Adão e Eva são mythos - 3 . Os
filhos de Adão e Eva - 4. Atavismo de t:l iação
- 5. C o n cl usão .
TERCEIRA POLEMICA
Questões evangelicas . .. .. .. . . . . . . . . . . ... .. . . . . . 31
1 . Verafl'dade externa dos Evangelhos - 2 . Fontes
profanas do christianismo - 3. Authenticidade
dos Evange l h o s - 4. Og quatro Evange l hos -
5. Os Evangelhos e os primeiros theologos -
6. Outros testemunhos - 7. Pretensa ignoran
cia - 8. Christianismo e p a g a n i sm o - 9. Con
clusão.
Q U ARTA POLEMICA
O coração e o amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
1 . A consulta - 2. As respostas - 3. Necessidade
do amor - 4. Tres especies de amor - 5. O
coração e a biologia - 6. O coração e a phy
siologia - 7. O coração e a psychologia -
8. A d i re cç ão do amor - 9. O amor verda
deiro - 1 0. O amor falso - 1 1 . Não é amor ...
é egoísmo - 12. Um exemplo : a amizade -
1 3. A depravação bestial - 14. A febre sensual
- 15. Conclusão.
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QUINTA POLEMICA
SEXTA POLEMICA
SETIMA POLEMI CA
9. Conclusão.
OITAVA POLEMICA
A providencia divina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 37
1 . A consulta - 2. A resposta - 3. O que é a Pro
videncia - 4. Provas da Providencia 5. O -
Christo - 1 2. Conclusão.
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Indlce ----
NONA POLEMICA
A predestinação do homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 55
1 . A consulta - 2. A resposta - 3. Existencia da
predestinação - 4. Effeitos da predestinação
- 5. Os decretos divinos 6. A escolha di -
10. Conclusão.
DECIMA POLEMICA
A vocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 73
1 . A consulta -2. A resposta - 3. Existe uma
vocação determinada - 4. Haverá obrigação
de segui-la? - 5. Felicidade e salvação -
6. Meios de conhecer a vocação - 7. A aptidão
e o attractivo - 8. Os dois caminhos - 9. Vida
christã e vida religiosa - 1 0. Conclusão.
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APRECIAçõES DA IMPRENSA
Do "lar Catholico"
OUTROS LIVROS
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.A.;>�ações da imprensa. ------ 299 -
"Liga Catholica"
SEGREDOS DO ESPIRITISMO
"O Lutador"
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O Anjo da Luz
ATAQUES PROTESTANTES
"O Missionaria"
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Obras apologetlcas e doutrinarias :
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