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Manual de Oficina - Série 600 Advanced 1

Edição 03: 01/03


Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

Manual de Oficina -
Tratores MF Série 600 Advanced

Módulo H:
Eixo traseiro
Edição 03: 01 / 2003
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 3
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Indice deste Módulo


1- Descrição e funcionamento ............................................................................................... 4

2- Redutores finais
2.1 - Identificação dos componentes dos redutores ...................................................... 6
2.2 - Remoção dos redutores - procedimento ................................................................ 7
2.3 - Desmontagem dos redutores ................................................................................. 8
2.4 - Análise e/ou substituição dos componentes .......................................................... 9
2.5 - Montagem dos redutores finais ............................................................................ 11
2.6 - Ajuste da pré-carga dos redutores finais .............................................................. 13

3- Trombetas
3.1 - Remoção............... ................................................................................................ 14
3.2 - Reinstalação da trombeta ...................................................................................... 14

4- Freios
4.1 - Sistema hidráulico de acionamento dos freios .................................................... 15
4.2 - Discos de freio ....................................................................................................... 20
4.3 - Substituição das coifas de proteção das hastes acionadoras das placas
expansoras: ............................................................................................................ 23
4.4 - Montagem............... .............................................................................................. 24

5- Diferencial
5.1 - Bloqueio do diferencial .......................................................................................... 25
5.2 - Caixa de satélites e coroa ...................................................................................... 27

6- Pinhão
6.1 - Identificação dos componentes ............................................................................ 32
6.2 - Remoção do pinhão - todos os tratores ................................................................ 33
6.3 - Desmontagem do conjunto do pinhão - todos: ................................................. 34
6.4 - Análise dos componentes ..................................................................................... 34
6.5 - Montagem e ajuste do conjunto do pinhão ......................................................... 35
6.6 - Ajuste da pré-carga dos rolamentos do pinhão ................................................... 36

7- Ajustes e reinstalação do conjunto coroa e pinhão ........................................................ 38


7.1 - Princípios da dinâmica de ajuste entre coroa e pinhão ....................................... 39
7.2 - Ajuste de posicionamento (MF 660 e 680) ........................................................... 40
7.3 - Pré-carga do diferencial ......................................................................................... 41
7.4 - Ajuste da folga entre dentes do pinhão e coroa (Back-lash) ................................ 45
7.5 - Verificação e ajuste do contato entre dentes ....................................................... 47

8- Tabela de especificações técnicas gerais


8.1 - MF 630 e 650 ......................................................................................................... 50
8.2 - MF 660 e 680 ......................................................................................................... 51
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1 - Descrição e funcionamento
O eixo traseiro faz parte da estrutura do trator, servindo de apoio ao mesmo e também
para a passagem do fluxo de força às rodas traseiras.
O eixo traseiro é composto basicamente por carcaça central, trombetas, diferencial e
redutores finais. De maneira geral, trata-se de um conjunto de eixos, engrenagens e
rolamentos.
O eixo traseiro também aloja o sistema de freios, que atuam de forma independente
nas duas rodas.
Na extremidade das trombetas existem os redutores finais, cuja função é a de multiplicar
o torque proveniente do diferencial.
Funciona também como amortecedor dos impactos transmitidos pelas rodas devidos
aos obstáculos e irregularidades do terreno durante a operação.
Na página seguinte, é apresentada uma vista em corte do eixo traseiro, identificando
todos os componentes do mesmo.

1- Trombeta - lado esquerdo 24 - Anel de segurança


2- Placa de freio esquerda 25 - Retentor
3- Capa da luva de acoplamento do bloqueio 26 - Semi-árvore
4- Luva de acoplamento do bloqueio 27 - Prisioneiros da roda
5- Rolamento do diferencial - lado direito 28 - Rolamento externo
6- Conjunto do pinhão 29 - Carcaça externa
7- Pino elástico 30 - Engrenagem solar
8- Carcaça central 31 - Coroa externa
9- Garfo do bloqueio do diferencial 32 - Junta
10 - Placa intermediária do freio 33 - Engrenagem planetária
11 - Mola de retorno do bloqueio 34 - Retentor interno
12 - Arruela 35 - Semi-eixo
13 - Anel "C" 36 - Placa de fricção do freio
14 - Eixo de acionamento do bloqueio 37 - Guia
15 - Porca de ajuste do bloqueio 38 - Unidade atuadora (expansores)
16 - Capa 39 - Placa de freio direita
17 - Trombeta - lado direito 40 - Anel de vedação externo
18 - Rolamento interno do cubo epicíclico 41 - Anel de vedação interno
19 - Bucha do cubo epicíclico 42 - Planetária - lado direito
20 - Arruela de encosto 43 - Coroa do diferencial
21 - Roletes 44 - Cruzeta
22 - Parafuso 45 - Arruela de encosto
23 - Eixo da engrenagem planetária 46 - Rolamento do diferencial
47 - Planetária - lado esquerdo
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2 - Redutores finais
2.1 - Identificação dos componentes dos redutores
Redutores 4,8:1 (MF 630)
1

6
5
4
3
10 2
12
8 13
7

16

11 15
23
9
17
14

19

24 21 18

1- Respiro do redutor final 15 - Sino


2- Semi-eixo 16 - Semi-eixo
3- Rolamento de roletes cônicos 17 - Roletes
4- Calço de ajuste da pré-carga 18 - Arruela espaçadora
5- Retentor (duplo lábio) 19 - Protetor
6- Engrenagem solar 20 - Pinos-trava da coroa
7- Cremalheira (ou coroa) 21 - Planetária (3 unidades)
8- Porta-planetárias 22 - Pino-guia
9- Pino das planetárias (3 unid.) 23 - Pino elástico
10 - Anel-trava do eixo (16) 24 - Chapas (4,8:1) e arruelas de encosto (reduto-
11 - Rolamento cônico da saída res 6,1:1 e 8,47:1)

12 - Bucha de bronze do porta-planetárias 25 - Travamento dos pinos (9)

13 - Retentor do sino (15) 26 - Parafuso e arruela de fechamento das semi-


carcaças do porta-planetárias
14 - Anel "O"

☞ NOTA:
A legenda acima também é válida para o redutor da página seguinte.
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Redutores 6:1 (MF 650) e 8,47:1 (MF 660 e 680)

20
3
2
5
7 20
4
8
9 25
26 15

6
10
17 11
22
13
14

24
16

21

18 24 19

2.2 - Remoção dos redutores - procedimento


a) Com o trator perfeitamente nivelado, rodas dianteiras calçadas e eixo traseiro apoi-
ado sobre cavaletes adequados, remova a(s) roda(s) traseiras.

☞ NOTA:
Ao remover o redutor, certifique-se de
que o semi-eixo fique em seu lugar.
Se houver necessidade de removê-lo
também, trave os freios, para que o FT4000
conjunto de discos de freio permane-
ça em seu lugar.
Do contrário, será necessário remover
a trombeta para montagem dos discos
e do semi-eixo, devido ao
desalinhamento.

b) Solte os parafusos de junção do redutor e com


auxílio da ferramenta FT4000
FT4000, remova o redutor
puxando o conjunto cuidadosamente para fora.
c) Remova a junta de cortiça ou o anel de borracha
"O" (14), conforme o redutor.
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OBS: No caso dos redutores 6:1, a cremalheira (7) 20


é montada com interferência na carcaça da
trombeta. Para removê-la, saque primeiro os pinos-
trava (20) utilizando o dispositivo FT4003
FT4003. FT4003

d) Em seguida, com a ferramenta FT4004


FT4004, saque
FT4004
a cremalheira, cuidando para que as três garras
de remoção exerçam igual força.

2.3 - Desmontagem dos redutores


Os redutores de relação 4,8:1 diferem em alguns
detalhes em relação aos redutores 6:1 e 8,47:1
Acompanhe nas páginas 6 e 7 a identificação dos
componentes.
9

a) Com o redutor sobre a bancada, remova as tra- 23


vas dos eixos (9),
21
b) Remova os eixos (9), utilizando uma ferramenta
como a ilustrada ao lado - se necessário;
24
Remova também as planetárias (21) e em segui-
da a engrenagem solar (6).

OBS: Identifique o lado de montagem das en-


grenagens (solar e planetárias), que deverão ser
mantidas na montagem, pois já houve o assen- 10
tamento dos dentes destas engrenagens com
os da coroa.
Ï
c) Retire o anel-trava (10) da árvore de saída (16);
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d) No caso do porta-planetárias dos redutores 6:1, M


solte os parafusos (P) de união das duas semi-
carcaças e com auxilio de um sacador adequa-
do ou alavancas, separe-as.
OBS
OBS:: Faça marcas de referência (M) nas semi-
Faça 26
carcaças do porta-planetárias.
e) Remova as planetárias (21) identificando os la-
dos em que estão montadas e cuidando para
não cair os roletes (17), os seis espaçadores (18)
e arruelas de encosto (24).
Remova também a engrenagem solar (6).
f) Remova o anel-trava (10) da árvore de saída;
g) Apoie o sino sobre a base de prensagem FT4001
e complete a desmontagem do conjunto com
uma prensa, aplicando o esforço sobre a árvore
(posição indicada na figura ao lado).
Ï
10

2.4 - Análise e/ou substituição dos


componentes
A) Campânula (ou “sino” 15):
Trincas, quebras ou desgastes determinam a sua
substituição.
Examine também a capa de rolamento (11) do sino e
(3) da trombeta.
15 11 13
Se estiverem com desgaste ou riscos, devem ser
substituídas, juntamente com o respectivo cone e
retentor (13 e 5).

Para remover a capa do rolamento (11) do sino do


rolamento (3) das trombetas, utilize as ferramentas
FT4005.

16

10
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Montagem das capas dos rolamentos: Para montar a Montagem dos retentores: Aplique uma leve camada
capa do novo rolamento dos sinos, utilize as de cola para juntas em volta do retentor antes da
ferramentas FT4008 e FD0005 para os redutores instalação.
3,14:1 e 4,8:1. Para os redutores 3,14:1 e 4,8:1, utilize a ferramenta
Para a montagem das capas nos sinos dos redutores FT4002 e FD0005.
6:1, use a ferramenta FT4007 e FD0005 Para os redutores 6:1, utilize as ferramentas FT4006

B) Semi-árvore (16): 21
23
Desgaste, quebras ou trincas nas estrias, no 24
alojamento do rolamento ou no rasgo do anel-trava
9
(10), determinam a sua substituição.
Parafusos do flange de fixação da roda, podem ser
substituídos. Para removê-los, utilize um martelo.

C) Porta-planetárias (7):
Em caso de desgaste ou riscos nos rolamentos de
roletes cônicos das duas extremidades do porta-
planetárias, remova-os destrutivamente e monte
rolamentos novos, utilizando uma ferramenta
adequada. Neste caso, as capas também devem ser
substituídas - conforme item A). 24
9
23
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D) Bucha centralizadora (12): somente redutor 4,87:1


Se a mesma estiver gasta, remova-a destrutivamente, cuidando para não danificar a
carcaça do redutor.
Para a montagem, utilize uma ferramenta adequada.

E) Planetárias (21), eixos (9), rolamentos de roletes (17) e chapas de encosto


(24):
Deformações, quebras, desgastes ou riscos, determinam a substituição do(s)
componente(s).
As chapas de encosto das planetárias com desgaste leve, podem ser montadas
invertidas em relação a posição original para compensar a folga devida ao desgaste.
OBS: No caso de substituir o rolamento cônico do porta- planetárias - lado da trombeta,
substitua a capa do rolamento da trombeta.
Para sacar esta capa, utilize a ferramenta FT4005
Para montar uma capa nova, utilize a ferramenta FT4007 e FD0006
Se for necessário substituir também o retentor atrás da referida capa, remova-o
destrutivamente e instale um novo com a ferramenta FT4008 e FD0006
Introduza o retentor até a metade do curso e aplique uma leve camada de cola para
juntas em volta da superfície ainda exposta.
Em seguida, complete a instalação com cuidado para não danificar ou deixar o retentor
mal posicionado.

2.5 - Montagem dos redutores finais


A) Redutores 4,8:1 (MF 630)
a) Posicione a semi-árvore sobre o disco da ferramenta FT4001;
b) Instale o sino sobre a semi-árvore (16), tendo o cuidado para não cortar os lábios
do retentor no estriado da semi-árvore;
c) Monte o cone do rolamento (11) na semi-árvore utilizando a ferramenta FT4009
FT4009.
Prense o cone o suficiente para instalar o porta-planetárias;
d) Instale o porta-planetárias na semi-árvore e prense-o juntamente com o cone do
rolamento utilizando a ferramenta FT4009. O conjunto deve ser prensado o sufici-
ente para instalar o anel-trava (10) no respectivo rasgo na árvore. Instale o anel-
trava (10);
e) Instale a engrenagem solar (6) no porta-planetárias (8) observando a identificação
do lado, feita na ocasião da desmontagem;
f) Instale os roletes (17) e as arruelas espaçadoras (18) no interior das planetárias.
Use graxa para fixar os roletes.
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g) Instale as planetárias no interior do porta-planetárias (8) observando as marcas


feitas quando da desmontagem. Instale também as chapas de encosto (24), uma
de cada lado da planetária. Introduza o eixo (9) das planetárias e fixe-os: no caso
dos redutores 3,14:1 isto é feito com o pino elástico (23). No caso dos redutores
4,8:1, há uma chapa-trava (25) fixa com um parafuso.
Após frene os parafusos dois a dois, com arame.
h) Monte o cone do rolamento (11) usando uma ferramenta adequada.

B) Redutores 6,0:1 (MF 650) e 8,47:1 (MF 660 e 680)


a) Posicione a semi-árvore sobre o disco da ferramenta FT4001
FT4001;
b) Instale o sino na semi-árvore (16) cuidando para não cortar os lábios do retentor
nas estrias;
c) Monte o cone do rolamento (11) na semi-árvore utilizando a ferramenta FT4010
FT4010.
Prense o cone o suficiente para instalar a semi-carcaça na semi-árvore.;
d) Instale a semi-carcaça na semi-árvore e prense-a juntamente com o cone do rola-
mento, utilizando a ferramenta FT4010 e o disco da ferramenta FT4001
FT4001. O conjun-
to deve ser prensado o suficiente para instalar o anel-trava (10). Instale o anel-trava
(10);
e) Instale as duas carreiras de roletes (17) e as arruelas separadoras (18) no interior
das planetárias, utilizando graxa;
f) Posicione sobre a semi-carcaça instalada na semi-árvore as planetárias (21) junta-
mente com as arruelas de encosto (24), uma cada lado. Observe as marcas feitas
nas planetárias quanto ao lado de montagem. Instale os eixos (9) das planetárias
para alinhá-las com os furos das semi-carcaças;
g) Posicione a engrenagem solar (6) na semi-carcaça entre as planetárias;
h) Instale a outra semi-carcaça sobre o conjunto observando as marcas de posição
das duas semi-carcaças;
i) Posicione os eixos (9) das planetárias e fixe-os com as chapas-trava (25) com os
respectivos parafusos. Também trave os parafusos dois a dois, com arame;
j) Monte os 3 pinos-guia (22) de união das semi-carcaças;
l) Instale com Loctite 271 os 3 parafusos (26) de junção das semi-carcaças, com as
respectivas arruelas, aplicando um torque de 45 a 50 kgf.m (450 a 500 N.m), em
kgf.m
3 etapas.
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2.6 - Ajuste da pré-carga dos redutores finais

☞ NOTA:
Antes da instalação do conjunto do redutor na trombeta, deve ser feito o ajuste da
pré-carga dos rolamentos cônicos, para o que deve ser adotado o seguinte proce-
dimento:
Esta operação precisa ser feita com o semi-eixo (2) removido. Porém, não o faça
sem antes travar os pedais do freio, para evitar o desalinhamento dos discos de
freio - conforme já recomendado.

a) Remova o semi-eixo com cuidado para não da-


nificar o lábio do retentor da extremidade da 7 kgf.m
kgf.m
trombeta.
b) Instale o conjunto do redutor na trombeta, sem
o anel de cortiça ou borracha - conforme o redu-
tor. Monte apenas 2 ou 3 dos parafusos de fixa-
ção do redutor, aplicando-lhes um torque de 7,0
kgf.m
kgf.m
c) Com a ferramenta FT4011 e um torquímetro
verifique o torque de giro da semi-árvore (pré-
carga).
Esta pré-carga deve estar entre 1 à 2 kgf.m
para todos os redutores. 11 3
d) Caso o torque de giro esteja abaixo de 1,0 kgf.m,
aumente a espessura de calços (4) sob a capa
do rolamento cônico da trombeta.
Se o torque de giro estiver acima de 2 kgf.m,
diminua a espessura de calços sob a capa.
Medidas dos calços (4) disponíveis:
- 0,13 mm
4
- 0,25 mm
- 0,38 mm 2

e) Obtido o ajuste correto da pré-carga, remova o


4
redutor, reinstale o semi-eixo e novos anéis de
cortiça ou borracha no redutor.
Instale o conjunto do redutor, observando que o
bujão de escoamento de óleo fique para baixo.
Instale todos os parafusos e aplique um torque
final de 7 kgf.m
kgf.m
.m, de forma alternada (cruzada).

f) Reabasteça o redutor final com óleo recomen-


dado até que o nível atinja a borda do bujão de
enchimento.
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3 - Trombetas
3.1 - Remoção
a) Calce as rodas dianteiras para evitar movimento
do trator
b) Introduza cunhas de madeira entre o eixo dian-
teiro e a mesa, em ambos os lados
10 kgf.m
kgf.m
c) Apóie a carcaça central do trator sobre cavale-
tes adequados
d) Remova a(s) roda(s) traseiras.
e) Remova os componentes ligados às trombetas,
como barras inferiores do hidráulico de levante
e outros;
f) Com auxílio de uma talha e uma corrente ou ma-
caco, suspenda ligeiramente a trombeta e re-
mova as porcas de fixação da mesma junto à OBS: Quando remover a trombeta esquerda,
carcaça central. tome cuidado para evitar que o conjunto do
g) Em seguida, puxe a trombeta cuidando para diferencial não saia junto e caia ao chão.
que a mesma saia alinhada.
O procedimento descrito é idêntico para ambas
as trombetas.

3.2 - Reinstalação da trombeta


A reinstalação das trombetas deve ser feita na ordem
inversa à remoção, observando porém o seguinte:
1- Veja a página 22 sobre a medida "Y" máxima no
interior da trombeta;
2- Não monte a trombeta sem o semi-eixo. Como
não é possível travar os freios, o semi-eixo é
necessário para manter os discos de freio ali- 3a
nhados.
3- O anel "O", que vai entre a trombeta e a placa do
freio (junto à carcaça central), deve ser coloca-
do na trombeta e o anel “O” (3a) que vai entre a
placa do freio e a carcaça central, na placa do
freio.
4- Ao introduzir a trombeta em seu alojamento,
faça-o de forma cuidadosa, para permitir o per-
feito alinhamento e encaixe, tanto nos prisionei-
ros da carcaça, quanto nas planetárias do dife- 5- Aperte as porcas de fixação das trombetas jun-
rencial. to à carcaça central, ao torque final de 10
kgf.m, de forma cruzada.
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4 - Freios
4.1 - Sistema hidráulico de acionamento dos freios
O sistema de acionamento dos freios é do tipo
7
hidráulico.

A) Circuito do sistema de acionamento:

1
3

7
5
2
6

1- Cilindros-mestres
2- Cilindros-servos
3- Porcas de regulagem da folga das hastes acionadoras dos cilindros-mestres
4- Coifa de borracha de proteção
5- Bujões de sangria do circuito
6- Válvula equalizadora
7- Tubo proveniente do reservatório de fluido
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B) Sangria do sistema de freios:


A sangria deve ser feita sempre que:
- Faltar fluido no reservatório;
- For efetuado algum reparo no sistema;
- Houver vazamento (após a eliminação do mes-
mo).
- A atuação dos pedais não for firme.

Procedimento:
a) Complete o nível de fluido no reservatório locali-
zado no compartimento do painel (versão Trator plataformado
plataformada) ou em frente ao compartimento.
b) Acione um dos pedais até o fundo por 3 a 5 ve-
zes e mantendo-o pressionado.
c) Peça a um auxiliar, que solte o respectivo bujão
de sangria (5) sobre as trombetas, apertando-o
Cabinado

em seguida.
Somente após solte o pedal. Se necessário, re-
pita o procedimento.
d) Proceda da mesma forma com o outro pedal e
respectivo bujão de sangria (5).
OBS: Não deixe faltar fluido no reservatório du-
rante a sangria. Após o procedimento, comple-
te o nível.

ATENÇÃO:
Cuide para que o fluido não entre
em contato com a pele e em espe-
cial os olhos.
Se isto ocorrer, lave abundantemen-
te com água corrente e procure um
médico, no caso de penetração nos
olhos. 5
Em caso de ingestão do fluido, beba
leite em abundância e procure um
médico imediatamente.
O fluido em contato com partes me-
tálicas e pinturas, provoca o
descascamento e oxidação, caso
não seja lavado imediatamente.
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C) Regulagem da folga da haste do cilindro-mestre:


OBS: Esta folga não é a mesma dos pedais dos freios, que será descrita mais adiante.
A regulagem da folga da haste, visa manter uma folga entre a haste e o pistão do
cilindro-mestre. Este procedimento normalmente se faz necessário ao trocar os cilindros-
mestres.
A folga recomendada é de aproximadamente 5 mm.

a) Movimente um dos pedais manualmente, até


sentir que a haste acionadora (1) toca o pistão
(3).
O curso da haste, desde o repouso até tocar pis-
tão, deve ser de aproximadamente 5 mm
mm.
b) Se necessário, faça o ajuste soltando a
contraporca (2) e girando a haste (1) conforme
necessário.
c) Reaperte a contraporca (2) e proceda da mesma
forma com a haste do outro cilindro-mestre.
2 1 3

D) Verificação e regulagem do curso livre dos pedais:


O curso livre dos pedais, deve estar entre 40 e 50 mm
mm.
Se necessário, corrija a folga através da porca (4) junto aos cilindros-servos: girando no
sentido horário, diminui a folga e vice-versa.
Proceda da mesma forma com ambos os pedais.
OBS: Antes de proceder a regulagem dos pedais, certifique-se de que o sistema está
isento de ar. É recomendável proceder a sangria antes.
Para certificar-se de que todo o sistema de freios está em perfeitas condições, faça um
teste de aplicação simultânea.

Cilindro
Cilindro--
servo
40
a 50
mm
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E) Manutenção dos cilindros mestre e servo:

Cilindro -mestre
Cilindro-mestre Cilindro
Cilindro--servo

Com o passar do tempo estes cilindros sofrem desgaste. Isto pode ser constatado
quando houver necessidade freqüente de sangrias do sistema, conforme descrito.
Em alguns casos, o desgaste é tal, que determina a substituição do conjunto completo
do(s) cilindro(s). É o caso de haver riscos na superfície interna dos cilindros ou desgaste.
Em outros casos, basta a substituição do jogo reparo do(s) cilindro(s), que pode ser
adquirido separadamente.

Neste caso, é de vital importância uma limpeza


minuciosa do conjunto após a desmontagem. Além
disso, no caso de a superfície interna do cilindro
apresentar-se brilhosa, é necessário passar uma lixa
fina (granulação 400).
Cuide porém, para não lixar no sentido longitudinal
do cilindro - observe o esquema ao lado. Lixe apenas
o suficiente para remover o brilho.
Lave todas as peças em querosene e seque-as com
auxílio de ar comprimido.
Na montagem é necessário lubrificar as peças com
fluido de freio, para facilitar a montagem do jogo de
reparo e evitar danos ao mesmo. Remoção do brilho interno da camisa dos
cilindros
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 19
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F) Ajuste do freio de estacionamento

1 3

Pequenos ajustes podem ser obtidos mediante o giro


do manípulo (1) da alavanca de acionamento: giro no
sentido horário, diminui a folga do cabo e vice-versa.

Observe que o curso livre os pedais do freio de serviço


também interfere na folga do cabo do freio de
estacionamento (2), já que este atua sobre a alavanca
(3), que por sua vez aciona as placas expansoras.

Esgotados os recursos acima, ajuste o cabo (2) através


das porcas (4), no sentido de diminuir a folga. 2

2
20 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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4.2 - Discos de freio 1

A) Identificação dos componentes


1- Placa de freio 5

2- Trombeta
3- Articulação de acionamento das placas
2
expansoras
4- Discos ativos (sinterizados)
5- Discos estáticos (lisos, de aço)
3
6- Placa expansora.

☞ NOTA:
O número de discos ativos (4) existen-
tes em cada lado, é identificado exter-
6 4

namente e corresponde ao número de 7


rasgos (7) na placa de freio (1).
No caso do exemplo da figura ao lado,
são 4 discos em cada lado.

B) Desmontagem :
a) Remova a(s) trombeta(s) (2).
b) Remova a placa do freio (1).
Na trombeta do lado direito, retire antes os com-
ponentes acionadores do bloqueio do diferenci-
al; o garfo (X) é removido junto com a placa (1).
Sobre bloqueio, veja as páginas 25 e 26.
8
c) Remova o mecanismo de acionamento (3).
d) Remova as placas de freio (1), retirando os 2 pa-
rafusos Allen (ou fenda - 8) que as fixam às trom- 1
betas. Recolha e descarte o anel “O” (9) de am-
bos os lados da placa (1).
e) Retire todos os demais componentes do interior
da trombeta.
9
X 1

4
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 21
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B) Análise dos componentes do freio: 4

Ï
Ï
A seguir, um roteiro e o respectivo procedimento,
sobre análise dos componentes do freio. Esta análise,
fornece dados que, comparados às especificações,
determinam a necessidade ou não, da substituição
dos componentes.

Espessura dos discos ativos, de bronze (4):


A medida nominal é de 4,75 à 4,90 mm e a mínima
5
para serviço é de 4,10 mm
Caso estiver abaixo deste valor, o disco deve ser
substituído.
OBS: Os discos ativos (bronze) novos, devem ficar
imersos em óleo de transmissão durante pelo menos
30 minutos, antes da montagem

Espessura das placas expansoras (6):


A espessura nominal, em repouso, das 2 placas
montadas, é de 37,16 à 37,79 mm.
A mínima admissível para serviço, é de 35,50 mm.
6

Ï
Ï
Caso seja menor, substitua o conjunto das placas
expansoras.
Examine atentamente o estado das molas, esferas e
demais componentes. Se for o caso, substitua o
conjunto completo dos expansores.

Espessura dos discos fixos (de aço - 5):


fixos
A espessura nominal é de 2,56 a 2,69 mm e a mínima
para serviço é 2,00 mm..
Substitua o(s) disco(s) que estiverem abaixo desta
medida.

Utilização de um disco estático adicional:


Lado da roda

No caso de todos os componentes do freio estarem


com a medida dentro do recomendado acima e a
porca de regulagem da folga dos pedais já ter atingido
o fim da rosca, não permitindo mais regulagem, pode-
se fazer o seguinte:
Instale um disco de aço (estático), junto ao disco
estático, montado entre a trombeta e a placa
expansora, conforme esquema ao lado.
22 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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Medida "Y" das trombetas (2): Y 2

Ï
Ï
É a distância entre a face externa da trombeta até a
face de atrito com o disco de bronze - esquema ao
lado.
MF 630 e 650:
- Medida nominal: 107,34 à 107,47 mm
- Medida máxima para serviço: 109,50 mm
MF 660 e 680:
- Medida nominal: 115,04 à 115,15 mm.
- Medida máxima para serviço: 117,00 mm.
1

Medida "X" das placas de freio (1):


As medidas são dadas na tabela abaixo, conforme o
número de discos ativos do trator:

N° de discos Medida nominal Mínimo p/ serviço

4 44,45 à 44,30 43,00

5e6 36,60 à 36,75 35,00

MF 630 e 650 = 5 discos


MF 660 e 680 = 6 discos
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4.3 - Substituição das coifas de proteção das hastes acionadoras das


placas expansoras:
Normalmente, as coifas (10) requerem a substituição por ocasião da abertura do eixo
traseiro.

10

A operação de substituição, requer uma ferramenta


10
simples, que pode ser fabricada no próprio local
(ilustrada abaixo), bem como a forma de utilização.

Aplique uma camada de cola para juntas em volta da


superfície da coifa, que vai encaixada na carcaça.

Desenho da ferramenta

Esquema de utilização da ferramenta


24 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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4.4 - Montagem:
Siga o procedimento inverso a desmontagem,
1
observando o seguinte: 6
a) Observe a correta ordem de montagem dos ele- 5
mentos do freio (discos ativos e estáticos, pla-
cas expansoras, etc.)
OBS
OBS:: Para todos os tratores, entre a placa
expansora e a trombeta, devem ser montados
sempre dois discos de bronze intercalados por 2
um de aço (estático) - veja figura ao lado.
Deste modo, a variação da quantidade de dis-
cos ativos entre os tratores, é obtida com a 4
montagem entre a placa de freio (1) e as pla-
cas expansoras (6).

Seqüência de montagem dos componentes, a


partir da trombeta:
P/ 5 Discos
Discos P/ 6 Discos
Trombeta Trombeta 4
Bronze Bronze
Aço Aço 3
Bronze Bronze
Expansor Expansor
Bronze Bronze
Aço Aço
Bronze Bronze
Aço Aço
2
Bronze Bronze
Placa Aço
Bronze
Placa

b) Substitua todos os anéis "O", entre a placa e trom-


beta e entre trombeta e carcaça central.
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 25
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5 - Diferencial
5.1 - Bloqueio do diferencial
Sempre que uma das rodas traseiras perde a aderência ao solo, a outra tende a perder
o movimento, pois a caixa de satélites do diferencial impulsionará somente a roda que
perdeu a aderência, devido ao menor torque requerido pela mesma.
O bloqueio do diferencial tem como objetivo eliminar este inconveniente, ou seja,
promovendo uma ligação solidária entre as duas semi-árvores de modo que ambas as
rodas girem à mesma velocidade.
O bloqueio é acionado através do pedal (13), localizado na plataforma de operação.
Para isso, o operador deve acionar o pedal da embreagem, parando o trator. Do contrário
poderão ocorrer danos em algum dos componentes do bloqueio ilustrados abaixo.
O bloqueio consiste de um par de luvas (1 e 12), que possuem dentes de encaixe no
topo. A luva (12) é fixa à caixa de satélites e a luva (1) pode deslizar na direção longitudinal
sobre o semi-eixo direito, em estrias.
Ao pisar o pedal do bloqueio (13), a luva deslizante (1) se desloca ao encontro da luva
(12), acoplando as partes. O efeito diferencial fica anulado, pois ambas as planetárias
do diferencial ficam bloqueadas em relação à caixa de satélites; ambas as semi-árvores
e portanto ambas as rodas, passam a girar solidárias.

A) Identificação de componentes

1- Luva deslizante 8- Anel de vedação


2- Garfo acionador (interno) 9- Contraporca
3- Pino elástico 10 - Guarda-pó
4- Mola de retorno do garfo 11 - Garfo externo
5- Arruela de encosto 12 - Luva dentada solidária ao diferencial
6- Anel-trava 13 - Pedal
7- Eixo 14 - Coroa do diferencial

2 12 14 2 3 4 5 6

11
1

13
9 10 11
26 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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B) Desmontagem:
a) Afaste o guarda-pó;
b) Remova o garfo externo;
c) Remova a luva (1) deslizando-a sobre o semi-eixo direito;
d) Remova o pino-elástico (3);
e) Remova simultaneamente a placa de freio e o garfo.

C) Análise dos componentes:


Observe atentamente o estado das luvas de acoplamento. Em caso de danos nos dentes,
substitua-a(s).
Verifique o eixo quanto à um possível empenamento. O eixo deve deslizar suavemente
em seu alojamento. Remova eventuais sinais de oxidação utilizando lixa fina.

D) Montagem:
Proceda na ordem inversa à desmontagem,
2 7 4 5 6 8 9 11
observando o seguinte:
Lubrifique o eixo com graxa "Molykote" e instale-o
juntamente com a arruela e a mola através do furo da
placa de freio.
Instale a luva de bloqueio e o garfo, juntamente com
a placa de freio.
Comprima o conjunto com um grampo e instale um
novo pino elástico.
Monte a trombeta e aperte as porcas ao torque de 10
kgf.m
kgf.m

E) Ajuste:
Verifique se ao aplicar o pedal, o curso da luva
deslizante é completo (acoplamento efetivo).
O ajuste pode ser feito de duas formas:
E1) Solte a contraporca (9) e gire o garfo externo (11),
conforme necessário.
E2) Altere a posição do cabo (15), através das por- 15
cas (16).

16
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5.2 - Caixa de satélites e coroa


A) Identificação dos componentes:

16
14
13
12
9 3
5
7
18
4
17
1
3
15
11

10
8
6

1- Vedadores
2- Placa de freio direita 16
3- Placa de freio esquerda
4- Calço(s) liso(s) direito(s) (se utilizado)
5- Calço(s) liso(s) esquerdo(s) (se utilizado)
6- Calço defletor (de pontos) - obrigatório
7- Rolamento cônico direito
8- Luva fixa do bloqueio
9- Semi-carcaça direita da caixa de satélites
10 - Pinhão
11 - Arruelas de encosto das planetárias (2 unidades)
12 - Planetárias (2 unidades)
10
13 - Arruelas de encosto das satélites (4 unidades)
14 - Satélites (4 unidades)
15 - Cruzeta
16 - Coroa
17 - Semi-carcaça esquerda da caixa de satélites
18 - Rolamento cônico esquerdo
28 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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B) Remoção e desmontagem do conjunto


do diferencial:
a) Remova a trombeta esquerda, cuidando para que FT4030
a coroa não caia no chão.
Veja a página 14.

b) Remova do interior da carcaça o conjunto do di-


ferencial, utilizando o dispositivo FT4030 ao lado.

c) Com o conjunto sobre a bancada, remova e des-


carte os arames de frenagem (19) dos parafu-
sos de junção (20) das semi-carcaças da caixa
de satélites.
Solte os parafusos de junção de forma gradual e
alternada, para evitar empenamento das semi-
carcaças. 19 20

d) Remova todos os demais componentes do con-


junto: satélites (14), planetárias (12), cruzeta (15),
arruelas de encosto (13)*, etc.
* Estas arruelas devem ser substituídas.

e) Para remover a capa do rolamento do lado es-


21
querdo, use as ferramentas FT4024 e FT4005.
9 17 16

C) Análise dos componentes:


1- Caixa de satélites (9 e 17): Verifique a existência
de desgaste na região de assentamento das ar-


ruelas de encosto (11) das planetárias e das sa-
NOTA:
télites (13).
O conjunto de satélites (14), planetári-
Além disso, trincas, empenamentos, riscos e
as (12) e cruzeta (15), quando troca-
outros danos, determinam a substituição da car-
dos, devem ser substituídos juntos.
caça completa.

2- Cruzeta (15), satélites (14) e planetárias (12):


Desgaste ou empenamento são os defeitos mais
comuns da cruzeta; se for o caso, substitua-a.
As satélites (14) devem trabalhar suaves e jus-
tas sobre a cruzeta e não apresentar desgaste.
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 29
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3- Arruelas de encosto (11 e 13): devem ser subs- Ï


tituídas sempre que for efetuada uma revisão
geral no diferencial.

4- Coroa (16): Desgaste, trincas e quebras nos den-


tes, determinam a sua substituição.

Empenamento da coroa:
A coroa deve ser inspecionada também quanto ao
empenamento. Esta verificação é de vital importância,
pois uma coroa empenada não permitirá um
assentamento uniforme dos dentes com o pinhão -
Veja as páginas 45 a 49.
O empenamento pode ser verificado de 3 formas:

4a) Com relógio comparador:


Neste caso, utilize uma placa de freio esquerda
sucateada, abrindo uma janela na mesma por meio
de corte para a passagem da haste do relógio
comparador - conforme esquema ao lado.
Com a ponta do relógio comparador apoiada na face
lateral da coroa, vá girando esta última lentamente,
enquanto vai observando os valores máximo e
mínimo indicados pelo relógio comparador.
A diferença entre estes valores é o empenamento.
Dê uma pré-carga de 1,0 a 1,5 mm no relógio
comparador para esta operação.

4b) Dispositivo especial para teste de Verificando o empenamento da coroa com


empenamento, mais relógio comparador
comparador:: dispositivo especial
A única diferença desta técnica, é que a coroa é
montada no dispositivo, utilizando-se também o
relógio comparador.

4c) Fazendo a diferença entre o valor máximo e


mínimo da folga entre dentes encontrada.
Veja a página 45 sobre a verificação e o ajuste da
folga entre dentes.
30 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

☞ NOTAS:
Os valores de empenamento máximo
admissível são os seguintes:
Tratores MF 630 e 650 = 0,13 mm
Tratores MF 660 e 680 = 0,05 mm

1 - Em caso de substituição da coroa, necessa-


riamente deve ser substituído também o
pinhão, pois ambos foram pré-ajustados na
fábrica
2 - Para a substituição da coroa, prenda o con-
junto firmemente na morsa com mordentes de
alumínio e remova os parafusos de fixação
destrutivamente, cortando parcialmente as
porcas com talhadeira.
3 - Na montagem da coroa, aqueça-a em óleo
à 150 °C aproximadamente.

Utilize cola "Loctite" na rosca das porcas na


montagem. 16,5 kgf.m
kgf.m
Aplique um torque de 16,5 kgf.m nas porcas, de
kgf.m
forma cruzada e em etapas. ,

D) Montagem e ajustes finais:


Na montagem, proceda na ordem inversa,
observando o seguinte:
1- Aplique um torque final e alternado de 11
kgf.m nos parafusos de junção da caixa de sa-
télites.

OBS: - Para a montagem da caixa, observe os


códigos numéricos nas semi-carcaças: eles de-
vem coincidir e ficar alinhadas, pois as semi-car-
caças são ajustadas em conjunto na fábrica.

- Monte os componentes da caixa sem lubrifica-


11 kgf.m
kgf.m
ção por enquanto, pois o óleo influencia nas fol-
gas a serem verificadas.

Códigos
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 31
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

2-Folga axial das planetárias (F


Folga a):
(Fa):
Utilizando dois calibres de lâminas, introduzidos um
de cada lado da caixa de satélites conforme figura
abaixo. Faça a média aritmética da espessura dos
calibres introduzidos (Fa + Fb) / 2 = média ou folga
(Fa
existente.
A folga, para todos os modelos, deve estar entre 0,20
e 1,00 mm. Se a folga for maior que 1,00 mm,
experimente substituir as planetárias (e portanto
também as satélites). Verifique novamente a folga;
se continuar excessiva, substitua a caixa de satélites
também.

3-Folga radial das planetárias (F1 + F2):


Folga F1 F2

Verifique a folga radial das planetárias, utilizando um D


calibre de lâminas ou relógio comparador. Neste
último caso, introduza a ponta do relógio comparador Fa Fb
por uma das janelas laterais da caixa de satélites e
manualmente, desloque uma das planetárias para
ambos os lados, fazendo simultaneamente a leitura
no relógio comparador que indicará a folga. A F
A - Caixa de satélites
B - Planetárias B
C - Satélites
C F
D - Arruelas de encosto das planetárias
E - Rolamentos cônicos do diferencial
A folga radial não pode exceder 0,80 mm para
todos os tratores. Se for maior, experimente trocar as E
planetárias (e satélites) e verifique novamente a folga.
Se continuar excessiva, substitua a caixa de satélites
completa.
4- Obtidos os ajustes e dado o torque correto nos
parafusos de junção da caixa, não esqueça de
colocar novo arame de frenagem nos parafu-
sos. Para maior segurança, use um arame para
cada par de parafusos.
5- Para montar a capa do rolamento esquerdo do
diferencial, use as ferramentas FT4027 e
FD0005
OBS: O ajuste da pré-carga dos rolamentos
do diferencial, é descrito na página 41.
32 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

6 - Pinhão
6.1 - Identificação dos componentes
A) MF 630 e 650

2 3 12 4 6

13

10

10 kgf.m 9
kgf.m 11

1- Anel elástico de retenção do rolamento (2) sobre o eixo do pinhão


2- Rolamento de apoio do pinhão
3- Pinhão
4- Rolamento cônico maior e capa
5- Rolamento cônico menor e capa
6- Flange do pinhão
7- Trava da bucha (10) sobre o estriado do pinhão
8- Pino-guia do flange em relação a carcaça
9- Parafuso de fixação do flange na carcaça
10 - Bucha espaçadora
11 - Porca de fixação: deve ser substituída
toda vez que desmontar o conjunto do pinhão, devido a deformação causada pe-
los pinos de travamento (12)
12 - Pinos de travamento da porca (11)
13 - Arruela espaçadora
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 33
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

B) MF 660 e 680 1 2 3
1- Anel elástico de retenção do rolamento (2) so-
bre o eixo do pinhão
2- Rolamento de apoio do pinhão
16
3- Pinhão
4- Rolamento cônico maior e capa 12
5- Rolamento cônico menor e capa
6- Flange do pinhão
9- Parafusos de fixação do flange na carcaça
11 - Porca de fixação: deve ser substituída toda vez 9
que desmontar o conjunto do pinhão, devido a 4
deformação causada pelos pinos de travamento
(12)
12 - Pinos de travamento da porca (11) sobre o
estriado do pinhão
14 - Calços de ajuste da pré-carga do pinhão 6 15 14 5 11
15 - Bucha espaçadora
16 - Calço(s) de ajuste de posicionamento do
pinhão

6.2 - Remoção do pinhão - todos os tratores


Com o diferencial removido, proceda como segue:
a) Remova inicialmente a tubulação de lubrificação
do pinhão, conforme o caso - figura ao lado.

b) Afrouxe de forma gradual e alternada os parafu-


sos (9) do flange (6).
Em seguida, para sacar o flange, utilize 2 para-
fusos removidos (9) e instale-os nos furos com
rosca do flange: a força de reação destes para-
fusos contra a carcaça, removerá o flange.

☞ NOTA:
No caso dos tratores MF 660 e 680, recolha e identifique os calços de ajuste de
posicionamento (16).
Os demais tratores não possuem ajuste de posicionamento e a pré-carga do pinhão
é ajustada apenas pelo aperto da porca (11).
34 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

6.3 - Desmontagem do conjunto do pinhão - todos:


OBS: Acompanhe sempre as figuras de identificação
dos componentes, das páginas anteriores.
a) Prenda o conjunto pelo flange numa morsa, uti-
lizando mordentes de alumínio.
b) Com um saca-pino, bata para dentro os roletes
de travamento.

Remova a porca frontal do pinhão com a ferramenta


FT4013

FT4012
Use a ferramenta FT4012 para travar o pinhão.
Remova o rolamento traseiro do pinhão dos tratores
de forma destrutiva.
Em seguida, desmembre o conjunto - Veja a figura
de identificação geral das páginas 32 e 33.

6.4 - Análise dos componentes


A) Pinhão (3):
Sinais de desgaste excessivo, quebras, trincas,
descascamento e danos nas estrias, determinam a
substituição do pinhão e portanto, também da coroa.

B) Rolamentos (2, 4 e 5):


Qualquer dano às superfícies de trabalho, como
riscos, endentações, mudança de cor e
descascamento dos roletes (fadiga), determinam a
substituição completa dos rolamentos e flange.

☞ NOTA:
Em todos os tratores, as capas dos rolamentos cônicos são ajustadas na fábrica
em conjunto com o flange, para assegurar o correto ajuste entre o pinhão e coroa.
Por isso, quando tiver que trocar algum dos rolamentos, necessariamente deve
ser substituído também o flange.
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 35
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6.5 - Montagem e ajuste do conjunto do pinhão


Rolamento de apoio (2)
2a
Caso seja necessário substituir o rolamento de apoio
de roletes (2), observe que o raio de concordância 2
“R” existente num dos lados da pista interna do
rolamento fique voltado para o pinhão e o lado
chanfrado voltado para o lado do anel-trava (2a). 3
Use as ferramentas: FT4019 e FD0005 ou a prensa
FD0001, FD0003 e FD0004
Substitua sempre o anel-trava da extremidade do
pinhão.
2
Para montar o rolamento traseiro do pinhão, use as
ferramentas FD0001, FD0002, FD0003, mais:
- Para MF 630 e 650: FT4017
- Para MF 660 e 680: FT4018

Posição correta dos pinos de travamento (12)


Devem ficar opostos, 1800 entre si. R
Além disso, recomenda-se usar 2 pinos novos e que
estes não sejam montados nas mesmas estrias
11
anteriores ou na estria em que se encaixa a trava da
bucha espaçadora (10).
Jamais improvise, pois o correto travamento é
fundamental!

A porca (11):
12
Deve ser substituída sempre que for desmontado o
conjunto do pinhão. Isto porque, os pinos de
travamento (12) deformam a rosca por ocasião da
instalação, inutilizando-a para reutilização após a
desmontagem.

✔ Ao instalar o pinhão na carcaça, observe o ali-


nhamento dos furos do flange (6) com os pinos
de alinhamento (8) da carcaça.
Jamais monte o flange sem os pinos de alinha-
mento ou com estes danificados.

✔ A reinstalação do pinhão na carcaça e os ajus-


tes deste em relação à coroa, são apresentados
no próximo Capítulo.
36 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
Edição 03: 01/03
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6.6 - Ajuste da pré-carga dos rolamentos do pinhão


A) MF 630 e 650:
a) Monte todos os componentes, lubrificando-os
levemente.

b) Aperte a porca (11) com os dispositivos FT4012


(para travar) e FT4013 e gire o pinhão em várias
voltas, nos dois sentidos, para garantir o assen-
tamento dos cones e capas dos rolamentos.
FT4020
c) Com um torquímetro adequado (em kgf.cm), e
o dispositivo FT4020 ao lado, fixo sobre o
estriado do pinhão, verifique a pré-carga do eixo,
que deve estar entre 20,4 e 25,5 kgf.cm
Se usar a balança FD0010, a leitura deve estar FD0010
entre 4 e 5 kgf .
Se necessário, corrija a pré-carga apertando ou
soltando a porca fixadora (11) com as ferramen-
tas FT4012 e FT4013.
2 4 5
3
d) Obtida a pré-carga, trave a porca (11) com dois
roletes novos (12), observando a posição corre- 11
ta dos mesmos conforme descrito anteriormen-
te.

e) Feito o ajuste e o travamento, proceda ao ajuste


da pré-carga do diferencial (rolamentos da co-
roa) - veja a página 41.
9 6 7 12
f) Quando for instalar o conjunto do pinhão na car-
caça, aplique um torque de 10 kgf.m nos para-
kgf.m
fusos (9) de fixação do flange (6) à carcaça.
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 37
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

B) MF 660 e 680 15
O ajuste de pré-carga é feito através da variação da
espessura de calços (14).
a) Monte a bucha espaçadora (15) mais 2 calços
(14) de 0,25 mm cada, para obter uma aproxi-
mação inicial - ou deixe os calços que se encon-
travam montados.

b) Monte o cone do rolamento dianteiro e a porca


de fixação (11), aplicando um torque de 10 a 15
14
Kgf.m na mesma para pré-carregar o conjunto.
Kgf.m
Gire o pinhão em várias voltas, nos 2 sentidos, a
fim de favorecer um melhor assentamento dos
rolamentos cônicos.
16

c) Com o dispositivo FT4020 ou um torquímetro


em kgf.cm, verifique a pré-carga do eixo do
pinhão.
Esta pré-carga deve estar entre 20,4 à 25,50
Kgf.cm,, o que corresponde à 4 à 5 Kgf na
9
balança do dispositivo FT4020.
- Se estiver maior, aumente a espessura de um 6
11
dos calços (14);
- Se estiver menor, diminua a espessura de um
dos calços (14).
15 14 40 kgf.m
kgf.m

d) Aplique um torque final de 40 Kgf.m na por-


ca (11) e verifique novamente a pré-carga. Caso e) Feito o ajuste e o travamento, proceda ao ajuste
esteja fora destes valores, altere a espessura de do posicionamento do pinhão (Somente MF 660
calços de ajuste (14) conforme descrito acima. e 680) - Página 40.

Utilize as ferramentas FT4014 e FT4012 para f) Remova o conjunto do pinhão e faça a pré-car-
apertar as porcas. ga do diferencial (rolamentos da coroa) - Página
41.

☞ NOTA:
As espessuras dos calços (15) dispo-
níveis são: 0,15 - 0,20 e 0,25 mm
g) Quando for instalar o conjunto do pinhão na car-
caça, aplique um torque de 10 kgf.m aos para-
kgf.m
fusos de fixação (9) do flange (6) na carcaça.
38 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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7 - Ajustes e reinstalação do conjunto coroa e pinhão

☞ IMPORTANTE:
Tendo em vista a grande importância do correto ajuste entre todos os componen-
tes da coroa e pinhão, este assunto está sendo tratado no presente Capítulo, de
forma detalhada.
A vida útil e a resistência do conjunto do eixo traseiro, são determinadas de forma
decisiva pelo correto procedimento. Portanto, siga exatamente o procedimento,
as especificações e a ordem com que são expostos aqui.
É indispensável que estas operações sejam executadas com o máximo de aten-
ção e rigor.

Pré-requisitos:
Para iniciar as operações descritas neste Capítulo, é necessário ter feito o seguinte:
- Desmontagem, análise, montagem e ajuste da pré-carga do pinhão;
- Desmontagem, análise e montagem da coroa e caixa de satélites;

Resumo das operações seguintes:


Para facilitar a assimilação dos procedimentos, é importante conhecer o roteiro
(seqüência) das operações a serem realizadas.
Abaixo, está a seqüência recomendada, que permite a execução da tarefa da for-
ma mais prática.

Operação Página
1° - Ajuste a pré-carga do pinhão (na morsa) - todos ......................................... 36
2° - Faça o Posicionamento do pinhão - Somente MF 660 e 680 ....................... 40
3° - Somente MF 660 e 680: Remova o conjunto do pinhão e instale o
conjunto do diferencial na carcaça. ................................................................ 41 a 44
4° - Faça a pré-carga do conjunto do diferencial ................................................... 41 a 44
5° - Instale na carcaça o conjunto do pinhão. No MF 660 e 680, monte
também os calços de posicionamento determinados na página 40, atrás
do respectivo flange ........................................................................................ 36
6° - Verifique e ajuste a folga entre dentes da coroa e pinhão ............................. 45
7° - Analise a forma do contato entre dentes, utilizando amarelo xadrez
dissolvido em óleo hidráulico. ......................................................................... 47 a 49
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7.1 - Princípios da dinâmica de ajuste entre coroa e pinhão


Basicamente, pode-se dizer que o 11
posicionamento do pinhão e coroa, estão Linha de
corretos quando, o prolongamento do diâmetro centro
primitivo dos dentes de ambos, se cruzam sobre 15 14 do pinhão
um só ponto, localizado sobre o ponto de
16
cruzamento das linhas de centro do pinhão e da 6 9
coroa.
Este é chamado de ponto "Virtual" - ponto (V) do
esquema ao lado.
O conjunto coroa e pinhão é fabricado e ajustado
de forma acasalada, obedecendo a condição do
"Ponto Virtual". 17
17
2

Na prática, a verificação da precisão do ajuste, é


20
feita através da análise visual da forma de 21
V
contato entre dentes. 19
Trata-se portanto, de um teste da seqüência de
ajustes executados, itens 10 a 50 mencionados
no final da página anterior.

Legenda: 18 22

V- Ponto "virtual" de cruzamento.


Linha de centro
2- Rolamento de apoio do pinhão.
da coroa
6- Flange do pinhão.
9- Parafusos de fixação do flange.
11 - Porca fixadora .
14 - Calço(s) de ajuste da pré-carga do pinhão
(MF 660 e 680).
20 - Calço defletor (obrigatório).
15 - Bucha espaçadora (MF 660 e 680).
21 - Calço(s) liso(s) - se montados.
16 - Calços de ajuste de posicionamento do pinhão
OBS: Normalmente, na fábrica, é montado ape-
(MF 660 e 680).
nas o calço defletor no lado direito.
17 - Placas de freio (esquerda e direita).
Na manutenção, caso necessário, adota-se
18 - Coroa. calço(s) lisos adicional(is) para ajuste do
19 - Calço(s) liso(s) de ajuste da pré- carga e posicionamento e pré-carga da coroa.
posicionamento da coroa - lado esquerdo (se 22 - Linhas do prolongamento dos cones primitivos
montado). dos dentes da coroa e pinhão.
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7.2 - Ajuste de posicionamento (MF 660 e 680)


Procedimento
a) Instale o conjunto do pinhão, (com a pré-carga
já ajustada) no alojamento, aplicando um torque
de 10 kgf.m nos parafusos (9);
9
b) Com o dispositivo FT4021 posicionado e com
um calibre de lâminas, verifique a folga "FE", entre
o pino de referência (A) e a face do cone do rola- 16
mento (B).
c) Calcule a folga ideal "FI", ou seja, a folga que
deve ser obtida.
FI = 1 ± T FE B
Onde “T” é a medida do desvio de tolerância,
A
gravado na cabeça do pinhão, como o exemplo
da figura ao lado: 0,05 mm. FT4021
- Se o valor de T for positivo, FI = 1 + T
- Se o valor de T for negativo, FI = 1 - T
- Se não houver um valor (T) gravado, FI = 1,0
“ T”
A diferença entre FE e FI, deve ser compensada
com calços (16), montados atrás do flange do
pinhão.
Podem acontecer 3 situações:

1- Folga Encontrada “FE” = a Folga Ideal “FI":


posicionamento do pinhão está correto.

2- FE for maior que FI: pinhão muito recuado. Di-


minua a espessura de calços (16);

3- FE for menor que FI: pinhão está muito avan-


çado. Aumente a espessura de calços (16).

Para as situações 2 e 3 acima, a alteração de


espessura que deve ser executada nos calços
(16), é a diferença entre FE e FI, para mais ou
para menos.
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7.3 - Pré-carga do diferencial


Inicialmente é feito apenas o ajuste da pré-carga dos rolamentos do diferencial (definição
da espessura de calços). A eventual alteração no posicionamento do conjunto é feito
por ocasião do ajuste de folga entre dentes e, conforme o caso, também na verificação
do contato.
Nos diferenciais dos tratores MF 630 e 650, a pré-carga e a folga entre dentes do
pinhão e coroa geralmente ficam ajustados usando apenas calço defletor (de pontos -
ver tabela abaixo) atrás da capa do rolamento do lado direito. Ou seja: normalmente
não são necessários calços lisos, nem no lado direito, nem no lado esquerdo.

Nos diferenciais dos tratores MF 660 e 680, utiliza-


Tabela para determinação do calço defletor
se um calço defletor (normalmente de 7 pontos) e
Espessura do calço Referência gravada
calços lisos para o ajuste da pré-carga dos rolamentos
defletor recomendado no calço com punção
do diferencial. Isto se faz necessário porque estes
calços tem uma variação menor (mais espessuras 0,76 mm Sem ponto
disponíveis), o que permitirá o ajuste da folga entre 0,89 mm 1 ponto
dentes na etapa posterior. Neste caso é obrigatória a 1,01 mm 2 pontos
substituição de calços do lado direito (atrás da capa), 1,14 mm 3 pontos
por calços do lado esquerdo (atrás do cone do 1,27 mm 4 pontos
rolamento). 0,63 mm 7 pontos
Em todos os casos, o uso de calço defletor atrás da
capa do rolamento direito é obrigatório. Isto porque,
além da função de calço, este possui também uma
função hidrodinâmica frente ao óleo da transmissão.
É indispensável ter sempre à mão um estoque
completo de todos os calços empregados no ajuste FT4025 / 4026
de coroa e pinhão.

Procedimento para determinação da pré-carga


dos rolamentos do diferencial.. FT4005

a) Se o pinhão estiver montado, remova-o;


b) Nos tratores MF 630 e 650, se existirem calços
atrás do cone do rolamento esquerdo (placa de
freio esquerda), remova o cone utilizando as fer-
ramentas:
Disco
- FT4025 + FT4005 para MF 630 e 650.
- FT4026 + FT4005 para o MF 660 e 680.
É necessária também uma ferramenta de disco
adequada (bolacha), para apoiar a extremidade Placa de freio
do fuso da FT4005 na placa esquerda. esquerda
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OBS: Acompanhe as figuras abaixo, que ilustram os


componentes para a pré-montagem inicial sugerida
nos itens b), c), d), e)
c) Remova todos os calços atrás do cone do rola-
mento esquerdo (tratores MF 630 à 650) e monte
novamente o cone do rolamento, usando a fer-
ramenta FT4027 e FD0005 - figura ao lado.
d) No diferencial dos tratores MF 660 e 680, não é
necessário remover, nesta etapa, os calços atrás
do cone do rolamento esquerdo. Se o cone foi
removido então monte um conjunto de calços
lisos com espessura total de 1,00 mm
mm, atrás do
cone do rolamento esquerdo. Use as ferramen-
tas FT4027 e FD0005 para montar o cone do
rolamento esquerdo - figura ao lado.

e) Faça a montagem com os calços especificados


na figura abaixo, a título de aproximação:

Pré-montagem de calços no lado direito e esquerdo do diferencial


MF 630 e 650:
-Lado direito = Só 1 calço defletor (20) de 1
ponto (0,89 mm)
- Lado esquerdo = Nenhum calço

20

19

MF 660 e 680
- Lado direito = 1 calço defletor (20) de 7
pontos (0,63 mm) + calços lisos (21) que
21 20 somam 1,00 mm de espessura
- Lado esquerdo = calços lisos (19) que somam
1,00 mm de espessura
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f) Monte a capa do rolamento direito no seu alojamento na placa de freio direita


usando as ferramentas FT4023 e FD0005.
g) Instale o diferencial na carcaça central utilizando a ferramenta FT4030.
O diferencial já deve ter sido inspecionado.
h) Instale a placa de freio esquerda (sem o anel de vedação).
Fixe a placa de freio utilizando no mínimo 4 porcas e ou parafusos equidistantes.
Aplique um torque de 10 kgf.m (100 N.m) de forma cruzada e em pelo menos 2
kgf.m
etapas.
i) Instale a placa de freio direita (também sem o anel de vedação), observando o
alinhamento do diferencial, bem como a posição correta da placa. Fixe-a da mes-
ma forma que a placa esquerda.

j) Instale a ferramenta FT4029;


K) Verifique a pré-carga dos rolamentos, o que pode
ser feito de duas maneiras:

K .1 - Utilizando um torquímetro em kgf.cm


kgf.cm
(FD0013) acoplado à ferramenta FT4029.
A pré-carga estará correta se o torquímetro indicar
um valor entre 20,5 e 30,8 kgf.cm (Não
considerar o torque de arrancada).
OBS: Gire várias vezes para um lado e depois para
outro, para que haja um assentamento dos
rolamentos nas capas. Use uma manivela ou cabo 20,5 e 30,8
de força. kgf.cm

☞ NOTA:
Tenha cuidado quando usar o torquí-
metro, para que o esforço não seja
maior que a capacidade do mesmo,
sob pena de danificá-lo de maneira
irreversível.

K .2 - Usando uma balança dinamométrica


(FD0011 - 10 kgf) - figura ao lado.
Instale o dispositivo FT4020 na extremidade da
FT4029 já instalada.
Enrole um cordão na polia e ao puxar o cordão através
da balança, esta deve acusar uma força entre 4,1 e
6,2 kgf., com o diferencial girando (desprezar torque
de arrancada). Tenha cuidado para não exceder o
esforço da balança, pois isso irá danificá-la.
4,1 e 6,2 kgf
44 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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Ajuste: 21 Placa de freio


FT4022
✔ Se a pré-carga ficar abaixo de 20,5 kgf.cm (com direita
torquímetro) ou 4,1 kgf (na balança), aumente a
espessura do calço defletor (20), atrás da capa FT3020
do rolamento direito, na placa de freio.
Se necessário, acrescente um calço liso.
✔ Se a pré-carga estiver maior que 30,8 kgf.cm (tor-
químetro) ou maior que 6,2 kgf (na balança), di-
minua a espessura de calço defletor (20) atrás
da capa do rolamento direito.
Caso exista um calço liso (21) junto ao calço Capa
20
defletor (20), pode-se diminuir a espessura des-
te ou removê-lo.

☞ NOTA:
Nesta etapa (para corrigir a pré-carga),
só se alteram os calços montados atrás
Calço liso (21)

da capa do rolamento direito, na placa


de freio direita. Nunca utilize mais de
um calço defletor, nem tampouco utilize
apenas calços lisos;

l) Remova a placa de freio direita, cuidando para


não cair o diferencial.
m) Para remover a capa do rolamento direito da pla-
ca de freio, use as ferramentas FT4022 mais a
Calço defletor (20)
FT3020. Remova a capa, substitua o calço
defletor por outro de espessura conveniente.
Para montar a capa, use as ferramentas FT4023
e FD0005.
n) Monte a placa de freio direita e proceda como
descrito acima para a verificação da pré-carga.
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7.4 - Ajuste da folga entre dentes do pinhão e coroa (Back-lash)


Após ajustar a pré-carga do diferencial, proceda conforme segue, para a verificação da
folga entre dentes.

a) Solte as porcas e/ou parafusos de fixação da pla-


ca de freio esquerda. Desloque um pouco o di-
ferencial, juntamente com a placa de freio, para
a esquerda e instale o conjunto do pinhão em
seu alojamento na carcaça central. Instale o pa-
rafuso de fixação do flange do pinhão e aplique
um torque de 10 kgf.m (100 N.m) de forma cru-
zada e em 3 etapas.

b) Reposicione a placa de freio esquerda, apertan-


do pelo menos 6 porcas ou parafusos, aplican-
do um torque de 10 kgf .m (100 N.m), de forma
kgf.m
cruzada e em 3 etapas.
OBS: No caso dos tratores MF 660 e 680 , não
esqueça de instalar os calços de
posicionamento do pinhão entre o flange e a
carcaça, definidos anteriormente.

c) Gire o pinhão várias vezes em ambos os senti-


dos, para que haja o assentamento dos rolamen-
tos;

d) Trave o pinhão com a ferramenta FT4012;

e) Instale o relógio comparador perpendicularmente


sobre o flanco (face lateral) de um dos dentes
da coroa, conforme ilustrado ao lado. Aplique
uma pré-carga de 1,0 à 1,5 mm no relógio Folga entre dentes Código
comparador.

f) Gire a coroa para frente e para trás, faça a leitura Empenamento da coroa:
e anote o valor. Calcule a diferença entre o maior e o menor valor de
Faça esta verificação em 3 pontos equidistantes folga encontrada, entre as três leituras.
da coroa (defasagem de 120° entre si);
O resultado desta subtração é o empenamento
g) Folgas recomendadas entre os dentes: existente na coroa que está sendo ajustada.

A folga recomendada se encontra gravada so-


bre a periferia da coroa, figura ao lado. Empenamento máximo admitido:
OBS: Nas coroas em que não consta o valor MF 630 e 650 = 0,13 mm
da folga ou o números está ilegível, considere MF 660 e 680 = 0,05 mm
o seguinte:
Folga para MF 630 e 650= 0,25 a 0,38 mm
Se o empenamento exceder o especificado, substitua
Folga para MF 660 e 680= 0,15 a 0,20 mm
a coroa e o pinhão.
46 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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LEMBRETE: Os ajustes da folga e assentamento


entre dentes descrito na seqüência, pressupõe que
o posicionamento do pinhão - caso do MF 660 e
680 - tenha sido feito com o máximo de rigor.

Ajuste da folga entre dentes 19 20 21

Há 2 casos:

1 - Folga acima do especificado:


Folga
Significa que a coroa está deslocada para a esquerda
(afastada do pinhão).

Solução:
MF 630 e 650: acrescentar calços lisos no lado
esquerdo e escolher um calço defletor de me-
nor espessura para o lado direito;
OBS 1: Para estes tratores normalmente não
se usa calço atrás do cone do rolamento es-


querdo, mas se houver necessidade, utilize
IMPORTANTE:
calço(s), cujo número de peça é 892 180 M1.
Em ambos os casos, a soma das es-
OBS 2: O calço 892 180 M1 é diferente dos
pessuras dos calços (19 + 20 + 21),
que se utilizam nos tratores MF 660 680 com a
não pode ser alterada, sob pena de
mesma finalidade.
alterar a pré-carga dos rolamentos do
diferencial ajustada anteriormente.
MF 660 e 680: retire calço(s) liso(s) junto ao cal-
Por exemplo: se diminuir a espessura de calços
ço defletor e coloque-o(s) no lado esquerdo.
do lado direito em 0,10 mm, necessariamente de-
verá ser aumentada a espessura de calços no lado
2 - Folga abaix
Folga o do especificado
abaixo esquerdo, também em 0,10 mm
Significa que a coroa está deslocada para a direita Se no lado direito houver apenas o calço defletor
(muito próxima do pinhão). (20) montado e for necessário deslocar a coroa
para o lado do pinhão (lado direito), será neces-
Solução: sário substituir o calço defletor (20) por outro mais
Proceda de maneira inversa ao caso anterior: fino e acrescentar calço(s) liso(s) no lado esquer-
do, com espessura igual àquela que foi diminuída
No lado direito:
no defletor.
- Aumente a espessura do calço defletor (20) ou
- Acrescente ou aumente a espessura de calço(s)
liso(s) (21).
No lado esquerdo: diminua ou remova o(s) calço(s)
liso(s) (19).
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 47
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7.5 - Verificação e ajuste do contato entre dentes


A verificação e análise da forma de contato entre os
dentes é o teste dos demais procedimentos de ajuste
executados até aqui.
Se tais procedimentos foram conduzidos com o
necessário rigor, certamente o resultado do teste do
contato será positivo.
X
Relembrando: certifique-se sempre, de que o código
gravado na periferia da coroa (X), corresponde ao
código do pinhão (Y).
Se isto não ocorrer, pode não ser possível obter o
correto ajuste entre dentes, exigindo a substituição
da coroa e pinhão.

Y
A) Procedimento para verificação do
contato:
a) Pinte a frente (marcha a frente) e as costas (mar-
cha a ré) de 3 ou 4 dentes da coroa. Utilize para
isso tinta amarelo xadrez, dissolvido em óleo
hidráulico.
Parte externa Frente (lado
convexo)
b) Gire o pinhão uma vez sobre todos os dentes marcha à
frente.
antes pintados.

c) Faça esta verificação em 3 pontos diferentes da Costas (lado


côncavo)
coroa, espaçados a 120° entre si. Caso surgirem
marcha à ré.
diferenças acentuadas nas marcas, indica que
há empenamento da coroa - que deve ser subs-
tituída junto com o pinhão.
Parte interna
OBS: É indispensável que a análise da forma de
contato seja feita em ambos os lados dos den- Identificação dada às partes dos dentes:
tes (costas e frente).

d) Faça a análise da forma do contato conforme


descrito na seqüência:
48 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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B) Tipos de dentes empregados e a


respectiva marca de contato
recomendada:
Podemos encontrar 2 tipos distintos de perfil de
dentes, que poderão ser identificados visualmente,
observando a altura do dente ao logo de todo o
comprimento.

B.1 - Dente "OERLIKON"


"OERLIKON"
Se caracteriza por ter altura constante ao longo do
dente - figura ao lado. Costas
A marca de contato, nestes dentes, deve se localizar Frente
o mais próximo possível do centro, tanto no lado de
marcha a frente como a ré.

B.2 - Dente "GLEASON" E


Este dente possui altura variável ao longo do
comprimento;
Neste caso, a marca do contato tende a se deslocar
para a parte interna, em ambos os lados do dente
(frente e costas).
Frente Costas

C) Análise das falhas no contato


A análise inclui o posicionamento do pinhão, que só é ajustado no MF 660 e 680.
Porém, nos demais tratores, podem ocorrer problemas de posicionamento de pinhão,
caso tenham sido substituídas as capas dos rolamentos do pinhão, sem trocar também
o flange.
Caso a falha no contato for diferente das ilustradas a seguir, o problema pode ser:
✗ A coroa e o pinhão não são do mesmo par (códigos diferentes);
✗ A folga entre dentes está incorreta. Experimente alterá-la, mas sem sair do interva-
lo recomendado;
✗ O conjunto pinhão e coroa foi ajustado de forma incorreta anteriormente e os
dentes acasalaram-se indevidamente, de forma forçada. Neste caso, o ideal é
substituir o conjunto coroa e pinhão;
✗ Problemas de posicionamento de pinhão: por ajuste incorreto (MF 660 e 680) ou
por terem sido substituídas as capas dos rolamentos do pinhão, sem trocar tam-
bém o flange (MF 630 e 650).
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 49
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Incorreto 1: Incorreto 2:
Pinhão avançado e/ou coroa muito próxima Pinhão recuado e/ou coroa muito afastada do
do pinhão. pinhão.


OBS: As figuras mostram


engrenagens do tipo
"Gleason" (dentes de seção
variável)

CORRETO:
Marcas localizadas à meia altura e ligeiramente
deslocadas para o lado interno.

Obtidos os ajustes ideais, remova as placas de freio


e monte-as nas trombetas.
Instale as trombetas na carcaça juntamente com o


sistema de freio e redutores finais.
Aperte as porcas de fixação das trombetas ao torque
de 10 kgf.m
Verifique o aperto de todos os parafusos e porcas.

Obtidos os ajustes ideais, verifique se todos os parafusos do pinhão estão apertados.


Remova as placas de freio e monte-as nas trombetas. Instale as trombetas na carcaça
juntamente com o sistema de freio e redutores finais.
Aperte as porcas de fixação das trombetas ao torque de 10 kgf.m
kgf.m
50 Manual de Oficina - Série 600 Advanced
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8 - Tabela de especificações técnicas gerais


8.1 - MF 630 e 650

A) Redutores finais:
Relação de redução ................................................................... MF 630 = 4,87:1 MF 650 = 6,0:1
Torque de giro dos redutores (sem a semi-árvore) .................. 1,0 à 2,0 kgf.m
Calços disponíveis para ajuste do torque de giro dos
redutores (pré-carga) ................................................................. 0,13 - 0,25 - 0,38 mm
Torque de aperto das porcas de fechamento do redutor ........ 7,00 kgf.cm

B) Freios:
Freios:
Curso livre dos pedais de freio ................................................. 40 à 50 mm
Quantidade de discos ativos (bronze) ...................................... 5
Espessura mínima das placas expansoras (em repouso) ....... 35,50 mm
Espessura mínima para os discos de bronze ......................... 4,10 mm
Espessura mínima para os discos fixos (aço) .......................... 2,00 mm
Medida "X" mínima nas trombetas - em mm .......................... 35,0 mm
Medida "Y" máxima nas trombetas .......................................... 109,50 mm

C) Diferencial:
Redução ..................................................................................... 3,889:1 (35 / 9 dentes)
Folga axial das planetárias ........................................................ 0,20 - 1,00 mm
Folga radial máxima das planetárias ........................................ 0,80 mm
Torque dos parafusos de junção da caixa de satélites ............ 11,0 kgf.m
Torque dos parafusos de fixação da coroa .............................. 16,5 kgf.m
Empenamento máximo da coroa - em mm ............................. 0,13 mm
Folga entre dentes (coroa e pinhão) - em mm ......................... 0,25 à 0,38 mm
Pré-carga do diferencial (pinhão removido) ............................. 20,5 à 30,8 kgf.cm

D) Pinhão:
Pré-carga dos rolamentos ......................................................... 20,4 à 25,5 kgf.cm
Torque dos parafusos de fixação do flange do pinhão
na carcaça ................................................................................. 10 kgf.m
Torque de aperto da porca de ajuste da pré-carga
do pinhão: .................................................................................. Apertar até obter a pré-carga e em se-
guida travar c/ os pinos
E) Trombeta:
Trombeta:
Torque de fixação dos parafusos das trombetas ..................... 10,0 kgf.m
Manual de Oficina - Série 600 Advanced 51
Edição 03: 01/03
Módulo H: Eixo traseiro ÍNDICE BUSCA

8.2 - MF 660 e 680

A) Redutores finais:
Relação de redução ................................................................... 8,47:1
Torque de giro dos redutores (sem a semi-árvore) .................. 1,0 à 2,0 kgf.m
Calços disponíveis para ajuste do torque de giro dos
redutores (pré-carga) ................................................................. 0,13 - 0,25 - 0,38 mm
Torque de aperto das porcas de fechamento do redutor ........ 7,00 kgf.cm

B) Freios:
Freios:
Curso livre dos pedais de freio ................................................. 40 à 50 mm
Quantidade de discos ativos (bronze) ...................................... 6
Espessura mínima das placas expansoras (em repouso) ....... 35,50 mm
Espessura mínima para os discos de bronze ......................... 4,10 mm
Espessura mínima para os discos fixos (aço) .......................... 2,00 mm
Medida "X" mínima nas trombetas - em mm .......................... 35,0 mm
Medida "Y" máxima nas trombetas .......................................... 117,0 mm

C) Diferencial:
Redução ..................................................................................... 5,25:1 (63 / 12 dentes)
Folga axial das planetárias ........................................................ 0,20 - 1,00 mm
Folga radial máxima das planetárias ........................................ 0,80 mm
Torque dos parafusos de junção da caixa de satélites ............ 11,0 kgf.m
Torque dos parafusos de fixação da coroa .............................. 16,5 kgf.m
Empenamento máximo da coroa - em mm ............................. 0,05 mm
Folga entre dentes (coroa e pinhão) - em mm ......................... 0,15 à 0,20 mm
Pré-carga do diferencial (pinhão removido) ............................. 20,5 à 30,8 kgf.cm

D) Pinhão:
Pré-carga dos rolamentos ......................................................... 20,4 à 25,5 kgf.cm (Ajustada por calço)
Torque dos parafusos de fixação do flange do pinhão
na carcaça ................................................................................. 10 kgf.m
Torque de aperto final da porca de fixação do pinhão: ............ 40 kgf.m
OBS: Para verificação da pré-carga, dê um
aperto parcial de 10 a 15 kgf.m.
E) Trombeta:
Trombeta:
Torque de fixação dos parafusos das trombetas ..................... 10,0 kgf.m

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