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UNIVERSIDADE DE UBERABA

TIAGO DONIZETE DE ARAUJO R.A: 5120571

PROJETO DE INFRAESTRUTURA URBANA


PROJETO TERRA NOVA
DRENAGEM URBANA

Setembro/2017
Memorial de Cálculo

1. Introdução
O presente memorial tem por objetivo estabelecer as diretrizes basicas para a
construão do sitema de drenagem urbana no condominio Terra Nova no
municipio de Uberlândia.

2. Vazões de projeto

As vazões de projeto para o modelo de micro drenagem serão calculadas pelo


Método Racional, aplicando-se a seguinte fórmula:

𝑄𝑃 = 0,00278 ∙ 𝐶 ∙ 𝐼 ∙ 𝐴

Onde:
𝑄𝑃 = Vazão de projeto, em m³/s;
C= Coeficiente de escoamento superficial;
I= Intensidade da chuva de projeto, em mm/h;
A= Área de drenagem, em há.

Para os cálculos foram adotados:

C = 0,7 (para as faixas lindouras das quadras)

C = 0,9 (para a faixa da meia largura da via)

I = 194,5 mm/h

2.1. Parâmetros hidrológicos utilizados na drenagem de vias urbanas

Adotamos o limite de 1,67 m para a largura de alagamento nas sarjetas. Em função da


faixa de alagamento e do padrão da sarjeta, as alturas “y” da lâmina d’água nas guias
dos passeios alcançarão os valores indicados na Tabela 5.

Tabela 5 - Altura da lâmina d’água nas guias dos passeios


Altura “y” (cm)
Sarjeta Largura do alagamento Sarjeta na sarjeta (m)
Padrão
1,67 2,17
A 5,0 6,5
B 11,0 12,5
C 16,0 17,5

3. Sarjetas

3.1 Área de drenagem da via

A área de drenagem de uma via levará em conta a faixa da pista que contribui para o
escoamento em uma e uma faixa da quadra lindeira, exemplificado no esquema abaixo:

Figura 1 – Área de drenagem de uma sarjeta

A tabela abaixo relaciona os valores de a em função de F:

Portanto, dessa forma calcula-se a vazão específica de uma sarjetapor:

𝑄 = 𝑞1 + 𝑞2
𝑞1 = 0,00278 ∙ 𝐶 ∙ 𝐼 ∙ 𝑎

𝐹
𝑞2 = 0,00278 ∙ 𝐶 ∙ 𝐼 ∙
2

Onde:

Q= vazão específica (em L/s.m);

𝑞1 = vazão específica da faixa de largura a da quadra;

𝑞2 = vazão específica da meia pista (F/2) do logradouro.

Usando os dados adotados para a vazão de projeto, temos:

𝑞1 = 0,000278 ∙ 0,70 ∙ 194,5 ∙ 𝑎 𝐹


𝑞2 = 0,000278 ∙ 0,9 ∙ 194,5 ∙
𝑞1 = 0,0378 ∙ 𝑎 2
𝑞2 = 0,0243 ∙ 𝐹

𝑄 = 𝑞1 + 𝑞2
𝑄 = 0,0378 ∙ 𝑎 + 0,0243 ∙ 𝐹

 Para as ruas com F= 13,80m (Ruas: 1 e 2)

𝑄 = 0,0378 ∙ 20 + 0,0243 ∙ 13,80

𝑄 = 1,10 𝐿/𝑠 ∙ 𝑚

 Para a rua com F=12m (Rua 7)

𝑄 = 0,0378 ∙ 20 + 0,0243 ∙ 12

𝑄 = 1,05 𝐿/𝑠 ∙ 𝑚

 Para as ruas com F=10m (Ruas: 3, 4, 5 e 6)

𝑄 = 0,0378 ∙ 20 + 0,0243 ∙ 10

𝑄 = 0,99 𝐿/𝑠 ∙ 𝑚

3.2 Capacidade admissível de uma sarjeta

A capacidade de escoamento das sarjetas é determinada pela fórmula de Izzard:


8 √𝐼
𝑄𝑠 = 0,375 ∙ 𝑦 3 ∙ ∙𝑧
𝜂

Onde:
QS =capacidade (vazão) da sarjeta, em l/s;
y= altura máxima da lâmina d’água na sarjeta junto ao meio-fio;
z= inverso da declividade transversal, em m/m;
I= declividade longitudinal da via, em m/m;
𝜂= coeficiente de rugosidade média de Manning.

Resulta, portanto, os valores da capacidade (vazão Qs) das diferentes sarjetas e


respectivas velocidades (Vs) para faixa de inundação T = 1,67m, conforme indicado na
tabela 9.

Tabela 9 – Capacidade das sarjetas


Tipo de sarjeta Vazão (Qs) Velocidade (Us)
(l/s) (m/s)
A 284,429.( i )1/2 6,913.( i )1/2
B 553,766.( i )1/2 9,762.( i )1/2
C 855,946.( i )1/2 12,364.( i )1/2

3.2.1 Coeficiente de rugosidade de Manning

O coeficiente de rugosidade de Manning adotado foi:


𝜂 = 0,015

3.2.2 Cálculo da capacidade admissível da sarjeta para o Loteamento

 Rua 1

923,53−915,73
𝐼= = 0,037 m/m
216,99

𝑄𝑠 = 553,766. √𝑖
𝑄𝑠 = 553,766. √0,037

𝑄𝑠 = 106,52 𝐿/s

3.2.3 Velocidade maxima nas sarjetas de concreto

A velocidade limite nas sarjetas de concreto será de 4 m/s. Os pavimentos poliédricos,


desprovidos de revestimento de concreto, também seguirão o mesmo critério de limite
de velocidade nas faixas das sarjetas.

3.2.4 Calculando velocidade na sarjeta (Padrão B)

Rua 1:
𝑉𝑠 = 9,762√𝑖
𝑉𝑠 = 9,762√0,037
𝑉𝑠 = 1,88 𝑚/𝑠

4 Capacidade de engolimento Boca de Lobo

Para as Bocas de Lobo localizadas em pontos baixos (inclusive nos cruzamentos das
vias) deverá ser adotado o método baseado nas experiências do U.S. Army Corps of
Engineers, sendo utilizado o seguinte formulário:

Vazão de engolimento de uma grelha para boca de lobo simples:


3
𝑄 = 2,383 . 𝑦 2
Sendo:

Q = vazão de engolimento, em l/s


y = carga hidráulica sobre a grelha, em cm

Vazão de engolimento das grelhas de uma boca de lobo dupla:

𝟑
𝑸 = 𝟒, 𝟕𝟔𝟔 ∙ 𝒚𝟐

4.1 Calculando capacidade de engolimento

Rua 1:
3
𝑄 = 2,383 . 𝑦 2

3
𝑄 = 2,383 . 112

𝑄 = 86,93 𝑙/𝑠

5 Dimensionamento das Bocas de Lobo

Quando a água se acumula sobre a boca de lobo, gera uma lâmina de água com
altura menor do que a abertura da guia conforme demonstrado na Figura (3). Esse
tipo de boca de lobo pode ser considerado um vertedor e a capacidade de
engolimento conforme DNIT, 2006 será:

3
𝑄 = 1,703 ∙ 𝐿 ∙ 𝑦 2

Sendo:
Q= vazão de engolimento (m³/s);
L=comprimento da soleira (m);
y=altura de água próxima à abertura da guia (m) sendo y≤ h.

5.1 Cálculos da Boca de Lobo

 Rua 1

A vazão que chegará a interseção da rua 1 com as demais ruas é de 55 l/s, temos:

𝑙
(1,10 . 𝑚 ) . (50 𝑚) = 55𝑙/𝑠
𝑠

A boca de lobo pode ser instalada a 50 m distante da montante da rua, onde


temos a interseção da rua 1 com a rua 6 , fazendo-se a captação da água acumulada
nesse ponto para evitar alagamentos nos demais trechos.

𝑄
𝐿= 3
1,703 ∙ 𝐿 ∙ 𝑦 2
Nesse caso foi adotada uma boca de lobo
com L=1,40m
86,93 ∙ 10−3
𝐿= 3 = 1,40𝑚
1,703 ∙ (0,11)2

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