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AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
COORDENAÇÃO GERAL
Nelson Boni
COORDENAÇÃO DE PROJETOS
Grisiela Reis
PROFESSOR RESPONSÁVEL
Luci Carlos de Andrade
REVISÃO ORTOGRÁFICA
Célia Ferreira Pinto
CDD – 344.046
07 Carta do Professor
09 Plano de Estudos
11 Unidade 1
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
31 Unidade 2
A PESQUISA:
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
49 Unidade 3
TCC: A PESQUISA MONOGRÁFICA
69 Unidade 4
TCC: O TRABALHO MONOGRÁFICO
85 Unidade 5
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
115 Unidade 6
PÓS-TEXTUAIS
127 Gabarito
7
Assim, os estudos direcionados à pesquisa ganham es-
paço cada vez maior nas instituições de ensino, como
meio de investigação para solução de problemas edu-
cacionais. A disciplina sobre Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) visa, principalmente, instrumentalizar o
aluno pesquisador a desenvolver o trabalho monográfi-
co como exigência para a finalização do curso.
O Trabalho de Conclusão de Curso é uma disci-
plina que nos leva ao campo do conhecimento sobre
pesquisa trazendo considerações que auxiliam o aluno
a compreender como se dá o processo de investigação,
os objetivos, a finalidade e os elementos que compõem
o caminho de busca em uma determinada temática.
Apresenta também as especificidades sobre o trabalho
monográfico, como subsídios para o pesquisador reali-
zar com êxito a sua pesquisa, nos moldes da monografia.
Nosso objetivo é proporcionar às atividades aca-
dêmicas os subsídios necessários para o enfrentamento
dos desafios profissionais. Esperamos que obtenham
êxito e sucesso nos estudos e que juntos possamos al-
cançar as metas propostas pela disciplina.
Atenciosamente,
Prof.ª Luci Carlos de Andrade
8
Plano de Estudos
CONTEÚDO
O conteúdo da disciplina concentra-se no estudo
teórico sobre o TCC. Apresentamos considerações
sobre o conhecimento científico e a importância
da pesquisa. Discutimos os elementos básicos que
devem constar em um processo de investigação, em
que explicitamos o conceito da pesquisa tipo Mo-
nografia, complementando com estudos explicati-
vos sobre a estrutura para elaboração do trabalho
monográfico. Faremos uso de textos e exercícios
como recursos didáticos.
COMPETÊNCIAS
Ao término desta disciplina o aluno deverá ser capaz
de compreender o processo de produção da ciência
e a importância da pesquisa nesse contexto. Deverá
também conhecer as especificidades do TCC, ou da
monografia, ampliando sua visão sobre importantes
considerações que irão servir de subsídios no mo-
mento da investigação, bem como, inteirar-se dos
aspectos que envolvem a estrutura do TCC.
9
Unidade 1.
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, estudaremos, inicialmente, as bases
do conhecimento do senso comum, para posterior-
mente conhecermos os princípios do conhecimento
científico e sua importância no contexto da produ-
ção da ciência e a universidade como espaço para a
construção do saber científico.
BOM ESTUDO!
13
1.01.
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Podemos considerar que toda a vida intelectual da ci-
ência tem como base o conhecimento. Pois, o homem
é um ser posto no mundo para viver a sua existên-
cia. Como ser existencial, é preciso interpretar a si e
ao mundo em que vive, atribuindo-lhes significações.
Cria, intelectualmente, representações com diversos
significados da realidade. A essas representações cha-
mamos conhecimento. (INÁCIO FILHO, 2007).
Temos, então, o conhecimento, que, dependendo
da forma pela qual se chega a essa representação por
meio de significados, pode ser, em linhas gerais, clas-
sificado em diversos tipos: mítico, ordinário, artístico,
filosófico, religioso e científico.
No entanto, as duas formas que estão mais presen-
tes e que mais interferem nas decisões da vida diária do
homem são o conhecimento do senso comum e o cientí-
fico. Por isso, são objeto para análise nessa unidade.
O homem utiliza a forma mais usual para inter-
pretar a si mesmo, o seu mundo e o universo como
um todo, produzindo e construindo interpretações sig-
nificativas, isto é, o conhecimento do senso comum,
também chamado de conhecimento ordinário, comum
ou empírico.
15
1.02.
SENSO COMUM:
CONHECIMENTO SUPERFICIAL
Falemos, então, do conhecimento do senso comum.
Esse conhecimento surge como consequência da ne-
cessidade de resolver problemas imediatos, que apare-
cem na vida prática e decorrem do contato direto com
os fatos e fenômenos, que vão acontecendo no dia a
dia do homem, percebidos principalmente através da
percepção sensorial, ou das sensações humanas. Na
idade pré-histórica, observamos que o homem soube
fazer uso das cavernas para abrigar-se das intempéries
e proteger-se da ameaça dos animais selvagens. Grada-
tivamente, foi aprendendo a dominar a natureza, inven-
tando a roda, meios mais eficazes de caça e de pesca,
tais como lanças, redes e armadilhas, canoas para nave-
gar nos lagos e rios, instrumentos para o cultivo do solo
e tantos outros.
Alguns exemplos mostram a evolução histórica
do homem na busca e produção de um conhecimento
útil gerado pela necessidade de produzir soluções para
os seus problemas de sobrevivência: O carro puxado
por animais, o uso de remédios caseiros utilizando er-
vas hoje classificadas como medicinais, os instrumentos
artesanais utilizados para a construção de moradias e
16
para a confecção de tecidos e do vestuário, a fabricação
de utensílios domésticos, o estabelecimento de normas
e leis que regulamentavam a convivência dos indivíduos
no grupo social.
Desse modo, o conhecimento do senso comum,
sendo resultado da necessidade de resolver os proble-
mas diários não é programado ou planejado de forma
antecipada. Ele se desenvolve, seguindo a ordem na-
tural dos acontecimentos, na medida em que a vida
acontece. Nesse tipo de conhecimento, há uma tendên-
cia de manter o sujeito que o elabora como um espec-
tador passivo da realidade, atropelado pelos fatos. É
nesse sentido, que o conhecimento do senso comum
caracteriza-se por ser elaborado de forma espontânea
e instintiva, marcas fundamentais do conhecimento do
senso comum.
O conhecimento do senso comum estabelece-se
num nível superficialmente consciencial, não tem um
aprofundamento crítico e racionalista. Ao considerá-
lo como um viver sem conhecer significa que o senso
comum, quando busca informações e elabora soluções
para os seus problemas imediatos, não apresenta e nem
especifica as razões ou fundamentos teóricos que de-
monstram ou justificam seu uso, sua confiabilidade, por
não compreender e não saber explicar as relações que
há entre os fenômenos. Observemos o que diz Inácio
Filho, sobre o conhecimento do senso comum:
17
“É um conhecer e um representar a realidade tão
colado, tão solidário à própria realidade, que o ho-
mem quase não se distancia dela; é quase pura vida,
de modo que, tomado isolado do processo da vida
de quem o elaborou, resulta incôngruo, descabido,
a-lógico. É um viver sem conhecer. Isso demonstra
que esse conhecimento é, na maioria das vezes, vi-
vencial e, por isso, ametódico.” (1995, p. 46)
18
formação de fonte científica, sabe dizer por que as er-
vas medicinais curam.
Geralmente, as pessoas conhecem apenas os efei-
tos benéficos do seu uso. No caso, da plantação se-
guindo as fases da lua, em que se mantém a tradição
e somente informações pertinentes ao seu uso, com
base unicamente na percepção sensorial do homem,
sem fundamentação científica. Muitos outros exemplos
poderiam ser citados caracterizando o senso comum
como conhecimento baseado principalmente na intui-
ção das pessoas.
Desse modo, a objetividade no conhecimento do
senso comum é muito superficial e limitada, pois está
demasiadamente preso à vivência, à ação e à percepção
orientadas apenas pelo interesse prático imediatista e
pelas crenças pessoais. Nessa perspectiva, os aspectos
da realidade ou dos fatos que não se enquadram den-
tro desse enfoque de interesse inteiramente utilitário, na
maioria das vezes são excluídos, acarretando uma visão
fragmentada e, até distorcida da realidade. Agora, conhe-
ceremos as bases em que se ancoram o conhecimento
científico e os princípios que diferem do senso comum.
19
1.03.
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO:
PRINCÍPIOS E VISÃO DA REALIDADE
Com a necessidade do homem assumir uma posição
mais ativa em relação aos fenômenos, com um poder
maior de ação sobre os mesmos, surge o conhecimento
científico, que capacita o homem no uso da sua racio-
nalidade, propondo uma forma sistemática, metódica e
crítica na função de desvelar o mundo e os fenômenos,
compreendê-los, explicá-los e dominá-los.
A necessidade, então, de compreender a cadeia de
relações que se esconde por trás das aparências sen-
síveis dos objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela
percepção sensorial e analisadas de forma superficial,
subjetiva e a crítica pelo senso comum, impulsiona o
homem a produzir ciência. O produzir ciência signifi-
ca ir além da realidade imediatamente percebida para
descobrir os princípios explicativos que servem de base
para a compreensão da organização, classificação e or-
denação da natureza, na qual o homem está inserido.
Os princípios explicativos, ou a teoria sustentam e ca-
racterizam o conhecimento científico somadas à orga-
nização ou classificação (INÁCIO FILHO, 2007).
Mediante tais princípios a realidade passa a ser
percebida sob a luz da ciência não mais de forma de-
20
sordenada, esfacelada ou fragmentada, como ocorre no
senso comum. Sob as bases de um critério orientador,
de um princípio explicativo fundamenta-se a compreen-
são do tipo de relação que se estabelece entre os fatos,
coisas e fenômenos, integrando a visão de mundo. As-
sim, o conhecimento científico expressa-se sob a forma
de enunciados e tratados que explicam as condições e
as determinações da ocorrência dos fatos e dos fenô-
menos relacionados a um problema, evidenciando os
esquemas e sistemas de dependência que existem entre
suas propriedades (LAKATOS E MARCONI, 2003).
1.03.1.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
21
Quando se percebe que os conhecimentos exis-
tentes que têm origem nas crenças do senso comum,
das religiões ou da mitologia, ou das teorias filosóficas
ou científicas, são insuficientes e impotentes para ex-
plicar os problemas e as dúvidas que surgem, aparece a
investigação científica. Ao reconhecer a ineficácia dos
conhecimentos existentes, que não respondem com
consistência aos questionamentos levantados, ocorre a
investigação científica como meio de construir um sa-
ber estruturado, criterioso e metódico, pautado em fun-
damentações teóricas.
É quando reconhecemos as limitações existentes
no saber já estabelecido e verificamos a necessidade de
encontarar respostas que possam esclarecer e propor-
cionar a compreensão de uma dúvida. Dessa forma, se-
gundo Lakatos e Marconi (2003) iniciar uma investiga-
ção científica é reconhecer a crise de um conhecimento
já existente com o objetivo de tentar modificá-lo, am-
pliá-lo ou substituí-lo, criando um novo conhecimento
que responda à questão proposta.
A dúvida ou questão, ainda sem resposta, é por-
tanto o marco inicial da investigação científica, em que
se reconhece no conhecimento existente a insuficiên-
cia ou meio inadequado para esclarecer uma dúvida. O
conhecimento científico, ao pretender construir uma
resposta segura e viável para responder às dúvidas exis-
tentes, propõe-se atingir o ideal da racionalidade e o
ideal da objetividade.
22
O conhecimento científico propõe um encadea-
mento de enunciados que tendem necessariamente a
ser coerentes entre si em um processo lógico e racional.
Ligando o pensamento com a realidade, na busca de
uma correspondência desses enunciados com a realida-
de dos fenômenos. O conhecimento científico é o pro-
duto, o resultado desse encadeamento (MOLES, 1971).
1.03.2.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO:
FUNDAMENTOS SÓLIDOS
23
teóricas transformam-se em construtos, ou seja, em
conceitos com significação única construídos conven-
cionalmente e aceitos universalmente pela comunidade
científica (LAKATOS E MARCONI, 2003).
O fazer científico é ancorado no que se denomina
de método científico, que é o conjunto de procedimen-
tos, geralmente não padronizados que serão utilizados
pelo investigador, cujas orientações pautadas por pos-
turas e atitudes críticas devem ser adequados à natureza
de cada problema investigado. A estruturação metodo-
lógica de uma pesquisa, ou o método escolhido para a
investigação irá proporcionar rigor e cientificidade na
fundamentação da pesquisa garantindo solidez a pes-
quisa empírica, em consonância com a teoria.
1.04.
A UNIVERSIDADE E A INICIAÇÃO CIENTÍFICA
24
de jornal, ou mesmo o significado de termos corriquei-
ros, vem-nos a seguinte pergunta: é possível promover
a iniciação científica nos cursos de graduação (licencia-
tura e bacharelado)? (INÁCIO FILHO, 2007)
Considerando que todo saber é histórico, ao lem-
brarmos que o que os gregos produziram era reflexo
de seu tempo e de sua cultura, assim ocorreu com os
romanos e quaisquer outros povos. Essa historicidade
na verdade valida o aspecto de cientificidade do conhe-
cimento, pois nos permite observar que sempre o saber
está ligado a realidade objetiva.
E embora, a ciência seja considerada moderna, a
universidade é uma instituição criada no período me-
dieval para atender às necessidades da sociedade feudal.
Foi se adequando, mais tarde, às necessidades do mun-
do burguês, introduzindo a pesquisa empírica, tornan-
do-se um centro de pesquisa desde então.
A universidade é considerada o lócus para a pro-
dução da ciência. É o espaço que promove a incursão
do acadêmico no campo da pesquisa. A produção do
conhecimento científico dá-se a partir das necessidades
e problemas emergentes da sociedade, que carecem de
respostas e soluções em todas as áreas. O saber, ou o
conhecimento científico, é assim construído no sentido
de atender aos desafios e apelos do mundo atual, e os
projetos de Iniciação Científica nas universidades são
os primeiros passos em direção a instrumentalização do
acadêmico para os caminhos da pesquisa.
25
Quando falamos da universidade brasileira ob-
servamos que não possui tanta história, mas apesar de
ser uma instituição recente, esteve integrada na luta pela
conquista ou consolidação de uma sociedade moderna.
Teve influência na construção e consolidação da de-
mocracia, no entanto é atingida pela crise do modelo
econômico, base de seu financiamento. Além do mais,
a sua produção ainda está voltada para responder a an-
tigos desafios, alguns até superados.
Para Inácio Filho (2007) é preciso repensar o papel
da universidade no contexto da pesquisa, como campo
de produção da ciência. Torna-se necessário estimular
a avaliação de projetos que contemplem a intervenção
na realidade, no atendimento a problemas reais e atu-
ais. Trabalhar técnicas de redação, normas científicas.
Estimular a elaboração de planos de estudos e de diag-
nósticos através da mensuração estatística, da situação
estudada e utilizar metodologias alternativas, como pes-
quisa-ação, pesquisa-participante.
Assim, verifica-se que a principal mudança no
que se refere a iniciação científica na graduação diz res-
peito ao professor. A própria vivência do professor na
pesquisa contribui para estimular os iniciantes. É preci-
so começar e envolver outros professores e alunos, do
próprio curso e depois de outros cursos e departamen-
tos, institutos ou faculdades.
Nos cursos de graduação em ciências humanas
especificamente, sejam licenciaturas ou bacharelados,
26
existe a possibilidade de realizar pesquisa bibliográfi-
ca, quando se trata da iniciação à pesquisa do aluno de
graduação, o que não exige custos elevados nem finan-
ciamento externo. É importante dizer que nada subs-
titui a pesquisa quando se trata de iniciação científica
na graduação. “Considerado isto, de pouco ou de nada
adianta ter uma disciplina denominada metodologia
científica ou métodos e técnicas de pesquisa ou qual-
quer outro nome, se os professores de graduação não
realizam pesquisa” (INÁCIO FILHO, 2007, p. 48).
O exercício da pesquisa inicia-se fundamentalmen-
te na graduação e deve continuadamente percorrer tra-
jetória no decorrer da formação do aluno. A busca, a
investigação é um processo e deve estar engajada nos
anseios e nos interesses do pesquisador. A vivência nos
caminhos da pesquisa pode promover tanto nos alu-
nos de graduação quanto de especialização, o gosto pela
atividade de pesquisar, o que demanda principalmente,
disciplina, estudo e persistência na busca em prol da
produção da ciência para o bem da humanidade.
27
Exercícios Propostos
29
Unidade 2.
A PESQUISA:
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, trataremos da pesquisa, seus concei-
tos, importância e finalidades. O estudo trata tam-
bém dos elementos necessários para realizar uma
investigação e dos aspectos principais de um projeto
de pesquisa.
BOM ESTUDO!
33
2.01.
PESQUISA: CONCEITOS, APLICABILIDADE E
ELEMENTOS PRÓPRIOS DE UMA PESQUISA
Ao pensarmos em pesquisa, podemos defini-la como
o procedimento racional e sistemático, cujo objetivo é
proporcionar respostas aos problemas de interesse a
serem solucionados e que são propostos pelo pesqui-
sador. Busca-se através da pesquisa elementos e res-
postas, quando não se dispõe de informação suficiente
para responder a um problema, ou então quando a in-
formação disponível não apresenta uma estrutura ade-
quadamente relacionada ao problema.
Gil (2002) apresenta de forma clara algumas con-
siderações importantes sobre pesquisa. É interessante
iniciar conceituando a pesquisa, que se dá por meio de
conhecimentos disponíveis e a utilização criteriosa de
métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.
Além disso, a pesquisa desenvolve-se por meio de pro-
cesso composto por inúmeras fases, que começa funda-
mentalmente pela formulação do problema percorren-
do caminhos até chegar na apresentação dos resultados.
35
2.02.
POR QUE FAZER PESQUISA?
Existem basicamente dois grandes grupos que deter-
minam a realização de uma pesquisa: por questões e
interesses de ordem intelectual e de ordem prática. Ou
seja, no primeiro caso, o pesquisador envolve-se com
a investigação simplesmente pela própria satisfação de
conhecer. Nas questões práticas, existem interesses em
conhecer e aprofundar assuntos que possam contribuir
com melhoras e soluções em todas as áreas para bene-
fícios à sociedade de um modo geral.
Pode-se dizer que as pesquisas originadas desses dois
grupos são conhecidas como “puras” e “aplicadas” e
discuti-las como se fossem mutuamente exclusivas e
tanto o conhecimento em si mesmo, quanto as contri-
buições práticas resultantes desse conhecimento são de
interesse da ciência (GIL, 2002).
Pode ocorrer de em uma pesquisa sobre proble-
mas práticos resultar em princípios científicos, bem
como uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos
passíveis de aplicação prática imediata. É importante
refletir sobre estratégias e táticas de pesquisa adequadas
aos objetivos tanto das pesquisas “puras” quanto das
“aplicadas”. Desse modo, daremos atenção aos estu-
dos básicos tanto das pesquisas acadêmicas, quanto das
pesquisas elaboradas para a solução de problemas.
36
2.03.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER
UMA PESQUISA
Em um sentido geral, apontamos questões a serem es-
tudadas ao elaborar-se um projeto de pesquisa, que en-
globam qualquer investigação na sua totalidade. Alguns
itens são importantes e devem fazer parte do perfil de
um pesquisador, o que resultará no êxito ou não da pes-
quisa. Por exemplo:
a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
b) curiosidade;
c) criatividade;
d) integridade intelectual;
e) atitude autocorretiva;
f) sensibilidade social;
g) imaginação disciplinada;
h) perseverança e paciência;
i) confiança na experiência.
37
que não é um trabalho fácil. Demanda tempo, disponi-
bilidade e empenho para enfrentar as dificuldades, que
certamente surgem em todo percurso investigativo.
2.03.1.
OS RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E
FINANCEIROS
De acordo com Gil (2002), o pesquisador tem papel
fundamental no processo de produção científica, no
entanto, é preciso pensar também nas questões relacio-
nadas aos recursos de que dispõe o pesquisador no de-
senvolvimento e na qualidade dos resultados da pesqui-
sa. Isso indica que no campo da ciência não devemos
associar invenções e descobertas como exclusividade
da genialidade do cientista. A organização com amplos
recursos tem maior probabilidade de ser bem sucedida
num empreendimento de pesquisa, que outra cujos re-
cursos sejam deficientes.
Para ser bem sucedido, qualquer empreendimento
de pesquisa, deverá levar em consideração a questão dos
recursos disponíveis. É necessário pensar nos equipa-
mentos e materiais necessários ao desenvolvimento da
pesquisa. Estar atento aos gastos que possam ocorrer na
trajetória da investigação. Por isso, o pesquisador deve ter
noção do tempo a ser utilizado. Em um projeto de pes-
quisa, é preciso prever e considerar os recursos humanos,
materiais e financeiros necessários a sua efetivação.
38
2.04.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER
UMA PESQUISA
Toda pesquisa precisa ser devidamente planejada. O pla-
nejamento, portanto, é a primeira fase, que deve com-
por: a formulação do problema, a especificação dos ob-
jetivos, a construção de hipóteses e a operacionalização
dos conceitos. No planejamento, deve constar também
os aspectos referentes ao tempo a ser despendido, os
recursos humanos, materiais e financeiros necessários
para sua realização.
Existe uma concepção de planejamento sustenta-
da por quatro elementos necessários a compreensão do
pesquisador: processo, eficiência, prazos e metas. En-
tão, podemos conceber o planejamento como um pro-
cesso sistematizado, cuja base pode dar mais eficiência à
investigação, para que em um determinado prazo alcan-
ce o conjunto das metas estabelecidas. O planejamento
de uma pesquisa fica assim explicitado por Gil:
39
de pesquisa e determinar os procedimentos de cole-
ta e análise de dados. Deve, ainda, esclarecer acerca
do cronograma a ser seguido no desenvolvimento
da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos
humanos, financeiros e materiais necessários para
assegurar o êxito da pesquisa.” (2002, p. 19)
2.05.
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE
PESQUISA
Para a elaboração de um projeto de pesquisa não exis-
tem regras específicas. A estrutura do projeto é deter-
minada principalmente pelo tipo de problema a ser pes-
quisado. Basicamente, é preciso que o projeto descreva
como se processará a pesquisa, esclarecendo quais as
etapas que serão desenvolvidas e os recursos que devem
40
ser viabilizados para atingir os objetivos. O projeto pre-
cisa estar detalhado para proporcionar a avaliação do
processo de pesquisa.
Na base de um projeto de pesquisa devem constar
os seguintes itens:
a) formulação do problema;
b) construção de hipóteses ou especificação dos obje-
tivos;
c) identificação do tipo de pesquisa;
d) operacionalização das variáveis;
e) seleção da amostra;
f) elaboração dos instrumentos e determinação da es-
tratégia de coleta de dados;
g) determinação do plano de análise dos dados;
h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
i) cronograma da execução da pesquisa;
j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros
a serem alocados (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 20).
41
participação política de uma população, a elaboração do
projeto torna-se bastante complexo, pois é difícil deter-
minar com precisão os procedimentos que serão adota-
dos para a obtenção de respostas significativas.
É possível que, nesse caso, seja necessário elabo-
rar um anteprojeto, que deverá passar por alterações
significativas para se chegar à elaboração definitiva do
projeto. Outros inúmeros casos semelhantes devem ser
analisados (GIL, 2002).
O problema da pesquisa precisa estar bem defini-
do, para que se proceda a elaboração do projeto. Tam-
bém, é preciso ter clareza dos objetivos e da metodolo-
gia a ser utilizada.
2.06.
O PROBLEMA NA PESQUISA
Um problema ou uma indagação é o início de toda pes-
quisa. O que Gil (2002) nos coloca é que nem todo pro-
blema é passível de tratamento científico. Então, para
realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar,
verificar se o problema levantado pode se inserir na ca-
tegoria de científico.
42
um problema é de natureza científica quando en-
volve variáveis que podem ser tidas como testáveis:
“Em que medida a escolaridade determina a prefe-
rência político-partidária?” “A desnutrição determi-
na o rebaixamento intelectual?” Todos esses proble-
mas envolvem variáveis suscetíveis de observação
ou de manipulação. É perfeitamente possível, por
exemplo, verificar a preferência político-partidária
de determinado grupo, bem como seu nível de es-
colaridade, para depois determinar em que medida
essas variáveis estão relacionadas entre si.” (GIL,
2002, p. 24)
43
quente professores sugerirem aos alunos a formulação
de problemas com o objetivo de treiná-los na elabora-
ção de projetos de pesquisa”.
Existe uma diversidade de interesses em pesquisas
de ordem intelectual que levam à formulação de proble-
mas de pesquisa, principalmente quando um pesquisa-
dor volte sua atenção para um objeto pouco conhecido.
Freud, por exemplo, destacou-se quando pesquisou so-
bre o inconsciente, uma área pouco explorada.
Áreas já exploradas, também, são de interesse de
pesquisadores, cuja finalidade é aprofundar a temática,
abordando novos aspectos, com o objetivo de determi-
nar ou especificar melhor as condições em que certos
fenômenos ocorrem, ou como podem ser influenciados
por outros.
Um pesquisador pode também se interessar em
testar uma teoria específica. Gil (2002) aponta um
exemplo nesse sentido: Wardle (1961) um pesquisa-
dor estudou crianças que frequentavam uma clínica de
orientação infantil e constatou que os que furtavam, ou
apresentavam outros comportamentos anti-sociais, pro-
vinham, com frequência significativa, de lares desfeitos,
observou que apresentavam incidência mais elevada de
separação da mãe e com maior frequência tinham pais
que provinham também de lares desfeitos.
O interesse de um pesquisador pode residir apenas
na descrição de determinado fenômeno. Exemplo: veri-
ficar as características socioeconômicas de uma popula-
44
ção ou traçar o perfil do adepto de determinada religião.
Diversos fatores influenciam na escolha de problemas
de pesquisa. Contudo, não é fácil formular um problema
científico. Lakatos reconhece: “Para alguns, isso implica
mesmo o exercício de certa capacidade que não é muito
comum nos seres humanos. Todavia, não há como dei-
xar de reconhecer que o treinamento desempenha papel
fundamental nesse processo”. (2010, p. 53)
O exercício da pesquisa possibilita aos pesquisa-
dores um domínio na elaboração de regras práticas que
auxiliam na formulação de problemas científicos. São
“dicas” simples e objetivas que direcionam o pesqui-
sador na formulação do problema de pesquisa, quais
sejam:
a) o problema deve ser formulado como pergunta;
b) o problema deve ser claro e preciso;
c) o problema deve ser empírico;
d) o problema deve ser suscetível de solução;
e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viá-
vel. (LAKATOS, 2010, p. 135)
45
pessoas, que acumulam muita experiência prática no
campo de estudo.
Em linhas gerais, as considerações sobre a pes-
quisa serviram de base para tratarmos em seguida das
questões ou elementos específicos e próprios, em que
teremos a oportunidade de observar as especificidades
de uma pesquisa monográfica.
46
Exercícios Propostos
47
Unidade 3.
TCC: A PESQUISA MONOGRÁFICA
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, estudaremos os conceitos e as espe-
cificidades de uma monografia. Os objetivos e fina-
lidades dos TCCs, complementando com considera-
ções sobre a pesquisa bibliográfica, base teórica de
uma monografia.
BOM ESTUDO!
51
3.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Iniciando nossa conversa e estudos, nesta unidade, jul-
gamos interessante compreender primeiramente a ex-
pressão Monografia. Situando-a historicamente. A pala-
vra monografia surgiu no final do século XVIII através
do autor Frederico Le Play. Etimologicamente mónos
quer dizer um só e graphein, escrever (SALOMON,
2004, p. 254).
Trata-se de um trabalho científico em que se apre-
sentam os resultados da pesquisa desenvolvida. Um
documento, cujo estudo minucioso discorre sobre um
determinado assunto. Existem vários tipos de mono-
grafias. São trabalhos acadêmicos em geral que englo-
bam o Trabalho de Graduação Interdisciplinar - TGI e
o TCC contendo então a “monografia”. Isto é, a descri-
ção de um determinado assunto, que não exige um es-
tudo completo e exaustivo, pois se trata de um requisito
para complementação de cursos em graduação e pós-
-graduação. Diferenciam-se quanto ao nível de inves-
tigação do assunto proposto. No caso das dissertações
científicas de mestrados e teses de doutorados, que são
estudos mais aprofundados. (HABERMANN, 2009)
O estudo ou pesquisa monográfica é exigida tanto
no nível da graduação, como no da pós-graduação. “Re-
53
fere- se, geralmente, ao trabalho de término de curso
ou de unidade de programa de uma disciplina, como
atividade de desempenho escolar a ser avaliada”. (SA-
LOMON, 2004, p. 261)
3.02.
MONOGRAFIA: CONCEITOS
54
ordenação de um orientador (doutor), e visa à obtenção
do título de mestre. (NBR 14724,2005)
Com base nestas considerações, compreende-
se que: as monografias são estudos investigativos que
cumprem importante papel didático-pedagógico. Pois,
oferecem ao estudante universitário a oportunidade de
descobrir, iniciar na produção da ciência e conhecer
gradativamente os métodos para desenvolvê-la.
Compreendemos, então, que não há diferença
específica quanto ao termo monografia e TCC, e sim
quanto ao estilo de pesquisa, profundidade, nível de in-
vestigação e originalidade do tema abordado, os quais
classificam o grupo dos trabalhos científicos desenvol-
vidos. (SALOMON, 2004)
A monografia é um trabalho, que reúne a síntese de
leituras, observações, reflexões e críticas, desenvolvidas
de forma metódica e sistemática. Os relatos são feitos
por um pesquisador sobre um determinado escrito, re-
sultado de suas investigações. O que se investiga em uma
monografia, inicia-se com as inquietações acadêmicas.
Como todo trabalho de investigação ou trabalho
científico, a monografia inicia-se por uma dúvida ou
problema. Ao buscar os meios para resolver essa proble-
mática, o pesquisador levanta dados em fontes específi-
cas do conhecimento. Ou seja, busca fontes teóricas que
dizem respeito ao assunto em questão. A revisão crítica
de todos os achados serão somados, ou não, a uma pes-
quisa empírica (de campo). Da busca, da reflexão crítica
55
resulta a monografla, que deverá colher mais fatos que
opiniões. Esta é uma caracterização de monografia:
56
O trabalho monográfico é muito comum nas uni-
versidades, fazendo parte da rotina das referidas insti-
tuições. É uma forma de associar concretamente o en-
sino e a pesquisa. Muitos cursos exigem monografias
como trabalhos de conclusão de curso. Martins (2002)
complementa: “A monografia é um documento que
descreve um estudo minucioso sobre um tema relativa-
mente restrito. Frequentemente é solicitada como “Tra-
balho de Formatura” ou “Trabalho de Final de Curso”
(p. 19)”. As dissertações de mestrado e teses de douto-
ramento também são trabalhos monográficos.
3.03.
A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA:
BASE DA MONOGRAFIA
57
Através do pensamento de Lakatos (2010), com-
preendemos a pesquisa bibliográfica como aquela que
se realiza a partir do registro disponível, decorrente de
pesquisas anteriores, em documentos impressos, como
livros, artigos, teses etc. É uma pesquisa que busca os
dados ou as categorias teóricas, já trabalhadas por ou-
tros pesquisadores e devidamente registradas. Assim, as
contribuições dos autores tornam-se fontes para novos
temas a serem pesquisados.
Ao considerar que a pesquisa bibliográfica é utili-
zada basicamente em todos os trabalhos científicos, é
importante evidenciar que essa pesquisa tem como fi-
nalidade colocar o pesquisador em contato direto com
tudo que foi escrito sobre determinado assunto, com o
objetivo de permitir ao cientista uma sustentação para a
análise de sua investigação ou na manipulação das suas
informações. Contribui com informações e pesquisas
baseadas em acervos de diversos autores, que já estuda-
ram sobre o tema em questão.
Existem pesquisas produzidas somente a partir de
fontes bibliográficas. Pois, é uma pesquisa que cobre
uma imensa gama de fenômenos, oferecendo grande
vantagem ao pesquisador. Isso é fundamental no caso
de uma grande demanda de dados ou da complexidade
do tema, para solucionar o seu problema de pesquisa.
Para Severino (2007) e Lakatos (2010) existem na
pesquisa bibliográfica oito fases distintas:
58
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação;
h) redação.
3.04.
ESCOLHA DO TEMA
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvol-
ver. É uma dificuldade ou problema que se deseja solu-
cionar. Escolher um tema significa levar em considera-
ção fatores internos e externos.
Os internos consistem em:
a) selecionar um assunto de acordo com as inclinações,
as aptidões e as tendências de quem se propõe a elabo-
rar um trabalho científico;
b) optar por um assunto compatível com as qualifica-
ções pessoais;
c) encontrar um objeto que mereça ser investigado cien-
tificamente e tenha condições de ser formulado e deli-
mitado em função da pesquisa.
59
Os externos requerem:
a) a disponibilidade do tempo para realizar uma pesqui-
sa completa e aprofundada;
b) a existência de obras pertinentes ao assunto em nú-
mero suficiente para o estudo global do tema;
c) a possibilidade de consultar especialistas da área, para
uma orientação, tanto na escolha, quanto na análise e
interpretação da documentação específica. (LAKA-
TOS, 2010, p. 26-27)
3.04.1.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
60
senvolvimento e conclusão.
a) Introdução. Formulação clara e simples do tema, sua
delimitação, importância, caráter, justificativa, metodo-
logia empregada e apresentação sintética da questão.
b) Desenvolvimento. Fundamentação lógica do trabalho,
cuja finalidade é expor e demonstrar suas principais
ideias.
c) Conclusão. Consiste no resumo completo, mas sinteti-
zado, da argumentação desenvolvida na parte anterior.
Devem constar da conclusão a relação existente en-
tre as diferentes partes da argumentação e a união das
ideias e, ainda, a síntese de toda a reflexão. (LAKATOS,
2010, p. 28)
3.04.2.
IDENTIFICAÇÃO
É a identificação das obras ou a fase de reconhecimento
do assunto pertinente ao tema em estudo. Deve-se par-
tir, inicialmente, pela procura de catálogos onde se en-
contram as relações das obras. Essas obras podem ser
publicados pelas editoras, com a indicação dos livros
e revistas editados, ou pertencer a bibliotecas públicas,
com a listagem por título dos trabalhos. Existem, ainda,
os catálogos específicos de alguns periódicos, com o rol
dos artigos publicados anteriormente.
61
Em seguida, seria o levantamento, pelo Sumário
ou Índice, dos assuntos nele abordados. Outra fonte de
informações refere-se aos resumos das obras que ofere-
cem elementos para identificar o trabalho.
3.04.3.
LOCALIZAÇÃO
Após o levantamento bibliográfico, com a identificação
das obras que interessam, é preciso partir para a locali-
zação das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliote-
cas públicas, nos de faculdades oficiais ou particulares e
outras instituições. É um trabalho que demanda tempo,
mas que posteriormente facilita a busca do pesquisador.
3.04.4.
COMPILAÇÃO
62
3.04.5.
FICHAMENTO
São as anotações e registros em forma de resumos das
leituras realizadas com base no material selecionado. O
pesquisador após minuciosa leitura transcrever resumi-
damente o pensamento dos autores lidos.
De posse das fontes de referência, o pesquisador deve
transcrever os dados em fichas ou não, com o máximo
de exatidão e cuidado. Pode-se utilizar fichas que levam
o indivíduo a pôr em ordem no seu material. Possibilita,
ainda, uma seleção constante da documentação e de seu
ordenamento.
3.04.6.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
63
a) crítica do texto: averiguar se o texto sofreu ou não alte-
rações, interpolações e falsificações ao longo do tempo.
Investigar, principalmente, se o texto é autógrafo (escri-
to pela mão do autor) ou não; em caso negativo, se foi
ou não revisto pelo autor; se foi publicado pelo autor
ou outra pessoa o fez; que modificações ocorreram de
edição para edição;
b) crítica da autenticidade: determina o autor, o tempo, o
lugar e as circunstâncias da composição;
c) crítica da proveniência: investiga a proveniência do tex-
to. Varia conforme a ciência que a utiliza. Em História,
tem particular importância o estudo de onde provie-
ram os documentos; em Filosofia, interessa muito mais
discernir até que ponto uma obra foi mais ou menos
decalcada sobre outra.
3.04.7.
REDAÇÃO
64
a) Clareza - não deixa margem a interpretações
diversas; não utiliza linguagem rebuscada, ter-
mos desnecessários ou ambíguos; evita falta de
ordem na apresentação das ideias;
b) Precisão - cada palavra traduz exatamente o
que o autor transmite;
c) Comunicabilidade - abordagem direta e simples
dos assuntos; lógica e continuidade no desenvol-
vimento das ideias; uso criterioso da pontuação;
d) Consistência - de expressão gramatical; de ca-
tegoria, equilíbrio existente nas seções de um
capítulo ou subseções de uma seção; de sequên-
cia, ordem na apresentação de capítulos, seções e
subseções do trabalho.
(SALOMON, 2004 E MARTINS, 2002)
65
Exercícios Propostos
67
Unidade 4.
TCC: O TRABALHO MONOGRÁFICO
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, estudaremos itens relevantes para a ela-
boração de uma monografia. Complementando com
considerações sobre as normas da ABNT e informa-
ções sobre a formatação do trabalho monográfico.
BOM ESTUDO!
71
4.01.
O TRABALHO MONOGRÁFICO
Um trabalho científico requer disponibilidade do pes-
quisador em buscar todo aparato para que torne pos-
sível a realização da pesquisa. Demanda tempo, dedi-
cação e organização, para que na medida do possível
e mediante a clareza e objetividade da investigação, o
pesquisador obtenha êxito na sua produção científica,
seja ela qual for.
Em princípio, realizar leituras de revistas especiali-
zadas da área a ser estudada e a participação em cursos de
especialização, extensão e aperfeiçoamento, em seminá-
rios e congressos científicos muito contribuem, no mo-
mento, em que se busca investigar um determinado tema.
Outra questão importante em um projeto de pes-
quisa é o interesse por algo , por uma questão que se
queira investigar. Certamente, que só se conhece, só se
é levado a investigar à medida que se precisa encontrar
solução ou respostas a questionamentos ou dificuldades
na área específica da temática.
73
4.02.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA
MONOGRAFIA
Além disso, alguns outros pontos merecem atenção,
quando se propõe uma investigação. São critérios que
servem para reflexão do pesquisador. Pensar na pesqui-
sa a ser realizada nos seguintes aspectos: originalidade,
importância, viabilidade e conhecimento do assunto.
É necessário pensar na originalidade do trabalho
para evitar que se pesquise sobre um assunto já conhe-
cido e, portanto, não se acrescente nada com o traba-
lho de investigação. Mesmo uma pesquisa bibliográfica,
quando se utiliza de outros autores, dispensando a pes-
quisa de campo, é possível somar grande contribuição
para a ciência no preenchimento de lacunas deixadas
pelas pesquisas publicadas sobre o assunto. (INÁCIO
FILHO, 2007)
Um tema deve levar em conta também a sua im-
portância. Refletir sober a relevância do trabalho para
a comunidade científica e mesmo para a sociedade. A
viabilidade é outro item que não se pode desconsiderar,
pois o pesquisador pode correr o risco de perder tempo
e recurso. O pesquisador deve atentar para realizar uma
pesquisa sobre um determinado assunto, que ainda não
foi objeto de estudos e publicações. Essa reflexão com
74
base em estudos requer também muita observação so-
bre as produções já realizadas.
Essa observação feita com base em leituras irá
auxiliar o pesquisador para que tenha o conhecimento do
assunto a ser estudado. Desse modo, terá condições de
propor problemas relevantes no seu projeto de pesquisa.
A Fundamentação teórica é outra questão impor-
tante em qualquer elaboração científica, pois consiste
em explicitar e embasar os conceitos fundamentais
na utilização de procedimentos para as análises, assim
como as categorias e os pressupostos teóricos, que sus-
tentarão todo o desenvolvimento da pesquisa.
Para Inácio Filho (2007), todo esse conjunto de
categorias, conceitos e pressupostos deve constituir-se
num todo articulado dentro do trabalho científico. O
conhecimento sobre a estrutura da pesquisa também
deve fazer parte do interesse do pesquisador, no senti-
do de estruturar o trabalho dentro dos padrões exigidos
para elaboração de um trabalho científico.
Além de buscar um conhecimento sobre o assunto
a ser pesquisado, fazendo um levantamento das obras
já apresentadas sobre a temática, é necessário também
que o pesquisador tenha acesso à estrutura do trabalho
e à questão da normatização das elaborações científicas.
Toda pesquisa deve atender as exigências da normas,
para que seja aceito pela comunidade científica.
Logo abaixo, seguem algumas considerações sobre
as normas da ABNT, para que você pesquisador, possa
75
inteirar-se de forma breve de normas que regulam a ela-
boração científica, sem contudo deixar de pesquisá-las
e estudá-las de maneira mais criteriosa, para o êxito do
seu trabalho, no caso a monografia.
4.03.
AS NORMAS DA ABNT
Todo trabalho científico exige uma formatação com
base nas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas. É um padrão nacional de normas, que vale
para todos as produções científicas. É interessante ter
acesso a estas normas para formatar de forma prática
e objetiva seus próprios trabalhos e, principalmente, a
monografia.
Nesse sentido, Habermann (2009) traz colabora-
ções, que esclarecem questões importante relacionadas
às normas, e que são na maioria das vezes, motivo de
dificuldades na elaboração de trabalhos, por parte de
pesquisadores.
A ABNT foi fundada no ano de 1940. Trata-se de
uma entidade privada de políticas públicas, sem fins lu-
crativos, reconhecida por Lei, como órgão de utilidade
pública dirigida por membros de um conselho delibe-
rativo, conselho fiscal, conselho técnico e a diretoria
executiva.
76
Pode-se dizer que é o único órgão responsável de
normalização técnica no Brasil, e é a única e exclusi-
va representante no país de entidades internacionais,
como: a ISO - International Oganization For Standar-
dization, da qual é membro fundadora, bem como da
COPANT - Comissão Pan-Americana de Normas Téc-
nicas e da AMN - Associação MERCOSUL de Norma-
lização. Também é representante da IEC - International
Eletrotechnical Commission.
Quando se refere aos trabalhos acadêmicos o co-
mitê responsável pela elaboração e alteração é o da in-
formação e documentação - ABNT/CB-14. A ABNT
tem como finalidade promover o desenvolvimento tec-
nológico nacional e, neste caso, padronizar a forma de
apresentação dos trabalhos acadêmicos, para que todos
os trabalhos apresentados pelos alunos sigam o mesmo
padrão. (HABERMANN, 2009)
A ABNT apresenta várias normas que são referen-
dadas com números chamados de NBR, que significa
Normas Brasileiras, as quais estão sujeitas a revisões pe-
riodicamente. O acadêmico precisa estar atento às mu-
danças das normas por ocasião da elaboração do seu
trabalho, considerando as constantes adequações que a
ABNT processa.
Abaixo, apresentamos as normas mais utilizadas
em trabalhos acadêmicos:
- ABNT NBR 6023:2002, que referencia sobre a elaboração
das referências;
77
- ABNT NBR 6024:2003, que referencia sobre a numera-
ção progressiva das seções de um documento escrito;
- ABNT NBR 6027:2003, que referencia sobre o sumário;
- ABNT NBR 6028:2003, que referencia sofre o resumo de
trabalho;
- ABNT NBR 6034:1989, que referencia sobre o índice de
publicações;
- ABNT NBR 10520:2002, que referencia sobre as citações
em documentos;
- ABNT NBR 12225:2004, que referencia sofre a lombada e;
- ABNT NBR 14724:2005, que referencia sobre a forma-
tação dos trabalhos acadêmicos como: a capa, página
de rosto, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, dentre
outros itens. A formatação básica para elaborar um tra-
balho acadêmico deve ser baseada nos princípios gerais
da NBR 14724:2005.
4.04.
SOBRE A FORMATAÇÃO DA MONOGRAFIA
Ainda, em Habermann (2009), apresentamos basica-
mente os padrões a serem seguidos na formatação de
uma monografia, devendo-se considerar que a forma-
tação básica para elaborar um trabalho acadêmico deve
ser baseada nos princípios gerais da NBR 14724:2005:
78
• PAPEL: deve ser branco, formato A4 e o texto deve ser
digitado no anverso da folha, ou seja, na frente, exceto
para a folha de rosto que deverá conter a ficha catalo-
gráfica, impressos na cor preta, podendo utilizar outras
cores apenas para ilustrações;
• MARGENS: a margem deverá obedecer 3 cm de borda
superior e esquerda e 2 cm de borda inferior e direita;
• ESPACEJAMENTO ENTRELINHAS: deve ser de 1,5 cm em
todo o trabalho, exceto para as citações com mais de
três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das
ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do
trabalho, nome da instituição e área de formação, que
devem ser redigidos em espaçamento simples;
• PARÁGRAFO: 1,25 cm em todo o trabalho, exceto para
as citações;
• TEXTO: deve ser justificado em todo o trabalho, exceto
para as referências no final do trabalho e notas de ro-
dapé, as quais deverão estar alinhadas à esquerda. Se no
decorrer do texto utilizar termos de origem estrangeira,
recomenda-se o uso de itálico;
• FONTE E TAMANHO: é facultado ao acadêmico utilizar-
se de qualquer tipo de fonte, porém as mais indicadas
são a Arial ou Times New Roman, até mesmo a Courier
New, pois o formato da letra contribui para que a leitura
seja menos cansativa. O tamanho exigido é 12, exceto
para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé,
paginação e legendas das ilustrações e tabelas, devendo
ser redigidas em tamanho menor e uniforme. Nestes
79
casos, o tamanho indicado é 10;
• PAGINAÇÃO: deve ser contada a partir da folha de rosto
continuamente, mas não numeradas, só deve aparecer o
número de páginas a partir da primeira folha da parte
textual, ou seja, da introdução, em algarismos arábicos,
no canto superior direito da folha a 2cm da borda supe-
rior. Se por ventura, o trabalho for em dois volumes, o
número de páginas continua de onde parou o primeiro
volume. Se houver apêndices e anexos, estes deverão
ser numerados sequencialmente após a conclusão;
• TÍTULOS DAS SEÇÕES E SUBSEÇÕES: trata-se dos elemen-
tos textuais, que devem seguir o indicativo numérico,
alinhado à esquerda separado por um espaço de carac-
teres, destacados em letras maiúsculas, negrito, itálico
ou sublinhado, devendo o texto iniciar após dois espa-
ços de 1,5 cm entrelinhas;
• TÍTULOS DAS SUBSEÇÕES: segue a mesma formatação
dos títulos das seções, porém é opcional redigir em le-
tras maiúsculas ou minúsculas, desde que seja padrão
em todo o trabalho. (HABERMANN, 2009, p. 22)
80
Além da formatação básica do trabalho acadêmico,
é necessário compreender a divisão da estrutura desse
trabalho. Ou seja, os elementos pré- textuais, textuais e
pós-textuais descritos abaixo.
4.05.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Nos elementos pré-textuais devem constar:
- Capa;
- Folha de rosto;
- Folha de aprovação;
- Dedicatória(s);
- Agradecimento(s);
- Epígrafe;
- Resumo na língua vernácula;
- Resumo em língua estrangeira;
- Lista de ilustrações;
- Lista de tabelas;
- Lista de abreviaturas e siglas;
- Lista de símbolos;
- Sumário.
81
4.06.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Nos elementos textuais, configura-se o corpo do traba-
lho, e deve constar:
- Introdução;
- Objetivo Geral;
- Objetivo Específico;
- Método;
- Resultado;
- Discussão;
- Conclusão.
4.07.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Esta é a última parte da estrutura do trabalho e deve
constar:
- Referências (obrigatório);
- Apêndice (opcional);
- Anexo (opcional);
- Glossário (opcional).
82
Exercícios Propostos
83
Unidade 5.
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, será apresentada a estrutura da mo-
nografia com todos os elementos necessários para
a formatação do trabalho monográfico de forma
explicativa para melhor visualização do pesquisador.
BOM ESTUDO!
87
5.01.
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA:
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
Nesta unidade, apresentamos de forma explicativa,
item a item da estrutura da monografia com a descrição
de cada parte, para que o acadêmico identifique os ele-
mentos na própria apresentação da estrutura projetada
para melhor visualização do pesquisador. É um material
elaborado por nós, por ocasião de trabalhos realizados
com orientações de TCCs em cursos de graduação e
especialização, cujo objetivo é oferecer ao aluno as con-
dições visuais para a formatação correta de um trabalho
científico, ou de uma monografia.
Vale ressaltar que, embora tenhamos este padrão
básico para a formatação de uma monografia, cada
instituição pode proceder a adequações ou mudanças
que julgar necessária, sempre afirmando que este é
um modelo padrão de estrutura e formatação de uma
monografia. O aluno deverá inteirar-se da formatação
exigida pela sua instituição tomando como base este
modelo para observar se existem elementos a serem
modificados ou não. Estudar, também, as normas vi-
gentes da ABNT, considerando as constantes mudan-
ças nessa padronização.
89
5.02.
A COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DA
MONOGRAFIA
É importante observarmos que toda a Monografia ou
TCC devem ser compostas, de acordo com a ABNT/
NBR 14724:2002, das seguintes partes:
90
PRÉ-TEXTUAIS
Capa Obrigatório
Folha de rosto Obrigatório
Folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória Opcional
Agradecimentos Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo Obrigatório
Sumário Opcional
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas
Opcional
e siglas
Lista de símbolos Obrigatório
TEXTUAIS
Introdução Obrigatório
Desenvolvimento Obrigatório
Conclusão ou
Obrigatório
Considerações finais
PÓS-TEXTUAIS
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Apêndice (s) Opcional
Anexo (s) Opcional
91
5.03.
DISCRIMINAÇÃO DAS PARTES
1.1. CAPA
Deve conter:
a) nome da Instituição e do autor ao alto da folha, em
fonte 14, em letras maiúsculas e sem negrito;
b) título do trabalho ao centro em fonte 16, em letras
maiúsculas e com negrito;
c) parte inferior com o nome da cidade e o ano de apre-
sentação, em fonte 12, apenas as iniciais são maiúsculas
e não todas as letras das palavras, e sem negrito.
92
UNAES - FACULDADE DE CAMPO GRANDE
LUCI CARLOS DE ANDRADE
MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE
MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE MATO GROSSO DO SUL
NOS ANOS DE 1993 A 2002
Campo Grande
2005
93
1.2. FOLHA DE ROSTO
94
LUCI CARLOS DE ANDRADE
MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE
MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE MATO GROSSO DO SUL
NOS ANOS DE 1993 A 2002
Campo Grande
2005
95
1.3. FOLHA DE APROVAÇÃO
96
TERMO DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Liliana Gonzaga de Azevedo Martins (UNES)
ORIENTADORA
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Zaira de Andrade Lopes (UNAES)
CONVIDADA
_______________________________________________
Prof. PhD. Francisco Trindade Leite (UNIDERP)
CONVIDADO
97
1.4. PRÉ-TEXTUAIS
98
DEDICATÓRIA
99
AGRADECIMENTOS
100
Os homens fazem sua própria história, mas
não a fazem como querem; não a fazem
sob circunstâncias de sua escolha e sim
sob àquelas com que se defrontam direta-
mente, legadas e transmitidas pelo passa-
do. A tradição de todas as gerações mortas
oprime como um pesadelo o cérebro dos
vivos. E justamente quando parecem em-
penhados em revolucionarem-se a si e às
coisas, em criar algo que jamais existiu,
precisamente nesses períodos de crise re-
volucionária, os homens conjuram ansio-
samente em seu auxílio os espíritos do pas-
sado, tomando-lhes emprestado os nomes,
os gritos de guerra e as roupagens, a fim de
apresentar e nessa linguagem emprestada.
101
RESUMO
102
e) Lista de ilustrações: relação de tabelas, gráficos, fórmu-
las, lâminas, figuras (desenhos, gravuras, mapas, foto-
grafias, esquemas, fluxogramas, quadros etc), na mesma
ordem em que são citadas no TCC, com indicação da
página, onde estão localizadas.
103
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
104
LISTA DE TABELAS
105
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
106
LISTAS DE SÍMBOLOS
% - Porcentagem
@ - Arroba
R$ - Real
107
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. MUNICIPALIZAÇÃO NO ESTADO
BRASILEIRO.......................................................................... 22
2.1. ESTADO E A
MUNICIPALIZAÇÃO..............................................................23
2.2. MUNICIPALIZAÇÃO NO BRASIL APÓS A DÉCADA
DE 1980.................................................................................... 29
2.2.1. MUNICIPALIZAÇÂO E A CONSTITUIÇÂO FEDERAL
DE 1988.................................................................................... 34
3. MUNICIPALIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO
DO SUL.................................................................................... 56
3.1. GESTÃO DE HARRY AMORIM COSTA E A
MUNICIPALIZAÇÃO............................................................. 57
3.2. GESTÃO DE MARCELO MIRANDA SOARES ............64
3.2.1.MUNICIPALIZAÇÂO NO MARCELO MIRANDA
SOARES ...................................................................................70
REFERÊNCIAS........................................................................81
ANEXOS...................................................................................82
108
1.5. TEXTUAIS
110
INTRODUÇÃO
111
CONSIDERAÇÕES FINAIS
112
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
113
Unidade 6.
PÓS-TEXTUAIS
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, veremos os elementos que devem ser
considerados pós-elaboração de material, chamados
elementos pós-textuais.
BOM ESTUDO!
117
6.01.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
a) Referências: conforme ABNT/NBR 6023:2002: é a
listagem, em ordem alfabética, das publicações utiliza-
das para elaboração do trabalho.
118
REFERÊNCIAS
119
b.1) Apêndices: são documentos da autoria de quem re-
digiu o trabalho. No alto da página a indicação APÊN-
DICE A, em letras maiúsculas, fonte 16, sem negrito,
seguida de travessão e o título. No corpo de texto ou
em nota de rodapé, devem ser citados entre parênteses
(cf. APÊNDICE A).
120
APÊNDICE A - Programa de descentralização e
fortalecimento do ensino de 1.º grau
121
ANEXO A – Emenda Constitucional n.º
14, de 12 de setembro de 1996.
122
MEDIDAS DE FORMATAÇÃO DA
MONOGRAFIA E DO TCC
As medidas padrões para a formatação de cada
lauda da Monografia e do TCC são:
a) Margem superior: 3 cm;
b) Margem inferior: 2 cm;
c) Margem direita: 2 cm;
d) Margem esquerda: 3,0 + 0,5 cm de medianiz;
e) Citações longas: 4 cm de recuo (justificando à
direita, sem aspas, sem itálico, com Fonte 11);
f) Entrelinhas (espaço): 1,5 cm; g) Fonte: 12;
h) Tipo: Times New Roman ou Arial (a UNAES
prefere Times New Roman).
Formato de papel: A4.
123
MODELO DE FICHA CATALOGRÁFICA
124
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
125
Gabarito
UNIDADE 1
1. Resposta pessoal.
3. Resposta Pessoal.
4. Resposta Pessoal.
127
UNIDADE II
1. Resposta Pessoal.
3. Resposta Pessoal.
5.Resposta Pessoal.
UNIDADE III
1. Resposta Pessoal.
128
2. a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
e) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação;
h) redação.
3. Resposta Pessoal.
5. Resposta Pessoal.
129
UNIDADE IV
1. Resposta Pessoal.
2. - Capa;
- Folha de rosto;
- Folha de aprovação;
- Dedicatória(s);
- Agradecimento(s);
- Epígrafe;
- Resumo na língua vernácula;
- Resumo em língua estrangeira;
- Lista de ilustrações;
- Lista de tabelas;
- Lista de abreviaturas e siglas;
- Lista de símbolos;
- Sumário.
3. Resposta Pessoal.
4. Resposta Pessoal
5. Resposta Pessoal.
130
UNIDADE V
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
UNIDADE VI
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
131
Referências
Bibliográficas
133
dos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. São
Paulo: Globus, 2009.
134
MINAYO, M. C. Ciência, técnica e arte: o desafio da
Pesquisa Social. In: (Org.) Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 09-30.
135