Você está na página 1de 10

Cálculo da evapotranspiração potencial pelos métodos de

Priestley-Taylor, Penman-Monteith e Thornthwaite


Renan Nunes Steinck1, Breno Victor Lucrécio Branco1, Lucas dos Anjos Varela1,
Viliam Cardoso da Silveira2, Juliano Lucas Gonçalves1
1
Departamento de Informática – Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)
Lages – SC – Brasil
2
Departamento de Meteorologia – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Santa Maria – RS – Brasil
{renan.alonkin, brenolu66, lucaas.varela,
viliamcardoso}@gmail.com,juliano.goncalves@ifsc.edu.br

Abstract. Evapotranspiration is the amount of water evaporated and


transpired by soil and vegetation. Potential Evapotranspiration (ETP) refers
to the amount of water that would be used by an extensive vegetated surface
with lawn and without water restriction. This work aims to develop software
in Java that calculates ETP through the methods of Priestley-Taylor, Penman-
Monteith and Thornthwaite. This software will automate the entire ETP
calculation process for each of these methods taking into account their
characteristics. This will make it possible to stipulate the demand for water
for planting at certain times of the year by assisting farmers.

Resumo. A evapotranspiração é quantidade de água evaporada e transpirada


pelo solo e pela vegetação. Já a Evapotranspiração Potencial (ETP) diz
respeito à quantidade de água que seria utilizada por uma extensa superfície
vegetada com gramado e sem restrição hídrica. Este trabalho tem como
objetivo desenvolver um software em Java que calcule a ETP através dos
métodos de Priestley-Taylor, Penman-Monteith e Thornthwaite. Esse software
automatizará todo o processo de cálculo da ETP para cada um desses
métodos levando-se em consideração suas características. Com isso será
possível estipular a demanda de água para a plantação em determinados
períodos do ano auxiliando os produtores rurais.

1. Introdução
A evapotranspiração é a forma pela qual a água da superfície terrestre passa para a
atmosfera no estado de vapor, tendo papel importantíssimo no Ciclo Hidrológico em
termos globais. Esse processo envolve a evaporação da água de superfícies de água livre
(rios, lagos, represas, oceano, etc.), dos solos e da vegetação úmida (que foi interceptada
durante uma chuva) e a transpiração dos vegetais [Sentelhas e Angelocci 2017]. A
Evapotranspiração Potencial (ETP) é um fator crucial a ser considerado para o plantio,
uma vez calculada, é possível estipular a demanda de água para a plantação em
determinados períodos do ano. Porém, o leque de aplicações capazes de efetuar o
cálculo é bastante pequeno, e as opções de metodologias ainda menores, sendo
necessário calcular através de planilhas eletrônicas, o que torna o processo lento e
desgastante.
Na Literatura foi encontrado apenas um software que realiza o cálculo da ETP
pelos métodos Priestley-Taylor e Penman-Monteith [Ferreira e Faria 2000], porém neste
software não é possível realizar o cálculo simultaneamente, sendo necessário selecionar
o método desejado, diferentemente do proposto neste trabalho.
Neste trabalho desenvolveu-se um software capaz de calcular a
evapotranspiração de forma ágil e prática, considerando três métodos, sendo possível
comparar os métodos entre si, além de realizar comparações entre diferentes locais. Um
dos objetivos foi consolidar uma base de dados forte o suficiente para servir de fonte de
informação para projetos futuros. De forma geral, o intuito deste trabalho foi
desenvolver um software gratuito e acessível para calcular a evapotranspiração potencial
pelos métodos de Priestley-Taylor, Penman-Monteith e Thornthwaite.
Este projeto foi desenvolvido utilizando o padrão MVC, cujo objetivo é separar
nitidamente as lógicas de negócio (model), interface de gráfica (view) e a aplicação
(controller). Desta forma, a aplicação pode ser migrada para diferentes plataformas
(web, mobile, etc.) sem a necessidade de alterar as lógicas de negócio e a aplicação
[Almeida 2016].
A escolha das metodologias acima foi feita com base na disponibilidade de
dados meteorológicos. Os dados foram cedidos pela Estação Agroclimatológica de
Pelotas. Baseado na proposta do projeto, o programa foi desenvolvido utilizando a
linguagem de programação Java, devido a sua grande portabilidade entre sistemas, ser
gratuito e a possibilidade de utilizar bibliotecas externas, e o banco de dados MySQL,
por ser um software gratuito para desenvolvimentos não comerciais.
Os dados meteorológicos necessários para calcular a evapotranspiração por esses
três métodos são: umidade relativa, precipitação pluviométrica, radiação solar,
insolação, temperatura máxima, temperatura mínima e velocidade média do vento em 2
metros de altura.

2. Metodologia e Desenvolvimento
Na seção 2.1 apresentam-se as metodologias propostas e a fonte de dados utilizados para
o cálculo da evapotranspiração potencial, tal como uma explanação breve das equações.
Na seção 2.2 aborda-se o desenvolvimento da aplicação.

2.1. Métodos de cálculo para a ETP


Embora existam vários métodos para calcular a ETP, optou-se por utilizar nesse
trabalho três metodologias, A escolha foi baseada nos dados meteorológicos que temos
disponível para calcular a ETP por cada um desses métodos.
2.2.1. Pristley-Taylor: Descrito pela seguinte equação (1).
1,26∗W ∗( R n−G)
ETP= (1)
2,45
Sendo que, é a radiação líquida total diária, ( MJm−2d −1 ) , e G, é o fluxo total diário
de calor no solo, calculado através da seguinte expressão:
G=0,38∗( T d −T −3 d ) (2)

Em que T d é a temperatura média do ar do dia em questão e T −3 d a temperatura


média do ar de três dias anteriores. Além disso, W representa o fator dependente da
temperatura e do coeficiente psicrométrico, que é calculado através das equações (3) e
(4).

W =0,407+ ( 0,0145∗T ) :(0ºC <T < 16ºC ) (3)


W =0,483+ ( 0,01∗T ) :(16 ºC<T <32 ºC) (4)

2.2.2. Pristley-Taylor: Descrito pela seguinte equação (5).

γ∗900∗U 2∗(E s−Ea )


0,408∗S∗( Rn−G ) +
T +273 (5)
ETP=
S +γ∗(1+ 0,34∗U 2)
Onde:
Rn e G são os mesmos descritos acima, γ =0,063 kPa ℃ −1 é a constante
psicrométrica, T : temperatura média do ar (diário) em graus Célsius (° C ) , U 2
: velocidade do vento a 2m de altura (m s−1 ).
T max +T min
T= (6)
2

Es : é a pressão de saturação de vapor (kPa) .


EsT + Es T
max min

Es= (7)
2
17,27∗T max
EsT =0,6108∗e
max
(8)
247,3+T max
17,27∗T min
EsT =0,6108∗e
min
(9)
247,3+T min
Ea : Pressão parcial de vapor (kPa) .

( UR∗Es)
E a= (10)
100

S : Declividade da curva de pressão de vapor.

( 4098∗Es)
S= 2 (11)
(T +237,2)
2.2.3. Thornthwaite: Para se calcular a ETp pelo método de Thornthwaite é necessário
primeiro calcular a padrão (ETp,mm/mês) pela fórmula empírica. Este método
correlaciona precipitação e escoamento com a variável de temperatura, que possibilita a
estimativa da evapotranspiração [Pereira, Angelocci e Sentelhas 2002].

( )
a
10∗Tn
ETp=16∗ 0<Tn<26,5 ºC (12)
I
ETp=−415,85+32,24∗Tn−0,43∗Tn2 Tn≥ 26,5 ºC (13)

Sendo:
Tn : Temperatura média do mês n em °C.
I : Índice que expressa o nível de calor disponível na região. O valor de I depende do
ritmo anual de temperatura, ou seja, integra-se o efeito térmico de cada mês.
a : também é um índice térmico regional.
12
I =∑ ( 0,2∗Tn)1,514 (14)
n=1

O valor de a é calculado pela seguinte fórmula:


a=6,75∗10−7∗I 3−7,71∗10−5∗I 2+1,7912∗10−2∗I +0,49239 (15)
Este valor seria o obtido para um mês padrão de 30 dias, em que cada dia teria
12 horas de foto período, mas para se obtiver a ETP do mês correspondente é necessário
fazer uma correção em função do número de dias e do fotoperíodo do mês, resultando
em:
ETP=ETp∗CORREÇÃO (16)
Sendo que, a correção é obtida através da fórmula abaixo:

CORREÇÃO= ( ND30 )∗( 30N ) (17)


ND = número de dias do mês em questão.
N = fotoperíodo médio daquele mês.
Em geral, o valor de N pode ser obtido através de uma tabela de correção, onde se
considera o valor do fotoperíodo do dia 15 como o valor de media para o mês. O valor
de N varia de acordo com o mês e a latitude da localidade. Abaixo segue a tabela de
correção com base na latitude [Pereira, Angelocci e Sentelhas 2002].
Tabela 1. Tabela de Correção
Lat. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

5ºN 1,02 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02

0º 1,04 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04

5º S 1,06 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,06

10º 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10

15º 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12

20º 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15

22º 1,14 1,00 1,05 0,97 0,95 0,90 0,94 0,99 1,00 1,09 1,10 1,16

23º 1,15 1,00 1,05 0,97 0,95 0,89 0,94 0,98 1,00 1,09 1,10 1,17

24º 1,16 1,01 1,05 0,96 0,94 0,89 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,17
25º 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18

26º 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,87 0,92 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18

27º 1,18 1,02 1,05 0,96 0,93 0,87 0,92 0,97 1,00 1,11 1,12 1,19

28º 1,19 1,02 1,06 0,95 0,93 0,86 0,91 0,97 1,00 1,11 1,13 1,20

29º 1,19 1,03 1,06 0,95 0,92 0,86 0,90 0,96 1,00 1,12 1,13 1,20

30º 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21

31º 1,20 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,96 1,00 1,12 1,14 1,22

32º 1,21 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,95 1,00 1,12 1,15 1,23

33º 1,22 1,04 1,06 0,94 0,90 0,83 0,88 0,95 1,00 1,13 1,16 1,23

34º 1,22 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,16 1,24

35º 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25

3. Tecnologias utilizadas
Nesta seção serão apresentadas as tecnologias utilizadas para desenvolvimento do
software. Na seção 3.1 será apresentada a Linguagem JAVA e o diagrama de classes
resumido. Na seção 3.2 será abordado o banco de dados e por fim, na seção 3.3 a
biblioteca para gerar gráficos JfreeChart.

3.1. Java
É uma linguagem de programação Orientada a Objetos, gratuita, de fácil aprendizado,
multi-plataforma, robusta e com uma grande comunidade [Steet Directory 2017]. A
orientação a objetos é baseada no uso de classes, que por sua vez são formas abstratas de
representar objetos do mundo real [Ricarte 2014]. Na imagem a seguir, apresenta-se
parte da modelagem de classes utilizadas no desenvolvimento do projeto. Para que fosse
de mais fácil compreensão, partes da modelagem foram ocultadas. Este diagrama
apresenta a relação entre entidades do sistema para explicar as suas ações.
Figura 1. Diagrama de Classe

A classe que se encarrega da manipulação do arquivo é DiasController. Uma vez


selecionado o arquivo, o método eventoCarregarArquivo será acionado. Neste evento, é
feita a seleção de arquivo, filtrando para aquivos de formato CSV e permitindo ao
usuário a seleção de múltiplos arquivos de uma vez só. Já o eventoSalvarArquivo ficará
encarregado de criar uma nova thread enquanto os dados são calculados, sendo possível
continuar operando o sistema enquanto os arquivos são carregados[Oracle 2017]. Para
que fosse possível, foi utilizado a biblioteca Javax SwingWork.
No pacote Model.VO, as classes são designadas para representar entidades
simples. Tais entidades são os dias do ano, os anos calculados, as cidades cadastradas,
etc. Para os cálculos, foi criada uma classe que fosse passível de manipular os valores
estipulados em arquivo, efetuando o cálculo de sua ETP diária, mensal, anual e média
final. Todas as metodologias exceto Thornthwaite são calculadas diariamente. Devido à
necessidade de precisão dos valores, foi utilizado um tipo de dado de precisão dupla,
Double.
Além disso, utilizaram-se classes de comunicação (BO - Business Objects) para
realizar o intermédio entre as classes de ação e de acesso a informação. Desta forma,
garante-se a integridade dos dados, permitindo apenas uma única via de informação, o
que torna sua reutilização e manutenção mais fácil. Já o pacote encarregado de fazer a
comunicação entre o software e o banco de dados é Model.Dao, que usa declarações
preparadas, garantindo ao software segurança e integridade das informações. A conexão
com o banco de dados é feita através de conexaoMySQLDao, as demais classes do
pacote são encarregadas com o CRUD do sistema.
Através do pacote Controller, é possível modularizar toda comunicação entre
apresentação e a entrada e saída de dados. Sendo assim, é possível migrar o aplicativo
para outras plataformas como android e web, sendo necessário apenas à criação de
interfaces gráficas. E por fim GeradorDeGrafico, responsável por gerar e apresentar
graficamente o resultado das operações. Esta classe utiliza a biblioteca JFreeChart,
sobre a qual será discutido posteriormente.
3.2. Mysql
MySQL é um servidor gerenciador de banco de dados extremamente popular devido seu
desempenho, responsividade para a comunidade, interface fácil para outros softwares e
gratuidade para aplicações sem fim lucrativo[Oracle 2017]. Na figura a seguir,
apresenta-se a disposição do banco de dados. Onde as tabelas media_meses apresentam
as médias finais das ETPs em milímetros. Ano recebe os valores das médias anuais da
ETP em milímetros. Para que seja possível para consultas futuras. A tabela cidade e
estado foram providas pelo IBGE, onde constam todas as cidades e todos os estados
dentro do território brasileiro. A tabela dia ano é onde os dados são inseridos através de
arquivo. A leitura de arquivo é feita através do banco de dados, com base na praticidade
e garantia da integridade dos dados, foi utilizado o comando “LOAD DATA INFILE”,
que permite leitura de arquivos com formatos tipo CSV.

Figura 2. Diagrama Entidade-Relacionamento

3.3. JfreeChart
É uma biblioteca gratuita para aplicações Java, capaz de gerar diversos tipos de gráficos
e gráficos combinacionais [Gilbert 2017]. Ademais, os gráficos gerados através desta
biblioteca possuem diversas funcionalidades propícias para a aplicação em questão. A
interatividade dos gráficos gerados permite ao usuário controlar cores, aumentar e
diminuir o zoom. Também há a possibilidade que o usuário salve as informações em
formato PDF, extensões de imagem e realizar a impressão do gráfico.
A escolha desta biblioteca foi devido à necessidade do usuário final, com a ideia
de que o usuário não fique preso a aplicação toda vez que precisar reproduzir o gráfico.
Além disso, a diversidade de alterações visuais e de opções de manuseio permite que o
gráfico se adéque as necessidades do usuário.
Figura 3. Modelo de aplicação com JfreeChart

4. Resultados
Nesta sessão será apresentada as telas do software e os resultados do cálculo da
evapotranspiração. Para os resultados serão avaliados os valores por cada metodologia.
A aplicação pode ser vista com mais detalhes nas figuras abaixo. Cada tela terá sua
função devidamente explicada, para melhor entendimento.
Na Figura 4, apresenta-se a tela de login. Durante o desenvolvimento do projeto
notou-se a necessidade de possuir um filtro de usuários, visto que todos os usuários
podem acrescentar dados, podendo prejudicar a integridade dos resultados.

Figura 4. Tela inicial

Após inserir login e senha, o usuário é transportado para a tela principal (Figura
5). Nesta tela é possível abrir as telas de “novo registro”, “novo usuário”, “alterar
usuário”, “passo a passo” e “sobre”. Também é possível selecionar as cidades para
apresentação do gráfico, podendo apresentar um gráfico simples (apenas uma cidade) ou
comparativo.

Figura 5. Tela principal

Na Figura 6, denota-se a tela de registro. Esta tela baseia-se na leitura de


arquivo. Uma vez carregado o arquivo, é possível adicionar seus dados ao banco e
efetuar o cálculo (salvar), remover o caminho do arquivo (remover), remover o caminho
e voltar para a tela principal (cancelar) ou manter o caminho e voltar para tela inicial
(voltar). Na Figura 7, apresenta-se a tela de cadastrar novo usuário. Para criar um
usuário, é necessário que seja feito o login de outro ator previamente cadastrado. É
demonstrado na Figura 8, a tela de alteração de usuário. É possível que o usuário altere
seu login e senha.

Figuras 6 e 7. Tela de Registro (esquerda) e Tela de cadastro (direita)

E por fim, na Figura 8 apresenta-se a tela principal com os resultados do cálculo.


Estes valores foram dados como resultado dos 3 métodos para a cidade de Pelotas. A
cidade de Picada Café não possui resultados verídicos, estes valores foram estipulados
para que fosse possível visualizar a comparação entre cidades.

Figura 8. Tela com os resultados das comparações entre os métodos


5. Conclusão
Nesse trabalho, inicialmente, foram analisados três métodos para cálculo da
Evapotranspiração Potencial (ETP) sendo eles Priestley-Taylor, Penman-Monteith e
Thornthwaitecom intuito de estudar os seus comportamentos.
Após essa etapa foi desenvolvido um software livre utilizando-se a linguagem de
programação Java e o SBGD MySQL, o qual possibilitou otimizar todo processo para
cálculo da ETP.
Através dos testes executados utilizando as amostras providas pelo Centro
Agroclimatológica de Pelotas foi demonstrado uma convergência entre os métodos para
as cidades de Pelotas e Picada Café. Embora haja diferença entre os valores, é possível
notar a curva muito similar nos meses de maior e menor ETP levando-se em
consideração os três métodos analisados nesse trabalho. Além disso, é possível reparar a
relação entre a temperatura média e o índice de ETP, ou seja, os meses com temperatura
mais alta apresentaram maior evapotranspiração.
Como trabalho futuro pretende-se adicionar outras funcionalidades ao software
como o cálculo de balanço hídrico e classificação climática, sendo estes cálculos mais
longos e complexos. Além disso, versões do software para outras plataformas também
estão sendo estudas como, por exemplo, web e mobile.

6. Referencias
Almeida, R. R. Model-View-Controller Disponível em: <http://www.dsc.ufcg.edu.br/
~jacques/cursos/map/html/arqu/mvc/mvc.htm>. Acessado em Fevereiro/2017.
Ferreira, A. R.; Faria, R. T. Programa computacional para cálculo da evapotranspiração
potencial. Congresso e Mostra de Agroinformática, Ponta Grossa, out. 2000.
Disponível em: <http://infoagro2000.deinfo.uepg.br/artigos/pdf/info_089.pdf>.
Acessado em Março/2017.
Gilbert. D. The JFreeChart Class Library - Disponível em: <http://ktipsntricks.
com/data/ebooks/java/jfreechart-0.9.1-US-v1.pdf>. Acessado em Fevereiro/2017.
Oracle. Thread – Disponível em: <https://docs.oracle.com/javase/7/docs/api/java/
lan/Thread.html>. Acessado em Fevereiro/2017.
Oracle. Por que MySQL? - Disponível em: <http://www.oracle.com/br/
products/mysql/index.html>. Acessado em Setembro/2017.
Pereira, A. R; Angelocci, L. R.; Sentelhas, P.C. Agrometeorologia: Fundamentos e
aplicações práticas. Guaiba – RS – Brasil: Editora agropecuária, 2002.
Ricarte. I. L. M. O que é Classe? Disponível em: <http://www.iemss.org/sites/
iemss2014/papers/iemss2014_submission_146.pdf>. Acessado em Setembro/2017.
Sentelhas, P. C.; Angelocci, L. R. Climatológico Normal e Sequencial, de Cultura e para
Manejo da Irrigação, em: <http://www.lce.esalq.usp.br/aulas/lce306/ Aula9.pdf>.
Acessado em Junho/2017.
Steet Directory. Most Significant Advantages of Java Language Disponível em:
<http://www.streetdirectory.com/travel_guide/114362/programming/most_significan
tadvantages_of_java_language.html>. Acessado em Fevereiro/2017.

Você também pode gostar