Um dos assuntos mais debatidos atualmente nas escolas por
todo o Brasil é o Projeto de Lei que trata da “Escola Sem Partido”.
O que mais preocupa os professores é a possibilidade do cerceamento dos seus direitos de explicar os seus conteúdos usando exemplos de vivências, já que pode parecer, aos alunos, algo partidariamente direcionado. Um fato que assustadoramente chamou a atenção da classe educacional brasileira foi uma publicação feita, em redes sociais, pela deputada estadual Ana Caroline Campagnolo, eleita pelo PSL de Santa Catarina, incitando os alunos a filmarem e a enviarem à ela vídeos em que professores “supostamente” estivessem fazendo discursos político-partidários ou ideológicos para que fossem denunciados junto aos órgãos competentes. Diante do exposto, acreditamos que essa lei contradiz a autonomia do professor em sala de aula, pois a aprovação limitaria a liberdade de expressão do docente no ambiente de trabalho. Segundo Amanda Travincas, autora de tese premiada sobre a liberdade acadêmica, “garantir sala de aula livre não é limitar a expressão do professor, mas fazê-la coexistir com a do aluno”. Portanto, para garantir que os professores tenham liberdade de ensinar de forma crítica, o Projeto de Lei não pode ser aprovado.