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(ws | ge Aube. Rubem Barboza Filho Tradigdo e Artificio Belo Horizonte Rio le Janeiro Editora UFMG UPERD Iberismo e Barroco na Formag&o Americana ulo II - O debate histérico sobre os Sécufos de Ouro da Ibéria stores p papel desempenhado XVI tem sido 0 obj de Portugal ¢ Espanha. 5 panoramas histricns a respeito da form do mundo moderno ¢ contempordneo tendem a esconder a Iberia € alcelativizar ab razGes proprias de'seu percurso particular 20 longo destesrés séculos. | @ aujo res tum s6: a constaragio do fracasso da Ibécia em. transitar para formas capitalistas de produggo ou em adorar a pauta politica da modernidade, com seu estado racional-legal.AConcluses reforgadas pelo isolamento ou idade da pfoducso inte: 7 Do ~grafia zi anh vando com vivacidade, Nos grandes panoramas trad “UETRHAOS, no atentas¢ finas, 0 » de sua trajetécia particulas,tfo poderosa naguele momento quanto ntagio no Ocidence. i : ‘Sora, 9. este 0 exere/cio proposto nas paginas Segui 5 a ae S SCEUIDIES, “arses i ae aenESe arava ae amr ue oe rio da I ORY de um fundo de identidade’ st @ Zapecficamente medievais de orgenizagio do pode Mas Anderson esté atenro a um paradan Hirax todas as.consec sea By Cottle, Capitulo 11 - 71 pelo inpério americano. As vinealagbes citre estas pontas organizariam re vibtitlidades € os limites da experiénel espanhola neste momento. jue localizam na unido de as profundas entre os dois ° Caralunha, Valéncia e Aragao — possula uma consolidada e descen- tralizada estrutuca de governo, cada uma das regides dispondo de Cortes que se reuniam regularmente, decidiam seguindo a norma do tonsenso e faziam vale suas decis6es através de um apatelho repres- tivo especial. Nestas Cortes estavam representados os “grandes”, pequena nobreza — hidalguia —, 0 clero © « burguesia, rm Jando uma tradigéo refratiria a qualquer mecani absolutista. Prudentes, 0s reiscatdicos no s6 ‘na, no mostravam especial reféerindo a participagio nas pode- ie Castel s, decapitando as ordens 7 protegendo camponeses —~ ¢ parao dominio dds cidades, que passram a ser diretamente governadas por coregidoes reais, o equivalente dos furuos intendentesfrancests. As Cores foram trumentos déceis& vontade real, ea Coroa evo: lando corpo & forma cio de autoridades ‘ou seja, 0 control ios dentro da estrutura da Igreja, a distribuicio de benefi 72 ~ raabigho e agmrlcio pridllégio desconhecido no restante da Europa? Estas medidas, obgfrva Anderson, 2umentaram consideravelmé: € 08 seus recursos financeitos, mas nig foram suficientes iglidar com a intrincada rede de ee locais de Caste, fragmentagio que persistird ainda no governo dos Bourbons em pleno séeulo XVII, sob 9s teis Catblicos nfo teria logrado cons. — 7) timicum estado centr mas uma especie’ ~-C ‘Coroa como centro,/ se revoltam contra 0 estrangeiro Carlos de Gante, lideradas por uma burguesia nascente. A revolta do Terceiro Estado — dos comuneros 7 lagdo de mercadlorias, Observe-se que, situada na conjuntura, « expli- ‘caggo para a iquidacao da burguesia nfo parece exigir 2 mobilizacéo supostos socioculturas, centrada apenas no emba complicada pela exter dispersio do Império Espanhol. As tendéncias centralizadoras nascidas no perfodo de Isabel ¢ Fernando se véem, deste modo, inibidas. Esta dispersio do poder Carlos V, € acentuada pela pi ‘outras conseqiigncias adicionais, Capitulo I - 73 fo profands no seu setor agrétio, que aban- dona a produgi para se dediear aos produtos requeridos pela América, Com isso, a Espanha toma-se importadora de trigo fgrlos, a0 mesmo tempo que vé aumentar o desemprego rural ¢ © Dandi ‘Mundo trard ainda um outro elemento compli- rigueza americ cgmega a escassear por volta de anol a uma inevitkvel ban alterar este destino, conclui Anderson “Her T hipotese de Andeison, €como se a Espanha do século XVI de roragio, langado pontas vio se sib plo Berio 3

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