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DELEGAÇÃO REGIONAL DO CENTRO

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VISEU

PATOLOGIA GENITO-URINÁRIA

Os sintomas causados pelas perturbações do rim e das vias urinárias, variam consoante o tipo de perturbação e
com a parte do sistema afetado.
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Os rins para além de ajudarem a controlar a nossa pressão arterial, eles filtram o nosso sangue, limpam o nosso
organismo, controlam os níveis de sal no nosso corpo e produz hormonas que são importantes na produção de
glóbulos vermelhos e no funcionamento do metabolismo do osso.

DOENÇAS MAIS COMUNS, SINTOMAS, TRATAMENTOS E PREVENÇÃO

Nefrite aguda

Inflamação dos tecidos dos rins causada por agentes infeciosos, como por exemplo, os mesmos que provocam
amigdalites e sinusite.

Causas – Pessoas predispostas geralmente têm nefrite aguda após uma infeção de garganta ou da pele.

Sintomas – O mais comum, é a alteração da cor da urina, que geralmente escurece.

Tratamento – Antibióticos e em alguns casos, diuréticos para controlar a retenção de líquidos e assim reduzir a
pressão arterial.

Prevenção – Nada é 100% seguro, no entanto, manter uma pele limpa e evitar infeções, especialmente da
garganta, podem ajudar.

Nefrite crónica

Lesões permanentes nos rins, que comprometem o seu correto funcionamento.

Causas – Infeções mal tratadas ou abuso de determinados medicamentos.

Sintomas – Sangue na urina, pressão alta, perda de apetite e pernas inchadas.

Tratamento – Embora não cure, é aconselhada a restrição de proteínas, sal e potássio para não sobrecarregar os
rins.

Prevenção – Fazer exames regularmente para analisar a saúde renal do paciente, para evitar que a doença
avance.

Pedra nos rins

Também conhecido como cálculo renal, é uma massa semelhante a pedras que se podem formar no sistema
urinário, causado pela acumulação de cristais na urina, como cálcio, fosfatos e oxalatos.

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Causas – Infeções urinárias, volume insuficiente de urina, distúrbios relacionados com a eliminação dos sais e
vitamina D em excesso.

Sintomas - Na maioria das vezes, a pedra nos rins é eliminada pela urina, sem haver qualquer tipo de sintomas.
No entanto, em alguns casos podem ficar presas nos canais da urina, causando dor intensa e sangue na urina.
Outros sintomas comuns são, dor intensa no fundo das costas, ardor ao urinar, urina escura, febre, palpitações, | 2
náuseas e vómitos.

Tratamento – Geralmente opta-se pela ingestão de líquidos e ingestão de fármacos, como analgésicos ou anti
espasmódicos. Nos casos mais graves, pode ser necessário cirurgia.

Prevenção – A alimentação tem um papel fulcral na prevenção da pedra nos rins. Pessoas propensas devem
evitar o consumo excessivo de sal, café, chocolates e refrigerantes à base de cola.

Infeção urinária

Qualquer infeção no canal da urina.

Causas – Presença de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus no interior da uretra.

Sintomas – Vontade frequente e intensa de ir à casa de banho, dor ao urinar e sangue na urina.

Tratamento – Beber bastantes líquidos e no caso de se tratar de uma bactéria, a toma de antibióticos.

Prevenção – Urinar antes de ir dormir e depois das relações sexuais. Evitar longos banhos de imersão, pois o
contacto com meio liquido ajuda na contaminação.

Cistite

Infeção do trato urinário por razões anatómicas.

Causas - Afeta maioritariamente as mulheres, pois têm a uretra mais curta que os homens, tornando-as mais
vulneráveis e permitindo uma ascensão mais rápida das bactérias à bexiga. Podem existir outros fatores, como
por exemplo, tratamentos de radiação à região pélvica, medicamentos ou o uso de cateter durante longos
períodos.

Sintomas – vontade de urinar com frequência, ardor ao urinar e em pequenas quantidades, sangue na urina,
desconforto na região pélvica, sensação de pressão na zona inferior do abdómen e febre baixa.

Tratamento – Ingerir líquidos, urinar com frequência e antibióticos.

Prevenção – Beber água, fortalecer o sistema imunológico, urinar depois das relações sexuais e não conter a
urina durante longos períodos.

O rim mecânico – hemodiálise

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O rim foi o primeiro órgão vital do organismo cuja principal função foi reproduzida por uma máquina, o
dialisador renal. Qualquer rim artificial funciona sob o princípio científico da diálise – a passagem de pequenas
moléculas de um fluido para outro através de orifícios do tamanho de pequenas moléculas existentes numa
membrana semipermeável. No aparelho de diálise (ou hemodiálise), o sangue encontra-se num dos lados
dessa membrana. Do outro lado há uma solução salina que contém a mistura e a concentração exata de
pequenas moléculas. Os resíduos não desejados passam do sangue para a solução, ficando as células e as | 3
proteínas retidas. A diálise pode ser necessária durante várias horas por dia, vários dias por semana.
Um outro processo recente é a diálise peritoneal. Este processo recorre à própria membrana
semipermeável, o peritoneu, que reveste a cavidade abdominal. O líquido é posto a correr dentro do abdómen
através de um cateter e os resíduos são lançados para esse líquido através do peritoneu, tal como no aparelho de
diálise. O líquido é retirado sendo substituído por outro, e assim sucessivamente. Existem dois tipos de diálise
peritoneal: na diálise peritoneal intermitente, há uma máquina que bombeia uma grande quantidade de
líquido através do abdómen 3 ou 4 vezes por semana, durante um período de 10 a 14 horas em cada sessão. No
tipo contínuo, o líquido é posto a correr para dentro do abdómen, onde fica várias horas, sendo retirado
posteriormente, a fim de ser substituído por outro. Estas trocas processam-se 3 ou 4 vezes por dia. No intervalo
das mudanças de líquido, o doente não tem que ficar ligado a qualquer aparelho, mesmo que a diálise
esteja a decorrer – diálise peritoneal contínua ambulatória.

Para perceber a importância da cor da urina é necessário entender primeiro o que é e como
ganha cor. A urina é um subproduto do corpo, formado nos rins, que transporta os produtos
residuais do funcionamento do metabolismo para serem eliminados. Cerca de 95% é composto por
água, sendo os restantes 5% constituídos de ureia – o principal subproduto do metabolismo das
proteínas - algumas toxinas, sais minerais e bilirrubina, uma substância encontrada na bílis e
responsável pela cor amarelada da urina.

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O tom normal é amarelo claro e límpido mas, em certas condições, o espectro de cor da
urina poderá variar entre vários tons castanho, alaranjado, esverdeado ou vermelho. Estas
diferenças podem ter causas tão diversas como ingestão de medicamentos e alimentos, ou ser um
indicador de doença.

Amarelo| Não havendo outros sintomas, a maioria variações de cor da urina dentro dos tons de |4
amarelo está relacionada com a quantidade de água ingerida. Amarelo escuro indica uma elevada
concentração de resíduos, o que sugere que deverá aumentar-se a ingestão de água.

Vermelho| De entre as cores que a urina pode ter, a única que a Associação Europeia de Urologia
inclui no guia de principais sinais e sintomas de doenças é o vermelho. A coloração vermelha é um
possível indicador da presença de sangue na urina (chamada hematúria). Pode resultar de situações
tão diferentes como uma infeção urinária, cálculos renais ou alguns tipos de cancro. Também pode
resultar simplesmente da ingestão de alguns alimentos (por exemplo, beterraba), no entanto, deve
ser sempre investigada por um médico, pois pode permitir o diagnóstico precoce de doenças graves.

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