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FLAUTADOCEBR

SOBRE

MIDIA

SOCIAL

MÉTODO
BLOG SUZUKI DE FLAUTA
DOCE 21/
PROJETOS 08/15

O Método
O método utilizado para um determinado trabalho é a linha
condutora desse trabalho. É o raciocínio, a forma de
proceder, um determinado percurso para alcançar um
objetivo. Assim é o método Suzuki de flauta doce.
No caso do método Suzuki, o raciocínio é ensinar o aluno a
tocar flauta doce da mesma maneira com que aprendemos
a falar a nossa língua-materna. No método da língua-
materna,
vocabulárioumaprendido
dos pontos
passoprincipais dessa aplicação é o
a passo (repertório).
Os livros do método Suzuki são coletâneas de repertório,
pensado progressivamente. Ou seja, apenas uma parte do
trabalho. Para saber exatamente como o repertório deve ser
aplicado e quais os resultados alcançados, é necessário
que o professor faça cursos de capacitação no método, pois
nos livros não há informação de como proceder neste
caso. Esses cursos são regulamentados por Associações
Internacionais Suzuki em todo o mundo.

A Filosofia
A Filosofia Suzuki parte do princípio de que TODOS
PODEM APRENDER. Que o TALENTO não é um acaso do
nascimento (conceito de educação do talento). Sendo
assim, todos podem aprender a tocar flauta doce, cada um
ao seu tempo, mas todos dominarão o vocabulário comum
do universo da flauta doce.
Desta maneira o repertório e a sua aplicação foram
pensados para que o aluno tenha êxito em todas as etapas
e, de maneira natural, aprenda a tocar o instrumento
percebendo em todas as etapas o seu próprio progresso,
fator fundamental para a motivação do estudo do
instrumento.

O método Suzuki de flauta doce


Abaixo você encontrará aspectos específicos do método
Suzuki de flauta doce, contudo a lista não está em ordem de
prioridade.
1. Os alunos têm contato com o universo e literatura do
instrumento desde muito cedo (repertório, instrumentos,
história, afinação, etc.).

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2. O som é muito importante: a produção do som no


instrumento (timbre, articulação, afinação, entonação e
refinamento), com qualidade, é focada desde a primeira
aula (conceito de tonalização).

3. Não existe hierarquia para aprender a tocar flauta doce.


Não aprendemos primeiro a flauta soprano, ou depois a
contralto. O único fator a ser respeitado é o corpo
humano.
4. No caso de crianças pequenas: É preciso ter fluência
no instrumento para depois aprender a ler e a
escrever música(da mesma maneira que aprendemos a
falar e depois a ler e escrever).

5. Pelo motivo acima, as crianças desenvolvem memória


auditiva indispensável para os que desejam tocar flauta
doce e saber sobre temperamentos e diferentes tipos
de afinação.
6. Uso de diversos tipos de articulação desde muito cedo.
7. Exemplo musical rico e de excelente qualidade como
referência de todo o repertório a ser estudado: os CDs
foram gravados pela flautista holandesa Marion
Verbruggen acompanhados de cravo e viola da gamba

como
8. A contínuo.
coletânea de repertório inicia com posição fechada:
soprano ré grave e contralto sol grave. São diversos os
fatores dessa escolha:
a. para que o aluno desenvolva uma excelente
postura com os dois pontos de apoio do
instrumento (fator primordial para a boa produção
do som).
b. para que o limite do uso do ar para a produção do
som seja mais objetivo. Se o aluno sopra demais
em notas graves, fica impossível ouvir a nota
afinada. Se o aluno faz o contrário, também. Basta
comparar com a produção do som de uma posição
aberta, por exemplo a nota si na flauta soprano
(como a maioria dos métodos utilizados iniciam).
Normalmente o aluno não tem referência da
quantidade de ar para produzir essa nota. E
quando o aluno sopra de qualquer jeito e sai o
som, ele acha que está fazendo a nota correta,
pois sempre associa a nota ao dedilhado e não ao
som. O que não é correto, pois estamos falando de
música, ou seja, de som. No método Suzuki
trabalhamos o tempo todo para que os alunos
associem as informações ao som e não aos
aspectos visuais sempre.
c. com uma boa produção de som com notas graves,
os alunos terão bom som e afinação em notas
agudas.
d. o início com posição fechada propicia um
aprendizado progressivo em relação a
coordenação motora fina, ou seja, trabalhamos um
dedo de cada vez. Tocamos (no caso da contralto)
a nota sol e depois a nota si natural graves, assim
teremos de coordenar o movimento do dedo 4
apenas. (indicador
consequência, da mão
a técnica dedireita).
dedos éPor
beneficiada
com boa postura e movimentos pequenos que
propiciam maior agilidade.
Estrutura do curso
Curso Básico:
Livro 1 flauta doce soprano
Livro 2 flauta doce soprano
Livro 3 flauta doce soprano
Livro 4 flauta doce soprano
Livro 1 flauta doce contralto
Livro 2 flauta doce contralto
Curso intermediário:
Livro 3 flauta doce contralto
Livro 4 flauta doce contralto
Curso avançado:
Livro 5 com repertório para flauta doce soprano e para
flauta doce contralto
Livro 6 com repertório para flauta doce soprano e para
flauta doce contralto
Livro 7 com repertório para flauta doce soprano e para
flauta doce contralto
Livro 8 com repertório para flauta doce soprano e para
flauta doce contralto
Os livros de repertório e CDs são facilmente encontrados
em lojas especializadas ou livrarias. Contudo para saber da
aplicação do método é necessário e indispensável fazer
cursos de capacitação. A Suzuki Association of the
Americasmantém um programa bem organizado de
formação de professores no Método Suzuki. Esses cursos
são oferecidos inclusive no Brasil.
Outra maneira de conseguir informações é acessando sites
brasileiros como o site do Centro Suzuki de São Paulo. Ou
ainda, uma maneira de iniciativa particular, é se cadastrar
na lista de professores/interessados pelo método Suzuki
Brasil.
O método Suzuki é apenas para crianças? Não. O
método Suzuki de flauta doce é uma maneira natural de
aprendizagem quedeé 3adequada
pequenas, a partir tanto
anos, quanto para
para crianças
jovens muito
e adultos.

A participação do pais, quando alunos criança, é super


importante. Os pais auxiliam o professor com o estudo em
casa. Os pais motivam os alunos no pós-aula. Encorajam as
crianças a tocar. Participam da vida musical de seus filhos
dando sentido ao fazer música.

Quer saber mais? Onde você pode comprar


material ou como se tornar um professor Suzuki?
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sobre saber mais sobre
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de capacitação de flauta de
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centrosuzuki . com . br

Sobre o meu trabalho com o método Suzuki de


flauta doce
Eu não fui uma aluna Suzuki. O que fez com que muitas
características da aprendizagem Suzuki e seus resultados
passassem a alcançar um status de ‘objeto de desejo
pessoal-profissional’.
Como os alunos suzuki estudam, como esses resolvem
problemas técnicos com tanta simplicidade e naturalidade, a
habilidade de tocar de memória, a habilidade de fazer
música e a versatilidade musical, são características
latentes de um aluno que passou algum tempo estudando
um instrumento de uma maneira muito natural de
aprendizagem.
Foi inevitável a minha comparação. O que eu conseguia
fazer com a mesma idade que meus alunos tinham no
começo do trabalho, com o mesmo tempo de estudo,
simplesmente ainda não era música. Fui percebendo que
isso não tinha nenhuma relação direta com os professores
com os quais estudei, com a formação deles, mas sim com
a maneira com que o instrumento era ensinado, com o
método de ensino.
Esses motivos foram definitivos para a minha escolha
profissional no ambiente educacional.
O aspecto social do método da língua-materna também é
um fator importante. Quando as crianças iniciam o estudo
do instrumento muito cedo, os pais são orientados a estudar
com seus filhos em casa. Isso não se restringe ao saber “o
que tem que fazer”, mas sim em “como fazer”. Além disso,
nas aulas individuais e em grupo, a participação dos pais é
requisitada, assim temos uma experiência coletiva em
amplitude do que é o aprendizado musical. Enfim,
formamos uma grande comunidade e, nós professores
Suzuki, estendemos isso também aos professores, colegas
de profissão. Desta maneira, o aspecto social se torna
primordial para formação integral de todos os envolvidos.
Nesses 17 anos de trabalho, já mudei de estado três vezes,
e sempre tive alunos Suzuki nas diferentes cidades que
residi. Esse aspecto social faz com que eu mantenha
contato com muitas famílias até hoje, e assim, acompanhe o
desenvolvimento de ex-alunos.
Um ponto importante da minha experiência com o método
Suzuki é a formação continuada de professores que sempre
foi oferecida por Shinichi Suzuki aos que queriam conhecer
o método da língua-materna e da educação do talento e que
as associações internacionais mantém até hoje. No curso
de bacharelado em instrumento não aprendemos como
ensinar, e vejo pelos colegas de profissão, que o curso de
licenciatura para muitos não satisfazem as necessidades da
realidade do professor de música.
Desta maneira, os cursos de capacitação de professores
Suzuki me deram uma oportunidade de pensar e
compreender o “como fazer”, e o “como ensinar”. Digo isso
porque, durante muitos cursos que fiz como professora
Suzuki tive a resposta para a resolução de meus próprios
problemas técnicos. Melhorei minha prática como flautista
aplicando em mim mesma as sugestões oferecidas pelos
cursos.
Como performer revi muitos conceitos da minha prática
solista e de música de câmara. Alguns fatores apresentados
pela prática Suzuki são primordiais para mim para os
trabalhos que desenvolvo nos palcos atualmente.
Depois de tudo, o processo para me tornar SAA Recorder
teacher trainer ou professora capacitadora do método
Suzuki de flauta doce me revelou uma nova oportunidade
de avaliar meus processos e resultados como professora
Suzuki. Um longo processo comprovado com horas de
estudo, horas de aulas ministradas, alunos formados,
alunos em processo de formação, exemplos de aulas e

resultados objetivos da arte de ensinar um instrumento


musical musicalmente.
– Renata Pereira

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