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CONSERVAÇÃO E RESTAURO
INTRODUÇÃO 4
CRONOLOGIA DO EDIFÍCIO 9
SÉCULO XII 11
SÉCULO XVI 12
SÉCULO XVII 13
SÉCULO XIX 14
ACTUALIDADE 14
- Fachada 20
- Elementos Decorativos 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS 34
BIBLIOGRAFIA: 35
ANEXOS 36
Espero com este trabalho, não só vir a fomentar ainda mais os conhecimentos
adquiridos nas aulas da disciplina de História da Conservação e Restauro, mas
também ficar a conhecer um pouco mais sobre o nosso passado histórico, em
especial sobre a Igreja Românica de Rubiães, fazendo com que, o interesse seja
despertado e que partam à descoberta deste Monumento.
O acesso, actualmente faz-se pela estrada nacional 201 que liga Ponte de
Lima a Valença.
A In- Actas, conservaçãointervenção em sítios arqueológicos e monumentos nacionais, C.M. Paredes de Coura e Universidade
Portucalense, Porto 2001
2In - da Cunha, Narciso Alves, No Alto Minho Paredes de Coura, 1ª edição, 1909
3In - de Almeida, Carlos Alberto Ferreira, Igrejas e Capelas Românicas da Ribeira Minho
As vias romanas
permitiram ao romanos ter um
controlo político, administrativo
e económico do território, assim
como a movimentação das suas
tropas. Permitiram ainda, a
comunicação entre os núcleos de
decisão, assim como o controlo
da exploração das riquezas
naturais, principalmente
minerais, que abundavam na
região.
Como é sabido, por Paredes de Coura passava a quarta via militar romana que
ligava o conventus bracara suguatanus a asturica. Devido à imperial importância
desta via, já que permitia o escoamento de produtos cerealíferos e mineralógicos
explorados nas províncias até à capital romana e, ao mesmo tempo ligava duas das
mais importantes capitais da província da Hispânia, quais nas povoações ao longo de
quase todo o percurso, foram instalados diversos serviços de apoio aos viajantes
como albergues, mutatios (locais para se proceder à troca de cavalos), tabernas,
oficinas de carpintaria e ferraria (com o intuito de prestar auxílio aos carros que
nesta via circulavam), vendas, etc.
A atestar este facto está ainda a data gravada no lintel no qual assenta o
tímpano, que segundo um artigo escrito na Revista Monumentos nº 15, tanto este
como a decoração do tímpano, “obedecem a padrões técnico - estilísticos que
caracterizam as obras de arte românica do norte de Portugal de influência Galega
(...) no modo de disposição dos numerais romanos, frequente na Galiza.”3
“A tradição local diz ser obra dos “Mouros,” mas tudo leva a crer que seja
românica”,escreve Dr. Narciso Alves da Cunha no seu livro “No Alto Minho Paredes
de Coura- de 1909”.
CRONOLOGIA DO EDIFÍCIO
4In- Almeida, Dr. Aníbal, Jornal de Coura, Ano 1, n.º 2 de Julho de 1991, pág. 1 e 3
Pela sua planimetria, pode levar a pensar, à primeira vista, estarmos perante
uma igreja de nave única e transepto saliente.
A torre data do século XVII. No interior, pinturas murais do século XVI e XVII a
representar Santo Antão e Arcanjo S. Miguel triunfando sobre o demónio que
chegou até nós por se encontrar escondida por um retábulo.
SÉCULO XII
SÉCULO XVI
Adoçada à Capela-mor
foi edificada, também
posteriormente à sua
construção, no século XVII, uma
pequena sacristia com forma
quadrangular, bem como a
Torre Sineira, adoçada à
fachada no sentido Norte.
ACTUALIDADE
5In- www.monumentos.pt
6 In- www.monumentos.pt
- F ACHADA
Figura 21 – Portal
Noutro encontramos igualmente uma figura humana, mas desta vez, uma
mulher numa posição em que está a dar à luz.
Estes três últimos, ao que parece estão em clara associação ao culto pagão
poderão querer representar o culto da fertilidade humana que já vem desde a
cultura castreja. Estas associações são muito frequentes ora no Alto Minho, ora no
resto do País em templos desta época
Reinaldo dos Santos acrescentou: “no fundo o espírito que paira nas nossas
igrejas góticas é ainda românico”. Demonstram-no as igrejas de Cetre, Santa Maria
do Neiva e Matriz de Barcelos, que embora classificadas como góticas, absorviam a
valorização e as qualidades atribuídas, pela historiografia da arte, aos templos
O reboco que indevidamente tinha sido retirado da torre sineira foi reposto,
não só por questões tipológicas, como para resolver o problema de infiltração de
água pelos paramentos. O reboco utilizado foi uma argamassa de cal e areia, para
receber posteriormente uma caiação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo que nos apercebemos, desde que a Igreja Românica de Rubiães foi
classificado como Monumento Nacional, a Direcção Geral dos Edifícios e
Monumentos Nacionais tem feito um trabalho quer de manutenção, quer de
recuperação assinalável. Pena é que estas classificações e estes programas não sejam
expansivos a todos os monumentos existentes no Concelho, ou até mesmo a
Portugal, pois assim pensamos que todo o património aqui existente teria igual
tratamento e contribuindo substancialmente para uma melhor caracterização do
passado, e para o desenvolvimento económico e social das populações mais
distantes dos grandes aglomerados urbanos.
- Cunha, Narciso C. Alves da, No Alto Minho. Paredes de Coura, Braga 1979;
- www.monumentos.pt;
-www.igespar.pt
- www.cm-paredes coura.pt.