Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exercícios Resolvidos de Cálculo PDF
Exercícios Resolvidos de Cálculo PDF
EXEMPLOS DIVERSOS
9.1 Limites
√
1 + x − (1 + a x)
[1] Determine o valor da constante a ∈ R para que exista lim e calcule o
x→0 x2
limite.
Solução : Primeiramente racionalizemos a expressão:
√ √ √
1 + x − (1 + a x) 1 + x − (1 + a x) 1 + x + (1 + a x) 1 + x − (1 + a x)2
= √ = √
x2 x2 1 + x + (1 + a x) x2 ( 1 + x + (1 + a x))
1 − 2 a − a2 x
=x 2 √
x ( 1 + x + (1 + a x))
1 − 2a a2
= √ − √ .
x ( 1 + x + (1 + a x)) ( 1 + x + (1 + a x))
Logo, a condição necessária para que o limite exista é que a primeira parcela seja nula, isto é,
a = 21 ; então:
√
1 + x − (1 + a x) −1 1
lim = lim √ =− .
x→0 x2 x→0 4 ( 1 + x + (1 + a x)) 8
sen(x) sen(x)
[2] Calcule: lim x−sen(x)
.
x→0 x
Solução : Primeiramente reescrevamos o expoente da expressão:
sen(x)
sen(x) x
= sen(x)
.
x − sen(x) 1− x
sen(x) sen(x)
Fazendo t = 1 − x , temos que 1 − t = x . Por outro lado observamos que se x → 0,
então t → 0 e:
sen(x) 1−t 1
= = − 1.
x − sen(x) t t
Logo:
sen(x) sen(x) 1 1
lim x−sen(x)
= lim (1 − t) t −1 = lim (1 − t) t (1 − t)−1 = e−1 .
x→0 x t→0 t→0
363
364 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
tg(2x)
[3] Calcule: limπ tg(x) .
x→ 4
Solução : Primeiramente
√ reescrevamos o expoente da expressão. Fazendo t = 1 − tg2 (x), temos
que tg(x) = 1 − t e √
2 tg(x) 2 1−t
tg(2 x) = = .
1 − tg2 (x) t
Por outro lado observamos que se x → π4 , então t → 0 e:
2 √1−t
√
tg(2x) 2 1−t
= e−2 .
√
limπ tg(x) = lim 1 − t t
= lim 1−t t
x→ 4 t→0 t→0
x1000 + 1
lim kx+b− = 0.
x→+∞ x999 + 1
Solução : Primeiramente reescrevamos a expressão:
√ √
r r q p
√ √ √ √ x + x + x + x
q q
x+ x+ x− x= x+ x+ x− x q p √ √
x+ x+ x+ x
p √ p √
x+ x+ x−x x+ x
=q p √ √ =
q p √ √
x+ x+ x+ x x+ x+ x+ x
√ √
r q
x+ x 1
√ 1 + x
x
= q √ √ =s r .
x+ x+ x q
√
x
+1 1 + x1 + x13 + 1
Logo: r q
1
r
√ √ 1+ x 1
q
lim x + x + x − x = lim s = .
x→+∞ x→+∞ r q 2
1 1
1+ x + x3 +1
9.1. LIMITES 365
xn+2
f (x) = lim √ ; x ≥ 0.
n→+∞ 22n + x2n
2n+2 22 2n √
f (2) = lim √ = lim √ = 2 2.
n→+∞ 22n + 22n n→+∞ 2 2n
Se 0 < x < 2, temos:
x n+2
xn+2 n
lim √ = lim q 2 = 0,
n→+∞ 2n
2 +x 2n n→+∞ 2n
1+ x 2
Então:
0 √
se 0 ≤ x < 2
f (x) = 2 2 se x = 2
2
x se x > 2.
[7] Calcule:
xn + xn−1 + xn−2 + . . . . . . + x2 + x − n
lim .
x→1 x−1
Solução : Dividindo os polinômios:
xn + xn−1 + xn−2 + . . . . . . + x2 + x − n
lim = lim Pn (x) = Pn (1).
x→1 x−1 x→1
n (n+1)
Por outro lado, Pn (1) = 1 + 2 + 3 + . . . . . . + (n − 2) + (n − 1) + n = 2 .
π π
[8] Calcule: lim cos(x) − [[sen(x)]] , − ≤ x ≤ .
x→0 2 2
π
Solução : Seja f (x) = cos(x) − [[sen(x)]]. Se − 2 ≤ x < 0, então −1 ≤ sen(x) < 0 e [[sen(x)]] =
= −1, logo f (x) = cos(x) + 1. Se 0 ≤ x < π2 então 0 ≤ sen(x) < 1 e [[sen(x)]] = 0, logo
f (x) = cos(x). Se x = π2 , então [[sen π2 ]] = 1 e f π2 = −1. Logo
π
cos(x) + 1 se − 2 ≤ x < 0
f (x) = cos(x) se 0 ≤ x < π2
se x = π2 .
−1
Então
[9] Calcule:
sen x + 5π
6
lim .
x→ π6 cotg 3 (x) − 3 cotg(x)
5π 5π 5π 1 √
sen x + = sen(x) cos + sen cos(x) = cos(x) − 3 sen(x)
6 6 6 2
sen(x) √
= cotg(x) − 3 ,
2
pois sen(x) 6= 0, então:
√
sen x + 5π
6 sen(x) cotg(x) − 3 sen(x)
3
= √ √ = √ .
cotg (x) − 3 cotg(x) 2 cotg(x) cotg(x) − 3 cotg(x) + 3 2 cotg(x) cotg(x) + 3
Logo:
sen x + 5π
6 sen(x) 1
limπ 3
= limπ √ = .
x→ 6 cotg (x) − 3 cot(x) x→ 6 2 cotg(x) cotg(x) + 3 24
9.2 Continuidade
Analise a continuidade das seguintes funções:
( sen(x)
|x| se x 6= 0
[1] f (x) =
3 se x = 0.
Solução : Claramente, o problema é determinar se f é contínua em 0. Reescrevamos a função:
sen(x)
− x
se x < 0
f (x) = 3 se x = 0
sen(x)
x se x > 0.
Logo,
sen(x) sen(x)
lim f (x) = − lim = −1 e lim f (x) = lim = 1.
x→0− x→0+ x x→0+ x→0+ x
Então f não é contínua em 0.
1
0.5
-6 -4 -2 2 4 6
-0.5
-1
21/x − 1
[2] f (x) = .
21/x + 1
Solução : Reescrevamos a função:
21/x + 1 − 2
21/x − 1 2
f (x) = 1/x = 1/x
= 1 − 1/x .
2 +1 2 +1 2 +1
1 1
Sabendo que limx→0− x = −∞ e limx→0+ x = +∞, temos:
2 2
= −1 e
lim f (x) = lim 1 − lim f (x) = lim 1 − = 1.
x→0− x→0− 21/x + 1 x→0+ x→0+ 21/x + 1
Então, f não é contínua em 0.
1
0.5
-2 -1 1 2
-0.5
-1
21/x −1
Figura 9.2: Gráfico de f (x) = 21/x +1
.
ln 1 + ext
[3] f (x) = lim
t→+∞ ln 1 + et
ln 1 + ext
lim = 0.
t→+∞ ln 1 + et
Se x > 0, então:
1 1 1
ln 1 + ext = ln ext 1 + xt = ln ext + ln 1 + xt = x t + ln 1 + xt
e e e
t
t 1 t
1 1
ln 1 + e = ln e 1 + t = ln e + ln 1 + t = t + ln 1 + t .
e e e
Logo:
1
ln 1+ ext
ext
ln 1 + x+ t
lim = lim = x.
t→+∞ ln 1 + et t→+∞ ln 1+ e1t
1+ t
2
Se x = 0, então lim = 0. Reescrevendo a função:
t→+∞ ln 1 + et
(
0 se x ≤ 0
f (x) =
x, se x > 0.
Então, f é contínua em R.
368 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
-3 3
e Como os limites laterais devem ser iguais, temos que 3 n + 3 = −1, isto é, n = − 43 . Logo:
4x
3 +3
se x < −3
π x
f (x) = cos 3 se − 3 ≤ x ≤ 3
4x
− 3 +3 se x > 3.
-3 3
-1
x3 + 5 x2 − 32 x + 36 (x − 2)2 (x + 9)
= .
x3 − 3 x 2 + 4 (x − 2)2 (x + 1)
-1 1 2 3 4 5 6
-1
Se x = 0, então f (0) = m + n, e:
-2 2 4 6
1 1 n
Como: lim ln(1 + 100 x) x = ln lim (1 + 100 x) x = ln(e100 ) = 100, temos, lim f (x) = ;
x→0 + x→0+ x→0 + 100
por outro lado, lim f (x) = f (0), temos que n = 300 e:
x→0+
x+12
4−arctg(11 x)
se x < 0
f (x) = 3 se x = 0
sen(300 x)
se x > 0.
ln(1+100 x)
9.3. DERIVADA 371
9.3 Derivada
[1] Considere a função f (x) = a+b cos(2 x)+c cos(4 x), onde a, b, c ∈ R. Sabendo que f π2 = 1,
f (0) = f ′ (0) = f ′′ (0) = f (3) (0) = 0 e que f pode ser escrita na forma f (x) = senn (x), n ∈ N,
determine a, b, c e n.
Solução : Primeiramente note que f (0) = a + b + c, f ′′ (0) = b + 4 c e f π2 = a − b + c; logo,
obtemos o sistema:
a + b + c = 0
a−b+c =1
b + 4c = 0,
3 cos(2 x) cos(4 x)
f (x) = − + .
8 2 8
Por outro lado, cos(4 x) = 2 cos2 (2 x) − 1 e cos(2 x) = 1 − 2 sen2 (x), logo:
3 cos(2 x) cos(4 x)
f (x) = − +
8 2 8
2
1 cos(2 x) cos (2 x)
= − +
4 2 4
4
= sen (x).
Então a = 38 , b = − 21 , c = 1
8 e n = 4.
x−1
[2] Determine a equação da reta tangente e a equação da reta normal à curva y = arcsen
2
no ponto onde a curva intersecta o eixo dos x.
Solução : Determinemos a interseção da curva com o eixo dos x. Se y = 0, temos:
x − 1 x−1
arcsen =0 ⇔ =0 ⇔ x = 1.
2 2
Logo, o único ponto de interseção é (1, 0). Por outro lado, os coeficientes angulares da reta
tangente e da reta normal à curva são, respectivamente:
1 1
m1 = y ′ = √ ⇒ m1 (1) =
3 + 2x − x 2 2
1 p
m2 = − ′ = − 3 + 2 x − x2 ⇒ m2 (1) = −2.
y
372 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
1
y= (x − 1) ⇒ x − 2 y = 1
2
y = −2 (x − 1) ⇒ 2 x + y = 2.
[3] Determine a equação da reta normal à curva y = x ln(x), que é paralela à reta 2 x−2 y+3 = 0.
Solução : Primeiramente, calculemos os coeficientes angulares que precisamos. O coeficiente
angular da reta 2 x − 2 y + 3 = 0 é m1 = 1. O coeficiente angular da reta normal à curva é:
1 1
m2 = − ′
=− .
y 1 + ln(x)
1
− =1 ⇒ ln(x) = −2 ⇒ x0 = e−2 ;
1 + ln(x)
logo, temos que y0 = e−2 ln(e−2 ) = −2 e−2 . A equação da reta normal à curva que passa pelo
ponto (e−2 , −2 e−2 ) é:
0.6
0.4
0.2
-0.2
-0.4
(2) a + b + c = 1.
(3) 2 a + b = 1.
9.3. DERIVADA 373
1
cuja solução é: a = c = 4 e b = 21 .
[5] A forma de uma colina numa área de preservação ambiental, pode ser descrita pela equação
y = −x2 + 17 x − 66, sendo 6 ≤ x ≤ 11. Um caçador, munido de um rifle está localizado no
ponto (2, 0). A partir de que ponto da colina, a fauna estará 100% segura?
Solução : Denotemos por P0 = (x0 , y0 ) o ponto além do qual a fauna não pode ser vista pelo
caçador, situado no ponto (2, 0). A fauna estará a salvo, além do ponto P0 onde a reta que liga
(2, 0) à colina seja tangente à mesma.
y − y0 = (−2 x0 + 17) (x − x0 ).
[6] A reta tangente à curva y = −x4 + 2 x2 + x no ponto (1, 2) é também tangente à curva em
um outro ponto. Ache este ponto.
-1 1
2
Solução : Um ponto arbitrário da parábola é Q = a, a4 e o coeficiente angular da reta normal
à curva é: m1 = − y1′ = − x2 . A equação da reta normal à curva no ponto Q é:
a2 2
y− = − (x − a).
4 a
a2 2
9− = − (6 − a) ⇒ a3 − 28 a − 48 = (a − 6) (a + 2) (a + 4) = 0.
4 a
1
-4 -2 6
(
y = x2 − 4 x + 5
y = x + 1.
1 1
m=− ′
=− ;
y 2x − 4
1
m(1) = 2 e m(4) = − 14 . As equações das normais em P1 e P2 , são respectivamente:
2 y − x = 3,
4 y + x = 24.
Resolvamos o seguinte sistema para achar os pontos de intersecção das retas normais:
(
2y =x+3
4y = −x + 24;
A = |D|
2 , onde:
1 1 1
15 15
D = 1 4 6 =− ⇒ A= u.a.
2 4
2 5 9/2
376 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
1 4 6
Solução : Primeiramente observamos que se mudamos y por −y, a equação da curva √ não muda;
logo a curva é simétrica em relação ao eixo dos x. Por outro lado, y = f (x) = ±x x + 3, logo
Dom(f ) = [−3, +∞). Se x = −3, então y = 0 e se y = 0, então x = 0 ou x = −3. A curva
intersecta os eixos coordenados nos pontos (0, 0) e (−3, 0). Determinemos os pontos críticos,
derivando y = f (x) e igualando a zero:
3 (x + 2)
y′ = √ =0 ⇒ x = −2.
2 x+3
Note que y ′ (−3) não existe e f é contínua em x = −3; como Dom(f ) = [−3, +∞), no ponto
x = −3 a reta tangente à curva é vertical. Determinemos os pontos extremos, estudando o sinal
de y ′ ao redor do ponto x = −2:
y′ > 0 ⇔ x > −2
′
y <0 ⇔ x < −2,
logo, x = −2 é ponto de √ mínimo local e y = −2. Pela simetria em relação ao eixo dos x, se
consideramos y = −x x + 3, o ponto (−2, 2) é de máximo. A curva não possui pontos de
inflexão ou assíntotas.
-3 -2 -1 1 2
-1
-2
[10] Dada uma circunferência de raio r, determine o comprimento de uma corda tal que a soma
desse comprimento com a distância da corda ao centro da circunferência seja máxima?
Solução :
9.3. DERIVADA 377
y y
x
r
2x p r
f ′ (x) = 1 − √ =0 ⇔ 2x = r 2 − x2 ⇔ 5 x2 = r 2 ⇐⇒ x= √ .
r − x2
2 5
Derivando novamente:
√
′′ 2 r2 ′′ r 5 5
f (x) = 2 ⇒ f √ =− < 0.
(r − x2 )3/2 5 4r
√
Logo, √r é ponto de máximo e f √r
5 5
= 5 r.
[11] Determine o cilindro circular reto de volume máximo que pode ser inscrito num cone
circular reto.
Solução :
y
x
B E C
AB BC h r h
= ⇒ = ⇒ y= (r − x) (1).
DE EC y r−x r
πh
V (x) = (r x2 − x3 ).
r
378 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
πh 2r
V ′ (x) = (2 r − 3 x) x = 0 ⇒ x = 0 ou x= .
r 3
2r
como x 6= 0, o único ponto crítico é x = 3 . Estudemos o sinal de 2 r − 3 x:
2r
2r − 3x > 0 ⇔ 0<x<
3
2r
2r − 3x < 0 ⇔ x> .
3
Então x = 23r é ponto de máximo. Logo, o cilindro de volume máximo inscrito num cone tem
raio da base igual a 2/3 do raio da base do cone e altura igual a 1/3 da altura do cone.
[12] Determine o trapézio de perímetro máximo que pode ser inscrito num semi-círculo de raio
r.
Solução :
D y C
x
h
n
A 2r B
Figura 9.17:
O triângulo ADB é retângulo pois é inscrito num semi-círculo; note que y = 2 r − 2 n. Sabe-
mos que num triângulo retângulo, cada cateto é a média geométrica entre a hipotenusa e sua
projeção sobre a hipotenusa; logo:
x2 x2
x2 = 2 r n ⇒ n= e y = 2r − 2n = 2r − .
2r r
Então, o perímetro P , é:
x2 x2
P (x) = 2 x + 2 r − + 2r ⇒ P (x) = 4 r + 2 x − .
r r
Derivando e igualando a zero:
2x
P ′ (x) = − +2=0 ⇔ x = r.
r
Derivando novamente:
2
⇒ P ′′ (r) < 0.
P ′′ (x) = −
r
Logo, P = 5 r. O trapézio de perímetro máximo que pode ser inscrito num semi-círculo de raio
r tem base maior igual a 2 r, base menor igual a r e lados não paralelos iguais a r.
9.4. INTEGRAÇÃO 379
9.4 Integração
ln tg(x)
Z
[1] Calcule I = dx.
sen(x) cos(x)
sec2 (x) dx
Solução : Fazendo : u = ln tg(x) sen(x) cos(x) . Então:
⇒ du = tg(x) dx ⇒ du =
ln2
u2 tg(x)
Z
I= u du = +c= + c.
2 2
sen(x) cos(x)
Z
[2] Calcule I = dx.
1 + sen4 (x)
Solução : Fazendo : t = sen(x) ⇒ dt = cos(x) dx. Então:
x
Z
[3] Calcule I = q p dx.
2
1 + x + (1 + x ) 2 3
√ √
Solução : Note que 1 + x2 + (1 + x2 )3 = 1 + x2 + (1 + x2 ) 1 + x2 = (1 + x2 ) (1 + 1 + x2 ),
p
então; q q
p p p
1 + x2 + (1 + x2 )3 = 1 + x2 1 + 1 + x2 .
Agora, fazendo: p x
u=1+ 1 + x2 ⇒ du = √ dx;
1 + x2
logo,
√
q
du
Z p
I= √ =2 u+c=2 1+ 1 + x2 + c.
u
Z
[4] Calcule I = x arctg(x) ln(x2 + 1) dx.
dx
u = arctg(x) ⇒ du =
1 + x2
x2
dv = x dx ⇒ v= .
2
Logo:
x2 arctg(x) 1 x2 x2 arctg(x) 1
Z
1
Z
I1 = − dx = − 1 − dx
2 2 1 + x2 2 2 1 + x2
x2 arctg(x) 1 (x2 + 1) arctg(x) x
= − x − arctg(x) = − .
2 2 2 2
380 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
x x2
Voltando a I: v du = (x2 + 1) arctg(x) − x = x arctg(x) − e:
x2 +1 x2 +1
Z
v du = I1 + arctg(x) − x,
Então:
1
Z
(1 + x2 ) arctg(x) − x ln(x2 + 1) − 1 − arctg(x) + x + c.
I = uv − v du =
2
π
x sen(x)
Z
[5] Calcule I = dx.
0 1 + cos2 (x)
Solução : Fazendo x = π − t, dx = −dt; se x = 0, então t = π e se x = π, então t = 0. Por ouro
lado:
x sen(x) (π − t) sen(π − t) (π − t) sen(t)
2
= 2
= .
1 + cos (x) 1 + cos (π − t) 1 + cos2 (t)
Logo:
0 π π
(π − t) sen(t) π sen(t) π sen(x)
Z Z Z
I=− dt = dt − I ⇒ 2I = dx.
π 1 + cos2 (t) 0 1 + cos2 (t) 0 1 + cos2 (x)
Observe que a integral definida não depende da variável de integração. Fazendo u = cos(x),
então du = −sen(x) dx e:
−1 1 π2
du du
Z Z
2 I = −π =π = π arctg(1) − arctg(−1) = .
1 1 + u2 −1 1 + u2 2
π2
Logo I = 4 .
π/2
2n
Z
isto é In = In−1 , como I0 = cos(t) dt = 1, logo:
2n + 1 0
9.4. INTEGRAÇÃO 381
2 2 1×2
I1 = I0 = =
3 3 1×3
4 1×2×4
I2 = I1 =
5 1×3×5
6 1×2×4×6
I3 = I2 =
7 1×3×5×7
8 1×2×4×6×8
I4 = I3 =
9 1×3×5×7×9
..
.
1 × 2 × 4 × 6 × . . . × (2 n − 2) × 2 n
In = (1).
1 × 3 × 5 × 7 × . . . × (2 n − 1) × (2 n + 1)
1 × 2 × 4 × 6 × . . . × (2 n − 2) × 2 n
Multipliquemos (1) por , então:
1 × 2 × 4 × 6 × . . . × (2 n − 2) × 2 n
2
(1 × 2) (2 × 2) (2 × 3) (2 × 4) . . . × 2 (n − 1) × 2 n
In =
1 × 2 × 3 × 4 × 5 × . . . × (2 n − 2) × 2 n (2 n + 1)
2
22n 1 × 2 × 3 × 4 × 5 × . . . × (n − 1) × n
=
2n + 1 !
2
22n n!
= .
2 n + 1)!
[8] Determine a área da região limitada pela curva x6 − x4 + y 2 = 0 e pelos eixos coordenados.
Solução : Se mudamos x por −x e y por −y, a equação não muda, logo a curva é simétrica
em relação ao eixo dos x e dos y. Determinemos os pontos de interseção da curva com os eixos
coordenados. Se x = 0, então y = 0 e se y = 0, então x4 (x2 −1) = 0; logo os pontos√
(0, 0), (−1, 0)
e (1, 0) são os pontos de interseção da curva com os eixos. Consideramos y = x2 1 − x2 ; logo
x ∈ [−1,√
1]. Não é difícil ver que em x = 0 a curva possui um ponto de mínimo local e que
6
x = ± 3 são pontos de máximo local.
0.4
-1 1
π/2 π/2
1
Z Z
2
A=2 sen2 (t) cos2 (t) dt = 2 sen(t) cos(t) dt
0 2 0
1 π/2 1 π/2
Z Z
sen2 (2 t) dt =
= 1 − cos(4 t) dt
2 0 4 0
π
= u.a.
8
De (1) obtemos y = 13, logo x = 6; de (2) obtemos y = 10, logo x = 3 e de (3) obtemos y = 5,
logo x = 2.
9.4. INTEGRAÇÃO 383
10
9
5
4
1 2 3 4 5 6
Logo:
Z 5p Z 10 p Z 10 p
A=2 y − 4 dy + y − 1 dy − 9 y − 9 dy = 20 u.a.
4 5 9
√
Solução : Fazendo uma rotação da esfera se for necessário, consideramos y = R 2 − x2 e a
seguinte região:
R-h
R
Figura 9.22:
384 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
Logo:
R R
x3 R π h2 (3 R − h)
Z Z
p 2 2 2
2
V =π R 2 − x2 dx = π R −x dx = π R x − = u.v.
R−h R−h 3 R−h 3
3
Em particular, se h = R, então V = 2 π3R é o volume da semi-esfera de raio R; se h = 2 R então
3
V = 4 π3R é o volume da esfera de raio R.
[11] Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região limitada pelas
curvas y = e−2x − 1, y = e−x + 1 e o eixo dos x, em torno do eixo dos x.
(
y = e−2x − 1
⇒ e−2x − e−x − 2 = 0 ⇒ e−x = 2 ⇒ x = −ln(2).
y = e−x + 1
Logo:
Z 0
2 2
Z 0
−x −2x
− e−4x + 3 e−2x + 2 e−x dx
V =π e +1 − e −1 dx = π
−ln(2) −ln(2)
11 π
= u.v.
4
(
5 y 3 = x2
⇒ 5 y 3 + y 2 − 6 = (y − 1) (5 y 2 + 6 y + 6) = 0 ⇒ y = 1.
x2 + y 2 = 6
9.4. INTEGRAÇÃO 385
-2 -1 1 2
-1
-2
1
r
45 y
Z
L=2 1+ dy.
0 4
45 y
Fazendo u = 1 + 4 , obtemos:
1+45/4 √
8 134
Z
L= u du = u.c.
45 1 27
x3
[13] Calcule a área da região determinada por y 2 = 2 a−x e sua assíntota, a 6= 0.
Solução : Se mudamos y por −y, a equação não muda, logo a curva é simétrica em relação ao
eixo dos x. Note que a curva intersecta os eixos na origem.
2a ε
r r
x3 x3
Z Z
A=2 dx = 2 lim dx.
0 2a − x ε→2a− 0 2a − x
Fazendo x = 2 a sen2 (t), temos que dx = 4 a sen(t) cos(t) dt. Por outro lado:
r √
x3 x x
dx = √ dx = 8 a2 sen4 (t) dt.
2a − x 2a − x
386 CAPÍTULO 9. EXEMPLOS DIVERSOS
ε
Temos, x = 0 ⇒ t = 0 e x = ε ⇒ sen2 (t) = 2a; se ε → 2 a− ⇒ t = π2 . Então:
r
ε
x3 a2
Z
ε
2 dx = sen(4 t) − 8 sen(2 t) + 12 t 0
0 2a − x 2
a2
= sen(4 ε) − 8 sen(2 ε) + 12 ε .
2
a2
Logo: A = lim sen(4 ε) − 8 sen(2 ε) + 12 ε = 3 a2 π u.a.
ε→π/2 2
1
[14] Calcule a área da região limitada pela curva y = , x ≥ 1 e o eixo dos x.
x2 (x + 1)
Solução : Devemos calcular a área da região ilimitada:
Logo:
+∞ Z b
dx dx
Z
A= 2
= lim 2
1 x (x + 1) b→+∞ 1 x (x + 1)
Z b
1 1 1 1
= lim − + 2+ dx = lim − ln(b) − + 1 + ln(b + 1) − ln(2)
b→+∞ 1 x x x+1 b→+∞ b
b + 1 1 1 1
= lim ln − + 1 − ln(2) = lim ln 1 + − + 1 − ln(2)
b→+∞ b b b→+∞ b b
= 1 − ln(2) u.a.