Você está na página 1de 1

A Girafa Eufrida

A girafa Eufrida, adorava cantarolar pela floresta; como ela era muito alta,
sempre se sentia no palco de uma festa; de onde todos os animais podiam
escutá-la.
Eufrida não gostava muito das pausas, que são aquelas partes da música
onde ficamos em silêncio; e cantava as palavras todas juntas, como se fossem
misturadas em um moinho de vento.
Ai, ai, ai. Mal sabia ela que essas partes são muito importantes, pois são
nesses momentos em que nós podemos respirar; para só assim conseguirmos
continuar a cantar.
Um dia quando ela acordou pela manhã, foi logo tratando de cantar; uma
música de bom dia, para toda a bicharada acordar: (Bom dia, bom dia, bom dia,
hoje eu estou tão feliz...)
De repente, sentiu-se meio estranha, foi ficando zonza e tudo em volta
dela parecia que estava girando; teve até que deitar a coitada, parecia estar até
em um sonho; daqueles que não dá nem para entender o que está acontecendo.
Tratou logo de disfarçar e levantou-se rapidamente; continuou a cantoria
para que ninguém percebesse, mas teve que deitar novamente.
Um rouxinol que passava por ali, que nas horas vagas fazia bico de
professor de canto; percebendo o que acontecia, resolveu ajudar e sobrevoou a
girafa cantando:
- A Girafa, quando ela canta, se não respira, ela fica tonta! Deita – Levanta,
Deita – Levanta.
E foi diminuindo a velocidade da música, sobrando assim mais espaços;
entre as palavras, cantando e marcando melhor os compassos; para que a girafa
recuperasse o folego.
Eufida, que foi considerada a maior cantora da floresta (em altura claro);
não podia ficar para trás e logo começou a acompanhar o rouxinol na cantoria; e
quanto mais o rouxinol diminuía a velocidade em que cantava, mais forte
cantava a Eufrida.
Foi percebendo que nos momentos de silêncio ela podia respirar; e fazer
que o ar passasse pelo seu longo pescoço e pudesse seguir a cantar.
E assim ela aprendeu sobre a importância de usar as pausas e a
respiração; - muito obrigado professor Rouxinol! Disse ela piscando um dos
olhos, muito grata por aquela discreta lição. Sucesso a girafa Eufrida.

Você também pode gostar