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Lista de Exercı́cios 4

Disciplina: CDI1
Turma: 1BEEN

Prof. Alexandre Alves


Universidade São Judas Tadeu

1 Limites no infinito
Exercı́cio 1: Calcule os seguintes limites
 1 2
(a) lim 10 − + 2
x→+∞ x x
2
x − 2x + 3
(b) lim
x→+∞ x2 + 2x − 3
x4 − x3 + 3x2 − x
(c) lim 6
r x + 2x
x→+∞

x−1
(d) lim
x→+∞ x2 − 1

(e) lim ( x4 + x2 + 4 − x2 )
x→+∞
 e 
(f) lim − e−x
x→+∞ ln x

Exercı́cio 2: A velocidade de queda de um corpo de pequenas dimensões na at-


mosfera é dada pela seguinte função do tempo

v(t) = v` (1 − e−gt/v` ) ,

onde v` é a velocidade limite do corpo e g a aceleração da gravidade. Justifique a


afirmativa de que v` é a velocidade final do corpo, ou velocidade limite do corpo.

Exercı́cio 3: Calcule o limite


√ √ √
lim x( x + 1 − x) .
x→+∞
√ √
Primeiramente multiplique e divida a função por x + 1 +√ x e depois divida
o numerador e o denominador da expressão resultante por x, só então tome o
limite para infinito.

1
Exercı́cio 4: Considere a soma dos n primeiros termos de uma Progressão Geométrica
de primeiro termo a e razão 0 < q < 1
a(qn − 1)
Sn = .
q−1
A partir dessa expressão mostre que a soma de uma P.G. infinita converge para
a
lim S n = .
n→+∞ 1−q
Para tanto, é mais fácil demonstrar que a diferença entre S n e a/(1 − q) vai a zero
quando n → +∞. Tome, então, a diferença
a
Dn = S n − ,
1−q
e usando o fato de que limn→+∞ qn = 0 se 0 < q < 1, mostre que
lim Dn = 0 .
n→+∞

Exercı́cio 5: Assı́ntotas. Uma reta é denominada assı́ntota de uma curva que se


estende ao infinito, quando a distância de um ponto da curva à reta tende a zero ao
afastar-se indefinidamente este ponto sobre a curva. Abaixo mostramos o gráfico
da função
x3
f (x) = 2
x +1
e de sua assı́ntota. A equação de uma assı́ntota é dada por
p(x) = mx + n ,
onde os coeficientes angular e linear são calculados a partir dos seguintes limites
f (x)
m = lim
x→∞ x
n = lim [ f (x) − mx]
x→∞

quando os limites existem.


Mostre que a assı́ntota à função f (x) dada acima tem equação y = x.

Exercı́cio 6: Determine a equação da assı́ntota aos gráficos das funções:


6x3
(a) f (x) =
2x2 + x + 3
5x4 + 4x2
(b) f (x) = 3
x + x2 − 2
x2
(c) f (x) =
3x − 1

2
y
4

-4 -2 2 4 x
-2

-4

Figura 1: Exercı́cio 5: Gráfico de f (x) e sua assı́ntota. A curva sólida é o gráfico


de f (x) e linha tracejada a sua assı́ntota.

2 Derivadas
Exercı́cio 7: Calcule a taxa de variação no ponto x = a das seguintes funções
através da definição da derivada(limite):

(a) f (x) = 3x2 + x − 3 , x = 1


(b) f (x) = x3 − 3x + 5 , x = −2

(c) f (x) = 4x + 1 , x = 1/4
1
(d) g(x) = , x=0
x+1
1
(e) g(x) = 2 , x = 1
x

Exercı́cio 8: Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f (x) no ponto


x = a nos seguintes casos:

(a) f (x) = −x2 + 4x + 1 , a = 3


(b) f (x) = ln(x) , a = 1
(c) f (x) = 2e x − x3 − x2 − 2 , x = 0
−π
(d) f (x) = sin(x) − cos(x) , x =
√ 3
(e) f (x) = x tan(x) , x = 2
( f ) f (x) = e−x sin(x) , x = π
x3 − 1
(g) f (x) = , x=0
cos(x)

3
y
3.0

x2
2.5

2.0

1.5

Α
1.0
x

0.5

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 x


Figura 2: Exercı́cio 8. ângulo entre x2 e x em x = 1.

sec(x)
(h) f (x) = − x ln(x) , x = 1
3x + 3
π
(i) f (x) = csc(x) sec(x) − tan(x) , x =
4
2 x x
( j) f (x) = x (3 − 2 ) sin(x) , x = 1

Exercı́cio 8: O ângulo entre os gráficos de duas funções f (x) e g(x) em um dado


ponto x = a, pertencente ao domı́nio de ambas, é definido como o ângulo entre
as retas tangentes aos gráficos naquele
√ ponto. Por exemplo, o ângulo entre os
2
gráficos de f (x) = x e g(x) = x em x = 1, um de seus interceptos, é α,
conforme mostrado na figura acima.
Definindo:
tan θ1 = m1 = f 0 (x = a)
tan θ2 = m2 = g0 (x = a) ,
e sabendo que
tan θ1 − tan θ2
tan α = tan(θ1 − θ2 ) =
1 + tan θ1 tan θ2
é a tangente da diferença de dois arcos, então, é muito fácil mostrar que
 m1 − m2 
α = arctan .
1 + m1 m2
Com base nessas fórmulas, calcule o ângulo entre os gráficos de f (x) e g(x)
no ponto x = a nos casos

(a) f (x) = x2 , g(x) = x , a = 1

4
(b) f (x) = x3 , g(x) = x2 , a = 1
(c) f (x) = x4 − x2 , g(x) = x3 − x , a = 1
(d) f (x) = sin(x) , g(x) = cos(x) , a = π/4

Exercı́cio 9: A expansão em série de Taylor das funções sin(x) e cos(x) em torno


de x = 0 são dadas por

X
+∞
n−1 xn x3 x5 x7
sin(x) = (−1) 2 = x− + − + ···
n! 6 120 5040
n impar
X
+∞
n x
n
x2 x4 x6 x8
cos(x) = (−1) 2 = 1 − + − + + ···
n par n! 2 24 720 40320

Mostre que
d
[sin(x)] = cos(x)
dx
derivando a série de Taylor da função seno termo a termo, ou derivando a ex-
pressão sob o sinal da somatória.

Exercı́cio 10: Uma curva lisa é uma curva cuja derivada existe em todos os pon-
tos do domı́nio da função. Calcule o valor dos parâmetros m e n que tornam as
seguintes funções definidas por partes deriváveis em todo o conjunto dos reais:
( )
mx + n, se x ≤ 2
(a) f (x) =
x2 , se x > 2
( 2
)
x, se x ≤ 1
(b) f (x) =
−x2 + mx + n, se x > 1
( x2
)
, se x ≤ 10
(c) f (x) = x+1
mx + n, se x > 10

No caso do item (c) é possı́vel ter uma boa noção de qual resultado devemos
esperar para m e n. Calcule a assı́ntota de f (x) = x2 /(x + 1) e responda como teria
sido possı́vel prever o resultado do item (c) com uma aproximação.

Exercı́cio 11: No exercı́cio (8) mostramos como se calcular o ângulo entre duas
curvas em um dado ponto. Mostre que a taxa de variação da tangente desse ângulo

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é dada por

d {1 + [g0 (x)]2 } f 00 (x) − {1 + [ f 0 (x)]2 }g00 (x)


(tan α) = .
dx (1 + f 0 (x)g0 (x))2
Da geometria analı́tica sabemos que duas retas não paralelas são perpendic-
ulares em um dado ponto se seus coeficientes angulares satisfazem a relação:
m1 m2 = −1. Esse resultado pode ser deduzido da equação acima. Explique como
e por quê. Existe a possibilidade do numerador e do denominador dessa expressão
se anularem ao mesmo tempo para algum par de funções f (x) e g(x)?

Exercı́cio 12: Considere uma esfera de raio R, um cone de raio R e altura h e um


cilindro de raio R e altura H. Se o raio R, comum aos três sólidos, cresce com o
tempo t a uma taxa fixa α, qual das três figuras geométricas cresce mais rápido
com o tempo? Note que a altura do cone e do cilindro permanecem fixas em seus
valores iniciais, apenas o raio da base cresce com o tempo.

Exercı́cio 13: A posição de uma partı́cula sujeita a uma força externa periódica e
uma força de atrito é dada por

x(t) = 100e−t/2 cos(2πt/10 + π/3) .

Calcule a velocidade e a aceleração dessa partı́cula.

Exercı́cio 14: O potencial de Lenard-Jones é um modelo simples que descreve a


interação entre um par de átomos ou moléculas neutras. Esse potencial é da forma
h σ 12  σ 6 i
V(r) = 4Vmin − ,
r r
onde Vmin é o mı́nimo do potencial, σ é a distância para a qual o potencial de
interação é nulo e r é distância entre as partı́culas. O primeiro termo da expressão
é um termo de repulsão e o segundo um termo de atração.
Sabendo que a força, neste caso, é derivada do potencial V(r) através da
fórmula
dV(r)
F(r) = − ,
dr
calcule o ponto entre as partı́culas onde a força é nula. Mostre que a força vai
a zero quando a distância entre as elas vai ao infinito. Esses dois átomos podem
”encostar”um no outro? Justifique.

Exercı́cio 15: Um recipiente tem a forma de uma pirâmide regular equilátera de


lado 2m, ou seja, todas as arestas da pirâmide têm a mesma medida de 2 metros.

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A base da pirâmide está fixada no teto e ela é preenchida com água a uma razão
de 0.1 m3 /min. Calcule a velocidade com a coluna de água sobe no instante em
que esta tem 1 metro de altura.

Exercı́cio 16: O raio de um balão esférico varia com o tempo de acordo com a
função
r(t) = 10(1 − 0.9e−t/5 )
onde r é medido em metros, e t em minutos. Se no instante inicial t = 0, dois
pontos sobre a superfı́cie do balão distam 1 metro um do outro, qual a distância e
velocidade de afastamento entre esses dois pontos no instante t = 2 minutos?

Exercı́cio 17: Verifique que:

dh 1 i
(a) x arctan(x) − ln(1 + x2 ) = arctan(x)
dx 2
d xh 3
x2 + 2 √ i
(b) arcsin(x) + 1 − x2 = x2 arcsin(x)
dx 2 9
dh √ √ i √
(c) (x + 1) arctan( x) − x = arctan( x)
dx
dh 1  2 − x i 1
(d) − arcsin √ = √
dx 2 x 2 x x2 + 4x − 4

Exercı́cio 18: Calcule a velocidade e a aceleração de uma partı́cula cuja equação


horária de posição é dada por:

(a) x(t) = e−t/5 sin(πt)


(b) x(t) = 10 sin(t) − 10 cos(t)
(c) x(t) = 4t3 − 5t2 + 2t − 9
(d) x(t) = e−2t t[2 sin(2t − 5) + 4 cos(4t − 3)]

Exercı́cio 19: Uma equação diferencial é uma equação que contém, além da função
incógnita y(x), as suas derivadas e combinações entre elas, além de outras funções.
Verifique que a função

y(x) = A sin(ωx) + B cos(ωx)

é solução geral da equação diferencial

y00 (x) + ω2 y(x) = 0 .

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As duas constantes A e B devem ser determinadas através das chamadas condições
de contorno sobre a função-solução: y(x). Dadas as condições de contorno
y(0) = 0 , y0 (0) = 1
mostre que uma solução particular é y(x) = sin(ωx)/ω.

Exercı́cio 20: Para quais valores de r a função y = erx satisfaz a equação y00 +
5y0 − 6y = 0?

Exercı́cio 21: Equação do pêndulo livre. Aplicando a segunda Lei de Newton a


um pêndulo de comprimento ` e massa m obtemos uma equação diferencial do
tipo
d2 θ g
2
= − sin(θ) ,
dt `
onde θ é o ângulo formado pelo pêndulo e a vertical, e g a aceleração da gravidade.
Essa equação diferencial tem uma solução que não pode ser escrita em ter-
mos de funções elementares. Isso se deve essencialmente ao caráter não-linear da
equação devido ao termo sin(θ). Contudo, para pequenas oscilações em torno da
linha vertical, o ângulo θ varia pouco e podemos usar a aproximação: sin(θ) ≈ θ,
de modo que a equação diferencial não-linear original transforma-se em uma
equação diferencial linear do tipo oscilador harmônico
d2 θ g
2
=− θ .
dt `
Usando o resultado do exercı́cio (19), mostre que a solução dessa equação
diferencial é
θ(t) = θ0 cos(ωt)
q
com as condições de contorno θ(0) = θ0 e θ (0) = 0, e ω = gl .
0

Exercı́cio 22: Como vimos em uma das aulas, uma corda homogênea, flexı́vel e
inextensı́vel, suspensa por suas extremidades em equilı́brio sob a ação de seu peso
determina a configurção de uma curva chamada catenária. É possı́vel demon-
strar com argumentos geométricos que a coordenada y de uma catenária, em um
sistema de coordenadas cartesianas, onde seu ponto mais baixo coincide com a
origem do sistema satisfaz a equação diferencial
p
y00 (x) = k 1 + [y0 (x)]2
onde k é uma constante que depende do comprimento do fio e do ângulo que ele
faz com a horizontal no ponto onde está fixo. Mostre que
1  e−x + e x 
y(x) = −1
k 2

8
é solução daquela equação diferencial.

Exercı́cio 23: A chamada série de McLaurin de uma função f (x) é uma série cujo
termo geral é dado por
f (k) (0)
ck =
k!
(k)
onde f denota a derivada de ordem k de f (x). Dessa forma, a expansão em série
de MacLaurin de f (x) é
X

P(x) = ck x k .
k=0

Nessa expressão, c0 = f (0). Calcule √ a expansão em série de MacLaurin das


x
funções sin(x), cos(x), e , ln(x) e x até o quarto termo da expansão. Note que
as séries para a função seno e para a função cosseno devem coincidir com aquelas
do exercı́cio (9). Por que a aproximação sin(x) ≈ x para x pequeno é uma boa
aproximação?

Exercı́cio 24: Calcule os seguintes números usando o polinômio de MacLaurin


até o terceiro termo e compare o resultado aproximado com o valor exato até a
quarta casa decimal:

(a) 0.95
(b) ln(1.01)
(c) e0.1
(d) sin(0.1) .

Dica: nos itens (a) e (b) use a expansão das funções 1 − x e ln(1 + x), respecti-
vamente, e encontre o valor de x que corresponde ao número dado.

Exercı́cio 25: Encontre a equação da reta tangente ao gráfico das seguintes curvas
em (x0 , y0 ):

(a) x2 + y2 = 9 , (x0 , y0 ) = (2, 5) (1)
x 2
y 2 √
(b) + = 1 , (x0 , y0 ) = (1, 3 3/2) (2)
4 9
(c) yx = 10 , (x0 , y0 ) = (10, 1) (3)
2 2 2 2 2
(d) 2(x + y ) = 25(x − y ) , (x0 , y0 ) = (3, 1) (4)
(5)

Exercı́cio 26: Duas curvas f (x) e g(x) são chamadas ortogonais se em cada ponto

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de intersecção suas tangentes são perpendiculares, o que significa dizer, se

f 0 (x)g0 (x) = −1 .

Mostre que a curva de uma circunferência x2 + y2 = R2 é ortogonal às funções lin-


eares do tipo y = ax. Dica: procure um exemplo parecido na seção de diferenciação
implı́cita do Stewart.

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