Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 – Óculos de segurança.
Óculos de segurança com proteção lateral são itens indispensáveis em laboratórios de
química, seja laboratórios de graduação ou de pesquisa. Esse item de segurança vai protegê-lo de
quaisquer respingos de produtos químicos agressivos e fragmentos de vidros, eventualmente
produzidos na quebra de qualquer item de vidraria. Lentes de contato não são recomendadas
porque vapores corrosivos ou líquidos podem ficar presos entre elas e seus olhos, o que irá agravar
o problema. Normalmente os óculos são fabricados em policarbonato, nylon ou acetato, as lentes
são em cristal oftálmico, resina ou policarbonato, incolores ou coloridas e devem ser altamente
resistentes a impactos e riscos.
2 – Guarda-pó.
3
3 – Capela de exaustão.
Muitos produtos químicos emitem vapores nocivos à temperatura ambiente ou se
apresentam na forma de pós muitos finos que podem ser inalados. Devido a sua periculosidade,
sempre que esses produtos são manipulados ou envolvidos em reações químicas, os frascos devem
ser abertos em um ambiente com exaustão. A capela possui um efeito de sucção do ar do
laboratório permitindo que os gases sejam retirados do meio ambiente e desta forma se tornam não
inaláveis. Os gases são ainda diluídos com o ar antes de serem eliminados para o meio ambiente
externo. Em caso de necessidade de manipulação de pós finamente divididos fora da capela, uma
máscara respiratória deverá ser sempre utilizada. Embora muitos tipos de luvas sejam permeáveis a
alguns solventes, o seu uso é indispensável em várias situações em um laboratório de Química.
4 – Caderno de laboratório.
Primeiramente, como o caderno de laboratório vai ser manuseado no laboratório,
transportado para a sala de balanças, posicionado na bancada do laboratório e na sala de
equipamentos, etc., deve possuir algumas características ou seja: ser pequeno o suficiente para
caber no bolso do guarda-pó, ter capa dura e lavável, ter páginas numeradas e encadernação do
tipo que não permite a retirada de páginas (sem espiral). A principal função do caderno do
laboratório é o registro do que você fez e do que você observou e os resultados do experimento,
suas anotações devem ser totalmente compreensíveis por outra pessoa. Normalmente o caderno é
utilizado quando da necessidade de se fazer um relatório sobre o experimento ou quando outra
pessoa necessita reproduzir o experimento. Na necessidade de realizar medidas instrumentais
durante o experimento, é muito importante registrar além das características do equipamento e
condições de medida, o código do arquivo da medida, qual disquete foi utilizado, etc. Normalmente
os arquivos não permitem maiores comentários, os quais deverão ser anotados no caderno de
laboratório. Quando planejar um experimento é muito importante relacionar todos os reagentes e
vidraria necessários para que jamais durante o experimento um ou outro item esteja faltando.
Muitas vezes esses itens devem estar a mão no mesmo instante que um reagente deve ser
adicionado ou que uma temperatura deve ser lida ou uma filtração deve ser feita.
Muitas vezes pequenos acidentes ou derramamentos ocorrem no laboratório, estes deverão
ser imediatamente removidos para evitar que outras pessoas entrem em contato com o produto
químico. No caso de respingos, a primeira providência normalmente adotada é lavar o local com
água corrente por alguns minutos e procurar se informar quais as providências posteriores a serem
tomadas. Sempre que abandonar o laboratório, retire o seu equipamento de segurança e lave as
mãos imediatamente.
Normalmente os laboratório de química possuem lava-olhos, chuveiros de emergência,
extintores de incêndio para várias funções, máscaras de respiração autônoma, etc. É muito
importante que se conheça e se possa operar esses equipamentos em caso de emergência. Evite
trabalhar sozinho no laboratório e evite descartar os resíduos dos seus experimentos na pia, esses
são classificados, agrupados e posteriormente inativados através de procedimentos de descarte
padrões. Quando deixar um experimento em andamento, deixar sempre um bilhete com
4
informações do tipo: duração e condições do experimento, nome e telefone da pessoa que está
realizando o experimento e como proceder em caso de emergência. Esse é um procedimento
padrão quando várias pessoas utilizam um mesmo laboratório, principalmente de pesquisa.
Após os seu experimento, lave os materiais e coloque-os para secar, lembre-se de que ao
iniciar o experimento sempre é bom encontrar todo o material limpo e seco. Rotule o seu material
de síntese colocando: data, código anotado no caderno, uma identificação do provável composto e
quem realizou a síntese. Jamais coma e fume no laboratório, é comum em muito laboratórios um
espaço reservado para preparar lanches, cafés, chás, sucos, etc., essa é uma prática condenável e
jamais deve ser permitida em qualquer laboratório de Química. Familiarize-se com os símbolos
abaixo, comumente utilizar para classificar as substâncias em classes de riscos químicos.
Corrosivo: substância que causa ataque químico local e destruição de superfície e tecidos
atingidos. Evite contato com a pele.
Tóxico: substância que perturba ou destrói as funções do organismo. A inalação, ingestão e contato
com uma substância tóxica ou os seus vapores podem resultar em distúrbios no organismo,
queimaduras, ferimentos graves e até a morte. Evite inalar, ingerir e contato com a pele.
Explosivo: substância ou mistura de substâncias capaz de reagir e sofrer reações em cadeia de
grande velocidade, liberando calor e ocasionando um repentino aumento de pressão, acompanhadas
normalmente de forte ruído e de ações destruidoras nos arredores, por ondas de choque.
Oxidante: substância com elevada capacidade de oxidar uma outra. Acelera a combustão e pode se
decompor explosivamente quando aquecida. Evite manipular substâncias oxidantes próximas de
fontes de calor.
Inflamável: substância combustível, seus vapores formam misturas explosivas com o ar. Evite
manipular substâncias inflamáveis próximas de fonte de calor.
Radioativo: substância que possui a propriedade de emitir espontaneamente partículas e/ou
radiação eletromagnética perigosa, devido ao seu elevado poder de penetração e de ionização.
Nunca manipule substâncias radioativas sem estar devidamente protegido e em local adequado.
Química Analítica
5
1 - Preparo do Cadinho
O cadinho de porcelana deverá ser limpo a seco (se o cadinho estiver molhado, deverá ser
seco em estufa antes da calcinação (120°C por 2 horas ou mais) para evitar quebra) e livre de
material orgânico ou inorgânico, na forma de contaminação. Para livrar o cadinho de eventuais
contaminações orgânicas este deverá ser aquecido a uma temperatura aproximada de 900°C,
esfriado até a temperatura ambiente em um dessecador * (atmosfera relativamente seca) e pesado
em balança analítica (mínimo de 4 casas decimais). Para retirar materiais inorgânicos, ferver o
cadinho com uma mistura de ácido clorídrico e ácido nítrico e posteriormente, várias vezes com
água destilada. O procedimento de calcinação deverá ser repetido até que o peso do cadinho não
varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança de 0,1 mg). Como o tempo envolvido
para a prática é relativamente curto, somente um processo de aquecimento será executado. A
variação de erro envolvido será computado no momento da correção dos resultados e respectiva
atribuição de nota.
* - O material utilizado no interior do dessecador consiste de sílica gel normalmente com um
indicador de umidade. O indicador de umidade é o cloreto de cobalto que muda de cor se está na
forma anidra (livre de umidade - azul) ou na forma hidratada (rosa). A variação de cor azul para
rosa indica o processo de hidratação enquanto que sob aquecimento o composto retorna a sua
forma anidra (azul).
1 – Essenciais
Nesse tipo, a água existe como parte integrante da composição química do sólido. A retirada
desse tipo de água faz com que o sólido perca as suas características, através da destruição do seu
retículo cristalino.
Observe-se que nos últimos dois casos, embora os materiais possuam fórmulas semelhantes
apresentam estruturas cristalinas diferentes e cores diferentes, o primeiro é um sólido azul piscina e
o segundo, verde-azulado claro. Ainda no caso do sulfato de cobre, existem o tetrahidratado, o
trihidratado, o dihidratado e o monohidratado. Todos podem ser obtidos (os mais facilmente
obtidos são o pentahidratado e o monohidratado) através do tratamento térmico da fase
pentahidratada. Os intermediários com menos que 5 moléculas de água (incluindo o anidro) não
podem ser rehidratados ao números de moléculas de água imediatamente superior, entretanto se
qualquer um deles for dissolvido em água e cristalizado, o sulfato de cobre pentahidratado será
regenerado.
2 – Não essenciais
Como o nome sugere, as moléculas de água ocorrem como unidades discretas, sendo que ao
serem retiradas não afetam o retículo cristalino e consequentemente, propriedades físicas e
químicas do material. Os tipos de ocorrência classificam as águas essenciais como:
3 - Determinação de umidade.
Aquecer o cadinho de porcelana em uma mufla (forno elétrico) a uma temperatura
aproximada de 900°C, por 30 minutos. Cuidado: não olhar diretamente para a mufla aberta, a
radiação infravermelha poderá danificar os olhos. Com o auxílio de uma pinça metálica grande,
luvas de amianto e um óculos de proteção para bloquear a radiação, retirar o cadinho da mufla,
transferir para um dessecador grande até um prévio resfriamento e em seguida para um dessecador
pequeno (vidro de compota com sílica gel e um triângulo de porcelana), até a temperatura
ambiente. Para verificar se o cadinho está em condições de ser pesado proceder da seguinte forma:
colocar o dedo indicador no interior do cadinho (sem tocar as bordas), se sentir calor espere mais
um pouco. Se não perceber a sensação de calor, retirar o cadinho com a pinça metálica e tocar o
fundo do cadinho sutilmente no dorso da mão. Pesar o cadinho o mais rápido possível, longos
períodos ao ar poderão alterar o peso do cadinho pela incorporação de água (adsorsão e absorção)
ou gases no material poroso. Anotar o peso do cadinho com quatro casas decimais (décimos de
miligrama).
* Em todas as operação de transferência do cadinho fazer uso de uma pinça metálica limpa, tocar o
cadinho com as mãos poderá alterar o seu peso pela incorporação de umidade, gordura ou
impurezas, o que irá prejudicar a análise.
Colocar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), conferir o material do armário, pegar
uma amostra, anotar o número da amostra e o número ou identificação do cadinho. Pesar cerca de
1g de material (precisão aproximada de 5%) a analisar em uma cadinho previamente preparado
(calcinado, seco e pesado). Pesar o mais rápido possível para evitar incorporação ou perda de
umidade (não esquecer que a amostra foi acondicionada em condições de atmosfera controlada) e
subsequente alteração do peso da mesma. Nas condições ideais de pesagem, o cadinho deverá ser
pesado em no máximo 3 minutos. Se a massa da amostra foi muito maior que o estipulado, jogar o
material fora e reiniciar o procedimento com um novo cadinho.
9
Levar o cadinho com o material para um estufa a uma temperatura entre 105 e 110°C onde
deverá permanecer por 1,5 horas. Nessa temperatura, águas de adsorsão e absorção serão
retiradas.
Levar o cadinho com o material seco para o dessecador pequeno (vidro de compota) e
esfriá-lo até a temperatura ambiente. Pesar o mais rápido possível, em balança analítica.
(cadinho + material úmido) - (cadinho calcinado vazio) = material úmido ( xg (cerca de 1 g))
(cadinho + material úmido) - (cadinho + material seco) = umidade (yg)
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo ou local adequado indicado pelo professor. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo
sobre a bancada, evitar a lavagem para que este não se quebre quando for calcinado a altas
temperaturas.
4 - Determinação de cinzas
Cinzas de uma substância pode ser definido como o material resultante do processo de
combustão (queima na presença de oxigênio). Os materiais constituintes das cinzas consistem de
óxidos de metais no seu mais elevado estado de oxidação. Se o processo de queima for efetuado
em atmosfera pobre de oxigênio, parte (ou todos) os metais podem sofrer processos de redução
pelo carbono, levando a estados de oxidação reduzido ou em alguns casos, ao estado metálico.
Temperaturas muito altas devem ser evitadas para que reações no estado sólido (entre óxidos
constituintes da amostra) não ocorram, o que pode conduzir a compostos com composições
indefinidas.
10
Com o auxílio de uma pinça metálica grande e sob a proteção de um óculos de segurança
contra radiação Infravermelha e luvas de amianto, retirar o cadinho da mufla, transferir para um
dessecador grande até um prévio resfriamento e em seguida para um dessecador pequeno (vidro de
compota com sílica gel e um triângulo de porcelana) até a temperatura ambiente (normalmente um
cadinho aquecido até 900°C e estando sozinho dentro de um dessecador, esfria em cerca de 30
minutos). Pesar o mais rápido possível, em balança analítica.
- Cálculos - Expressar o resultado da análise em g% (m/m), 100 gramas de amostra úmida possui
“x” g de cinzas.
(cadinho + material úmido) - (cadinho calcinado vazio) = material úmido ( xg (cerca de 1 g))
(cadinho + material calcinado) - (cadinho calcinado vazio) = cinzas (yg)
O resultado aqui obtido não corresponde ao teor de cinzas real da amostra, para esse caso, a
amostra deveria ter sido seca previamente. O resultado consiste então de cinzas de uma amostra
úmida (a massa da amostra real seria menor do que o determinado). Resultado com duas casas
decimais.
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo ou outro local indicado pelo professor. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo sobre a
bancada. Não lavá-lo para que não se quebre quando este for calcinado a altas temperaturas
11
precipitado não se apresenta na forma de um composto com estequiometria definida e precisará ser
convertido em uma fase com composição definida, através de um processo de calcinação.
1 - Preparo do Cadinho
O cadinho de porcelana deverá ser limpo a seco (se o cadinho estiver molhado, deverá ser
seco em estufa antes da calcinação para evitar quebra) e livre de material orgânico ou inorgânico,
na forma de contaminação. Para livrar o cadinho de eventuais contaminações este deverá ser
aquecido a uma temperatura aproximada de 900°C, esfriado até a temperatura ambiente em um
dessecador (atmosfera relativamente seca) e pesado em balança analítica. O procedimento deverá
ser repetido até que o peso do cadinho não varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança
de 0,1 mg). Como o tempo envolvido para a prática é relativamente curto, somente um processo
de aquecimento será executado.
2 - Solubilidade de sais
Como a determinação quantidade de metais exige que a precipitação seja quantidade ou
seja, a solubilidade do sal deve ser tão baixa que as perdas sejam desprezíveis, faremos uma breve
discussão da solubilidade de sais, enfocando principalmente o Fe(OH)3.
3 - Determinação de ferro
13
Na precipitação de Fe3+ com amônia devem estar ausentes os íons Al3+, Ti4+, Zr4+, Cr3+,
AsO e PO43-, porque estas espécies precipitam juntamente com o Fe(OH) 3. Para evitar
4
3-
interferentes, absorvidos e/ou parcialmente precipitados como carbonatos, faz-se uma purificação
do hidróxido de ferro através de várias reprecipitações.
Transferir 10 mL da solução amostra através do uso de uma pipeta volumétrica e um
pipetador de borracha (pêra). A amostra deve estar isenta de outros íons interferentes, no caso da
presença desses, proceder conforme a técnica para eliminá-los até níveis aceitáveis. Antes do uso, a
pipeta deverá ser lavada com água destilada, seca por fora e o excesso de água destilada do seu
interior deverá ser removido. Em seguida a pipeta deverá ser ambientada com a solução a pipetar,
para tal, cerca de 3 mL da solução são succionados para o interior da pipeta com o pipetador de
borracha, em seguida a solução é deslocada por todo o interior da pipeta de modo a lavá-la
internamente. Descartar a solução de lavagem para a pia e proceder a pipetagem.
PS.: Nem sempre as soluções poderão ser descartadas diretamente na pia, em caso de dúvida utilize
o frasco de descarte de metais ou pergunte ao professor responsável pela disciplina.
Succionar a solução para a pipeta volumétrica acima do traço de 10 mL, retirar o pipetador
e secar a parte externa da pipeta com um papel toalha. Observar se a pipeta é do tipo escoamento
ou de transferência total, se for de escoamento (mais comum), zerar a pipeta e com um ângulo
aproximado de 90° com a parede interna do Béquer, retirar alguma eventual gota que esteja presa
na ponta da pipeta, tocando suavemente a parede do frasco da amostra e deixar a solução escoar.
No final do processo tocar a ponta da pipeta na parede do Béquer até o deslocamento de mais um
pequeno volume, o restante deverá permanecer na pipeta e não deverá ser retirado através de
sopros ou outros métodos. O volume que sobrou não faz parte do volume pipetado. Se a pipeta for
do tipo escoamento total, a última gota deverá ser retirada. Diluir a solução com cerca de 100 mL
de água destilada.
Acidificar a solução com 1 mL de HNO 3 e 3 mL de HCl concentrados (água régia),
posicionar o Béquer em uma tela de amianto sobre um tripé metálico e ferver por 5 minutos,
marcar o tempo a partir do aparecimento das primeiras bolhas desprendidas do fundo do recipiente.
A mistura com alto poder oxidante oxidará os íons ferro ao estado de oxidação mais alto (+3) e a
solução se tornará um pouco mais amarelada (solução de íons Fe +2 levemente esverdeada e solução
de íons Fe+3, levemente amarelada, dependendo da concentração). O HCl é utilizado para prevenir a
hidrólise dos íons ferro que poderão precipitar prematuramente, aderindo-se nas paredes do Béquer
o que torna a transferência quantitativa difícil senão impossível. Para evitar esse fenômeno, as
soluções estoque (que dão origem as amostras por diluição) são conservadas na presença de uma
certa concentração de HCl concentrado. Cuidado com os vapores emitidos, altamente tóxicos e
corrosivos.
Esfriar a solução até cerca de 70°C, posicionando o Béquer sobre a bancada de cerâmica.
Para verificar se a temperatura se aproxima da desejada, suspender o Béquer pelas bordas por
alguns segundos e encostar na palma da mão com cuidado, se a temperatura for suportável, está
adequada para a precipitação. Se esfriar demais, a solução deverá ser reaquecida sempre
observando que o volume não diminua muito por evaporação. Nesse momento, juntar aos poucos
(sob intensa agitação com bastão de vidro com ponta de látex) uma solução de NH 4OH de
concentração aproximada de 12%, até leve excesso de hidróxido.
O excesso é percebido quando a solução apresentar um leve cheiro amoniacal (cuidado: não
aproximar o nariz diretamente do Béquer e sim deslocando os vapores em direção ao nariz). O
procedimento da agitação lenta, sob aquecimento e agitação permite uma maior homogeneização
da solução e desta forma um maior contato dos reagentes o que minimiza os efeitos de regiões
supersaturadas e crescimento de cristais pequenos, mal formados e contaminados.
Com o auxílio de uma pinça metálica grande, óculos de proteção e luvas de amianto, retirar
o cadinho da mufla, transferir para um dessecador grande até um prévio resfriamento e em seguida
para um dessecador pequeno (vidro de compota com sílica gel e um triângulo de porcelana) até a
temperatura ambiente. Pesar o mais rápido possível, em balança analítica. O tempo de esfriamento
do cadinho não pode ser especificado de uma maneira geral pois esse tempo depende da
temperatura inicial do cadinho, do tamanho deste, da espessura da parede, do tamanho do
dessecador, etc.
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo sobre a bancada. Não lavá-lo para que não se
quebre quando este for calcinado a altas temperaturas
Kps = 4x10-38 = [Fe+3] [OH- + excesso ]3. Para simplificar os cálculos verificamos que a
concentração de íons hidroxila em água pura era de 3x[Fe+3] = 1,962x10-10 x 3 = 5,886x10-10 mol/L
(pH = 4,77) e que nesse caso o íon comum iria inibir a ionização portanto [OH -] é menor que
5,886x10-10 mol/L. Quando se soma esse termo com 0,01 mol/L teremos aproximadamente 0,01
mol/L, então:
Kps = 4x10-38 = [Fe+3] [0,01]3 [Fe+3] = 4x10-32 mol/L ou seja a solubilidade na presença de 0,01
mol/L de NaOH a solubilidade é 6,79x10-23 x menor que em água pura.
18
1 - Preparo do Cadinho
Colocar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), conferir o material do armário, pegar
a amostra (todos terão a mesma amostra), anotar o número ou identificação do cadinho. Proceder
como descrito na prática de determinação gravimétrica de ferro.
2 - Determinação de estequiometria
O sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O) é um sal extremamente estável e pertence
a classe dos hidratos cristalinos. Como as moléculas de água estão relacionadas com a
estequiometria do composto e essas ocupam posições específicas no retículo cristalino, a retirada
de uma molécula, duas, três, quatro ou até cinco ocorrem com a destruição do retículo cristalino e
conduzem desta forma a compostos com estruturas e propriedades físicas diferenciadas. O
processo de desidratação correm, como descrito acima, em passos e podem ser acompanhados por
métodos térmicos. As fases obtidas no processos de desidratação na seqüência CuSO 4.5H2O
CuSO4 anidro são irreversíveis, entretanto a fase pentahidratada poderá ser regenerada a partir de
qualquer uma das fases, através de um processo de solubilização e cristalização. Nesse processo a
fase pentahidratada é a fase termodinamicamente estável.
Como algumas etapas do processo de desidratação ocorrem em temperaturas muito
próximas entre si o que impedirá a determinação da estequiometria de todas as fases intermediárias,
somente duas fases serão monitoradas e em seguida a amostra será calcinada à óxido, no intuito de
verificar qual o óxido estável ou seja, CuO ou Cu2O.
Primeira etapa
Pesar cerca de 250 mg da amostra de CuSO 4.5H2O, em um cadinho de porcelana,
previamente calcinado e pesado. Aquecê-lo em uma mufla até 170°C por um período mínimo de 30
minutos (ideal 45 minutos). Observar que a mufla a ser utilizada deverá ser aquecida com uma
velocidade controlada de cerca de 5°C/min não devendo desviar mais do que 5°C da temperatura
programada. Transcorrido o tempo, retirar o cadinho da mufla, transferi-lo para o dessecador
pequeno (vidro de compota com sílica-gel), esperar atingir a temperatura ambiente e em seguida
pesá-lo com uma precisão de 0,1mg. O tempo de esfriamento do cadinho não pode ser especificado
de uma maneira geral pois esse tempo depende da temperatura inicial do cadinho, do tamanho
deste, da espessura da parede, do tamanho do dessecador, etc. O procedimento deverá ser repetido
até que o peso do cadinho não varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança de 0,1
mg). Como o tempo envolvido para a prática é relativamente curto, somente um processo de
aquecimento será executado.
- Cálculos:
19
Sabendo-se que a amostra original era de CuSO 4.5H2O e que o novo composto, após o
aquecimento perde uma ou mais moléculas de água da estequiometria e que o sulfato se mantém
intacto, a expressão poderá ser escrita como:
Isolando-se “y” da expressão acima teremos que a nova estequiometria após aquecimento à
170°C por 30 minutos será: CuSO4.yH2O. Resultado com duas casas decimais.
Segunda etapa
Pegar a amostra obtida na etapa anterior e aquecê-lo em uma mufla até 450°C por um
período mínimo de 30 minutos (ideal 45 minutos). Observar que a mufla a ser utilizada deverá ser
aquecida com uma velocidade programada de cerca de 5°C/min não devendo desviar mais do que
5°C da temperatura programada. Transcorrido o tempo, retirar o cadinho da mufla, transferi-lo
para o dessecador grande até um resfriamento prévio e em seguida para um dessecador pequeno
(vidro de compota com sílica-gel), esperar atingir a temperatura ambiente e em seguida pesá-lo
com uma precisão de 0,1mg. O procedimento deverá ser repetido até que o peso do cadinho não
varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança de 0,1 mg). Como o tempo envolvido
para a prática é relativamente curto, somente um processo de aquecimento será executado.
- Cálculos:
Sabendo-se que a amostra original era de CuSO 4.5H2O e que o novo composto, após o
aquecimento perdia uma ou mais moléculas de água da estequiometria, a expressão poderá ser
escrita como:
Isolando-se “z” da expressão acima teremos que a nova estequiometria após aquecimento à
450°C por 30 minutos será: CuSO4.zH2O. Resultado com duas casas decimais.
Terceira etapa
Pegar a amostra obtida na etapa anterior e aquecê-lo em uma mufla até 950°C por um
período mínimo de 30 minutos (ideal 45 minutos). Nessa etapa a temperatura não necessariamente
precisará ser controlada com a precisão das etapas anteriores. Transcorrido o tempo, retirar o
cadinho da mufla, transferi-lo para o dessecador grande até um resfriamento prévio e em seguida
para um dessecador pequeno (vidro de compota com sílica-gel), esperar atingir a temperatura
ambiente e em seguida pesá-lo com uma precisão de 0,1mg. O procedimento deverá ser repetido
até que o peso do cadinho não varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança de 0,1
20
mg). Como o tempo envolvido para a prática é relativamente curto, somente um processo de
aquecimento será executado.
Cálculos
Sabendo-se que a amostra original era de CuSO 4.5H2O e que o novo composto, após o
aquecimento era destruído até o óxido correspondente, a expressão poderá ser escrita como:
Verificando-se que a massa experimental se aproxima mais do Cu2O do que CuO conclui-se
qual o óxido final após a calcinação à 950°C. * Quando a temperatura é muito alta e a atmosfera de
SO2 não for retirada, parte do material pode ser reduzido a Cuo que será oxidado a Cu2O em
contato com ar.
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo sobre a bancada. Não lavá-lo para que não se
quebre quando este for calcinado a altas temperaturas
21
1 - Preparo do cadinho
O cadinho de vidro deverá ser lavado com uma solução de HCl concentrado para retirar
vestígios das práticas anteriores (o precipitado se decompõe na presença de ácidos), lavado várias
vezes com água destilada e seco em uma estufa a uma temperatura de 110°C, por um período de 24
horas. Em seguida o cadinho será transferido para um dessecador pequeno (vidro de compota com
sílica gel e um triângulo de porcelana) e pesado em balança analítica. O procedimento deverá ser
repetido até que o peso do cadinho não varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança de
0,1 mg). Como o tempo envolvido para a prática é relativamente curto, somente um processo de
aquecimento será executado.
2 - Determinação de níquel
Pipetar 10 mL da solução amostra com auxílio de um pipetador de borracha, transferi-los
para um Béquer de 250 mL, adicionar cerca de 50 mL de água destilada e 5 mL de HCl 1:1 (a
solução de HCl concentrado é obtida borbulhando-se gás HCl em água destilada até a sua
saturação que ocorre quando a concentração atinge um limite de 37%, por isso no processo de
abertura de um frasco de HCl concentrado, os vapores de HCl são perdidos continuamente e a
concentração vai sendo reduzida progressivamente). A solução 1:1 possui então uma concentração
nominal de 19,5% em peso. Aquecer a solução até uma temperatura de 70 - 80°C, ou seja, início
dos desprendimento de vapores de água.
Adicionar 10 mL da solução de reativo de dimetilglioxima (solução etanólica a 1%) e em
seguida, juntar aos poucos (sob intensa agitação com bastão de vidro com ponta de látex) uma
solução de NH4OH a 12% até leve excesso de hidróxido. O excesso é percebido quando a solução
apresentar um leve cheiro amoniacal (cuidado: não aproximar o nariz diretamente do Béquer e sim
deslocar os vapores em direção ao nariz).
PS.: Tomar o cuidado de não adicionar um grande excesso de DMG porque o complexo poderá ser
parcialmente solubilizado pelo excesso de etanol presente na solução.
22
O procedimento da adição lenta, sob aquecimento e agitação constante, permite uma maior
homogeneização da solução e desta forma um maior contato dos reagentes o que minimiza os
efeitos de regiões supersaturadas e crescimento de cristais pequenos, mal formados e
contaminados. Deixar o precipitado em repouso por um período de 30 minutos, sem retirar o
bastão de vidro do Béquer.
Como o reativo de dimetilglioxima é pouco solúvel em água, utiliza-se uma solução
etanólica para a sua preparação. 1 mL da solução a 1% precipita 0,0025g de níquel (em função da
concentração de níquel da amostra, verificar se a concentração de dimetilglioxima é suficiente). É
importante não usar um grande excesso de reativo de dimetilglioxima, além de poder precipitar a
dimetilglioxima pura, o excesso poderá dissolver o precipitado, pelo excesso de álcool na solução
precipitante). A precipitação somente ocorre em meio básico.
Cálculos - Expressar o resultado da análise em g% (m/v) com três casas decimais, 100 mL
de amostra possui “x” g de Ni+2.
PS.: O conteúdo do cadinho deverá ser lavado com HCl de forma que o níquel solúvel possa ser
descartado em frasco apropriado (o técnico do laboratório irá realizar a limpeza do cadinho).
formar oxalatos insolúveis (por exemplo, cobre, chumbo e zinco) não devem estar presentes. Este
fato não é grave para a presença de magnésio que precipita lentamente a temperaturas não muito
elevadas (por exemplo 60 °C), pois forma soluções supersaturadas bastantes estáveis. O excesso de
agente precipitante é benéfico para evitar a precipitação do magnésio, que forma um sal complexo
com o oxalato. Uma segunda precipitação é necessária no caso de uma relação muito grande entre
magnésio e cálcio. O precipitado começa a se formar em pH= 4, atinge precipitação total a pH= 5 e
ocorre a máxima precipitação a pH= 7.
O cálcio não deve ser determinado nesta forma, pois ela é higroscópica e contém uma
elevada quantidade de oxalato de amônio co-precipitado. Se o precipitado for aquecido a uma
temperatura aproximada de 500°C, se decompõe em carbonato de cálcio, que não é higroscópico.
1 - Preparo do cadinho
Proceder como descrito na prática de determinação gravimétrica de ferro.
2 - Determinação de cálcio.
Colocar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), conferir o material do armário, pegar
uma amostra, anotar o número da amostra e o número ou identificação do cadinho. Pipetar 10 mL
da solução amostra, transferir para um Béquer de 250 mL e diluí-la com cerca de 100 mL de água
destilada. Acidificar com 3 mL de HCl concentrado (para evitar a precipitação imediata), juntar 10
mL de oxalato de amônio 5% e 6 gotas de vermelho de metila. Aquecer até ebulição (cobrir com
vidro de relógio) e em seguida, adicionar solução de NH4OH 1:1 gota a gota na solução quente até
mudança de cor do indicador (de róseo a amarelo). O excesso de hidróxido de amônio pode
provocar a precipitação do magnésio.
Deixar em repouso por 60 a 90 min e filtrar em papel de filtro analítico S&S vermelha (ou
equivalente, p.ex. Whatman n° 40 ou 540). Filtrar, inicialmente, a fração líquida (evitar o
entupimento dos poros do papel; pode ser a quente devido à baixa solubilidade do precipitado).
Lavar o precipitado com três porções de 5 mL de hidróxido de amônio 1%.
Guardar o filtrado que será utilizado para dosagem de magnésio. Para tal, acidificá-lo com
HCl concentrado até mudança de cor do indicador (de amarelo para róseo) e colocar 3 mL de HCl
de excesso.
Após a secagem, o papel de filtro será retirado do funil, dobrado e transferido para um
cadinho previamente preparado. Alojar o cadinho sobre o triângulo de porcelana, sobre o tripé
metálico. Inclinar o cadinho até cerca de 45°, posicionando o bico de Bunsen na parte posterior do
25
cadinho, com chama baixa. Regular a entrada de oxigênio do bico para melhor queima do gás e
obtenção de chama mais quente. Queimar o material em chama baixa até eliminação total de
fumaças e em seguida em chama alta até a queima completa da matéria orgânica (se houver
material preto principalmente condensado nas laterais do cadinho, girá-lo para que este seja
totalmente eliminado). A inclinação do cadinho permite o acesso do oxigênio à amostra, evitando a
presença de carbono de difícil queima e com alto poder redutor. O ideal é a presença de metais com
seu estado de oxidação mais alto, o que facilitará o processo de calcinação. O papel de filtro
contém somente matéria orgânica o qual será totalmente eliminado, apresentando cinzas na quinta
casa decimal da balança sendo desta forma desprezível no que se refere ao aumento de peso da
amostra.
Após a queima completa do material, o cadinho deverá ser transferido com uma pinça
metálica sobre uma tela de amianto, para uma mufla à uma temperatura aproximada de 900°C, por
um período de 1,5 horas.
Retirá-lo da mufla e resfriá-lo previamente no dessecador grande e em seguida no
dessecador pequeno até a temperatura ambiente. Pesar rapidamente o cadinho com material
calcinado.
Expressar o resultado da análise em g% (m/v) na forma de cálcio. 100 mL de amostra
possui “x”g de Ca. (Na verdade após a análise o resultado será expresso da forma desejada, o que
importa é que se conheça o volume da amostra inicial e a massa e a estequiometria do composto
pesado).
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo sobre a bancada. Não lavá-lo para que não se
quebre quando este for calcinado a altas temperaturas
3 - Preparo do Cadinho
Colocar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), conferir o material do armário, pegar
a amostra (todos terão a mesma amostra), anotar o número ou identificação do cadinho. Proceder
como descrito na prática de determinação gravimétrica de ferro.
4 - Determinação de magnésio
A quantidade de magnésio presente em uma solução pode ser determinada por precipitação
deste cátion com fosfato monoácido de amônio na forma de fosfato de magnésio e amônio
hexahidratado (Mg+2NH4PO4-2.6H2O), que precipita lentamente, pois forma soluções
supersaturadas. Deste modo, a solução deve permanecer muitas horas em repouso antes da
filtração.
26
A calcinação prévia do cadinho é essencial para evitar a redução do fósforo. Neste caso o
cadinho de platina é proibitivo, pois ele seria danificado, além de poder se obter um produto de cor
escura.
Reduzir o volume do filtrado da análise de cálcio por fervura (cuidado para não ocorrer
projeção de material) a ± 150 mL, colocar o cadinho de porcelana limpo e seco na mufla
Acidificar com 3 mL de HCl concentrado (para evitar a precipitação imediata) e juntar ± 1,0
g de fosfato ácido de amônio ou, alternativamente, 10 mL de (NH 4)2HPO4 à 10%. Aquecer a
solução até ebulição (cobrir com vidro de relógio) e em seguida (com a solução ainda quente
porém não superior à 60 - 70°C), adicionar solução de NH 4OH 1:1 até o aparecimento de uma
leve turvação; continuar agitando por mais 2 min e adicionar um excesso de 1 mL de NH 4OH 1:1 e
agitar intensamente. Deixar em repouso por 1 hora (na literatura chega-se a 6 a 8 horas) e filtrar em
papel de filtro analítico S&S azul (ou equivalente, p.ex. Whatman n° 42 ou 542). Filtrar,
inicialmente, a fração líquida (evitar o entupimento dos poros do papel; pode ser a quente devido a
baixa solubilidade do precipitado). Lavar o precipitado com hidróxido de amônio 5%. O filtrado
deverá ser descartado em frasco apropriado conforme recomendação do professor.
Após a secagem o papel de filtro será retirado do funil, será dobrado e transferido para um
cadinho previamente preparado.
Alojar o cadinho sobre o triângulo de porcelana, sobre o tripé metálico. Inclinar o cadinho
até cerca de 45°, posicionando o bico de Bunsen na parte posterior do cadinho, com chama baixa.
Regular a entrada de oxigênio do bico para melhor queima do gás e obtenção de chama mais
quente. Queimar o material em chama baixa até eliminação total de fumaças e em seguida em
chama alta até a queima completa da matéria orgânica (se houver material preto principalmente
condensado nas laterais do cadinho, girá-lo para que este seja totalmente eliminado). A inclinação
do cadinho permite o acesso do oxigênio à amostra, evitando a presença de carbono de difícil
queima e com alto poder redutor. O ideal é a presença de metais com seu estado de oxidação mais
alto, o que facilitará o processo de calcinação. O papel de filtro contém somente matéria orgânica o
qual será totalmente eliminado, apresentando cinzas na quinta casa decimal da balança sendo desta
forma desprezível no que se refere ao aumento de peso da amostra.
Após a queima completa do material, o cadinho deverá ser transferido com uma pinça
metálica sobre uma tela de amianto, para uma mufla à uma temperatura aproximada de 1000 -
1100°C, por um período de 1 a 1,5 horas.
27
PS.: O material resultante não é agressivo ao meio ambiente e poderá ser descartado no cesto de
lixo. Limpar o cadinho com papel toalha, e deixá-lo sobre a bancada. Não lavá-lo para que não se
quebre quando este for calcinado a altas temperaturas
NaOH:
39,997g - 1000mL - 1 Mol/L = 1Eq/L
3,9997g - 1000mL - 0,1Eq/L
Pesa-se então em uma balança analítica (precisão de 0,1 mg), sobre um pesa filtro ou papel
de alumínio, cerca de 0,3g de biftalato de potássio (pureza de 100%). Observe-se que o processo
de pesagem deverá ser rápido e que não é necessário pesar exatamente o peso teórico, aliás
desaconselha-se tal escolha já que a pesagem experimental será recalculada como descrito abaixo.
Ex.: Pesagem experimental 0,3091g.
deverá ser baixa porque sendo um reativo irá consumir o reagente, no caso hidróxido de sódio,
provocando erro na titulação. Para uma solução a 1% e utilizando-se somente 3 gotas, o erro
associado é totalmente desprezível.)
Lavar a bureta com água destilada, escoar a água e em seguida ambientar a bureta com
cerca de 5 mL da solução de hidróxido de sódio, todo o seu interior e descartando a solução. Em
seguida preencher a bureta com a solução de hidróxido de sódio aferindo o volume em zero,
tomando o cuidado para eliminar todas as bolhas de ar principalmente pelo preenchimento do
volume após a torneira. Titular a solução sobre um fundo branco até a viragem da cor do indicador
de incolor para rosa claro. Conhecendo-se o volume teórico e esperando-se que a preparação da
solução ocorreu de uma forma satisfatória, adiciona-se cerca de 15 mL da solução diretamente
(observe-se o volume teórico) no erlenmeyer e sob agitação adicionar a solução gota a gota até
surgimento da cor rosa característica. Um pouco antes do final da titulação (ponto final) a cor
aparece e sob agitação volta a descorar, isso corre pela baixa concentração da solução de biftalato
de potássio e necessidade de permitir que as espécies reativas se encontrem para poder reagir.
Nesse instante anota-se o volume e em seguida com cuidado adiciona-se mais uma gota (as vezes
mais de uma) até surgimento da coloração persistente, porém de tonalidade bem fraca. Nesse ponto
anota-se novamente o volume (descartando-se o volume anterior). O volume assim determinado
(Ex.: 15,2 mL) passa a ser chamar, volume experimental. A diferença entre os volumes teórico e
experimental demonstra que a solução não está com a concentração exatamente igual a 0,1Eq/L e
deverá ser corrigida através de uma fator conhecido como fator de correção volumétrica (Fcv).
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Fcv = volume teórico (15,136 mL) / volume experimental (15,2 mL) = 0,9958
3 - Titulação da amostra
Embora o ácido sulfúrico tenha dois prótons, este não pode ser titulado em duas etapas
porque ao ser diluído em água, o primeiro hidrogênio é ionizado totalmente e o segundo,
parcialmente. No momento da titulação até pH levemente alcalino, os dois hidrogênios estão
completamente ionizados e podem ser titulados, utilizando-se a fenolftaleína como indicador. Como
se trata de uma titulação de ácido forte e base forte, o pH no ponto de equivalência será igual a 7.
H2O H+ + OH-
Desse equilíbrio teremos: Kw = [H+] [OH-] = 1 x 10-14 [H+] = [OH-] = 1x10-7 mol/L ou
seja pH =7,0.
Pipetar 10mL da amostra, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar cerca de 100
mL de água destilada e 3 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína a 1%. Titular com a solução de
hidróxido de sódio padrão até o surgimento de uma coloração rosa clara persistente (Ex.: 29,4
mL).
30
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1
Sabendo-se que 98,0788g de ácido sulfúrico reagem com 79,994g de hidróxido de sódio
(reação 1/2), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L = 1Eq/L
X= 0,117097g - 29,4 mL - 0,09958 Eq/L
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do NaOH é igual
à massa molar e o do ácido sulfúrico é a massa molar dividido por dois). Embora o ácido sulfúrico
reaja com o hidróxido de sódio na relação estequiométrica 1 / 2 (1 mol de ácido sulfúrico reage
com 2 mols de hidróxido de sódio), 1 equivalente de ácido sulfúrico reage com um equivalente de
hidróxido de sódio.
H2SO4:
98,0788g - 1000 mL - 1mol/L
49,0394g - 1000 mL - 1Eq/L
x= 0,00490394g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,00490394g de ácido sulfúrico.
Os dois cálculos conduzem ao mesmo resultado. Expressar o resultado com três casas
decimais.
1 – pH inicial da solução.
Como se trata de ácido forte, o HCl está totalmente ionizado, portanto a concentração de
prótons é igual a concentração de HCl inicial ou seja 0,1 mol/L.
2 - Adição de 50 mL de base
Nesse caso 50% do prótons foram neutralizados por íons hidroxila e o volume foi
aumentado para 150 mL, teremos então:
[H+] = (Ca.Va – Cb.Vb) / Va + Vb = 0,1 x 100 – 0,1 x 50 / 150 = 3,33x10-2 Mol/L pH = 1,477
Nesse caso, as concentrações devem ser utilizadas em mol/L de prótons ou Eq/L do ácido
(ou da base). Eq/L para ácido é a massa molar do ácido dividido pelo número de prótons ionizáveis
e para bases, massa molar da base dividido pelo número de hidroxilas ionizáveis.
3 – Adição de 75 mL de base
[H+] = (Ca.Va – Cb.Vb) / Va + Vb = 0,1 x 100 – 0,1 x 75 / 175 = 1,43x10-2 Mol/L pH = 1,845
4 – Adição de 95 mL de base
32
[H+] = (Ca.Va – Cb.Vb) / Va + Vb = 0,1 x 100 – 0,1 x 95 / 195 = 2,56x10-3 Mol/L pH = 2,591
H2O H+ + OH-
Esse equilíbrio é representado pela equação: K = [H +].[OH-]/[H2O], entretanto a
concentração de água em mol/L em um litro de água é de aproximadamente 55,41 mol/L
(1000g/18,0148g = 55,51 mol/L). Multiplicando-se este valor pela consta de equilíbrio teremos a
expressão da constante de ionização da água (Kw) onde Kw = 1x10-14 (25°C) = [H+].[OH-]
Como a concentração de prótons é igual a concentração de íons hidroxila, teremos: Kw =
[H ] = [OH-]2 e desta forma [H+] = [OH-] = Kw = 1x10-7 mol/L e o pH = 7,00.
+ 2
[OH-] = (Cb.Vb – Ca.Va) / Va + Vb = 0,1 x 105 – 0,1 x 100 / 205 = 2,44x10 -4 Mol/L pOH =
2,613; como pH + pOH = 14, teremos: pH = 14 – pOH = 11,39.
A partir do ponto de equivalência teremos o pH aumentado até que com a adição de infinito
número de mL de base teremos a tendência a atingir o pH = 13,0, sem entretanto atingi-lo já que
existe 200 mL de água produzidos pela neutralização do ácido e da base.
14
Tende ao pH da sol. de NaOH
12
10 Rosa
9,4
Ponto Final (Ex.: pH=8,7) Fenolftaleína
8 8,2
Erro devido ao indicador Incolor
pH
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Figura 1 – Curva de titulação de 100 mL de HCl 0,1 Mol/L c/ NaOH 0,1 mol/L.
2 - Titulação da amostra
Vinagre é amplamente utilizado na indústria alimentícia na forma de soluções diluídas de
ácido acético (entre 3,5 a 8% em peso). O vinagre pode ser obtido através de diluição de soluções
de ácido acético glacial (ácido acético concentrado) ou através da oxidação do álcool etílico.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1
Sabendo-se que 60,0526g de ácido acético reagem com 39,997g de hidróxido de sódio
(reação 1/1), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
0,033765g - 8,2 mL - 0,10295 Eq/L
34
Cálculo 2
CH3COOH:
60,0516g - 1000 mL - 1Eq/L
x= 0,00600516g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,00600516g de ácido acético.
Os dois cálculos conduzem ao mesmo resultado. Expressar o resultado com três casas
decimais.
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1
Sabendo-se que 60,0526g de ácido acético reagem com 39,997g de hidróxido de sódio
(reação 1/1), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
X= 0,10459g - 25,4 mL - 0,10295 Eq/L
Cálculo 2
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso os equivalente do NaOH ou do
ácido acético são as massas molares (número de prótons e hidroxilas ionizáveis = 1,0).
CH3COOH:
60,0516g - 1000 mL - 1Eq/L
x= 0,00600516g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,00600516g de ácido acético.
Ex.: 50 mL de ácido acético 0,1 Mol/L são titulados com uma solução de NaOH 0,1
Mol/L.
O ácido acético sendo um ácido fraco (constante de ionização Ka=1,85x10-5) se ioniza
somente parcialmente em água, sendo que a extensão da ionização depende da concentração inicial
do ácido como descrito na equação abaixo. Como se trata de ácido fraco e concentração é uma
propriedade intrínseca da solução, o volume não desempenha papel nenhum nos cálculos que são
realizados para o pH inicial, como descrito abaixo.
1– pH inicial da solução.
CH3COOH CH3COO- + H+
0,1 – x x x
Passo 1
Na equação Kh = [CH3COO-][H+] / [CH3COOH] = x2 / 0,1 – x, assumimos que a
concentração do ácido após o processo de ionização é a concentração inicial.
Ka = x2 / 0,1 x = (0,1 . Ka) = 1,3601x10-3 mol/L, o valor gerado vai para o passo 2 como
valor de “x” no denominador.
Passo 2
Ka = x2 / 0,1-1,3601x10-3 x = (0,1 . Ka) = 1,3509x10-3 mol/L, o valor gerado vai para o
passo 3 como valor de “x” no denominador.
37
Passo 3
Ka = x2 / 0,1-1,3509x10-3 x = (0,1 . Ka) = 1,3509x10-3 mol/L. Como o valor de x nos últimos
dois passo é igual, essa é a solução da equação de segundo grau (vide resolução completa).
2 - Adição de 1 mL de base
Nesse caso o ácido acético irá reagir com o NaOH produzindo o acetato de sódio que por
sua vez irá se ionizar e eventualmente hidrolizar.
CH3COOH CH3COO- + H+
Ci – x x+exc. x
Exc. = concentração de íons acetato que irá influenciar no equilíbrio de ionização do ácido acético
deslocando-o para a esquerda, ou seja, inibindo a ionização.
Ci= Concentração de ácido acético restante na solução, após a adição do NaOH.
3– Adição de 40 mL de base
4 – Adição de 50 mL de base
Como se trata de uma titulação de ácido fraco com base forte, no ponto de equivalência
teremos uma solução de acetato de sódio. Como o acetato é proveniente de um ácido fraco, sofrerá
o processo de hidrólise elevando o pH no ponto de equivalência acima do valor de 7,0. O cálculo
do ponto de equivalência poderá ser calculado como descrito abaixo.
Como a constante de hidrólise não é dada na literatura, deverá ser calculada a partir da
constante de Kw e Ka do ácido produzido ou que deu origem ao sal. Multiplicando-se o numerado
e denominador da equação pela concentração de prótons teremos:
Aproximações.
Em algumas situações particulares, algumas aproximações poderão ser realizadas:
Como se sabe que a concentração de íons hidroxila é muito pequena (x), o denominador
poderá ser reduzido a 0,05. Nesse caso, a equação é reduzida e a concentração de íons hidroxila
pode imediatamente ser calculado como:
39
X = (5,405x10-10 . 0,05) = 5,199 x 10-6 mol/L, pOH = 5,284 e o pH = 8,716. Veja que
nesse caso uma boa aproximação pode ser realizada, já que os resultados são idênticos. Esse
aproximação entretanto somente poderá ser realizada com critério e com segurança, somente a
resolução completa da equação de segundo grau conduzirá ao resultado correto.
No caso da titulação de ácidos fracos, é importante salientar que a escolha do uso dos
indicadores deverá levar em consideração os processos de hidrólise do ânions envolvidos. No caso
descrito acima, a fenolftaleína seria perfeitamente adequada. No caso da titulação da prática, as
amostras de ácido acético são mais diluídas o que faz que o pH no ponto de equivalência sejam
menos básicos porém sempre acima de pH=7,0.
5 – 50,1 mL de base
Nesse caso existe um excesso de base na titulação o que vai inibir o processo de hidrólise do
íon acetato.
6 – 51 mL de base
Já que com a contribuição de 0,1 mL a hidrólise é baixa com 1 mL e mais será muito menor
e o pH será calculado através do excesso de base.
[OH-] = 1 x 0,1/101 = 9,9x10-4 mol/L, pOH = 3,00 e pH = 11,0.
14
Tende ao pH da sol. de NaOH
12
10 Rosa
9,4
Ponto de Equiv. pH=8,72
Fenolftaleína
Ponto Final (Ex.: pH=9,0)
8 8,2
Incolor
pH
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Figura 1 – Curva de titulação de 50 mL de ácido acético 0,1 Mol/L c/ NaOH 0,1 mol/L.
H2O H+ + OH-
x x
Como adicionamos um teor de hidroxila de uma fonte externa (NaOH), o cálculo deverá ser
realizado, considerando-se o efeito do íon comum.
H2O H+ + OH-
x x + 1x10-8
O mesmo raciocínio vale para o caso de pequenas concentrações de ácidos, sendo nesse
caso o efeito do íon comum atribuído à presença de prótons na solução.
41
Hidrólise de sais.
O sal solubilizado irá produzir os íon hidratados em solução. Como eles são provenientes de
ácidos e bases fortes, o processo de hidrólise é inexistente e o pH final da solução deverá ser dado
a partir do processo da auto-ionização da água e o pH resultante será igual a 7,00.
O sal solubilizado irá produzir os íons hidratados em solução. Como o sal é proveniente de
um ácido forte, o íon cloreto é uma base conjugada fraca e o íon amônio, um ácido conjugado
forte. O processo de hidrólise irá ocorrer com o ácido conjugado forte, tentando recuperar a base
que deu origem ao sal de tal forma que o pH da solução será ácido.
O cálculo do pH se dará através da expressão da hidrólise descrita pela equação abaixo. Ex.:
Qual o pH de 100mL de uma solução contendo 2,75g de NH4Cl (MM=53,495)?
O primeiro passo nesse caso é calcular a concentração de cloreto de amônio em mol/L na
solução ou seja:
NH4Cl
53,495g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
5,3495g - 100 mL - 1 Mol/L
2,75g - 100 mL x= 0,5141 Mol/L
Como a constante de hidrólise não é dada na literatura, deverá ser calculada a partir da
constante de Kw e Ka do ácido produzido ou que deu origem ao sal. Multiplicando-se o numerado
e denominador da equação pela concentração de hidroxila teremos:
O sal solubilizado irá produzir os íons hidratados em solução. Como o sal é proveniente de
um ácido fraco, o íon cianeto é uma base conjugada forte e o íon sódio, um ácido conjugado fraco.
O processo de hidrólise irá ocorrer com a base conjugada forte, tentando recuperar o ácido que deu
origem ao sal de tal forma que o pH da solução será básico.
O cálculo do pH se dará através da expressão da hidrólise descrita pela equação abaixo. Ex.:
Qual o pH de 100mL de uma solução contendo 1,4703g de NaCN (MM=49,011)?
O primeiro passo nesse caso é calcular a concentração de cianeto de sódio em mol/L na
solução ou seja:
NaCN
49,011g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
4,9011g - 100 mL - 1 Mol/L
1,4703g - 100 mL x= 0,3 Mol/L
Ex.: Necessitamos da espécie HPO4-2 para uma reação química e dispomos de um sal de sódio (Ex.:
NaH2PO4 ou Na2HPO4 ou Na3PO4) ou ao ácido fosfórico. Qual o pH que a reação deve ser
conduzida para que a concentração de HPO4-2 seja máxima?
Ex.: 50 mL de uma solução de H3PO4 0,1 mol/L vai ser titulado com NaOH 0,1 mol/L. Qual o pH
no segundo ponto de equivalência? (qual o pH em que a concentração de HPO4-2 seja máxima?).
Como a solução de ácido fosfórico é de 0,1 mol/L, independente do pH da solução, todas as
espécies derivadas do ácido fosfórico somadas, terão a concentração inicial (concentração analítica
= Ca).
Por definição chamaremos: 0= [H3PO4]/Ca; 1= [H2PO4-]/Ca; 2= [HPO4-2]/Ca e 3= [PO4-
3
]/Ca e 0 + 1 + 2 + 3 = 1,0 ou seja, somando-se as concentrações de todas as espécies teremos
a concentração inicial ou Ca.
Para colocar a equação de 0 em função de variáveis como Ka1, Ka2, Ka3 e [H+] teremos que
utilizar as equações abaixo:
Substituindo teremos:
pH=0 0 = 0,993
pH=1 0 = 0,93
pH=2 0 = 0,57
pH=3 0 = 0,13
pH=4 0 = 1,31 x 10-2
pH=5 0 = 1,32 x 10-3
pH=6 0 = 1,25 x 10-4
pH=7 0 = 8,2 x 10-6
pH=8 0 = 1,84 x 10-7
pH=9 0 = 2 x 10-9
pH=10 0 = 2,13 x 10-11
pH=11 0 = 2,09 x 10-13
pH=12 0 = 1,75 x 10-15
pH=13 0 = 9,52 x 10-18
pH=14 0 = 8,26 x 10-21
45
Para o caso das concentrações de outras espécies derivados dos ácido fosfórico teremos por
uma dedução semelhante, as equações:
Respondendo então à pergunta: Qual o pH que a reação deve ser conduzida para que a
concentração de HPO4-2 seja máxima?
R.: A condição na qual o 2 que relaciona a concentração de [HPO4-2] e Ca, seja máxima ou
seja: pH=10 2 = 0,996, nesse caso 99,6% da concentração inicial está na forma da espécie
HPO4-2.
0,9 0 3 0,9
2
2° ponto de equival.
1° ponto de equival.
0,8 0,8
0,7 0,7
0,6 0,6
Alfa
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
1
0,2 0,2
0,1 0,1
0,0 0,0
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
Figura 3 – Curva de valores de em função do pH para o ácido fosfórico.
47
Esse gráfico nos dá um panorama geral da distribuição das espécies em função do pH, veja
que a concentração do ácido fosfórico chega a um mínimo no pH próximo a 5,0 (valor próximo do
primeiro ponto de equivalência), enquanto que a concentração do íon H 2PO4-1 atinge um máximo.
Em seguida a concentração do íon HPO4-2 cresce a medida que a concentração do íon H2PO4-1 cai.
O máximo da curva está num valor de pH próximo de 10, em que se situa o segundo ponto de
equivalência. O terceiro ponto de equivalência jamais é atingido já que mesmo em pH=13 (pH da
solução do NaOH puro), o valor de 3 = 0,687 ou seja, a concentração da espécie PO 4-3 é igual a
0,0687 Mol/L, restando ainda 0,0312 mol/L de íons HPO4-2.
Ex.: 50 mL de uma solução de H3PO4 0,1 mol/L vai ser titulado com NaOH 0,1 mol/L. Qual
o pH no primeiro ponto de equivalência? (o pH em que a concentração de H2PO4- seja máxima?).
Reações envolvidas:
H2PO4- H+ + HPO4-2
Por sua vez, o H2PO4- tendo características anfóteras poderá reagir com o próton.
H2PO4- + H+ H3PO4
Outras equações aproximadas que podem ser utilizadas para o cálculo do ponto de
equivalência são:
Reações envolvidas:
HPO4-2 H+ + PO4-3
Por sua vez, o HPO4-2 tendo características anfóteras poderá reagir com o próton.
HPO4-2 + H+ H2PO4-
No equilíbrio HPO4-2 H+ + PO4-3, a concentração de prótons é igual a concentração do
íon PO4-3 porém como parte dos prótons podem reagir com o HPO 4-2 para gerar o H2PO4-, o
balanço de cargas pode ser escrito como:
Outras equações aproximadas que podem ser utilizadas para o cálculo do ponto de
equivalência são:
O terceiro ponto de equivalência não pode ser determinado porque o ácido HPO 4-2 é
extremamente fraco, provocando a hidrólise do íon PO4-3.
2 - Titulação da amostra
O ácido fosfórico é um ácido fraco atípico. Ele é triprótico e devido a distância entre as três
constantes de ionização, teoricamente os três prótons poderiam ser titulados independentemente.
Significa dizer que no momento da titulação completa do primeiro próton, o segundo e o terceiro
hidrogênios não se encontram ionizados. Desta forma, o primeiro e o segundo hidrogênios podem
ser titulados independentemente sendo que o terceiro por possuir uma constante de ionização
extremamente baixa (da mesma ordem de grandeza da água) não permite a sua titulação com uma
precisão desejável.
H3PO4 H2PO4- + H+
Pipetar 10mL da amostra, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar cerca de 100
mL de água destilada e 5 gotas de solução de indicador misto (mistura de alaranjado de metila e
verde de bromocresol - pH ácido = coloração antes da titulação – amarela e após a titulação -
azul). Titular com a solução de hidróxido de sódio padrão até o surgimento de uma coloração azul
clara persistente (Ex.: 6,7 mL).
50
Como o ácido fosfórico é um ácido fraco e está sendo titulado por uma base forte, o íons
H2PO4- deveria hidrolizar porém a constante de hidrólise é muito baixa (Kh1 = 1,33x10 -12) para ser
considerada.
Repetir o procedimento observando que a variação de volume entre as duas determinações
seja menor ou igual a 0,1 mL. Se der maior que 0,1 mL, titular uma terceira vez até atingir o
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
Sabendo-se que 97,9937g de ácido fosfórico reagem com 39,997g de hidróxido de sódio
(reação 1/1), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
x= 0,032846g - 6,7 mL - 0,12257 Eq/L
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do NaOH e do
ácido fosfórico são iguais à massa molar dividido por 1).
H3PO4:
97,9937g - 1000 mL - 1mol/L = 1Eq/L
x= 0,00979937g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,00979937g de ácido fosfórico.
H2PO4- HPO4-2 + H+
Como se trata de uma titulação de ácido fraco com base forte, no ponto de equivalência
teremos o processo de hidrólise. Ex.: Solução 0,1 Mol/L de Na2HPO4.
Como a constante de hidrólise não é dada na literatura, deverá ser calculada a partir da
constante de Kw e Ka2 do ácido produzido ou que deu origem ao sal. Multiplicando-se o numerado
e denominador da equação pela concentração de prótons teremos:
serão hidrolizados. No caso da titulação abaixo, as amostras de ácido fosfórico são mais diluídas o
que faz que o pH no ponto de equivalência seja, básicos porém menores que os descritos para o
exemplo acima (0,1 mol/L).
Pipetar 10mL da amostra, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar cerca de 100
mL de água destilada e 3 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína a 1%. Titular com a solução de
hidróxido de sódio padrão até o surgimento de uma coloração rosa clara persistente (Ex.: 13,4
mL).
Repetir o procedimento observando que a variação de volume entre as duas determinações
seja menor ou igual a 0,1 mL. Se der maior que 0,1 mL, titular uma terceira vez até atingir o
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
Sabendo-se que 97,9937g de ácido fosfórico reagem com 79,994g de hidróxido de sódio
(reação 1/2), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
x= 0,065693g - 13,4 mL - 0,12257 Eq/L
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do NaOH e do
ácido fosfórico são iguais à massa molar.
H3PO4:
97,9937g - 1000 mL - 1mol/L
48,99685g - 1000 mL - 1 Eq/L
x= 0,004899685g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
53
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,004899685g de ácido fosfórico.
No momento em que preparamos uma solução de hidróxido de sódio, ela já está levemente
contaminada com carbonato de sódio, devido a facilidade com que o hidróxido de sódio reage com
o gás carbônico do ar.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Com a relação estequiométrica é do tipo 1/1, uma fórmula simples poderá ser utilizada para
a determinação do fator de correção volumétrico da solução de HCl. Ex.: foram gastos 9,8 mL de
NaOH 0,10345 Eq/L para a titulação de 10 mL de HCl.
0,1 x 1,0345 x 9,8 = 10 x 0,1 x Fcv HCl; daqui temos que Fcv HCl = 1,0138
3 - Titulação da amostra
O hidróxido e o carbonato de sódio são dois dos reagentes alcalinos bastante utilizados na
indústria química. O uso combinado deles pode ser empregado, por exemplo, na produção de
sabonetes. O teor de cada um destes reagentes alcalinos em uma mistura pode ser determinado por
acidimetria (utilizando-se por exemplo uma solução de ácido clorídrico padrão), desde que sejam
escolhidos indicadores adequados. O indicador misto (alaranjado de metila (heliantina) + verde de
bromocresol) e fenolftaleína serão os melhores indicadores utilizados nessa metodologia.
Transferir 10 mL da solução amostra para um erlenmeyer de 250 mL com o auxílio de uma
pipeta volumétrica e um pipetador de borracha, adicionar cerca de 100 mL de água destilada, 3
gotas de fenolftaleína (1% em etanol) e titulá-la com a solução de ácido clorídrico padrão,
padronizado no item anterior. Como a solução é alcalina, a coloração da solução é rosa de uma
intensidade bastante forte. Titular até desaparecimento da coloração rosa (titular até uma coloração
rosa fraca a monitorar o desaparecimento da cor com uma precisão de cerca de 1 gota ou menos).
Anotar o volume gasto de solução de ácido clorídrico padrão (Ex.: V1 = 7,6 mL)
Repetir o procedimento observando que a variação de volume entre as duas determinações
seja menor ou igual a 0,1 mL. Se der maior que 0,1 mL, titular uma terceira vez até atingir o
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
55
As reações que se processam com o ácido clorídrico até a mudança de cor da fenolftaleína
são:
Como duas espécies estão sendo tituladas ao mesmo tempo, com somente uma titulação não
seria possível a determinação dos teores de hidróxido e carbonato de sódio presentes (1 variável e
duas incógnitas). Observa-se entretanto que o volume gasto consiste de dois volumes nas quais a
segunda parcial do volume correspondente à titulação de metade da quantidade do carbonato de
sódio. Considerando-se que o volume de 7,6 mL (V1) corresponde a “x” mL gastos na titulação do
hidróxido de sódio e “y” mL gastos na titulação do carbonato de sódio, teremos:
V1 = x + y = 7,6 mL
Utilizando uma mistura de dois outros indicadores a titulação prossegue até que haja a
titulação total do carbonato de sódio, já que nesse instante todo o hidróxido de sódio havia sido
titulado. Adicionar à solução cerca de 8 gotas de uma mistura de alaranjado de metila e verde de
bromocresol (indicador misto). A solução adquire uma coloração azul intenso e será titulada com a
solução de ácido clorídrico padrão até o aparecimento de uma coloração amarela. Aquecer a
solução até a fervura por alguns minutos, se a solução retornar a coloração azul ou verde, resfriar a
solução e continuar titulando para retornar a cor amarela Não será necessário zerar a bureta porém
a primeira leitura já foi feita e a segunda leitura será feita a partir da primeira, incluindo o volume
gasto após a fervura, que será 1 ou 2 gotas no máximo. Volume gasto = 4,5 mL
HCl:
36,461g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
56
V1 - V2 = 3,1.
HCl:
36,461g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
x= 0,011459g - V1 - V2 = 3,1 mL - 0,10138 Eq/L
Na2CO3:
105,988g - 1000 mL - 1mol/L
52,994g - 1000 mL - 1Eq/L
x= 0,0052994g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de HCl utilizada)
57
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de HCl reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,0052994g de carbonato de sódio.
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de HCl reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L de NaOH
ou seja, contendo 0,0039997g de hidróxido de sódio.
Dois ácidos fracos com constantes de ionização diferentes ou um ácido fraco e um forte
podem ser quantificados titulometricamente utilizando-se diferentes indicadores. No caso da
mistura de HCl e H3PO4, o primeiro é totalmente titulado com NaOH em pH neutro e o segundo
pode ser titulado em duas etapas, o primeiro próton com o alaranjado de metila (pH próximo de
3,5) e o segundo utilizando-se a fenolftaleína (pH próximo a 9). Como a fenolftaleína é comum
58
para a segunda etapa da titulação, um sistema de equações poderá ser montado como para o caso
da titulação de uma mistura de carbonato de hidróxido de sódio (veja prática 9).
Pipetar 10mL da amostra, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar cerca de 100
mL de água destilada e 3 gotas de solução de alaranjado de metila (pH ácido, coloração vermelha).
Titular com a solução de hidróxido de sódio padrão até o surgimento de uma coloração amarela
clara persistente (Ex.: V1 = 3,7 mL).
Repetir o procedimento observando que a variação de volume entre as duas determinações
seja menor ou igual a 0,1 mL. Se der maior que 0,1 mL, titular uma terceira vez até atingir o
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
Sabendo-se que 97,9937g de ácido fosfórico reagem com 39,997g de hidróxido de sódio
(reação 1/1), calcula-se a partir do volume e a concentração do hidróxido de sódio, a massa de
hidróxido.
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
3,9777g - 1000 mL - 0,09945 Eq/L
x= 0,014717g - 3,7 mL - 0,09945 Eq/L
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do NaOH e do
ácido fosfórico são iguais à massa molar dividido por 1).
59
H3PO4:
97,9937g - 1000 mL - 1mol/L = 1Eq/L
x= 0,00979937g - 1 mL - 0,1 Eq/L (solução de NaOH utilizada)
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,00979937g de ácido fosfórico.
Pipetar 10mL da amostra, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar cerca de 100
mL de água destilada e 3 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína a 1%. Titular com a solução de
hidróxido de sódio padrão até o surgimento de uma coloração rosa clara persistente (Ex.: V2 =
12,4 mL).
Repetir o procedimento observando que a variação de volume entre as duas determinações
seja menor ou igual a 0,1 mL. Se der maior que 0,1 mL, titular uma terceira vez até atingir o
objetivo. Para efeito de cálculo utilizar a média das duas medidas que se situam dentro do limite
estabelecido.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
Como o primeiro volume (V1) corresponde à titulação do primeiro próton do ácido
fosfórico e o segundo volume (V2) corresponde à titulação total do HCl e dos dois prótons do
ácido fosfórico, teremos que o volume para titular o HCl será:
NaOH:
39,997g - 1000 mL - 1 Mol/L (1Eq/L)
3,9777g - 1000 mL - 0,09945 Eq/L
x= 0,019889g - 5,0 mL - 0,09945 Eq/L
x=0,01813g 0,019889g
Cálculo 2:
HCl:
36,461g - 1000 mL - 1 Mol/L (Eq/L)
0,0036461g - 1 mL - 0,1 Eq/L
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de NaOH reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L ou seja,
contendo 0,0036461g de ácido clorídrico.
Ex.: Titulação de íons Fe+2 pelo permanganato de potássio em solução de ácido forte.
A relação envolve a oxidação dos íons Fe+2 à íons Fe+3 e consequentemente redução do Mn+7
+2
à Mn . Se verificarmos que o processo de redução do manganês envolve 5 elétrons e que o
processo de oxidação do ferro, envolve um elétron conclui-se que: a cada manganês reduzido, 5
átomos de ferro são oxidados. A estequiometria da reação pode ser escrita como:
KMnO4:
158,032g - 1000mL - 1 Mol/L
15,8032g - 1000mL - 0,1 Mol/L
3,16064g - 1000mL - 0,1 Eq/L
Como cada carbono é oxidado com a liberação de um elétron que será utilizado para a
redução do permanganato teremos:
Na2C2O4:
133,998g - 1000mL - 1Mol/L
13,3998g - 1000mL - 0,1Mol/L
6,6999g - 1000mL - 0,1 Eq/L
0,100499g - 15mL - 0,1Eq/L
Pesar cerca de 0,1g de oxalato de sódio, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar
cerca de 100 mL de água destilada e 5 mL de solução de H 2SO4 ¼ e ferver a solução. Recalcular o
volume teórico de solução de permanganato em função da pesagem de oxalato de sódio.
0,100499g - 15 mL
0,1147g - x mL teóricos - ex.: 17,12mL
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
A concentração real da solução de KMnO4 será então: 0,1 x 1,0313 = 0,10313 Eq/L.
PS.: Nem sempre as soluções poderão ser descartadas diretamente na pia, em caso de dúvida utilize
o frasco de descarte de metais ou pergunte ao professor responsável pela disciplina.
Succionar a solução para a pipeta volumétrica acima do traço de 10 mL, retirar o pipetador
e secar a parte externa da pipeta com um papel toalha. Observar se a pipeta é do tipo escoamento
ou de transferência total, se for de escoamento (mais comum), zerar a pipeta e com um ângulo
aproximado de 90° com a parede interna do Béquer, deixar a solução escoar. No final do processo
tocar a ponta da pipeta na parede do Béquer até o deslocamento de mais um pequeno volume, o
restante deverá permanecer na pipeta e não deverá ser retirado através de sopros ou outros
métodos. O volume que sobrou não faz parte do volume pipetado. Se a pipeta for do tipo
escoamento total, a última gota deverá ser retirada. Diluir a solução com cerca de 100 mL de água
destilada.
Acidificar a solução com 3 mL de ácido clorídrico concentrado e acondicionar o erlenmeyer
sobre uma tela de amianto em um tripé e ferver por 3 minutos (contar 3 minutos após o surgimento
das primeiras bolhas no fundo do recipiente). O objetivo dessa fervura é de oxidar o ferro ao seu
estado de oxidação mais alto (Fe+3) e evitar o processo de hidrólise do ferro que iria precipitar na
forma de hidróxido. A solução se tornará um pouco mais amarelada (solução de íons Fe +2
levemente esverdeada e solução de íons Fe+3, levemente amarelada, dependendo da concentração).
Para evitar esse fenômeno, as soluções estoque (que dão origem as amostras por diluição) são
conservadas na presença de uma certa concentração de HCl concentrado. Cuidado com os vapores
emitidos, altamente tóxicos e corrosivos.
Nesse procedimento corre-se o risco de que um pequeno excesso de íons Sn+2 possam estar
presentes na solução o que iria consumir um pouco da solução de permanganato na sua oxidação
64
sendo que o mesmo não acontece para os íons Sn+4. Para evitar isso, o excesso de íons Sn+2 serão
eliminados através da reação com cloreto mercúrico.
Esfriar a solução em água corrente e adicionar cerca de 5 mL de solução de cloreto
mercúrico à 5%, devendo aparecer uma leve turvação branca ou a solução continua límpida.
Nesses dois casos prosseguir com a prática.
Surgindo entretanto uma coloração turva escura (presença de mercúrio metálico) a solução
deverá ser descartada para um frasco coletor de rejeitos e nova alíquota de amostra de solução de
ferro deverá ser tomada.
PS.: Atenção especial deve ser dada à solução que contém o mercúrio, um metal extremamente
tóxico. Desta forma esta deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do
professor.
Cálculo 1:
KMnO4
158,032g - 1000mL - 1 Mol/L
31,6064g - 1000mL - 1 Eq/L
3,25957g - 1000mL - 0,10313 Eq/L
x= 0,040419g - 12,4 mL - 0,10313 eq/L
55,845 31,6064
y=0,071415g 0,040419 (contido em 12,4 mL)
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do Fe é igual o
peso atômico e do permanganato de potássio é igual a massa molar dividido por 5 (número de
elétrons utilizados no processo de redução do Mn).
Fe:
55,845g - 1000mL - 1 Mol/L = 1 Eq/L
0,0055845g - 1mL - 0,1 Eq/L
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de KMnO4 reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L de Fe
ou seja, contendo 0,0055845g.
1 mL de KMnO4 - 0,0055845g de Fe
n° mL gastos da titulação x Fcv KMnO4 - “x”g de Fe
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
KMnO4:
158,032g - 1000mL - 1 Mol/L
31,6064g - 1000mL - 1 Eq/L
3,25957g - 1000mL - 0,10313 Eq/L
x= 0,0583463g - 17,9mL - 0,10313 eq/L
Cálculo 2:
Cálculo alternativo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente da
água oxigenada é igual a massa molar dividido por 2 (número de elétrons utilizados no processo de
oxidação) e do permanganato de potássio é igual a massa molar dividido por 5 (número de elétrons
utilizados no processo de redução do Mn).
H2O2:
34,0138g - 1000mL - 1 Mol/L
17,0069g - 1000mL - 1 Eq/L
0,00170069g - 1mL - 0,1 Eq/L
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de KMnO4 reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L de água
oxigenada ou seja, contendo 0,00170069g.
Uma outra unidade de concentração da água oxigenada é o VOLUME (V). Essa unidade
está relacionada com o volume de oxigênio gerado no processo de decomposição da água
oxigenada. Ex.: Uma solução de água oxigenada à 10 Volumes consiste de uma solução em que
1mL após decomposição produz 10 mL de oxigênio molecular.
2 H2O2 2 H2O + O2
2 mols de água oxigenada após decomposição total produzem um mol de oxigênio ou seja
22,4 L ou ainda 22400 mL, nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP). Calculando-
se os volumes da solução anteriormente determinada ou seja, contendo 3,13952g de H 2O2 em 100
mL se solução ou 0,031395g em 1 mL.
2 H2O2 2 H2O + O2
68,0276g - 31,998g
0,031395g (3,13952g%/100) - x= 0,014767g
31,998g O2 - 22400 mL
0,014767 g - x= 10,338 Volumes (concorda com o rótulo que era de 10 Volumes).
Cálculo 1:
KMnO4:
158,032g - 1000mL - 1 Mol/L
31,6064g - 1000mL - 1 Eq/L
3,25957g - 1000mL - 0,10313 Eq/L
69
Cálculo 2:
Cálculo alternativo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente da
água oxigenada é igual a massa molar dividido por 2 (número de elétrons utilizados no processo de
oxidação) e do permanganato de potássio é igual a massa molar dividido por 5 (número de elétrons
utilizados no processo de redução do Mn).
H2O2:
34,0138g - 1000mL - 1 Mol/L
17,0069g - 1000mL - 1 Eq/L
0,00170069g - 1mL - 0,1 Eq/L
O objetivo desse cálculo é demonstrar que 1 mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L (fcv=
1,000) de KMnO4 reage quantitativamente com 1mL de uma solução exatamente 0,1 Eq/L de água
oxigenada ou seja, contendo 0,00170069g.
Cálculo em volumes
2 H2O2 2 H2O + O2
2 mols de água oxigenada após decomposição total produzem um mol de oxigênio ou seja
22,4 L ou ainda 22400 mL, nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP). Calculando-
70
2 H2O2 2 H2O + O2
68,0276g 31,998g
0,001824g x= 8,58 x 10 -4 g
Como 1 mol de O2 (31,998g) ocupam um volume de 22400 mL (nas CNTP) então 8,58 x
10-4 g de O2 ocuparam:
31,998g O2 - 22400 mL
8,58 x 10-4 g - x= 0,601 Volumes.
titulado com uma solução de um padrão primário. Uma das substâncias mais comumente utilizadas
na titulação de iodo é o tiosulfato de sódio. Como o tiosulfato de sódio também não atende os
requisitos de um padrão primário este deverá ser primeiramente padronizado com um padrão
primário (utilizaremos o dicromato de potássio) e a solução de tiosulfato padrão será utilizada para
padronizar a solução de iodo que por sua vez será utilizada para a titulação da amostra.
Nessa reação o tiosulfato é oxidado pelo iodo se transformando em tetrationato de sódio e o iodo
sendo reduzido à iodeto. O iodo possui uma coloração castanha quando em grande concentração e
amarela quando em solução diluída e o íon iodeto é incolor. A monitoração da presença de iodo na
solução poderá ser feita através de um indicador bastante popular que é o amido. O amido forma
um complexo azul com o iodo podendo a coloração variar de marrom a preto devido a presença de
amilopectina no amido.
A massa molar do tiosulfato de sódio pentahidratado é de 248,183g e baseando-se na reação
envolvida calculamos o seu equivalente (MM/1 (variação do nox do S x 2):
K2Cr2O7:
294,181g - 1000mL - 1 Mol/L
294,181/6 = 49,03017g - 1000mL - 1 Eq/L
0,09806g - 20mL - 0,1 Eq/L
Como a solução de tiosulfato 0,1 Eq/L reage na proporção de 1/1 com a solução de iodo
0,1 Eq/L e por sua vez com a solução de dicromato 0,1 Eq/L podemos afirmar que:
20 mL da solução de Na2S2O3 reagem com o iodo produzido a partir de 0,09806g de
K2Cr2O7 Pesar então cerca de 0,1g de dicromato de potássio e recalcular o volume teórico como
descrito abaixo:
Após o repouso de trinta minutos, titular a solução de iodo com a solução de tiosulfato de
sódio a padronizar até uma coloração amarelada (palha). Nesse momento adicionar 1 mL da
solução de amido a 1% o qual forma um complexo escuro o que facilita a visualização do ponto
final da titulação. O ponto final da titulação se caracteriza pela descoloração abrupta do complexo
de iodo-amido e obtenção de uma solução azul-esverdeada, pela presença de Cr +3, derivado do
dicromato de potássio.
PS.: O cromo é tóxico e a solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme
recomendação do professor.
Calcula-se então a partir do volume teórico (20 mL) e do volume experimental, o fator de
correção volumétrico da solução de tiosulfato de sódio 0,1 Eq/L.
I2:
253,80g - 1000mL - 1 Mol/L
253,8/2 = 126,9g - 1000mL - 1 Eq/L
12,69g - 1000mL - 0,1 Eq/L
I2 + KI KI3
253,8g 165,998
12,69 x= 8,3g
Pesar então 12,69g de iodo e no mínimo 8,3g de KI, avolumar a mistura em 1000 mL em
um balão volumétrico e rotular o frasco.
O íon I3- tem a característica de reagir com o tiosulfato exatamente como se fosse a
molécula de iodo portanto não desempenhando nenhum papel importante na reação a não ser a
própria solubilização do iodo. Baseado nesse fato a solução de triiodeto de potássio será tratada
como se fosse de iodo.
coloração azul (ou marrom claro dependendo do amido utilizado). Anotar o volume e calcular o
fator de correção volumétrico da solução de iodo:
Ex.: gastos 10,2 mL
C6H8O6 + I2 C6H6O6 + 2 HI
Pesar cerca de 0,1g de vitamina “C”, transferir para um erlenmeyer de 250 mL, adicionar
cerca de 100 mL de água destilada, acidificar com cerca de 10 mL de ácido clorídrico 3 Mol/L e 1
mL de solução de goma de amido a 1%. Titular com a solução de iodo padrão até o aparecimento
de uma coloração azul persistente (ou coloração marrom dependendo da fonte do amido). O
surgimento da coloração detecta a presença de iodo na solução que não encontrou mais ácido
ascórbico para reagir, o que caracteriza o final da titulação (a cor deverá permanecer estável por no
mínimo 30 segundos, desaparecendo a cor antes disso, mais uma gota deverá ser adicionada).
Repetir o procedimento observando que o volume gasto depende da pesagem. Usar os dois
valores para o cálculo de percentagem não permitindo uma flutuação maior que 2% entre as
determinações.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
Cálculo 1:
Calcula-se a partir do volume de solução gasto, o número de gramas de ácido ascórbico
titulado:
I2:
253,8g - 1000mL - 1Mol/L
12,69g - 1000mL - 0,1 Eq/L
0,085023g - 6,7mL - 0,1 Eq/L
x= 0,0833557g - 6,7mL - 0,1 Eq/L x 0,98039 = 0,098039 Eq/L
C6H8O6 + I2 C6H6O6 + 2 HI
176,1232g 253,8g
y= 0,057844g 0,0833557g
75
Cálculo 2:
Cálculo utilizando-se equivalente em vez de mol (nesse caso o equivalente do iodo e do
ácido ascórbico são iguais e a massa molar é dividida por 2 (número de elétrons utilizados no
processo de oxidação e redução.
Ac. Ascórbico:
176,1232g - 1000mL - 1 Mol/L
88,0616g - 1000mL - 1 Eq/L
0,00880616g - 1mL - 0,1 Eq/L
Como 1 mL da solução de iodo 0,1 Eq/L reage com 0,00880616 g de ácido ascórbico, o
número de mL gastos (6,7 mL) reagiu com:
Os dois cálculos conduzem ao mesmo resultado. Expressar o resultado com duas casas
decimais.
PS.: A solução deverá ser descartada em frasco adequado conforme recomendação do professor.
NaClO:
74,4418g - 1000mL - 1 Mol/L
37,2209g - 1000mL - 1Eq/L
0,00372209g - 1mL - 0,1 Eq/L
Cl2:
70,906g - 1000mL - 1 Mol/L
35,453g - 1000mL - 1 Eq/L
0,0035453g - 1mL - 0,1 Eq/L
1 - Preparo do Cadinho
O cadinho de porcelana deverá ser limpo a seco (se o cadinho estiver molhado, deverá ser
seco em estufa antes da calcinação para evitar quebra) e livre de material orgânico ou inorgânico,
na forma de contaminação. Para livrar o cadinho de eventuais contaminações este deverá ser
aquecido a uma temperatura aproximada de 900°C, esfriado até a temperatura ambiente em um
dessecador (atmosfera relativamente seca) e pesado em balança analítica. O procedimento deverá
ser repetido até que o peso do cadinho não varie na quarta casa decimal da balança (erro da balança
de 0,1 mg). Como o tempo envolvido para a prática é relativamente curto, somente um processo
de aquecimento será executado.
2 - Insolúveis em ácido.
Colocar o EPI (Equipamento de Proteção Individual), conferir o material do armário,
pegar uma amostra e um cadinho, anotar os números ou identificações.
Pesar analiticamente cerca de 0,5g de amostra do calcário sobre um vidro de relógio ou
papel de alumínio e transferi-la para um Béquer de 250 mL. Em seguida adicionar cerca de 20 mL
de água destilada e 10 mL de HCl concentrado (adicionar o ácido lentamente para evitar a reação
violenta com o calcário). Tampar o Béquer com um vidro de relógio e deixar a mistura em repouso
78
até cessar a efervescência. Em seguida fervê-la por cerca de 3 min e deixar esfriar. Nesse momento
a reação já se processou, os resíduos devem ser filtrados com papel de filtro faixa preta, recebendo
o filtrado em um balão de 100 mL. Lavar o resíduo várias vezes com pequenas porções de água
destilada, recebendo o volume da lavagem no balão volumétrico. Completar o volume do balão até
100 mL e guarde essa solução para análise de CaO, MgO e óxidos solúveis (normalmente se
expressa de forma coletiva na forma de R2O3).
O resíduo com o papel de filtro (normalmente SiO2 e TiO2) deve ser queimado sobre um
chama do bico de Bunsen e após eliminação total da matéria orgânica, calcinar em mufla à cerca de
900°C por um período de 1 hora. Após um prévio esfriamento no dessecador grande, transferi-lo
para o dessecador pequeno e esperar atingir a temperatura ambiente. Pesá-lo em balança analítica
com 4 casas decimais.
Cálculos:
Peso do cadinho com amostra – peso do cadinho vazio = peso da amostra
Após adição da solução de EDTA padrão teremos a competição do EDTA pelo metal com
o indicador, como o EDTA tem uma maior constante de formação (falando genericamente, o
complexo metal EDTA deve ser entre 10 e 100 vezes mais estável que o complexo indicador
metal), vai remover o íon metálico do indicador e complexá-lo liberando o indicador puro, de tal
forma que a solução passa de uma coloração vermelha vinho para azul.
Secar o sal de EDTA (Na2EDTA.2H2O = 372,2352g) por duas horas, nessa secagem as
águas de hidratação se mantém intactas.
3.2 – Titulação simultânea dos íons cálcio e magnésio (dureza total da água).
Transferir 10 mL de amostra para um Béquer de 250 mL, adicionar cerca de 100 mL de
água destilada e 10 mL de tampão com pH= 10 (tampão amônia/cloreto de amônio). Já com a
solução sob agitação no agitador magnético adicionar uma ponta de espátula do indicador de negro
eriocromo T (como a solução de indicador 0,5% em etanol é instável, o indicador sólido é moído
com sulfato de sódio) até coloração vermelho vinho clara.
Cuidado deve ser tomado para não adicionar muito indicador já que a forma livre
(coloração azul) poderá se apresentar antes mesmo do início da titulação. O negro de eriocromo T
apresenta as colorações: H2In- é vermelho em pH menor que 6, Hin-2 é azul entre pH 6 e 12 e In-3 é
amarelo em pH maior que 12.
A solução tampão de pH=10 deve ser preparada dissolvendo-se 3,2g de NH4Cl em 10 mL
de água destilada, adicionar 29 mL de solução concentrada de amônia e avolumar em 50 mL,
estocar a solução em frasco de polietileno.
Titular a amostra com a solução de EDTA padrão até a mudança da cor do indicador de
vermelho para azul. Nessa titulação será utilizada uma bureta de pistão com leitura de volume de
centésimos de mL. Já que próximo ao ponto final da titulação a reação é lenta e consequentemente
a mudança da cor do indicador também, adicionar o reagente lentamente esperar alguns segundo e
proceder até a detecção do ponto final. Anotar o volume (V1).
Cálculos:
Os teores de cálcio e magnésio na amostra são normalmente expressos em teores de CaO
e MgO de tal forma que considerando-se a reação com EDTA na proporção de 1/1, teremos:
Para o cálcio:
81
Para o magnésio:
1mL de EDTA 0,1 mol/L - 0,0040304g de MgO
mL gastos da titulação (V1-V2) x Fcv EDTA - “x” g de MgO
A pesagem da amostra deve ser dividida por 10 porque a amostra foi pesada, a solução resultante
avolumada em 100 mL e somente 10 mL dessa foram titulados com EDTA. A massa titulada
corresponde então a 1/10 da pesagem da amostra.
Ex.: Para um calcário contendo somente aragonita (CaCO3.MgCO3)
Pesagem: 0,4957g
CaCO3.MgCO3 CaO
184,399g 56,077g
0,4957g x=0,150746g em 100 ml (0,0150746g em 10 mL)
CaCO3.MgCO3 MgO
184,399g 40,304g
0,4957g x=0,108345g em 100 ml (0,010834g em 10 mL)
4 – Perda ao rubro.
Na perda ao rubro serão decompostos os carbonatos presentes na amostra e a matéria
orgânica será eliminada. Todos os metais contidos na amostra serão oxidados ao seu maior estado
de oxidação.
cadinho previamente calcinado e tarado. Levá-lo à mufla e calciná-lo à cerca de 950°C por um
período de 1 hora. Após um prévio esfriamento no dessecador grande, transferi-lo para o
dessecador pequeno e esperar atingir a temperatura ambiente. Pesá-lo em balança analítica com 4
casas decimais.
Cálculos:
6 - Classificação de calcário.
O calcário é amplamente usado na agricultura como corretivo de solo. Ele também é uma
importante matéria prima para indústrias químicas, como a de cimento. O calcário é composto
basicamente de carbonato de cálcio e, freqüentemente, apresenta carbonato de magnésio. A calcita
pura (CaCO3) e a magnesita pura (MgCO3) são os extremos dos valores encontrados sendo a
dolomita o intermediário (CaCO3.MgCO3). A Legislação Brasileira, segundo a Portaria n° 03 de 12
de Junho de 1986, classifica-o comercialmente em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – N. Baccan; J.C. de Andrade; O.E.S. Godinho; J.S. Barone; Química Analítica Quantitativa
Elementar, 2ª Edição, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1995.
2 – Ferrari, V.A., Práticas de Química Analítica Quantitativa, apostila mimeografada, UFPR, 1986.
3 – O.A. Ohlweiler, Química Analítica Quantitativa, 3a Edição, Livros técnicos e Científicos Ltda.,
1981.
4 – G.D. Christian, Analytical Chemistry, 5th Edition, John Wiley e Sons, Inc, New York, 1994.
84
1) Uma amostra que contém 77% de cloreto de bário dihidratado é analisada no que consiste ao
seu teor de cloreto.
a) Qual a massa de amostra (em mg) deve ser tomada se o cloreto de prata produzido pesar 0,5 g?
R.: 553 mg.
b) Qual o volume de solução 0,15 Mol/L de nitrato de prata será necessário para precipitar o
cloreto de 0,6 g de amostra? R.: 25,22 mL
c) Qual o peso de cloreto de prata é produzido no item b? R.: 0,542 g
2) Que massa de oxalato de amônio dihidratado é necessária para precipitar o cálcio sob a forma de
oxalato de cálcio a partir de 200 mg de carbonato de cálcio? R.: 0,3198g
3) 2,46g de sulfato de magnésio cristalizado são dissolvidos em água e tratados com uma solução
de cloreto de bário em excesso, obtendo-se 2,33g do respectivo precipitado. Calcular o número de
moléculas de água de cristalização no sulfato de magnésio MgSO4.?H2O. R.: MgSO4.7H2O
4) Uma amostra contém 9,2% de estanho, 4,3% de zinco além de outras impurezas inertes. Se 0,6
g da amostra for analisado e partindo-se do princípio de que os elementos de interesse foram
isolados, precipitados e calcinados, calcule o peso das substâncias:
a) Oxido estanico. R.: 0,0701 g
b) Pirofosfato de zinco. R.: 0,0601 g
5) 50 mL de uma solução de íons férrico foram tratados com leve excesso de hidróxido de amônio.
.O precipitado após filtração e calcinação pesou 25,4 mg. Determine a concentração do sal de ferro
na forma de cloreto férrico hexahidratado. R.: 0,1719 g%
8) Uma amostra de pirita FeS2 impura é oxidada com bromo e ácido nítrico a sulfato. O sulfato
obtido é pesado na forma de sulfato de bário. Se 0,331 g de pirita impura produziram 813 mg de
sulfato de bário, qual a percentagem de pirita na amostra? R.: 63,12 %
9) Que massa de oxalato de amônio dihidratado será necessária para precipitar o cálcio sob a forma
de oxalato de cálcio a partir de 200 mg de apatita [Ca3(PO4)2]3.CaF? R.: 324 mg
10) Que volume de solução 1 Mol/L de cloreto de bário será gasto para a precipitação do enxofre
sob a forma de sulfato de bário de 0,54 g de pirita? R.: 9 mL
11) Uma amostra contém 15% de clorato de sódio e 20% de perclorato de sódio. Se 1,0 g desse
material é reduzido a cloreto e precipitado com nitrato de prata, qual o peso de cloreto de prata
produzido? R.: 0,4361 g
12) 800 mg de um sulfeto são fundidos com peróxido de sódio para formar o sulfato e precipitado
como sulfato de bário. O precipitado pesou 0,5 g. Quantos mL de gás (nas CNTP) serão obtidos se
a amostra for tratada com ácido clorídrico, liberando sulfeto de hidrogênio? R.: 47,99 mL
13) Uma amostra contendo 30% de Aragonita CaMg(CO 3)2, 30% de Siderita (carbonato ferroso) e
40% de Apatita [Ca3(PO4)2]3.CaF foi dissolvida com uma mistura oxidante de ácido nítrico e ácido
clorídrico. Após a separação dos íons cálcio, estes foram precipitados com oxalato de amônio
dihidratado. Se 0,85 g de amostra foi utilizada, pergunta-se:
a) Qual o peso de oxalato de amônio dihidratado (em mg) foi utilizado na precipitação do cálcio na
forma de oxalato de cálcio? R.: 771 mg
b) Qual o peso (em mg) de óxido de cálcio será obtido após calcinação do oxalato de cálcio? R.:
270 mg
14) O cromo contido em um minério foi precipitado como hidróxido crômico e pesado como
Cr2O3. Se 0,55 g de amostra foram utilizados, pergunta-se:
a) Se o precipitado após calcinação pesou 0,204g, qual a percentagem de cromo na amostra? R.:
25,38 %
b) Se o precipitado é fundido com peróxido de sódio e oxidado a cromato, qual o peso em mg de
cromato de sódio será obtido? R.: 435 mg
15) 20 mL de uma solução de sal de alumínio foram tratados com leve excesso de hidróxido de
amônio. O precipitado, após filtração e calcinação pesou 0,0183 g. Determinar a concentração do
sal de alumínio em g% na forma de sulfato de alumínio hexahidratado. R.: 0,404 g %
16) 0,5 g de cloreto de sódio foram dissolvidos em água. À solução resultante adicionou-se um
excesso de nitrato de prata em meio de ácido nítrico. O precipitado seco pesou 1,148 g. Qual a
pureza do sal analisado? R.: 93,64 %
17) 0,35 g de uma amostra comercial de sulfato de sódio foram dissolvidos em água e tratados com
cloreto de bário em excesso. Obteve-se um precipitado branco que após secagem pesou 0,54 g.
Qual a pureza do sal analisado? R.: 93,9 %
18) Se 0,55 g de um sulfato solúvel após tratados com cloreto de bário produziram 0,6460 g do
respectivo sulfato, qual era a percentagem de enxofre na amostra? R.: 16,14 %
86
19) Uma amostra de 0,5 g que contém alumínio na forma de gibsita (hidróxido de alumínio)
produziu 0,2499 g de óxido de alumínio após calcinação. Calcule a percentagem de gibsita presente
na amostra. R.: 76,45 %
20) Analisou-se uma liga de Cu, Zn e Pb. A partir de 0,8 g de liga obteve-se eletroliticamente no
cátodo 0,6 g de cobre e 0,0185 g de óxido plúmbico por oxidação anódica. A partir do mesmo peso
da liga foram obtidos 428,8 mg de pirofosfato de zinco. Qual a composição da liga analisada? R.:
75 % de Cu, 2 % de Pb e 23 % de Zn.
21) 0,806 g de sulfato de sódio comercial com teor de pureza de 90%, após dissolução foram
tratados com leve excesso de cloreto de bário. Qual a massa de sulfato de bário será obtido? R.:
1,192 g
22) 5,5g de sulfato de alumínio cristalizado são dissolvidos em água e tratados com uma solução de
cloreto de bário em excesso, obtendo-se 8,553g do respectivo precipitado. Calcular o número de
moléculas de água de cristalização no sulfato de alumínio. R.: 6,0
23) Uma amostra de sulfeto de zinco e carbonato de cálcio foi oxidada com bromo e um ácido
oxidante a sulfato. O sulfato obtido foi precipitado com cloreto de bário em excesso. Se 500mg da
amostra produziram 331mg do respectivo precipitado, qual a percentagem de sulfeto de zinco na
amostra em g%? R.: 27,64g%
24) 0,5 g de um minério contendo FeS2 foram aquecidos na presença de hidrogênio. O sulfeto de
hidrogênio produzido foi retido quantitativamente numa solução de sulfato de Pb(II). O sulfeto
precipitado foi dessecado e pesou 0,2134g. Qual a percentagem de FeS2 na amostra em g%? R.:
10,7%
87
3) Calcule o Kps do carbonato de cálcio se 1 litro de solução saturado a 25 oC contém 6,93 x 10-2 g
desse sal. R.: 4,8 x 10-7 (mol/L)3.
5) O Kps do oxalato de cálcio é de 2,0 x 10-9 (mol/L)2. Qual a quantidade de água em litros é
necessária para dissolver 1 g de sal? R.: 174,58 litros.
6) A solubilidade do cromato de prata é de 0,0279 g/L a 25 oC Calcule o seu Kps. R.: 2,4 x 10-12
(mol/L)3.
7) À uma solução de um íon metálico R+3 é adicionado hidróxido de sódio sólido (sem alteração do
volume) até pH = 4,3. Nesse ponto o hidróxido R(OH)3 começa a precipitar.
a) Qual a constante do produto de solubilidade do hidróxido R(OH)3 ? R.: 5,28 x 10-40 (mol/L)4.
b) Qual a solubilidade molar do hidróxido? R.: 6,65 x 10-11 mol/L.
1) Quantos mL de ácido clorídrico concentrado serão necessários para preparar 100 mL de uma
solução 6,0 Mol/L. O ácido concentrado tem uma pureza de 37% e densidade d = 1,18 g/cm 3. R.:
50, 09 mL.
2) Calcule a concentração (em Eq/L) de uma solução de ácido sulfúrico a 20% em massa (100g de
solução, 20 g de ácido). A densidade da solução é de 1,14 g/cm3 . R.: 4,65 Eq/L.
4) Quantos mL de ácido sulfúrico concentrado contendo 96% (em peso) de ácido sulfúrico e d =
1,84 g/cm3 devem ser tomados para preparar 5 litros de uma solução 0,1 Eq/L? R.: 13,87 mL.
6) Quantos gramas de hidróxido de bário estão presentes em 5,4 litros de uma solução 0,01 Eq/L e
Fcv = 1,200. R.: 5,554 g.
7) Quantos mg de hidróxido de bário contém uma solução se para a sua neutralização utilizou-se
20 mL de uma solução de ácido clorídrico 0,1245 Eq/L? R.: 213 mg.
8) Para a titulação de 3,204 g de ácido clorídrico concentrado utilizou-se 33,05 mL de uma solução
de hidróxido de sódio 1,01 Eq/L. Qual a percentagem do ácido na amostra? R.: 38%.
9) a)Quantos mg de ácido clorídrico (gás) devem ser dissolvidos em 150 mL de uma solução de
forma a obter uma solução de pH = 2,4? R.:21,76 mg.
b) Quantos mL de solução de ácido clorídrico serão necessários se d = 1,05 g/cm 3 e sua
concentração é de 36%? R.: 0,057 mL.
10) Para neutralizar 0,2 g de um ácido orgânico sólido utilizou-se 31,7 mL de uma solução de
hidróxido de potássio 0,1 Eq/L. Calcule o peso molecular do ácido analisado. R.: 63,1 g.
12) Quantos mg de ácido clorídrico devem ser dissolvidos em 150 mL de solução de forma a obter-
se uma solução de pH = 1,1? R.: 435 mg.
13) À 750 mg de ácido oxálico dihidratado foram adicionados 25 mL de uma solução de hidróxido
de potássio. O excesso de hidróxido foi titulado com 4 mL de uma solução de ácido clorídrico
0,1Eq/L e Fcv = 1,25.
a) Qual a concentração (em Eq/L) da solução de hidróxido de potássio? R.: 0,496 Eq/L
b) Qual o pH da solução antes da adição do ácido clorídrico? R.: 12,3.
14) Ácido clorídrico concentrado tem uma densidade de 1,19 g/cm3 e tem uma concentração de
37% em peso. Calcule a concentração (em Eq/L) do ácido. R.:12,07 Eq/L.
15) Qual o volume de solução de ácido clorídrico será necessário para a titulação de 20 mL de uma
solução de hidróxido de sódio que contém 3,5 g de base em 500 mL de solução. A solução de ácido
clorídrico tem uma concentração de 36,5% e uma densidade de 1,25 g/cm3. R.: 0,28 mL.
16) Na padronização de uma solução de hidróxido de sódio 0,2 Eq/L, pesou-se analiticamente
0,8297 g de biftalato de potássio previamente dessecado, o qual foi transferido para um erlenmeyer
de 250 mL e dissolvido com 100 mL de água destilada. Na titulação gastou-se 20,9 mL do
hidróxido. A seguir, titulou-se 5 mL de uma solução de ácido nítrico, tendo sido gastos 17 mL do
hidróxido padronizado. Pede-se o Fcv do hidróxido de sódio 0,2 Eq/L e a concentração do ácido
nítrico em g%. R.:0,9719 e 4,165 g%.
17) Na dosagem de 10 mL de uma solução de ácido clorídrico foram gastos 32,4 mL de NaOH
0,25 N e Fcv = 1,086. Qual a concentração do ácido clorídrico na amostra em g%? R.: 3,207 g%.
18) Que peso de biftalato de potássio seria necessário para reagir quantitativamente com 30 mL de
KOH 0,5 Mol/L e Fcv = 1,057? R.: 3,23 g.
19) 20 g de ácido sulfúrico foram diluídos a um volume de 750 mL. Qual a concentração (em
Eq/L) da solução resultante? R.: 0,5438 Eq/L.
20) 40 g de uma solução concentrada de ácido nítrico a 60% foram diluídos a 500 mL. Qual a
concentração (em Eq/L) da solução resultante? R.: 0,7617 Eq/L.
21) 350 mL de uma solução de ácido nítrico 0,25 Eq/L foram misturados com 150 mL de ácido
nítrico 2,0 Eq/L. Qual a concentração da solução resultante? R.: 0,775 Eq/L.
22) 400 mg de carbonato de sódio foram neutralizados com 25 mL de ácido sulfúrico 0,2 Eq/L e
Fcv = 1,257. Determine o teor de pureza do sal em g%. R.: 83,27 g%.
23) 400 mL de ácido clorídrico 0,2 Eq/L foram neutralizados parcialmente com 300 mL de
hidróxido de sódio 0,15Eq/L. Qual a concentração da solução de ácido clorídrico resultante
(desconsidere o cloreto de sódio formado)? R.: 0,05 Eq/L.
90
24) 26,5 mL de uma solução de ácido clorídrico foram neutralizados com 24,3 mL de hidróxido de
sódio. A solução resultante de cloreto de sódio foi precipitada completamente com 30 mL de uma
solução de nitrato de prata 0,09 Mol/L.
a) Qual a concentração (em Eq/L) das soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio? R.:
0,1019 Eq/L e 0,1111 Eq/L
b) Qual o peso de cloreto de prata precipitado? R.: 0,387 g
1) Calcule o pH de uma solução de amônia 0,075 Mol/L. Kb = 1,76 x 10 -5. R.: 11,06.
2) Qual o peso em mg do carbonato de sódio devem ser pesados de modo que esta amostra seja
totalmente neutralizada por 18 mL de uma solução de ácido clorídrico 0,2 Eq/L e F cv = 1.05. R.:
200 mg.
3) 100 mL de uma solução ácida 0,1 Eq/L são misturados com 200 mL de uma solução 0,075 Eq/L
básica. Calcule a concentração (em Eq/L) da solução e seu pH. R.: 0,0167 Eq/L e 12,22.
91
4) Qual a concentração (em Eq/L) de uma solução de ácido clorídrico se para a titulação de 0,1946
g de carbonato de sódio quimicamente puro, utilizou-se 20,45 mL desta solução? R.: 0,18 Eq/L.
5) 500 mL de uma solução de cloreto de amônio 0,1 Mol/L foram adicionada a 500 mL de uma
solução de amônia 0,2 Mol/L em água. Calcule o pH da solução resultante em equilíbrio. Kb = 1,76
x 10 -5. R.: 9,55.
6) Calcule a percentagem de ionização de 0,2 Mols de ácido acético e 0,1 Mols de ácido clorídrico
o qual ioniza totalmente, em 1L de solução. R.: 0,02%
7) Calcule o pH de uma solução de amônia 0,1 Mol/L. Kb = 1,8 x 10 -5. R.: 11,12
8) Se em 1 litro de solução de amônia 0,1 Mol/L, 0,00135 mols de amônia ioniza, calcule o valor
da constante de equilíbrio da base Kb. R.: 1,84 x 10-5
9) A [H+] de uma solução 0,072 Mol/L de ácido benzóico C6H5COOH é 2,1 x 10 -3. Calcule a
constante de ionização do ácido Ka . R.: = 6,3 x 10 -5.
10) Quando 0,1 mols de amônia são dissolvidos em uma quantidade de água suficiente para se
obter 1 litro de solução, a solução tem uma [OH -] de 1,34 x 10 -3. Calcule a Kb da amônia. R.: 1,81
x 10 -5.
11) Calcule a [H+] na solução contendo 0,2 mols de ácido acético em 1 litro de solução. K a = 1,8 x
10 -5. Qual a percentagem de ionização do ácido? R.: 0,945%.
12) 50 mL de uma solução de um ácido monoprótico forte 0,01 Mol/L são titulados com hidróxido
de sódio 0,1Mol/L utilizando-se fenolftaleína como indicador. Calcule o erro da titulação com pH
no ponto final da titulação = 9,0. R.: +0,11%.
13) Suponha que se adicionem 0,2 mols de hidróxido de sódio sólido a 500 mL de uma solução de
ácido acético 0,6 Mol/L. Calcule o pH da solução resultante admitindo-se que não haja alteração
de volume. Ka = 1,8 x 10 -5 a 18oC. R.: 5,046.
14) 500 mL de uma solução de cloreto de amônio 0,1 Mol/L foram adicionados a 500 mL de uma
solução de hidróxido de amônio 0,2 Mol/L. Calcule o pH da solução resultante no equilíbrio. Kb =
3,2 x 10 -7. R.: 7,8.
15) Na padronização de uma solução de hidróxido de sódio 0,25 Eq/L pesou-se analiticamente
12,464g de Biftalato de potássio e transferiu-se para um balão volumétrico de 100 mL. Retirou-se
deste balão uma alíquota de 10mL, transferiu-se para uma erlenmeyer de 250mL, adicionou-se
cerca de 100 mL de água destilada e 3 gotas de sol. alcoólica de fenolftaleína, tendo sido gastos
22,5 mL. Em seguida titulou-se 10 mL de uma mistura de ácido sulfúrico e ácido fosfórico, em
duas etapas distintas:
- Com indicador fenolftaleína (zona de transição entre pH 8,2 e 9,4) gastou-se 12,9mL da solução
de hidróxido de sódio.
- Com indicador alaranjado de metila (zona de transição entre 3,3 e 4,4) gastou-se 3,5 mL de
solução de hidróxido de sódio.
H3PO4 - K1= 7,5x10-3, K2= 6,2x10-8, K3= 4,7x10-13; H2SO4 - K1= infinito, K2= 1,0x10-2
92
16) 1,75g de uma amostra contendo hidróxido de sódio, carbonato de sódio e óxido de silício
foram dissolvidos em água destilada e avolumados em 100 mL. 2 alíquotas de 10 mL foram
tituladas com uma solução de ácido clorídrico 0,1 Eq/L com Fcv= 1,175, em duas titulações
distintas como descrito abaixo:
- Na primeira titulação, utilizando-se alaranjado de metila como indicador gastou-se 7,8 mL da
solução titulante.
- Na segunda titulação, utilizando-se fenolftaleína como indicador gastou-se 5,7 mL da solução
titulante.
a) Qual a concentração (em g%) de cada um dos constituintes da amostra ou seja: hidróxido de
sódio, carbonato de sódio e óxido de silício? R.= carbonato = 14,94g%
Hidróxido = 9,67g%; sílica = 75,39g%
17) A constante de ionização do ácido cianídrico é de 4,8x10 -10. Qual é a concentração de H+, OH-
e ácido cianídrico numa solução preparada pela dissolução de 0,16 mols de cianeto de sódio em
450 mL de água? R.: [OH-] = [HCN] = 2,71 x 10-3 mol/L
R.: [H+] = 3,69 x 10-12 mol/L
18) Calcule o pH de uma solução obtida quando misturamos 500mL de uma solução de ácido
fórmico 0,1Mol/L (Ka= 1,76x10-4) e 500mL de uma solução de formiato de sódio 0,2Mol/L
(ionização total). R.: 4,057
19) Qual a concentração inicial de uma solução de ácido acético (Ka=1,8x10-5) se no equilíbrio este
se encontra 3% ionizado? R.: 0,0194 mol/L
20) Uma mistura contém 477 mg de carbonato de sódio, 327 mg de bicarbonato de sódio, 140 mg
de NaOH, 20 mg de umidade e 300 mg de sílica. Qual volume de solução 0,5 Eq/L e Fcv= 1,25 de
ácido clorídrico neutralizará a mistura usando-se como indicador a fenolftaleína (zona de transição
entre 8,2 e 9,4)? R.: 12,8 mL
21) Uma solução contém 0,9 g/L de ácido acético. (Ka= 1,85x10-5)
a) Calcule a concentração de todas as espécies envolvidas no equilíbrio e o pH. R.: [H +] = [acetato]
= 5,27 x 10-4 mol/L; [ acido acético] = 0,0145 mol/L, pH= 3,28
b) Se à solução do item "a" forem adicionados 500 mL de hidróxido de cálcio 0,01 Eq/L, qual será
o novo pH? R.: 4,43
22) Qual o pH de uma solução que contém 9,8x10-5 mL de ácido sulfúrico em 100 litros de
solução? O ácido tem uma densidade de 1,2 g/mL e uma concentração de 90% R.: 6,916 (Eq. 2°
grau = 6,95)
23) Quantos mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,5Eq/L serão necessários para dosar 2,0 g
de uma solução concentrada de ácido fosfórico com teor de pureza de 85% em peso; tendo como
indicador a fenolftaleína? R.: 69,39 mL.
93
24) 42g de soda cáustica contendo além de hidróxido de sódio, 2% de carbonato de sódio e
6% de umidade, foram dissolvidos em água e aferidos em um balão volumétrico de 1000 mL.
a) Qual a concentração (em Eq/L) da solução obtida quando se titula a solução utilizando-se
alaranjado de metila como indicador? R.: 0,983 Eq/L.
b) Qual o volume de ácido clorídrico 1,0 Eq/L e F cv = 1,054 foi gasto para titular o carbonato de
sódio a cloreto de sódio, gás carbônico e água? R.: 14,99 mL.
1) 15 mL de uma solução ácida de íons férrico após tratadas com cloreto estanoso e cloreto
mercúrico foram titulados com 20 mL de uma solução de permanganato de potássio 0,1 Eq/L e F cv
= 1,015. Calcule:
a) A percentagem (g/100 mL) de ferro na amostra analisada. R.:0,756g%
2) Quantos gramas de tiosulfato de sódio pentahidratado devem ser tomadas para preparar 1300
mL de uma solução 0,1 Eq/L? R.: 32,26 g.
3) Quantos mg de iodo contém uma solução analisada se para a sua titulação foram utilizados 20
mL de uma solução de tiosulfato de sódio 0,1 Eq/L e Fcv = 1,040? R.: 264 mg.
4) Qual a massa de oxalato de sódio em mg deverá ser tomada para que na sua titulação se utilizem
20 mL de uma solução de permanganato de potássio 0,1 Eq/L em meio ácido forte? R.: 134,1 mg.
5) Qual o volume de solução de permanganato de potássio 0,1 Eq/L será suficiente para a oxidação
de (considere titulações em ácido forte):
a) 0,2 g de oxalato de sódio anidro? R.: 29,8 mL.
b) Íons ferroso a partir de 0,4 g de mineral que contém 50% de Fe. R.: 35,81 mL.
94
6) Para a titulação de 0,1133 g de oxalato de sódio puro, em meio ácido forte foram utilizados
20,75 mL de uma solução de permanganato de potássio. Qual a concentração (em Eq/L) da
solução de permanganato de potássio? R.: 0,0814 Eq/L.
7) À uma solução de iodato de potássio foram adicionadas 5 gramas de iodeto de potássio. O iodo
liberado foi titulado com 20,75 mL de uma solução de tiosulfato de sódio 0,1 Eq/L e F cv = 1,012.
calcular o peso de iodato de potássio. R.: 74,8 mg.
8) 20 mL de água bromada foram tratadas com excesso de iodeto de potássio e o iodo liberado foi
titulado com 18 mL de uma solução de tiosulfato de sódio 0,10985 Eq/L. Calcule a concentração
de bromo na água bromada em: a) g%.R.: 0,79 g%.
b) Equivalente por Litro R.: 0,098 Eq/L.
10) Calcular a concentração (em Eq/L) de uma solução de permanganato de potássio sabendo-se
que 630 mg de ácido oxálico dihidratado foram completamente oxidados por 50 mL da solução
oxidante em meio ácido forte. R.: 0,2 Eq/L.
11) Uma solução de oxalato de sódio contém 4,02 g do sal em 500 mL. Calcule a concentração
(em Eq/L) da solução de permanganato de potássio da qual 48 mL oxidam 50 mL da solução do
oxalato em meio ácido forte. R.: 0,125 Eq/L.
12) 300 mg de uma amostra de ácido oxálico dihidratado necessitam de 37,5 mL de uma solução
de permanganato de potássio 0,1 Eq/L e Fcv = 1,20 para completa oxidação em meio ácido forte.
Qual a pureza do ácido analisado? R.: 94,5%.
13) O ferro de 200 mg de um minério de ferro foi totalmente reduzido a Fe+2, necessitando de 20,8
mL de uma solução de permanganato de potássio 0,1 Eq/L para a completa oxidação a Fe +3 em
meio ácido forte. Qual a pureza do minério analisado em termos de: a) Fe? R.:58,04%
b) Óxido férrico? R.:83,04%
14) Na verificação da pureza de uma amostra de ácido ascórbico pesou-se 3,225g de amostra a
qual foi dissolvida em água e aferida a 250 mL em um balão volumétrico. Uma alíquota desta
amostra de 20 mL foi titulada por uma solução de I 2 0,1 N e Fcv =1,049. Foram gastos 26,7 mL da
solução. Qual a pureza da vitamina “C” em g%? R.: 95,6%
15) 25 mL de água clorada são tratados por excesso de iodeto de potássio em meio ácido. O iodo
liberado foi titulado por 24 mL de uma solução de tiosulfato de sódio 0,1 Eq/L. Qual a
concentração de cloro na água em g/L de solução. R.: 3,4 g/L.
16) Calcular a concentração em g/L e a concentração (em Eq/L) de uma solução de peróxido de
hidrogênio a partir dos seguintes dados: 50 mL de uma solução foram diluídos a 500 mL em um
balão volumétrico. 50 mL da solução necessitam de 45 mL de solução 0,12 Eq/L de permanganato
de potássio para completa oxidação, em meio de ácido sulfúrico. R.: 18,36 g/L e 1,0796 Eq/L.
95
17) 20 mL de água bromada (água contendo bromo) foram tratados com excesso de KI e o iodo
liberado foi titulado com 18 mL de uma solução de tiosulfato de sódio 0,10985 Eq/L. Calcular a
concentração de bromo na água bromada em: a) g/%. R.: 0,79 g%; b) Mol/L. R.: 0,049 mol/L
Exemplos de provas
Prova 1 – Gravimetria, Kps e titulação de ácido e base fortes.
1 - Defina ponto de equivalência, ponto final, erro de titulação e quais os requisitos da escolha de
um indicador de pH numa titulação de neutralização? (1,0).
2 - Descreva quais os efeitos que podem afetar a solubilidade de um sal pouco solúvel (use
expressões de equilíbrio). (1,0)
3 – Qual o pH de uma solução na qual misturamos 12,5mL de uma solução de ácido sulfúrico 0,11
mol/L com 9mL de hidróxido de sódio 0,23 mol/L? (1,5)
4 - Uma amostra de sulfeto de zinco e carbonato de cálcio foi oxidada com bromo e um ácido
oxidante a sulfato. O sulfato obtido foi precipitado com cloreto de bário em excesso. Se 500mg da
96
Dados: S= 32,066; H= 1,008; Na= 22,99; O= 15,999; Zn= 65,39; Ca= 40,078; C= 12,011; Ba=
137,327; Cl= 34,453; Cr= 51,996; Ag= 107,868; N= 14,007.
2 – Explique porque o I2 não é um padrão primário e como devemos proceder para preparar
1000mL de uma solução de iodo 0,1Eq/L. Solubilidade do I 2 a 25°C= 0,335 g/L. Apresentar os
cálculos (1,0)
3 – 500 mL de uma solução 0,05mol/L de ácido acético (Ka = 1,8x10 -5) possui uma certa
percentagem de ionização. Se quisermos uma solução com uma percentagem de ionização 50%
menor, qual deverá ser a nova concentração do ácido acético? (1,5)
5 - Qual é o pH da solução quando misturamos 500 ml de uma solução de ácido acético 0,1mol/L e
0,67g de Ca(OH)2? (Ka= 1,85x10-5) (1,5)
Dados: I= 126,90; C= 12,011; H= 1,008; O= 15,999; Ca= 40,078; Cl= 35,453; N= 14,007; S=
32,066; Mn= 54,938; K=39,098.
97
3 - Prova final
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Exatas - Departamento de Química
CP 19081- Centro Politécnico - 81531-990 - Curitiba – PR – BRASIL
Tel.: (041) 361-3297; fax.: (041) 361-3186
Prof. Dr. Fernando Wypych; wypych@quimica.ufpr.br
1 – Demonstre com expressões de equilíbrio o funcionamento de uma solução tampão básica. (1,0).
2 – Descreva as teorias dos indicadores e como devemos proceder para a escolha de um indicador
em uma dada titulação de neutralização (1,0).
3 – Qual a massa em gramas de BaSO4 será obtida quando misturamos 100 mL de uma solução de
H2SO4 0,01 mol/L com Fcv= 1,17 e 1300 mL de uma solução de BaCl2 0,001 mol/L? Kps BaSO4
(hipotético) = 1x10-7 (3,0)
5 – Qual deve ser a concentração de 375 mL de uma solução de ácido acético para que o pH da
solução seja de 2,938? (1,0)