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Adubação e Fertirrigação
J. Francismar, Engo Agro, Dr. Irrig. Dren.
“Grupo pesquisa Manejo de Água e Solo”
Agricultura-Fertilizantes-Ambiente
Pontos negativos levantados:
Escorrimento superficial – eutrofilização das águas
Nitrato na água potável
Nitrato e saúde
Acúmulo de metais pesados no solo
Continuidade da agricultura baseada em fertilizantes
Emissões de óxido nitroso e de amônia na agricultura
Argumentos contrários
Influência da fertirrigação sobre a
produção e lixiviação
Adubação e Fertirrigação:
Agricultura-Fertilizantes-Ambiente
Conclusões:
Todas as formas de agricultura modificam o
meio ambiente.
O certo esta no equilíbrio adequado entre os
custos e os benefícios para a sociedade e a
natureza
Adubação e Fertirrigação
Fertirrigacão
Em que se baseia?
Teor N-NO3-(g/kg)
Baixo 4-10
Médio 11-20
Alto 21-40
Limites de interpretação de teores de potássio e fósforo em solos
para São Paulo
Produção P resina
Teor K trocável
Relativa Anuais Hortaliças
--- % --- mmolc/dm3 mg/dm3
Muito Baixo 0-70 0,0-0,7 0-6 0-10
Baixo 71-90 0,8-1,5 7-15 11-25
Médio 91-100 1,6-3,0 16-40 26-60
Alto >100 3,1-6,0 41-80 61-120
Muito Alto >100 > 6,0 > 80 > 120
Fonte: RAIJ et al. (1996)
Limites de interpretação de teores de fósforo em solos para Minas
Gerais (Mehlich-1)
M Ca .( Ca d − Ca a ).T ρ .Z
Nc =
Re .T Ca
Em que:
Nc – Necessidade de Calcário (kg.ha-1)
Mca – Massa de um miliequivalente de cálcio (mgCa2+/meqCa2+)
Cad – Teor de cálcio desejado (meqCa2+/meqT)
Caa – Teor de cálcio atual (meqCa2+/meqT)
ρ– Massa específica (g.cm-3)
Re – Reatividade do calcário (kg.kg-1)
Z – Profundidade de correção (cm)
T – Capacidade de troca catiônica (meq.100g-1)
Tca- Teor de cálcio (kg.kg-1)
EQUAÇÃO REFERENTE A ADUBAÇÃO DE
CORREÇÃO DE NITROGÊNIO NO SOLO
47.M K .( K d − K a ).CTC.ρ.Z
QFKC =
39.TK .Ef K
Em que:
QFKC – Quantidade de fertilizante potássico (kg.ha-1)
Mk – Massa de 1 meq de potássio (39 mg K+ /meq K+)
Kd – Teor de potássio desejado no solo (meq K+/meq CTC)
Ka – Teor de potássio atual no solo (meq K+/meq CTC)
CTC – Capacidade de troca catiônica (meq.100g-1)
ρ – Densidade do solo
Z – Profundidade de correção (cm)
TK – Teor de potássio no fertilizante (kg K+.kg-1)
Ef – Eficiência de adubação potássica (kg.kg-1)
EQUAÇÃO REFERENTE A ADUBAÇÃO DE CORREÇÃO
DO FÓSFORO NO SOLO
9 .( Pd − Pa ). ρ .Z
Q FPC =
40 .T P . Ef P
Em que:
QFPC – Quantidade de fertilizante fosfatado (kg.ha-1)
Pd – Teor de fósforo desejado no solo (ppm)
Pa – Teor de fósforo atual no solo (ppm)
ρ – Massa específica do solo (g.cm-3)
Z – Profundidade de correção (cm)
TP – Teor de fósforo no fertilizante (kg P2O5.kg-1)
Ef – Eficiência de adubação fosfatada (kg.kg-1)
EQUAÇÃO REFERENTE A ADUBAÇÃO DE CORREÇÃO
DO FÓSFORO NO SOLO
9 .( Pd − Pa ). ρ .Z
Q FPC =
40 .T P . Ef P
Em que:
QFPC – Quantidade de fertilizante fosfatado (kg.ha-1)
Pd – Teor de fósforo desejado no solo (ppm)
Pa – Teor de fósforo atual no solo (ppm)
ρ – Massa específica do solo (g.cm-3)
Z – Profundidade de correção (cm)
TP – Teor de fósforo no fertilizante (kg P2O5.kg-1)
Ef – Eficiência de adubação fosfatada (kg.kg-1)
Fatores de correção ou de eficiencia para
nitrogênio, fósforo e potássio
Fator de correção
Nutriente
Convencional Fertirrigação
Nitrogênio 1,2-1,25 1,1-1,2
Fósforo 1,9-2,2 1,6-1,9
Potássio 1,4-1,6 1,2-1,4
Fonte: MONTAG (1999)
Fertirrigação
Filosofia
Aplicação dos nutrientes na zona radicular
conforme a curva de absorção da planta
A concentração na solução do solo deve ser
suficiente para proporcionar a absorção dos
elementos em quantidade necessária, mas sem
proporcionar estresse osmótico
OBJETIVO DA FERTIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO
TÉCNICA OBJETIVO
FERTIGAÇÃO Aplicação de fertilizantes:
TIPO I: aplicação via água de irrigação (alvo direto: solo).
TIPO II: aplicação via sistema de irrigação (alvo direto:
folha).
FERTIRRIGAÇÃO Aplicação de fertilizantes e água de irrigação:
TIPO I: aplicação via água de irrigação (alvo direto: solo).
Recomendações básicas
AxLxE
Q=
100
Em que A é a concentração do elemento na água (mmolc/L), L é a
lâmina de irrigação (mm) e E, o peso equivalente
Necessidade de nutrientes das culturas em função da
produtividade almejada
Cultura Produt. N P2 O 5 K 2O
Mg/ha kg/Mg
Tomate 25-200 2,5-4,0 0,5-1,0 3,0-7,0
Pimentão 35-100 3,5-4,5 0,8-1,2 4,0-7,0
Berinjela 35-80 3,0-4,0 0,6-1,0 4,0-5,0
Pepino 40-300 1,0-1,6 0,7-0,9 2,6-3,2
Melão 25-70 3,4-6,0 0,8-2,7 4,5-10,0
Alface 18-50 2,0-3,5 0,6-1,2 4,0-5,0
Cebola 25-50 2,5-4,0 1,0-1,5 3,0-4,5
Morango 25-50 2,0-3,0 1,0-1,5 4,0-5,0
Repolho 25-50 6,0-7,0 1,0-2,0 7,0-8,0
Extração total pelo feijoeiro – rendimento de 2.100 ka.ha-1
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO MELOEIRO
350
300
Extração (kg/ha)
250
200 Trusty (60 ton/ha)
150 Orange Flesh (45 ton/ha)
100
50
0
N P K Ca Mq
NUTRIENTE
Total de N, P e K acumulado no tecido vegetal
em diferentes períodos nas cultivares de melão
Trusty e Orange
Nitrogênio Fósforo
80 80
Absorção do Trusty = 55 kg/ha
Absorção relativa
Absorção do Trusty = 261 kg/ha
Absorção relativa
0 0
0-22 22-29 22-36 36-47 47-61 0-22 22-29 22-36 36-47 47-61
Períodos (dias após semeadura) Períodos (dias após semeadura)
Potássio
80 Absorção do Trusty = 307 kg/ha
Absorção relativa
60 PT = 60 ton/ha e PC = 46 ton/ha
Absorção do Orange = 240 kg/ha Trusty
40 PT = 45 ton/ha e PC = 34 ton/ha Orange
20
0
0-22 22-29 22-36 36-47 47-61
Períodos (dias após semeadura)
Concentração de N, P e K nas cultivares Trusty e
Orange irrigadas com água de CE = 1,1
Trusty Orange Trusty Orange
5,0 6,5
Concentração de N (%)
Concentração de K(%)
6,0
4,5
5,5
4,0 5,0
4,5
3,5
4,0
3,0 3,5
3,0
2,5
2,5
2,0 2,0
0 20 40 60 80 0 20 40 60 80
Dias após semeadura Dias após semeadura
Trusty Orange
1,4
Concentração de P (%)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0 20 40 60 80
Dias após semeadura
Curva de absorção de nitrogênio, fósforo e potássio em
termos de percentual do total extraído semanalmente
(Israel – reduzindo ciclo proporcionalmente)
40
Extração (% do total)
35
30 N
25
P2O5
20
15 K2O
10
5
0
0 3 6 9 12
Semanas após plantio
Fertigrama da planta
Cálculo da adubação para aplicar na
fertirrigação
q = 4 , 0 L/ h
0
0 20 40
-10
PROFUNDIDADE (cm)
-40 -10
-50
-20
-60
-70
-30
-80
-40
-90
-100
Ra io ( c m )
Preparo de soluções de fertilizantes
. Solução estoque
Prepara a solução, armazena e mede-se o volume de
solução – saber a concentração da solução
. Dissolução no tanque
F ×A p t
V= t
×f s
S p
Nº de CE Íons (meq/l)
Local* pH RAS
dados (dS/m) Ca Mg Na Cl HCO3
JSVMB 19 1,17 6,56 1,25 7,7 2,5 2,8 4,4 7,1
Boa 7 1,57 6,71 1,62 8,7 3,9 4,1 6,9 9,7
≈
PBr Ib Un aj 7 2,16 6,92 1,93 11,3 3,5 4,9 13,3 6,7
MF Quix CF 3 1,77 6,69 1,94 9,4 1,6 4,5 9,0 7,8
≡
P Ap 4 2,98 6,97 2,52 14,2 6,6 7,5 22,8 5,0
Sm 1 1,9 6,65 1,72 7,2 7,7 4,69 7,4 7,9
Todas¤ 44 1,67 6,70 1,58 8,96 3,05 3,94 7,60 7,44
* J= Juremal; S= Sumidoro; V= Velame; M= Mata Burro; B= Baraúna;
Boa= BoaÁgua; PBr= Pau-Branco; Ib= Ibisa (Maisa); Un= União (Maisa);
MF= Mata Fresca; P= pauliceia; Ap= Apodi (Maisa); Sm= Serra
Mossoró; CF= Cacimba Funda; Caj= Cajazeiras; Quix= Quixere
Ácido N ítrico PA ULICÉIA
es timado
8,00 BOA Á GUA
7,00 es timado
V ELA ME I
6,00
es timado
pH
5,00 V ELA ME II
4,00 es timado
3,00
2,00
0,00 5,00 10,00 15,00
Conce ntra çã o do á cido (m e q/L)
pH Valor de ionização
4 1,00
5 1,01
6 1,06
7 1,38
8 1,86
Regras para mistura de fertilizantes
.Encha o recipiente com 50–75% de água
•Sempre adicione primeiro os fertilizantes líquidos
• Sempre adicione os fertilizantes sólidos lentamente
•Sempre adicionar o ácido à água e não o contrário;
•Misturar soluções de fertilizantes concentradas com cautela
•Não misture compostos contendo de sulfato com outros que
contêm cálcio;
•Sempre confira as informações sobre solubilidade e
incompatibilidade dos fertilizantes utilizados;
•Não misture fertilizantes contendo fósforo com outro fertilizante
que contenha cálcio ou magnésio sem fazer um teste primeiro;
•Não misturar hipoclorito de sódio ou de cálcio com fertilizantes
contendo nitrogênio
•Não misturar ácido fosfórico com sulfatos de metais;
•Não misturar sulfato de amônio e cloreto de potássio.
Compatibilidade entre adubos
Ácido nítrico C
Ácido sulfúrico C C C: compatível
Cloreto de cálcio X L X L: compatibilidade limitada
Cloreto de potássio X X X C X: incompatível
(DAP) L L L X C
(MAP) L L L X C C
Nitrato de amônio L C L X L X X
Nitrato de cálcio X L X C C X X X
Nitrato de potássio X X X C C C C C C
Sulfato de amônio C C L X L X X C X L
Sulfato de potássio C C C X C C C C X C C
Uréia L X L L C C C C C C C C
Fertilizantes
Sulfato amônio
Ácido fosfórico
Ácido sulfúrico
Nitrato amônio
Cloreto de Ca
Nitrato de Ca
Cloreto de K
Ácido nítrico
Sulfato de K
Nitrato de K
MAP
DAP
Equipamentos injetores de fertilizantes
–Tanques de derivação
– Venturi
–Bombas
Bomba injetora e tanque de derivação
Injetor tipo venturi instalado
Tanque de
solução
Registro
Manômetro
Registro de
controle
Linha de
irrigação
DIspositivo de injeção de fertilizantes tipo
venturi instalado em paralelo com uma bomba
“booster”.
Tanque de
solução
Venturi
“Booster”
Registro
Manômetro
Registro de
controle
Linha de
irrigação
DIspositivo de injeção de fertilizantes tipo
venturi instalado em paralelo com uma bomba
“booster”.
Tanque de solução
Bomba injetora
elétrica
Registro
Manômetro
Linha de irrigação
Dimensionamento de injetores
– Tanque de derivação
Informações necessárias:
- Volume de solução estoque a injetar
- Tempo para pressurizar e de lavagem – depende do
tamanho da rede de tibulação
E LπDT m E LπDL n
2 2
1 1
T (m, n) = ∑ + ∑
N − j + 1
4 Nq E i =1 M − i + 1 4q E j =1
8
Total do somatório
6
4
y = 0,9898Ln(x) + 0,6344
2 2
R =1
0
0 100 200 300 400
Número de saídas na linha
Dimensionamento de injetores
– Venturi
Informações necessárias:
- Volume e concentração da solução estoque a injetar
- Tempo de irrigação, para pressurizar e de lavagem
- Pressão na rede
Tabela para seleção
Seleção de Venturi
2000
1800
1600
1400
CE (dS/m)
1200
1000
800
600
400
200
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo após aplicação (min)
Distribuição da concentração dos fertilizantes
na rede de irrigação aplicados por Tanque
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7000
6000
5000
CE (dS/m)
4000
3000
2000
1000
0
0 10 20 30 40 50
Tempo do início da fertirrigação (min)
Extrator de solução
Uso de extratores para medir salinidade do solo
CONSIDERAÇÕES FINAIS