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Lei de Okun
mostra relação entre crescimento do produto e variação do desemprego
Segundo a equação abaixo, a variação da taxa de desemprego deveria ser igual ao negativo da
taxa de crescimento do produto.
Se o crescimento do produto for, por exemplo, de 4%, então a taxa de desemprego deverá cair
4%.
Ut é a taxa de desemprego no período t, Ut-1 é a taxa de desemprego no período anterior e
Gyt é o crescimento do produto.
ut ut 1 g yt
A verdadeira relação entre o crescimento do produto e a variação da taxa de
desemprego é conhecida como lei de Okun.
Usando dados de trinta anos, a reta que melhor se ajusta aos dados corresponde a:
ut ut 1 0.4( g yt 3%)
Para manter uma taxa de desemprego constante, o crescimento do produto nos EUA deve ser
de pelo menos 3% ao ano.
Isto se deve a 2 fatores não considerados até agora: crescimento da força de trabalho e
crescimento da produtividade do trabalho
Essa taxa de crescimento do produto é chamada taxa de crescimento normal do produto.
Segundo a equação acima, uma expansão do produto 1% acima do normal provoca
uma redução de apenas 0,4% da taxa de desemprego, por duas razões:
2. Quando o emprego aumenta, nem todas as novas vagas são preenchidas pelos
desempregados. Um aumento de 0,6% na taxa de emprego leva a uma
redução de apenas 0,4% na taxa de desemprego.
O crescimento do produto acima (abaixo) do normal leva a uma diminuição (aumento) da taxa
de desemprego. Esta é a Lei de Okun:
g yt g y ut ut 1 g yt g y ut ut 1
Em síntese temos que:
A curva de Phillips
t e t (ut un )
A inflação depende da inflação esperada e do desvio do desemprego em relação à taxa natural
de desemprego. Quando et se aproxima de t-1 (inflação esperada se aprox. da inflação do ano
anterior), então:
t t 1 (ut un )
Segundo a curva de Phillips, o desemprego abaixo da taxa natural implica aumento da inflação,
ocorrendo o contrário para a relação inversa:
ut un t t 1 ut un t t 1
A relação de demanda agregada, como vimos no Capítulo 7, agora acrescida dos índices
temporais:
Ignorando variações no produto causadas por fatores outros (G e T) que não as variações no
estoque real de moeda, temos:
Mt
Yt
Pt
g yt g mt t
De acordo com a relação de demanda agregada:
gmt t g yt 0 gmt t g yt 0
Dada a inflação, uma política monetária expansionista aumenta o crescimento do
produto.
Esta equação afirma que a demanda por bens e, portanto, o produto é proporcional ao
estoque real de moeda;
no entanto, esta equação nos fornece uma relação entre níveis (moeda, produto e
preços). Precisamos de uma relação entre taxas de crescimento.
Portanto, se uma variável é igual à relação ente 2 variáveis, então sua taxa de
crescimento deve ser igual à diferença entre as taxas de crescimento destas variáveis.
Interpretação:
ut ut 1 ( gyt g y )
A curva de Phillips relaciona a variação da inflação com o desvio da taxa de
desemprego em relação à taxa natural:
t t 1 (ut un)
A relação da demanda agregada relaciona o crescimento do produto com a diferença
entre o crescimento da moeda nominal e a inflação
gyt gmt t
A relação de demanda agregada
O Médio Prazo
Considere uma taxa constante de expansão monetária, ƴm.
No médio prazo, o desemprego é igual à taxa natural e a inflação é igual à expansão monetária
nominal ajustada.
Desinflação
Para diminuir a inflação, a expansão monetária nominal deve ser reduzida. Eis o que acontece:
gm ( gm ) g y
Na relação de demanda agregada
gy u
Então, da lei de Okun
gm g y g y
Na relação de demanda agregada
gy gy u
Então, da lei Okun
Após uma redução na expansão monetária nominal, o desemprego primeiro aumenta, mas,
por fim, começa a cair.
πt - πt- 1 = - α(ut - un )
Por exemplo, supondo que a =1, reduzir a inflação em 10% em 5 anos requer 5 anos de
desemprego a 2% acima da taxa natural.
A crítica de Lucas afirma que não é realista supor que os fixadores de salário não
considerariam mudanças na política ao formarem suas expectativas.
Thomas Sargent, que trabalhava com Robert Lucas, argumentou que, para
alcançar a desinflação, o aumento no desemprego poderia ser pequeno.
Uma visão oposta foi considerada por Stanley Fischer e John Taylor. Eles enfatizavam a
existência de uma rigidez nominal ou o fato de que muitos salários e preços não
costumam ser reajustados quando há mudança na política.
Para os salários fixados antes da mudança na política, a inflação já estaria embutida
nos acordos salariais existentes.
Taylor argumentou que o escalonamento das decisões salariais impunha fortes
limitações sobre como uma desinflação rápida poderia ser implementada.
Para reduzir o custo do desemprego resultante da desinflação, seria necessário dar
tempo aos fixadores de salários para levarem em conta a mudança na política
econômica.
Uma desinflação com credibilidade poderia ter um custo menor. O banco central
deveria optar por uma desinflação lenta.