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Q
Cinética química
e equilíbrio
químico
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11 s o
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M
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A u t o r i a : D a n i e l Fa r
Velocidade
das reações
Cada reação química tem sua velocidade de ocorrên-
cia, que pode modificar-se em função de diversos fatores.
As reações classificam-se em lenta, moderada e rápida.
Exemplos de reações lentas são a formação do petró-
leo e a transformação natural do diamante em grafita.
O apodrecimento de uma fruta, a formação da fer-
rugem sobre a palha-de-aço molhada, o azedamento do
leite e a oxidação de um anel de prata são exemplos de
reações com velocidade moderada.
Dentre as reações rápidas, estão a queima do com-
bustível no motor do carro, a explosão da dinamite, a
queima dos fogos de artifício, a formação de um preci-
pitado a partir de soluções aquosas e a reação do sódio
com a água liberando gás hidrogênio.
O estudo da velocidade das reações e de suas formas
de controle é essencial para a pesquisa científica e a apli-
cação em laboratórios e indústrias químicas.
stock.xchn6
Orientação ao
professor 1 —
Alguns exercícios Velocidade média (Vm)
de vestibulares as-
sumem valor ne- A velocidade média de uma reação pode ser calculada
gativo para a ve- Vm N2 Vm H2 Vm NH3
locidade média em função de qualquer das substâncias participantes da re- Vm da reação = = =
quando relacio- ação química, seja ela reagente, seja produto. Consiste no 1 3 2
nada ao consumo quociente entre a quantidade de substância gasta (reagente)
de um reagente da ou formada (produto) e o intervalo de tempo relacionado a
reação química.
essa variação de quantidade, que pode ser expressa em uni-
dade de massa (g, kg, t), volume (mℓ, cm3, dm3, m3), número
de mols ou concentração em mol por litro (mol/ℓ).
Atividades
1. A tabela a seguir representa a variação da concentra-
| ∆ quantidade | ção de um produto C em função do tempo, para a reação
Vm=
∆ tempo A+2B C
A variação da quantidade é expressa em módulo, para [C] mol/ℓ 0 0,8 1,5 2,1 2,6
que a velocidade média em relação a uma substância não
Tempo (min) 0 1 2 3 4
seja negativa.
a) Calcule a velocidade média da formação de C no
Vm em relação ao H2 = –0,6 mol/min intervalo de 1 a 3 min.
A informação acima indica: para cada minuto de rea- 2 ,10 − 0 , 8 1, 3
ção foi consumido, em média, 0,6 mol de H2. Vm C = = = 0,65 mol/ℓ . min
3 −1 2
Problemas envolvendo
b) Calcule a velocidade média do consumo de B no
velocidade média
mesmo intervalo de tempo do item a.
Muitas vezes o problema de cálculo de velocidade mé-
2B—1C
dia fornece, no enunciado, a variação da quantidade de x — 0,65 mol/ℓ . min
determinada substância X num intervalo de tempo, e se
questiona a velocidade média em relação à substância Y.
Nesses casos, calcula-se primeiro a Vm de X e, utili-
zando a proporção dos coeficientes estequiométricos, ob- 2. A eletrólise da água ocorre com a quebra das moléculas
tém-se Vm de Y. de água pela ação da corrente elétrica, com a produção de
Calcule a velocidade média da produção da amônia hidrogênio e oxigênio, segundo a equação
e–
(NH3) numa reação na qual, durante 20 min, foram con- 2 H2O (ℓ) 2 H2(g) + O2(g)
sumidos 10 mols de H2, segundo a reação Durante uma hora e meia de reação foram produzidos
N2 + 3 H2 2 NH3 30 litros de O2. Calcule a velocidade de decomposição da
¬ Cálculo da velocidade de consumo do H2: água, em mℓ/min.
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Velocidade das reações
10 mols 30
Vm H2 = = 0,5 mol/min Vm O2 = = 0,33 ℓ /min
20 min 90 min
¬ Cálculo da velocidade: 2 H 2O — 1 O 2
(relação estequiométrica x — 0,33
3 H2 — 2 NH3 x = 0,66 ℓ/min = 660 mℓ /min
da reação)
0,5 mol/min — x mol/min
x = 0,33 mol/min
3. A decomposição do N2O4 é representada pela equação
N 2O 4 2 NO2.
A velocidade média da produção de NO2 é 8 mols/h.
Saiba mais Calcule o número de mols de N2O 4 decomposto em 3 ho-
A velocidade média da reação sem especificação de ras de reação.
uma substância é calculada segundo convenção estabe- Se Vm = 8 mols/h, em 3 horas são produzidos 24 mols de NO2.
lecida pela IUPAC. 1 N2O4 — 2 NO2
“A velocidade média da reação é o módulo da velo- x — 24 mol
química 2m2∙11
EP
ER DH da reação
Caminho da reação
Complexo ativado EP
A reação química não se processa apenas nas etapas D H da reação
reagentes produtos. Há uma etapa intermediária, de- ER
Caminho da reação
nominada “complexo ativado”, que possui energia maior
que os reagentes e produtos.
Na formação do HCℓ a partir do H2 e Cℓ2, pode-se re- Energia de ativação x Velocidade
presentar a reação com a presença do complexo ativado. Como toda reação química precisa atingir o estágio
30
4. Qual é o estágio de menor estabilidade da reação quí-
Caminho da reação
mica? Justifique sua resposta.
O complexo ativado, pois é o estágio mais energético da reação.
Energia kcal/mol
ER 30
Catalisador Catalisador e energia de ativação
Catalisador é a substância química adicionada à Quanto menor a energia de ativação, maior a veloci-
reação com o objetivo de aumentar sua velocidade. dade da reação. O catalisador atua na reação química di-
minuindo sua energia de ativação e, por isso, aumentando
Fato importantíssimo sobre o catalisador: ele não é a velocidade dessa reação.
consumido durante o processo, ou seja, termina a reação Representação gráfica de uma reação ocorrendo na
química com a mesma massa que começou. presença e na ausência de catalisador:
E(kcal/mol)
Exemplos de reações e seus catalisadores
1) A água oxigenada sofre decomposição, produzindo E A sem catalisador
água comum e liberando gás oxigênio.
N 2 + 3 H2 Fe 2 NH3
Outras substâncias, os venenos, diminuem a ação dos Reações elementares
catalisadores. Por exemplo, pequenas quantidades de ar- A reação é elementar quando se processa em uma
sênio podem diminuir e até anular a ação catalítica da pla- só etapa.
tina, muito usada como catalizador.
Para a reação química elementar representada por
aA + bB cC + dD, a velocidade da reação pode ser ex-
Catálise homogênea e heterogênea
pressa por V = K [A]a [B]b
A catálise classifica-se em homogênea ou heterogê-
K é a constante de velocidade da reação e os expoentes
nea, de acordo com o sistema homogêneo ou heterogêneo
a e b equivalem aos coeficientes das substâncias da reação.
formado entre os reagentes e o catalisador da reação.
Seja uma reação elementar representada por
2 SO2(g) + O2(g) NO (g) 2 SO3(g) A partir dessa relação, conclui-se, por exemplo, que,
se a concentração somente do NO for duplicada, a velo-
cidade da reação quadruplica, pois a concentração do NO
Catálise heterogênea
é elevada ao quadrado.
2 SO2(g) + O2(g) Pt (s) 2 SO3(g)
Reações não-elementares
Os reagentes e o produto são gasosos, porém o cata-
lisador é sólido, formando um sistema heterogêneo. Uma reação é não-elementar quando se processa
em duas ou mais etapas de reação.
Reação representada em duas ou mais etapas Nesses casos, uma das etapas classifica-se como etapa
A reação 2 SO2 + O2 NO2 2 SO3 pode ser represen- lenta da reação, a qual determina a velocidade da reação
tada em duas etapas: global.
Seja uma reação representada por
I. 2 SO2 + 2 NO2 2 SO3 + 2 NO 2 H2(g) + 2 NO (g) N2(g) + 2 H2O (ℓ),
II. 2 NO + O2 2 NO2 processada em duas etapas:
NO2
2 SO2 + O2 2 SO3 I. H2(g) + 2 NO (g) N2O (g) + H2O (ℓ) (etapa lenta)
II. H2(g) + N2O (g) N2(g) + H2O (ℓ) (etapa rápida)
Identifica-se o NO2 como catalisador, porque assim
Como a expressão da velocidade é dada baseando-se
como ele começa a etapa inicial termina a última etapa,
apenas na etapa lenta, tem-se:
ou seja, sofre transformação química, mas se regenera ao
final da reação. V = K[H2] [NO]2
Uma reação química tende a ser mais rápida quan- Ordem de determinado reagente é o expoente da sua
to maior sua concentração dos reagentes. Se aumenta a concentração na expressão da velocidade, e a soma das or-
quantidade de matéria por unidade de volume, consequen- dens de todos os reagentes resulta na ordem da reação.
temente aumenta o número de colisões entre as partículas, Seja a reação elementar representada por
aumentando a velocidade da reação. 2 A(g) + B(g) A 2B(g)
Como a reação é elementar, a ordem de cada reagen-
stock.xchnG
Obtenção das ordens numa expressão, 2. O que irá queimar mais rápido: 2 t de madeira maciça
com base em dados experimentais ou 2 t de serragem? Justifique sua resposta.
Para determinar experimentalmente a ordem dos rea- A serragem, pois está finamente mais dividida, tendo maior superfície de
gentes numa reação química, a velocidade da reação é de- contato com o oxigênio do ar.
terminada segundo as concentrações dos reagentes. Numa
segunda experiência, modifica-se apenas a concentração
de um dos reagentes e verifica-se como tal mudança in-
fluenciou na variação da velocidade. Assim também se
3. Quando o carvão numa churrasqueira demora para
procede para tantos quantos forem os reagentes que par-
queimar e formar a brasa, aconselha-se abanar. Por que
ticipam da reação.
esse procedimento aumenta a chama na churrasqueira?
Seja uma reação genérica representada por
Ao abanar, retira-se gás carbônico produzido na combustão, aumentando
aA + bB + cC produtos
Para tal reação, realizaram-se quatro experiências. Os a concentração de oxigênio; logo a chama aumenta.
valores de concentração dos reagentes e a velocidade re-
sultante estão descritos nesta tabela:
o número de colisões; logo aumenta a velocidade. a velocidade quadruplica; como a ordem do H2 é 1, triplicando sua con-
química 2m2∙11
8. Uma reação química é representada por Obtenha, com base na tabela, a expressão da veloci-
3X+2Y Produtos dade para a reação.
Num laboratório, com o intuito de estudar a cinética Da experiência I para a II, a concentração de X duplicou, enquanto a velo-
dessa reação, um químico realizou três experimentos mo- cidade quadruplicou. Logo, conclui-se que a ordem de X é igual a 2.
dificando as concentrações dos reagentes, obtendo os re-
V = K [X]2
sultados descritos no quadro a seguir.
Da experiência II para a III, a concentração de Y duplicou, porém a velo-
Exp. [X] [Y] V (mol/ℓ . min)
cidade permaneceu constante; logo, a velocidade não depende da concen-
I 5 10 10
tração de Y . V = K [Y]0
II 10 10 40
II 10 20 40 A expressão da velocidade da reação é V = K [X]2
Testes
1. UFC-CE — Considere as seguintes reações elementares. 3. Os dados experimentais para a velocidade de reação,
Etapa I: HOOH + I– HOI + OH – Etapa lenta v, indicados no quadro a seguir, foram obtidos a partir
Etapa II: HOI + I – I2 + OH – Etapa rápida dos resultados em diferentes concentrações de reagentes
Etapa III: 2 OH + 2 H3O+
– 4H2O Etapa rápida iniciais para a combustão do monóxido de carbono, em
temperatura constante.
Reação global: 2 I– + HOOH + 2 H3O+ I 2 + 4 H 2O
CO 02 v
a) Qual a etapa determinante da velocidade da reação? Experimento
(mol/ℓ) (mol/ℓ) (mol/ℓs)
A etapa determinante da velocidade da reação é a etapa lenta. Por-
1 1,0 2,0 4 . 10 -6
tanto, etapa I.
2 2,0 2,0 8 . 10 -6
3 1,0 1,0 1 . 10 -6
b) Apresente a expressão da lei de velocidade para
a reação global. A equação de velocidade para essa reação pode ser
v = k[HOOH][ I–] escrita como v = k [CO]a[O2]b, em que a e b são, respec-
tivamente, as ordens de reação em relação aos compo-
nentes CO e O2.
2. Vunesp-SP — Há décadas são conhecidos os efeitos De acordo com os dados experimentais, é correto afir-
dos CFCs, ou freons, na destruição da camada de ozônio da
mar que os valores de a e b, respectivamente, são:
atmosfera terrestre. Acredita-se que a diminuição da quan-
a) 1 e 2
tidade de O3 na atmosfera seja responsável pelo aumento
b) 2 e 1
na incidência de câncer de pele, pois a radiação ultraviole-
c) 3 e 2
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Velocidade das reações
a uma reação catalisada”. Justifique essa afirma- Sul: Edinisc; Iphan, 2004.
ção e identifique o catalisador. Entre os guaranis, a liderança religiosa de uma tri-
O Cℓ* é o catalisador, por ser consumido na 1a. etapa do processo e bo era atribuição do pajé, que se servia do fogo para fa-
regenerado na 2a. . zer suas curas e mágicas. A pólvora era o seu artefato
preferencial. Os componentes da mistura da pólvora (car- 7. PUC-RJ — Considere a reação de decomposição da
vão, salitre e enxofre) eram triturados para: substância A na substância B e as espécies a cada momen-
a) aumentar a superfície de contato e a velocidade to segundo o tempo indicado.
da reação.
b) diminuir a intensidade da reação e, assim, manter 0s 20s 40s
o fogo por mais tempo.
c) elevar a temperatura do fogo por um tempo
maior.
d) facilitar o trabalho operacional.
e) se obter maior tempo de fogo, com menor quan-
tidade de pólvora.
1,00 mol A 0,54 mol A 0,30 mol A
0 mol B 0,46 mol B 0,70 mol B
5. Observe o gráfico a seguir.
Sobre a velocidade dessa reação, é correto afirmar
que a velocidade de:
a) decomposição da substância A, no intervalo de
400 tempo de 0 a 20s, é 0,46 mol s –1.
b) decomposição da substância A, no intervalo de
tempo de 20 a 40s, é 0,012 mol s –1.
300
c) decomposição da substância A, no intervalo de
Energia (k,J)
Caminho da reação
8. PUC-MG — Considere o gráfico a seguir, no qual es-
O perfil da reação genérica A B, nele represen- tão representados o tempo e a evolução das concentra-
tado, indica que a energia de ativação do processo, em ções das espécies B, C, D e E, que participam de uma
kJ, é igual a: reação química.
a) 100 32
b) 150 30
28
Concentrações / mol/ℓ –1
c) 250 26
B
d) 300 24
C
22
e) 400 20 D
18 E
e) permanecer a mesma.
9. PUC-MG — A água oxigenada ou solução aquosa de pe- a) 0,5 x 10 –4
róxido de hidrogênio (H2O2) é uma espécie oxidante bastante b) 1 x 10 –4
utilizada no dia-a-dia: descoloração dos cabelos, desinfecção c) 2 x 10 –4
de lentes de contato, de ferimentos, etc. Sua decomposição d) 3 x 10 –4
produz liberação de oxigênio e é acelerada por alguns fatores
como a exposição à luz ou a catalisadores Fe2+(aq), Fe3+(aq) e 12. PUC-MG — Considere o gráfico a seguir, referente
Pt(s). Um estudo da cinética da reação foi realizado seguindo aos diagramas energéticos de uma reação química com e
as condições experimentais descritas na tabela a seguir. sem catalisador.
Tempo de duração Energia (kJ)
Temperatura ºC Catalisador
do experimento
I
t1 20 sem 200
t2 25 sem
t3 35 com 150
II
t4 35 sem
Assinale a opção que classifica, de forma crescente, Reagentes
os tempos de duração dos experimentos. 100
Produtos
a) t1, t 2, t4, t 3 c) t 2, t1, t 3, t4 80
b) t 3, t4, t 2, t1 d) t4, t 3, t1, t 2
Caminho da reação
Caminho da reação
térmica.
0,1
b) A primeira etapa da reação é mais lenta que a se-
(mol/ℓ)
11. PUC-MG — Durante a decomposição da água oxige- Com base nas informações apresentadas, conclui-se
nada, ocorre a formação de água e oxigênio, de acordo que a velocidade de deterioração da penicilina nas primeiras
com a equação dez semanas é, em mol . ℓ–1/semana, aproximadamente:
química 2m2∙11
a) 0,0025
2 H2O2(aq) 2 H2O (ℓ) + O2(g)
b) 0,01
S e a ve l o ci da d e d e lib e ra ç ã o d e ox ig ê ni o é c) 0,025
1 x 10 –4 mol . s –1, a velocidade de consumo da água oxi- d) 0,125
10 genada em mol . s –1 é: e) 0,166
14. PUC-SP — O dióxido de nitrogênio (NO2) reage com o a) v = k [BrO3 –] [Br-] [H+]
monóxido de carbono (CO) formando o óxido nítrico (NO) b) v = k [BrO3 –] [Br-] 5 [H+] 6
e o dióxido de carbono (CO2). c) v = k [BrO3 –]2 [Br-] 6 [H+] 4
d) v = k [BrO3 –] [Br-]3 [H+]2
NO2(g) + CO (g) NO (g) + CO2(g)
e) v = k [BrO3 –] [Br-] [H+]2
H(kJ/moℓ)
55
16. UEL-PR — A conservação de alimentos pode ser fei-
ta de diferentes modos: pelo uso de um meio fortemente
0
salgado, capaz de promover a desidratação dos micror-
ganismos, como na carne seca; pela utilização de conser-
-77
NO2(g) + CO2(g) vantes, como o benzoato de sódio, que reduzem a veloci-
dade de oxidação e decomposição; ou pela diminuição da
temperatura, reduzindo a velocidade da reação, uma vez
que o aumento de 10°C aproximadamente duplica a ve-
locidade da reação. Supondo apenas o efeito da tempera-
tura e considerando que, à temperatura ambiente (25°C),
NO (g) + CO2(g) a validade de um alimento é de 4 dias, sobre a sua dura-
-303
bilidade, quando conservado em geladeira a 5°C, é cor-
Coordenada de reação
reto afirmar:
Analisando o diagrama de coordenadas de reação a) A velocidade de decomposição seria reduzida em
apresentado, um estudante fez as seguintes afirmações: aproximadamente um quarto.
I. A energia de ativação para a formação do óxido b) A velocidade de decomposição seria reduzida pela
nítrico é de 132 kJ mol –1. metade.
II. A formação do óxido nítrico é um processo endo- c) O alimento teria um prazo de validade indetermi-
térmico. nado.
III. O aumento da temperatura do sistema reacional d) A durabilidade desse alimento é imprevisível.
diminui a velocidade de formação do óxido nítrico, e) O alimento se deteriorará em uma semana.
pois aumenta a energia de ativação da reação.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmação(ões):
a) I. 17. UEL-PR — Num estudo sobre o tempo de reação en-
b) II. tre o CaCO3 sólido (carbonato de cálcio) e uma solução
c) III. aquosa de HCℓ (ácido clorídrico), foram feitos três experi-
d) I e II. mentos após as atividades 1 e 2, conforme segue.
e) I e III. Atividades
Separaram-se 10 g de mármore (CaCO3)
Atividade 1
15. PUC-SP — A reação redox que ocorre entre os íons em um único pedaço (Amostra A).
Energia
tos de reação química e cinética química, assinale a alter- B
nativa correta.
a) Como as substâncias adicionadas nos béqueres
A, B e C no experimento 1 foram as mesmas, o
H2O (2)(aq)
tempo necessário para o término da reação foi o
Z
mesmo nos três béqueres. H2O (ℓ) + 0,5 O2(g)
b) O tempo necessário para o término da reação no
experimento 2 foi menor no béquer X e, no ex-
perimento 3, foi maior no béquer Z. Caminho da reação
c) O tempo necessário para o término da reação no
experimento 1 foi maior no béquer C e, no expe- Assinale a alternativa incorreta.
rimento 3, foram iguais nos béqueres W e Z. a) A reação de decomposição do H2O2 é exotérmica.
d) O tempo necessário para o término da reação no b) A curva A apresenta maior energia de ativação
experimento 2 foi menor no béquer Y e, no ex- que a curva B.
perimento 3, foi maior no béquer W. c) A presença de um catalisador afeta o DH da reação.
e) O tempo necessário para o término da reação no d) A curva B representa a reação com a presença de
experimento 1 foi menor no béquer A e, no ex- um catalisador.
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Velocidade das reações
3 0,20 0,5
1,00 5,00
4 0,50 0,5 Tempo / minuto
12
Considerando-se as informações desse gráfico, é cor- 23. UFSC — A combustão do dióxido de enxofre é uma
reto afirmar que, no intervalo entre 1 e 5 minutos, a velo- etapa intermediária na fabricação de ácido sulfúrico. Essa
cidade média de consumo desse reagente é de: reação se processa de acordo com a equação I.
a) 0,200 (mol/ℓ)/min 2 SO2(g) + 1 O2(g) 2 SO3(g) + 198 kJ (I)
b) 0,167 (mol/ℓ)/min À temperatura ambiente, o dióxido de enxofre é oxi-
c) 0,225 (mol/ℓ)/min dado muito lentamente pelo oxigênio. Porém, em presen-
d) 0,180 (mol/ℓ)/min ça de monóxido de nitrogênio, a reação se processa rapi-
damente, de acordo com as equações II e III.
21. UFRGS-RS — A reação NO(g) + O3(g) NO2(g) + O2(g) 2 NO (g) + 1 O2(g) 2 NO2(g) (II)
é uma reação elementar de segunda ordem. Se duplicar- 2 SO2(g) + 2 NO2(g) 2 SO3(g) + 2 NO (g) (III)
mos as concentrações do NO e do O3, mantendo constante Com relação às informações do enunciado, é corre-
a temperatura, a velocidade da reação: to afirmar que:
a) será reduzida à metade. 01) a concentração de monóxido de nitrogênio du-
b) permanecerá constante. rante a formação do SO3 é constante.
c) será duplicada. 02) o monóxido de nitrogênio atua como inibidor.
d) será triplicada. 04) a adição de catalisador altera a entalpia da reação.
e) será quadruplicada. 08) a formação do SO3, à temperatura ambiente e na
ausência de monóxido de nitrogênio, é um pro-
cesso cineticamente desfavorável.
22. UFRGS-RS — As resinas epóxi, amplamente utiliza- 16) a formação do SO3 é um processo endotérmico.
das como adesivos em aplicações industriais, são prepara- 32) o monóxido de nitrogênio atua como catalisador,
das por meio de processos de polimerização que envolvem diminuindo a energia de ativação da reação.
calor ou catalisadores. 41(01+08+32)
O gráfico a seguir compara qualitativamente os proces-
sos catalítico e não-catalítico de formação da resina epóxi. 24. UFSM-RS — Um comprimido efervescente de vita-
mina C intacto, pesando 5 g, quando colocado num copo
contendo água a 25°C, será dissolvido em dois minutos.
Energia
13
Equilíbrio químico I
As
reações químicas em
geral possuem rendimento de
reação abaixo de 100%, por mais pu-
ros que estejam os reagentes e por mais que
o processo seja feito sem falha humana ou de apa-
relhagem. No final, além do produto obtido, também
haverá uma parte do reagente, o que não significa que
este não tenha sido modificado no processo, mas, sim, que
parte do produto formado na reação, em determinado mo-
mento, foi regenerado à forma inicial de reagente. Diz-se,
então, que essa reação atingiu o equilíbrio químico.
O laboratório ou a indústria que se propõe a produzir
uma substância a partir de uma reação que tende a entrar
em equilíbrio químico está sempre buscando formas de
aumentar o rendimento do seu produto. Neste ca-
pítulo, estudam-se as formas mais adequadas
para que esse objetivo seja alcançado, bem
como os fatores que deslocam o
equilíbrio químico.
stock.xchnG
Reação reversível
Reação reversível é aquela em que os reagentes formam os produtos, porém Concentração em
os produtos reagem entre si, voltando à forma original dos reagentes. mol
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico 1
Direta 0 10,0 0
A+B C+D 10 7,0 3,0
Inversa
20 5,0 5,0
O sentido convencional, da esquerda para a direita, chama-se reação direta; 30 4,0 6,0
o sentido contrário, da direita para a esquerda, denomina-se reação inversa.
40 4,0 6,0
50 4,0 6,0
Reação reversível e equilíbrio químico 60 4,0 6,0
Toda reação reversível tende a atingir espontaneamente o equilíbrio quí-
mico. Tal fato acontece quando as velocidades das reações direta e inversa se No tempo de 30s em diante, as
igualam. concentrações permanecem constan-
Suponha uma reação genérica: reagente produto. tes: os reagentes em 4,0 mols/ℓ e os
química 2m2∙11
Realizou-se um estudo das concentrações das substâncias em função do produtos em 6,0 mols/ℓ.
tempo numa experiência com essa reação, obtendo-se os seguintes valores:
14
A constância nas concentrações não significa que a reação ces-
Concentração (mol/ℓ)
10,0
sou, mas sim que atingiu o equilíbrio químico. Na mesma velocidade
com que os reagentes formam os produtos, estes também formam
os reagentes.
Produtos
O gráfico ao lado indica a variação da concentração em função
do tempo, com os valores da tabela.
Os reagentes começam com a concentração em 10,0 mols/ℓ e 6,0
atingem o equilíbrio em 4,0 mols/ℓ, enquanto os produtos começam Reagentes
Constante de equilíbrio
A constante de equilíbrio de uma reação química Na reação em fase gasosa aA + bB cC + dD, Kp
expressa a relação entre as quantidades de produtos e é dado pela expressão
reagentes nela existentes quando atinge o equilíbrio
químico. ( pC )c ( pD )d
Kp =
( pA )a ( pB )b
Constante de equilíbrio em função
das concentrações molares (Kc)
Da reação em fase gasosa abaixo representada, po-
Unidades de Kc e Kp
Para compreender como atribuir a unidade correta
dem-se extrair as expressões da velocidade das reações
à constante de equilíbrio ou se essa constante não tem
direta e inversa.
unidade, acompanhe os seguintes casos de reações em
aA + bB cC + dD fase gasosa.
V D = K D [A]a [B]b e Vi = Ki [C]c [D]d ¬ 2 A + B A 2B
pC . pD atm . atm
Na expressão do Kc só entram as substâncias gasosas, Kp = =X tem unidade)
= x (nao
pA . pB atm. atm
líquidas ou em solução. Sólidos não entram, pois suas
concentrações são constantes.
( NH3 )2
das pelas substâncias gasosas. Kc =
Na expressão do Kp não entram substâncias sólidas, ( N2 ) ( H2 )3
líquidas nem em solução, mas apenas gases. ( pNH3 )2
Kp =
pN2 . ( pH2 )3 15
b) Zn(s) + 2 HCℓ (aq) ZnCℓ 2(aq) + H2(g) d) 2 Aℓ2O3(s) 4 Aℓ (s) + 3 O2(g)
( ZnC 2 ) ( H2 ) Kc = [O2]3
Kc = Kp = (pO2)3
( HC )2
Kp = ( pH2 )
Cálculos envolvendo Kc e Kp
Quando substâncias reagem entre si para formar os Problemas que fornecem a
produtos de uma reação química, elas o fazem em propor- concentração ou as pressões parciais
ções estequiometricamente definidas. fora do equilíbrio químico
Em reações reversíveis, as concentrações dos reagentes Nestes problemas, obtêm-se as concentrações ou as
no equilíbrio químico são dadas pela diferença entre as con- pressões parciais no equilíbrio a partir das concentrações
centrações existentes no início e o quanto foi consumido; as ou das pressões parciais no início e de quanto foi consu-
dos produtos equivalem ao que se formou durante a reação, mido ou formado na reação, ou da variação da pressão
levando em conta não haver produto formado no início da parcial.
reação. As concentrações das substâncias em equilíbrio não Monóxido de carbono e oxigênio foram colocados em
estão de acordo com os coeficientes estequiométricos. recipiente fechado sob pressão parcial de respectivamen-
te 2,4 atm e 1,8 atm. Quando o equilíbrio foi atingido,
Problemas que fornecem a verificou-se a formação de CO2 sob pressão de 2,1 atm.
concentração em mol/ℓ ou as Determine o Kp da reação.
pressões parciais no estado de 2 CO (g) + O2(g) 2 CO2(g)
equilíbrio A partir do enunciado da equação química, montou-se
Para solucionar tais problemas, basta montar a ex- a seguinte tabela:
pressão matemática do Kc ou Kp e substituir os valores
Pressão 2 CO O2 2 CO2
do enunciado.
Uma mistura de gases está em equilíbrio na reação p início 2,4 1,8 0
C(s) + CO2(g) 2 CO (g) p dos gases que
As pressões parciais de CO2 e CO são respectivamente reagiram ou foram 2,1 1,05 2,1
8 atm e 4 atm. Calcule o valor de Kp da reação. formados
( pCO )2 ( 4 atm )2 16 atm2 2,4 – 2,1 1,8 – 1,05
p no equilíbrio 2,1
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico 1
Kp = Kp = = → Kp = 2atm
pCO2 8 atm 8 atm = 0,3 = 0,75
( pCO2 )2
Kp =
Problemas que fornecem o número de 2
( pCO ) . pO2
mols dos componentes da reação e o ( 2 ,1)2
volume do recipiente Kp = Kp = 65,3 atm –1
( 0 , 3 )2 . 0 ,75
Nesses problemas, deve-se tomar o cuidado de dividir
a quantidade em mol pelo volume do recipiente em litro,
para obter a concentração em mol/ℓ, para então se apli- Grau de equilíbrio (α)
car na expressão do Kc. O grau de equilíbrio em relação a um reagente ex-
Num recipiente de 2 ℓ encontram-se em equilíbrio 0,6 pressa a relação entre a quantidade de matéria consumi-
mol de NO2 e 0,4 mol de N2O 4, segundo a reação da desse reagente e sua quantidade de matéria no início
2 NO2(g) N2O 4(g) da reação.
0 , 6 mol O grau de equilíbrio pode ser expresso em valor ab-
( NO2 ) = = 0 , 3mol / ℓ
química 2m2∙11
Equilíbrio 1,3 mol 7,4 mols Equilíbrio 1,2 mol 1,8 mol 1,8 mol
5 α = 3,7
α = 0,74 ou 74% tam a pressão total de 4,8 atm, diz-se que a pressão de cada substância no
equilíbrio é igual à sua quantidade de matéria em atm. Portanto:
2. Num recipiente de capacidade 2,0 ℓ são colocados
8,0 mols de CO e 8,0 mols de Cℓ 2 para reagir segundo o p ( PC ℓ 3 ) . p ( C ℓ2 ) 1, 8 . 1, 8
Kp = Kp = Kp = 2,7
processo a seguir, à temperatura constante. p ( PC ℓ 5 ) 1,2 17
5. Num recipiente fechado, à temperatura constante, 7. Na reação de produção do CO2 a partir de CO e O2,
ocorre o seguinte equilíbrio em fase gasosa: foram encontradas em equilíbrio as seguintes concentra-
4 NH3 + 3O2 2 N 2 + 6 H 2O ções: CO = 2 mols/ℓ, O2 = 0,5 mol/ℓ e CO2 = 4 mols/ℓ.
Se no início do processo foi posto para reagir 1 mol Calcule o valor do Kc.
de cada reagente e o grau de equilíbrio em relação ao oxi- 2 CO + O2 2 CO2
gênio foi 30%, calcule o valor de Kc.
( CO2 )2 42
Kc = Kc = Kc = 8 (mols/ ℓ ) -1
NH3 O2 N2 H 2O ( CO )2 ( O2 ) 22 . 0 ,5
Início 1 mol 1 mol 0 mol 0 mol 8. Calcule o valor de Kp para a reação da questão ante-
Reagiu/Formou 0,4 mol 0,2 mol 0,6 mol rior, levando em conta que a temperatura em que a rea-
1 . 30 = 0,3
100 ção ocorreu foi 57ºC.
Equilíbrio 0,6 mol 0,7 mol 0,2 mol 0,6 mol Kp = Kc . (RT)∆n
Kp = 8 (0,082 . 330)
Kp = 0,296 atm–1
( N2 )2 .( H2 O )6 0 ,22 . 0 , 66
Kc = Kc = Kc = 0, 042
2
( NH3 )4 ( O2 )3 0 , 6 4 . 0 , 73
9. O pentacloreto de fósforo sofre dissociação segundo a
reação representada a seguir.
Conversão de Kc para Kp
PCℓ5(g) PCℓ 3(g) + Cℓ (g)
ou de Kp para Kc
Um frasco de 3,0 ℓ contém em equilíbrio 0,120 mol
Efetuam-se essas conversões utilizando-se as seguin-
de PCℓ5; 0,600 mol de PCℓ 3 e 0,0120 mol de Cℓ2. Calcule
tes expressões:
o Kc para a reação.
Kp ( pC ℓ 3 ) ( C ℓ 2 ) 0 ,2 . 0 , 0004 0 , 600 / 3 . 0 , 0120 / 3
Kp = Kc . ( RT ) Dn e Kc = Kc = Kc = Kc =
( RT ) ∆n ( PC ℓ5 ) 0 , 04 0 ,120 / 3
Kc = 0, 02 mol/ ℓ
¬ R é a constante universal dos gases perfeitos. Para valo-
res de pressão em atm vale 0,082 e em mmHg, 62,3.
10. A reação para formação do NOCℓ a partir do NO e
¬ T é a temperatura na escala Kelvin.
Cℓ 2 pode ser assim equacionada:
K = ºC + 273 2 NO (g) + Cℓ 2(g) 2 NOCℓ (g)
¬ Dn é a variação do número de mols gasosos na rea- A 25ºC, o Kp da reação era 1 920 atm –1 e as pressões
ção, calculado pela subtração parciais do NO e NOCℓ eram respectivamente 5,10 –2 atm
e 1,2 atm. Determine a pressão parcial do Cℓ 2 nessas
mols gasosos dos produtos — mols gasosos condições.
dos reagentes
( pNOC ℓ)2
Kp =
Determine o valor da constante Kp para a reação que ( pNO )2 . pC ℓ2
ocorre a 27 ºC. 1, 44
pC ℓ 2 =
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g), sabendo que no equilíbrio 25 .10 −4 .1920
as substâncias se encontram com as seguintes concentra- (1,2 )2
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico 1
Kc =
( pSO3 )2 ( H2 ) . ( Br2 ) Kp = Kc.(RT) ∆n
Kp = Kp = 50 (0,082 . 573)0
( pSO2 )2 pO2 (1,56 )2
Kc = Kp = 50
0 ,22 . 0 ,22
18 2 SO2(g) + O2(g) 2 SO3(g)
Kc = 50
12. O ácido acético C2H 4 O2 reage com o álcool etílico 13. O carbono sólido, ao reagir com dióxido de carbono,
C2H 6 O para produzir etanoato de etila C4 H 8 O2 e água. produz monóxido de carbono segundo a reação
Um mol de ácido e um mol de álcool reagem entre si e, C(s) + CO2(g) 2 CO (g)
quando a reação atinge o equilíbrio, o valor do Kc é igual À temperatura de 27ºC, a pressão parcial do CO é 8,0
a quatro (Kc = 4). Calcule o número de mols de cada subs- atm e o Kp da reação, 16 atm. Nessas condições, calcule
tância da reação no equilíbrio. a pressão parcial do CO2 e o Kc da reação.
C 2H 4O 2 + C 2H 6O C 4H 8O 2 + H 2O ( pCO )2 Kp
Kp = Kc =
pCO2 ( RT ) Dn
C 2H 4O 2 C 2H 6O C 4H 8O 2 H 2O
64 16
16 = Kc =
Início 1 mol 1 mol 0 0 pCO2 ( 0 , 082 . 300 )1
Reagiu / Formou x x x X pCO2 = 4 a tm Kc = 0,650 mol/ ℓ
(1 − x ) (1 − x ) x x
Equilíbrio
v v v v
x x
.
v v x2 n C H O= 0,334 mol
Kc = 4= 2 4 2
1− x 1− x (1 − x )2
. n C H O= 0,334 mol
v v 4 8 2
x2 x2 n C H O = 0,666 mol
Kc = 4= 4 8 2
(1 − x )2 (1− x )2
n H O = 0,666 mol
X = 0 , 666 mo l 2
Deslocar um equilíbrio químico significa alterar as ¬ Retirando NO2 do sistema em equilíbrio, a própria rea-
concentrações das substâncias que se encontram em ção sente a falta da substância retirada, fazendo com
equilíbrio, buscando nova situação de equilíbrio. que o N2O 4 reaja, produzindo NO2, a fim de suprir o
NO2 retirado. O equilíbrio, então desloca no sentido
Verifica-se tal deslocamento mediante fatores exter-
do NO2.
nos, obedecendo ao princípio de Le Chatelier.
¬ Retirando N2O 4, pode-se seguir o mesmo raciocínio
Quando um fator externo age sobre uma reação da retirada do NO2, ou seja, a reação vai suprir o N2O4
em equilíbrio, esta se desloca no sentido de minimizar retirado, formando novas moléculas dessa substância,
a ação do fator aplicado. e o equilíbrio se desloca no sentido do N2O 4.
Resumindo:
Ao adicionar uma substância de um lado da rea-
Influência das concentrações das
ção, o equilíbrio se desloca para o lado oposto.
20
b) diminuir a pressão? Justifique sua resposta.
No sentido do maior volume; logo o equilíbrio se desloca no sentido
Saiba mais
da reação inversa da formação do N2 e H2.
O galinho da chuva
tre CO e O2.
ma proporção.
Testes
1. UERJ
COOH COOCH3
centração dos gases presentes no equilíbrio. + CH3 — OH + H 2O ∆H>O
Estão corretas as afirmações:
a) I e II.
(sólido) (líquido) (sólido) (líquido)
b) I e III. 23
Esse processo, realizado em condições adequadas, 16. Ufla-MG — Considerando a equação X 2Y + Z,
atinge o estado de equilíbrio após determinado período o gráfico que melhor representa a variação de concentra-
de tempo. ção das espécies químicas X, Y e Z com o tempo é:
Com o objetivo de aumentar o rendimento na pro-
dução desse flavorizante, foram propostas as seguintes a)
ações:
I. aumento da temperatura
Concentração
II. aumento da pressão
III. adição de água Y
Concentração
14. UFC-CE — Considerando um reservatório mantido
à temperatura constante, tem-se estabelecido o equilí- X
brio químico PCℓ 5(g) PCℓ 3(g) + Cℓ 2(g), sendo que as Y
pressões parciais no equilíbrio são p(PCℓ 5) = 0,15 atm, Z
Velocidade
1 3 d)
2 4
Concentração
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico 1
0 t1 t2 Tempo 0 t1 t2 Tempo
Z
Os gráficos indicam que: Y
a) no instante t1, a velocidade da reação direta é
X
igual à da inversa.
b) após t 2 não ocorre reação. 0 Tempo
Z
química 2m2∙11
0 Tempo
24
17. UFRN — Observe o gráfico a seguir, relativo ao esta- dispositivos têm a função de converter gases nocivos, den-
belecimento do equilíbrio de uma reação, a 298K, do tipo tre eles os óxidos de nitrogênio (NOx) e o monóxido de
A + 3B C + 3D carbono (CO), em substâncias menos prejudiciais à saúde
(CO2 e N2).
Uma das reações que ocorre nos catalisadores é re-
8 presentada pela equação não-balanceada
Concentração de (mol/ℓ)
1 . 10 -15
Temperatura (k)
26 0 1000 2000
Equilíbrio químico II
A água é conhecida como solvente universal por
dissolver grande quantidade de substâncias. Quando há
uma solução aquosa de um eletrólito, há também um
equilíbrio químico ocorrendo no sistema. Em tal equilíbrio
estão sempre presentes o soluto molecular ou iônico, a
água, que é o solvente, e os íons produzidos em solução.
Esse equilíbrio denomina-se “equilíbrio iônico”.
Numa piscina é importante o controle de íons
dispersos na solução, porque isso pode alterar o
pH, além de interferir na saúde.
Assim como qualquer equilíbrio químico, o iônico
pode estar mais deslocado para os reagentes, predomi-
nando a fórmula molecular ou iônica não-dissociada, ou
deslocado para os produtos, predominando a forma dos
íons em solução. Esse deslocamento é o que diferencia
uma solução fracamente eletrolítica de uma fortemente
eletrolítica. Uma conduz pouca corrente elétrica; a outra,
rica em íons, é excelente condutora de eletricidade.
H 2O Ka = [H+ ][CN– ]
HCN H+ + CN – H 2O [ Zn+2 ][ OH– ]2
[HCN] Zn(OH)2(aq) Zn2+ + 2OH – Kb =
[ Zn ( OH )2 ]
Kb = 1,2 . 10 –7 mol/ℓ a 25ºC
Valores de Ka e força relativa dos ácidos
química 2m2∙11
Experimentalmente se verifica que a 25ºC os valores Assim como nos ácidos, quanto maior a constante (para
de Ka para os ácidos clorídrico (HCℓ) e cianídrico (HCN) bases, Kb), maior a força. Logo, conclui-se que o hidróxido
são, respectivamente, 107 e 4,9 . 10 –10 mol/ℓ. de amônio é mais forte que o hidróxido de zinco.
27
Lei da diluição de Ostwald
Ka ou Kb =
α 2m
1− α
Saiba mais
A dissolução da hidroxiapatita é chamada des-
mineralização, e sua formação, mineralização. Se, ao
escovar os dentes, a placa bacteriana não for removi-
Observação da, o acúmulo de açúcar no dente fermenta, produ-
Se o ácido ou base forem fracos, isso significa que zindo ácido lático e diminuindo o pH com o aumen-
o valor do a é menor que 0,05. Pode-se então conside- to de íons hidrogênio (H+), que desloca o equilíbrio
rar que (1 – a) é praticamente igual a 1. Levando-se em entre a mineralização e a desmineralização, de modo
conta essa aproximação, a lei de Ostwald para ácidos ou a causar dissolução da hidroxiapatita e possível per-
bases fracas é dada por: da do dente.
c. commons
Ka ou Kb = a2m
Com essa expressão, conclui-se:
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
28
Atividades
1. Abaixo estão relacionados quatro ácidos e os res- 4. Calcule a constante de ionização do ácido acético numa
pectivos valores de constante de ionização (Ka) a 25ºC. solução 0,02 mol/ℓ, sabendo que na temperatura da expe-
Coloque-os em ordem crescente de força e justifique essa riência o seu grau de ionização é 3%.
ordenação. 2
Ka = a2m Ka = (3 . 10–2) . 2 . 10–2
HI 3,0 . 109
Ka = 1,8 . 10–5
HBr 1,0 . 109
HCℓ 1,0 . 107
HF 6,0 . 10 –4
Quanto maior o valor do Ka, mais ionizado o ácido, sendo, portanto, mais
forte.
5. O ácido hipocloroso (HCℓO) em determinada tempe-
ratura possui constante de ionização 1,6 . 10 –7. Calcule o
grau de ionização para uma solução 0,0001 mol/ℓ.
2. O vinagre, solução aquosa de ácido acético, em solu-
Ka = a2m 1,6 . 10–7 = a2 . 10–4
ção aquosa estabelece o seguinte equilíbrio:
α = 16 . 10 −4
CH3COOH CH3COO – + H+
a = 4 . 10–2
O que acontece com o grau de ionização do ácido, adi-
cionando-se ao sistema acetato de sódio (CH3COO – Na+)?
Justifique sua resposta.
Diminui o grau de ionização, pois o ânion acetato atua como íon comum,
HIn H+ + In –
Ka = 16 . 10–5
b) uma base BOH?
O meio ficará vermelho, pois o OH– adicionado consome o H+ da so-
química 2m2∙11
29
Equilíbrio iônico na água — pH e pOH
Levando -se em conta que a densidade da água Resumindo:
é 1,0 g/cm3, em 1 ℓ de água há 1 000 g. Como a massa
molar da água é 18 g/mol, em 1 ℓ de água há 55,5 mols [H+] = [OH – ] meio neutro
dessa substância. Dessa quantidade, a maioria encontra- [H+] > [OH – ] meio ácido
se na forma molecular, com suas moléculas formadas por
um átomo central de oxigênio ligado a dois átomos de hi- [H+] < [OH – ] meio básico
drogênio por ligação covalente simples, porém uma pe-
queníssima parte dos mols sofre ionização de acordo com
pH e pOH
a equação representada a seguir.
Os conceitos de pH e pOH foram criados por Lauritz
H 2O H+ + OH – Sörensen em 1909, a fim de evitar o uso de potências ne-
gativas em expressões matemáticas envolvendo concen-
trações de H+ e OH –.
Produto iônico da água
Estabelecendo-se a equação da constante de ioniza- pH — Potencial hidrogeniônico
[H+ ][ OH– ] Relacionado à concentração dos íons hidrogênio (H+)
ção para a água, obtém-se Ki =
[H2 O ]
Como a concentração da água é constante, ela se in- pOH — Potencial hidroxiliônico
corpora ao Ki, passando a chamar-se Kw, que é o produ- Relacionado à concentração dos íons hidróxido (OH –)
to iônico da água.
Para medir o pH, utiliza-se um pHmetro constituído
Ki . [H2O] = [H+] . [OH –] Kw = [H+] . [OH – ] de um eletrodo e um potenciômetro. Faz-se a imersão do
A 25ºC, as concentrações de H+ e OH – na água são eletrodo na solução a ser analisada e usa-se o potenciô-
iguais a 10 –7mol/ℓ. metro na calibração do aparelho com soluções ou reagen-
tes de referência.
[H+] = [OH – ] = 10 –7 mol/ℓ
NUNO nogueira
Como Kw = [H +].[OH – ], tem-se que, na água pura,
Kw = 10 –7 . 10 –7,
Kw = 10 –14 (mol/ℓ)2 a 25oC
Concentrações de H+ e OH–
Quando as concentrações de H+ e OH – são iguais, o
meio é neutro. Adicionando um ácido em água, a concen-
tração do H+ aumenta e, em contrapartida, a concentra-
ção de OH – diminui, para que o produto iônico da água
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
se mantenha constante.
Água pura Água + ácido pHmetro.
31
4. Calcule o pH de uma solução de um monoácido HX 7. O ácido carbônico é um ácido fraco cujo Ka é igual a
0,0001 mol/ℓ, sabendo que sua constante de ionização é 4.10 –7 mol/ℓ. Calcule o pH de uma solução 0,1 mol/ℓ des-
igual a 10 –8 mol/ℓ. se ácido (H2CO3). (log 2 = 0,3)
Ka = a2m [H+] = am
10–8 = a2 . 10–4 [H+] = 10–2 . 10–4 H2CO3 2 H+ + CO2–
3
a2 = 10–4 [H+] = 10–6 0,1 2 . 0,1 = 0,2 mol/ℓ
pH = – log10–6
a = 10 –4
pH = 6
a = 10–2 0,2 mol/ℓ — se a = 1
x mol/ℓ — se a = 2.10–3
5. Quantas vezes mais ácida é uma solução de pH = 2 em
relação a outra solução de pH = 6? x = 0,2 . 2.10–3
a) 4 vezes pH = 2 [H+] = 10–2 mol/ℓ x = 0,4.10–3
b) 10 vezes pH = 6 [H+] = 10–6 mol/ℓ [H+] = 4.10–4 mol/ℓ
10 – 2
c) 100 vezes = 104 = 10 000
d) 10 000 vezes 10 –6
Ka = a2m
e) 400 vezes a = 4 .10 –6
4 .10 –7
6. A 200 mℓ de um suco concentrado de laranja foram =a
0 ,1
adicionados 1,8 ℓ de água. Sabendo que o suco concen-
a = 2.10–3
trado tem pH = 4, calcule o pH do suco diluído.
Suco concentrado pH = 4, logo [H+] = 10–4 mol/ℓ
M 1V 1 = M 2V 2 pH = – log 4 . 10–4
10–4. 200 = M2 . 2000 pH = – (log24 + log 10–4)
M2 = 10–3 mol/ℓ, pH = – (0,6 – 4)
Logo: pH final = 3 pH = 3,4
Hidrólise salina
Quando os sais são dissolvidos em água, sofrem o pro- Íons provenientes de
cesso de dissociação iônica dos íons. ácido fraco e base forte
CA(s) + H2O (ℓ) C–(aq) + A+(aq) NaCN Na+ + CN –
Em alguns casos, os íons formados podem reagir com Dissociação iônica do sal
a água. Se for o cátion C+, ele reage com o OH – provenien-
te da água, formando COH (aq). Se for o ânion A –, ele rea- Na+ + CN – + H2O Na+ + OH – + HCN
ge com o H+ proveniente da água, formando HA(aq). Essas O Na+ permanece separado do OH – , pois NaOH é
reações denominam-se hidrólise salina. base forte.
A hidrólise salina consiste na reação do cátion e/ou CN – + H2O OH – + HCN
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
Íons provenientes de
Íons provenientes de ácido e base fortes
ácido forte e base fraca
NaCℓ Na+ + Cℓ –
H 2O H+ + OH –
NH+4 + H 2O NH4 OH + H +
Não há reação de hidrólise. O cátion Na+ e o ânion
Hidrólise do cátion produzindo a base fraca NH4OH e dei- Cℓ – não reagem com a água.
32 xando o H+ livre em solução, tornando o meio ácido (pH < 7).
A solução aquosa de um sal derivado de ácido e base Exemplo 3:
fortes tem pH ligeiramente ácido ou ligeiramente básico,
NH+4 + CN – + H2O NH4 OH + HCN
dependendo dos valores de Ka e Kb do ácido e da base
dissociados na solução. Kh = [NH4 OH][HCN]
No caso do NaCℓ, tem-se: [NH4+ ][CN– ]
Ka do HCℓ = 107 mol/ℓ Kb do NaOH = 4 mols/ℓ Kh relaciona-se com Ka e com Kb, pois
Kw tanto o cátion quanto o ânion sofrem hi-
Como Ka > Kb, a solução é ligeiramente ácida, pH < 7, Kh =
Ka .Kb drólise, produzindo ácido e base.
mas próxima desse valor.
Íons provenientes de
ácido e base fracos
NH4 CN NH+4 + CN –
Atividades
1. Calcule as constantes de hidrólise dos sais relaciona-
Dissociação iônica do sal:
dos a seguir.
NH+4 + CN – + H 2O NH4 OH + HCN Dados: Ka do HNO2 = 7,0 . 10 –4 mol/ℓ
Ocorre hidrólise do cátion e do ânion, que são base Kb do NH4 OH = 1,7 . 10 –5 mol/ℓ
e ácido fracos. Kw = 1,0 . 10 –14 mol/ℓ
Assim como no caso anterior, o pH depende do Ka e a) NaNO2
do Kb. Nesse caso, por exemplo, têm-se os seguintes valo- NO–2 + H2O HNO2 + OH–
res de Ka e Kb:
Kw 10 –14
Ka do HCN = 4,0 . 10 –10 mol/ℓ Kh = Kh = Kh = 0,14 . 10–10 ou 1,4 . 10–11
Ka 1,7 .10 –4
e
Kb do NH4 OH = 1,7 . 10 –5 mol/ℓ
b) NH4 Cℓ
Como Kb > Ka, a solução é ligeiramente básica, pH >
7, mas próxima desse valor. NH+4 + H2O NH4OH + H+
Kw 10 –14
Kh = Kh = Kh = 0,59 . 10–9 ou 5,9 . 10–10
Constante de hidrólise (Kh) Kb 1,7 .10 –5
A expressão da constante de equilíbrio para a reação
de hidrólise do cátion e/ou do ânion remete à constante
c) NH4 NO2
de hidrólise
NH+4 + NO–2 + H2O NH4OH + HNO2
Exemplo 1:
Na+ + CN – + H2O Na+ + OH – + HCN Kh =
Kw 10 –14 10 –14
Kh = Kh =
Ka .Kb 1,7 .10 –4 .1,7 .10 –5 11, 9 .10 –9
CN – + H2O OH – + HCN
Exemplo 2:
3. Justifique a opção escolhida no exercício anterior.
NH+4 + Cℓ – + H2O NH4 OH + H+ + Cℓ – O CaCO 3, quando misturado à água do solo, sofre dissolução iônica.
NH+4 + H 2O NH4 OH + H +
Ca2+ + CO2–
3 .
+
Kh = [NH4 OH][H ] Esses íons, em contato com a água, acarretam na hidrólise do CO2–
3 , for-
química 2m2∙11
+
[NH4 ]
mando um ácido fraco e deixando o OH– livre no meio.
Kh relaciona-se com Kb, pois houve hidró-
Kh =
Kw CO2–
3 + 2H 2O H2CO3 + 2OH–
lise do cátion gerando uma base.
Kb
O OH– neutraliza a acidez do solo. 33
4. Um sal CA apresenta constante de hidrólise 5,6 . 10 –10. Sabendo que Kw = 10 –14, calcule o Ka do ácido produzido na
reação de hidrólise, sendo que o cátion do sal não hidrolisou.
Kw –14 10 −14
Kh = 5,6 . 10–10 = 10 Ka = Ka = 1,78 . 10–5 mol/ℓ
Ka Ka 5 ,6 . 10 −10
stock.xchng
pulmonar ou da respiração lenta.
Curiosidade: em mergulho livre ou em ativida-
des em apneia, o acúmulo de CO2 causa acidose, o
que é detectado pelo centro respiratório, induzindo à
ação involuntária do diafragma. Muitas vezes o orga-
nismo não reage no momento certo e a pessoa pode
desmaiar e até sofrer parada respiratória, podendo
levar à morte.
Em 11 de abril de 2007, os atletas de mergulho
livre e apneia ficaram de luto com o falecimento
do recordista mundial Loic Leferme. Com 36 anos,
no melhor da idade dos apneístas, sofreu acidente
durante uma sessão de treinamento na enseada de
Em mergulho livre, a apneia pode
Villefranche-sur-Mer (Alpes Marítimos), sudeste da causar acidose respiratória.
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
34
Atividades
1. Represente a expressão do Kps para a dissolução das 6. Misturando-se uma solução 0,002 mol/ℓ de NaCℓ com
seguintes substâncias: uma solução 0,00001 mol/ℓ de AgNO3, haverá formação
a) AgCℓ de precipitado de AgCℓ? Justifique sua resposta por meio
Kps = [Ag+][Cℓ–] de cálculos.
Dado: Kps do AgCℓ = 1,6 . 10 –9
c) Fe(OH)3 Obs.: se o produto iônico [Ag+][Cl –] for maior do que
Kps = [Fe+3] [OH–]3 o valor do Kps, haverá precipitação.
Kps = 0,2.(0,4)2
Kps = 2.10–1 . 16.10–2
Kps = 32.10–3
Kps = 3,2.10–2 (mol/ℓ)3
4. O produto de solubilidade do AgCℓ é 1,6 . 10 –9 (mol/ℓ)2. 8. Misturou-se uma base de fórmula M(OH)3 em água, de
Kps = [Pb2+][IO–3 ]2
Kps = 2,56 . 10–13
35
Testes
1. UERJ — A atividade humana tem sido responsável pelo a) Calcule o pH da solução que contém o ácido HB.
lançamento inadequado de diversos poluentes na nature- pH = 2,1
za. Dentre eles, destacam-se:
amônia: proveniente de processos industriais;
b) Calcule o grau de ionização do ácido HA.
dióxido de enxofre: originado da queima de combus- α = 0,008 ou α = 0,8 %
tíveis fósseis;
cádmio: presente em pilhas e baterias descartadas.
Em meio básico, o íon metálico do cádmio forma o hi- 4. UFU-MG — Quando soluções aquosas diluídas de ni-
dróxido de cádmio, pouco solúvel na água. Sabendo que, trato de chumbo (II) e de cloreto de potássio são mistura-
a 25°C, a solubilidade do hidróxido de cádmio é aproxi- das num béquer, observa-se um precipitado amarelo.
madamente de 2 × 10 -5mol × ℓ-1, determine a constante A respeito da reação química ocorrida, responda às
de seu produto de solubilidade. questões propostas.
Kps = 3,2 . 10-14 mol3 . ℓ-3 a) Quais são as espécies químicas encontradas no
béquer?
Pb(NO3)(aq) + 2 KCℓ(aq) PbCℓ2(s) + 2 KNO3(aq)
5. UEL-PR
Segundo projeções da indústria sucroalcooleira,
b) o pH da solução.
pH = 3,70 a produção de açúcar e álcool deverá crescer 50% até
2010, tendo em vista as demandas internacionais e
o crescimento da tecnologia de fabricação de moto-
res que funcionam com combustíveis flexíveis. Com
isso a cultura de cana-de-açúcar está se expandin-
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
co HB, responda ao que se pede. Para extrair o cobre e o zinco do sedimento de cór-
Dados: α(HB) = 100% log(8) = 0,9 regos adjacentes à área de cultivo de cana-de-açúcar,
utiliza-se uma mistura dos ácidos HCℓ, HNO3 e HF.
36
Dados: Ka(HF) = 6, 80 × 10 -4 mol/ℓ a 25°C 7. Unesp-SP — A 1,0 ℓ de uma solução 0,1 mol . ℓ-1 de
ácido acético, adicionou-se 0,1 mol de acetato de sódio
Com base nos conhecimentos sobre o tema, é corre-
sólido, agitando-se até a dissolução total. Com relação a
to afirmar:
esse sistema, pode-se afirmar que:
I. As substâncias cloreto de hidrogênio, ácido nítrico
a) o pH da solução resultante aumenta.
e ácido fluorídrico, quando dissolvidas em água,
b) o pH não se altera.
comportam-se como ácidos de Lewis.
c) o pH da solução resultante diminui.
II. O ácido nítrico, quando dissolvido em água,
d) o íon acetato é uma base de Arrhenius.
torna a concentração do íon H + maior que
e) o ácido acético é um ácido forte.
1 . 10 -7 mol/ℓ a 25°C.
III. Uma solução de HCℓ de concentração 0,1 mol/ℓ
possui pH maior que 7. 8. UERJ — Numa aula experimental, foram preparadas
IV. Ao adicionar HF em água, a reação de ionização quatro soluções eletrolíticas com a mesma concentração
não ocorre totalmente. de soluto e as mesmas condições adequadas para o esta-
Assinale a alternativa que contém todas as afirmati- belecimento de um estado de equilíbrio (figura 1).
vas corretas. A seguir, cada uma dessas soluções foi submetida a
a) I e II um teste de condutividade elétrica.
b) I e III Observe a seguir o esquema do teste realizado (fi-
c) III e IV gura 2).
d) I, II e IV Figura 1
e) II, III e IV
1
I CH3COOH (aq) H+ (aq) + CH3COO – (aq)
2
6. UFSM-RS — As usinas hidroelétricas, que utilizam a
água acumulada em represas para fazer funcionar suas tur- 1
II KCℓ(aq) K+ (aq) + Cℓ– (aq)
binas, são responsáveis pela perturbação no ciclo natural 2
das cheias e secas dos rios, pela inundação de áreas de
terra cada vez maiores, pela retenção de nutrientes que, 1
III H2SO 4(aq) H+ (aq) + HSO – (aq)
se não fosse esse uso, estariam distribuídos mais ou me- 2
nos uniformemente, ao longo dos rios.
A queima de carvão mineral para a geração do vapor 1
IV CA(OH)2(aq) Ca2+ (aq) + 2OH – (aq)
d’água que move as turbinas das usinas termoelétricas 2
lança, na atmosfera, além de dióxido de carbono, grandes
Figura 2
quantidades de enxofre e óxidos nitrogenados, gases que
formam a chuva ácida. As usinas nucleares causam impac-
-
to ambiental mesmo na ausência de acidentes, porque re- U
+ Eletrodos
tiram a água do mar ou dos rios para resfriar os núcleos
Lâmpada
de seus geradores, devolvendo-a a uma temperatura bem Solução eletrolítica
c) H3PO 4 / NaNO3 b) 4
d) KOH / KCℓ c) 5
e) H2CO3 / NaHCO3 d) 7
e) 9
12. Fatec-SP — A conhecida escala de pH é logarítmica.
A variação de uma unidade de pH nessa escala significa 15. PUC-MG — Considere duas soluções aquosas A e
uma variação de 10 vezes da concentração de íons H+ (aq). B de mesmo volume e de pH 3,0 e 5,0 respectivamente.
Sendo assim, considere amostras de água mineral adqui- Analise as afirmações a seguir.
ridas no comércio, que são provenientes de duas fontes I. A solução A é ácida.
naturais diferentes. II. A solução B é básica.
III. A mistura de A com B é ácida.
Amostra pH São afirmativas CORRETAS:
fonte 1 4,6 a) I e II apenas.
química 2m2∙11
e) 0,003
39
23. Unifesp-SP — Alguns medicamentos à base de AAS 26. PUC-SP — Considere o equilíbrio representado por
(monoácido acetilsalicílico) são utilizados como analgési- O O
cos, anti-inflamatórios e desplaquetadores sanguíneos. C C
1
Nas suas propagandas, consta: “O Ministério da Saúde O – H + H 2O O – + H3O + DH>0
2
adverte: este medicamento é contraindicado em caso de
suspeita de dengue”. Como as plaquetas são as responsá- Ácido benzoico Ácido benzoico
veis pela coagulação sanguínea, esses medicamentos de-
vem ser evitados para que um caso de dengue simples não Qual dos procedimentos a seguir deslocará o equilí-
se transforme em dengue hemorrágica. brio no sentido 1?
Sabendo-se que a constante de ionização do AAS é a) evaporação da água a uma temperatura fixa.
3 × 10 –5, o valor que mais se aproxima do pH de uma so- b) aumento de pressão.
lução aquosa de AAS 3,3 . 10 –4 mol/ℓ é: c) adição de benzoato de potássio sólido.
a) 8 d) adição de ácido sulfúrico.
b) 6 e) aumento da temperatura da solução.
c) 5
d) 4 27. Fuvest-SP — Em solução aquosa ocorre a transfor-
e) 3 mação
H2O2 + 2I–+ 2H+ → 2H2O + I2
24. UFRN — Os cálculos renais (pedras nos rins) são con- (Reagentes) (Produtos)
sequência da precipitação de certos sais presentes na uri- Em quatro experimentos, mediu-se o tempo decorrido
na. O resultado da dosagem dos íons cálcio, fosfato e oxa- para a formação de mesma concentração de I2, tendo-se
lato na urina de um paciente foi: na mistura de reação as seguintes concentrações iniciais
Espécie iônica Ca2+ (PO 4)3– (C2O 4)2– de reagentes:
Concentração Concentrações iniciais Tempo
2 x 10 –3 5 x 10 –6 1 x 10 –7 Experimento
(mol/ℓ) H 2 O2 I– H+ (s)
Considerando que os produtos de solubilidade dos I 0,25 0,25 0,25
sais Ca3(PO 4)2 e CaC2O 4 são, respectivamente, 1 . 10 –25 II 0,17 0,25 0,25 87
e 1,3 . 10 –9, pode-se afirmar que, nessas condições, po- III 0,25 0,25 0,17 56
derá haver:
IV 0,25 0,17 0,25 85
a) precipitação de oxalato e fosfato.
b) precipitação de oxalato. Esses dados indicam que a velocidade da reação con-
c) precipitação de fosfato. siderada depende apenas da concentração de:
d) ausência de precipitação. a) H2O2 e I–
b) H2O2 e H+
25. ITA-SP — As opções a seguir se referem a equilíbrios c) H2O2
químicos que foram estabelecidos dentro de cilindros pro- d) H+
Cinética química e equilíbrio químico ∙ Equilíbrio químico II
Referências bibliográficas
ATKINS, P. W. Físico-química. 6. ed., v. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
química 2m2∙11
BRASIL. Secretaria de Educação Ensino Médio. Parâmetros curriculares nacionais: Química. Brasília: MEC, 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Ensino Médio. Orientações para os parâmetros curriculares nacionais.
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEIN, B. E. Química — a ciência central. 9. ed. Toronto (Canadá): Pearson/Prentice Hall (Grupo Pearson).
CASTELLAN, G. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
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