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Nome : ____________________________________________________ 2º B / Nº ___

Prova de Literatura e Gramática – 4 Bimestre

1--Considerando o conto “O Espelho”, de Machado de Assis, assinale a alternativa incorreta:


a) O espelho reflete nossa alma interior.
b) A alma exterior constrói-se com colaboração da sociedade;
c) Apresenta a teoria do personagem Jacobina a respeito da duplicidade da alma humana;
d) O espelho pode refletir nossa alma exterior;

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"Luandino Vieira - A Fronteira de Asfalto"
“A menina das tranças loiras olhou para ele, sorriu e estendeu a mão.
… – Combinado?
– Combinado – Disse ele.
Riram os dois e continuaram a a andar, pisando as flores violeta que caiam das árvores.
– Neve cor de violeta – disse ele.
– Mas tu nunca viste neve…
– Pois não ,mas creio que cai assim…
– É branca, muito branca…
– Como tu!
e um sorriso triste aflorou medrosamente aos lábios dele.
– Ricardo! Também há neve cinzenta… cinzenta escura.
– Lembra-te da nossa combinação. Não mais…
– sim, não mais clara da tua cor. Mas quem falou primeiro fostes tu.
Ao chegarem a ponta do passeio ambos fizeram meia volta e vieram pelo mesmo caminho.
A menina tinha tranças loiras e laços vermelhos.
– Marina, lembras-te da nossa infância? – e voltou-se subitamente para ela.
Olhou-a nos olhos. A menina baixou olhar para a biqueira dos sapatos pretos e disse:
– Quando tu fazias carros com rodas de patins e me empurravas a volta do bairro?
– Sim lembro-me…
A pergunta que o persegui há meses saiu, finalmente.
– e tu achas que esta tudo como então? Como quando brincavamos a barra do lenço ou as escondidas? Quando eu era o teu
amigo Ricardo, um pretinho muito limpo e educado, no dizer da tua mãe? Achas…
E com as própria palavras ia-se excitando. Os olhos brilhavam e o cérebro ficava vazio, porque tudo o que acumulara saía numa
torrente de palavras.
-… que eu posso continuar a ser teu amigo…
– Ricardo!
– que a minha presença na tua casa…no quintal da tua casa, poucas vezes dentro dela ! não estragará os planos da tua família a
respeito das tuas relações…
Estava a ser cruel. Os olhos azuis de Marina não lhe diziam nada. Mas estava a ser cruel.
O som da própria voz fê-lo ver isso. Calou-se subitamente.
– Desculpa – disse por fim.
Virou os olhos para o seu mundo. Do outro la da rua asfalatada não havia passeio. Nem árvores de flores violeta. A terra era
vermelha. Piteiras. Casas de pau-a-pique a sombra de mulembas. As ruas de areia eram sinuosas. Uma ténue nuvem de poeira
que o vento levantava cobria tudo. A casa dele ficava ao fundo. Via-se do sítio donde estava. Amarela. Duas portas, três janelas.
Um cercado de aduelas e arcos de barril.
– Ricardo – disse a menina das tranças loiras – tu dissetes isso para quê? Alguma vez te disse que não era tua amiga? Alguma
vez que se te abandonei ? Nem os comentários da minhas colegas, nem os conselhos velados dos professores, nem a família
que se tem voltado contra mim…
– Está bem. Desculpa. sabes, isto fica dentro de nós. Tem de sair em qualquer altura.
E lembrava-se do tempo em que não havia perguntas, respostas, explicações. Quando ainda não havia a fronteira de asfalto.
– Bons tempos – encontrou-se a dizer.
– A minha mãe era a tua lavadeira. Eu era o filho da lavadeira. Servia de palhaço a menina Nina. A menina Nina dos caracóis
loiros. Não era assim que te chamavam? – Gritou ele.
Marina fugiu para casa. Ele ficou com os olhos marejados, as mãos ferozmente fechadas e as flores violeta caindo-lhe na
carapinha negra.
Depois, com passos dicididos, atravessou a rua, pisando com raiva a areia vermelha e sumiu no emaranhado do seu mundo.
Para trás ficava a ilusão.
Marina viu-o afastar-se. Amigos desde pequenos. Ele era o filho da lavadeira que distraía a menina Nina. Depois a escola.
ambos na mesma escola ,na mesma classe. A grande amizade a nascer.
Fugiu para o quarto.Bateu com a porta. Em volta o aspecto luminoso, sorridente, o ar feliz, o calor suave das paredes cor-de-
rosa. E lá estava sobre a mesa de estudo «… Marina e Ricardo – amigos para sempre». Os pedaços da fotografia voaram e
estenderam-se pelo chão. Atirou-se para cima da cama e ficou de costas a olhar o tecto. Era ainda o mesmo candeeiro.
Desenhos de Walt Disney. Os desenhos iam-se diluindo nos olhos marejados. E tudo se cobriu de névoa. Ricardo brincava com
ela. Ela corria feliz, o vestido pelos joelhos, e os caracóis loiros brilhavam. Ricardo tinha uns olhos grandes. E subitamente ficou
a pensar no mundo para lá da rua asfaltada. E reviu as casas de pau-a pique onde viviam famílias numerosas. Num quarto como
o dela dormiam os quatro irmãos de Ricardo…Porquê? Porque é que ela não podia continuar a ser amiga dele, como fora em
criança? Porque é que agora era diferente?
– Marina, preciso falar-te.
A mãe entrara e acariciava os cabelos loiros da filha.
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– Marina, já não és nenhuma criança para que não compreendas que a tua amizade por esse… teu amigo Ricardo não pode
continuar. Isso é muito bonito em criança. Duas crianças. Mas agora … um preto é um preto…
As minhas amigas todas falam da minha nigligência na tua educação. Que te deixei…Bem sabes que não é por mim!
– Está bem, eu faço o que tu quiseres. Mas agora deixa-me só.
O coração vazio. Ricardo não era mais que uma recordação longínqua. Uma recordação ligada a uns pedaços de fotografia que
voavam pelo pavimento.
– Deixas de ir com ele para o liceu, de vires com ele do liceu, de estudares com ele…
– Está bem mãe.
E virou a cabeça para a janela. Ao longe percebia-se a mancha escura das casas de zinco e das mulembas. Isso trouxe-lhe
novamente Ricardo. Virou-se subitamente para a mãe. Os olhos brilhantes, os lábios arrogantemente apertados.
– Está bem , está bem, ouviu? – gritou ela.
Depois megulhando a cara na colcha chorou.
Na noite de luar, Ricardo, debaixo da mulemba, recordava. Os giroflés e a barra do lenço. Os carros de patins. E sentiu
necessidade imperiosa de falar-lhe. Acostumara-se demasiado a ela. Todos aqueles anos de camaradagem, de estudo em
comum.
Deu por si a atravessar a fronteira. Os sapatos de borracha rangiam no asfalto. A lua punha uma cor crua em tudo. Luz na
janela. saltou o pequeno muro. Folhas secas rangeram debaixo dos seus pés. O “Toni” rosnou na casota. Avançou devagar até a
varanda, subiu o rodapé e bateu com cuidado.
– Quem é? – a voz de Marina veio de dentro, íntima e assustada.
– Ricardo!
– Ricardo? Que queres?
– Falar contigo.Quero que me expliques o que se passa.
– Não posso. Estou a estudar. Vai-te embora. amanhã na paragem do maximbombo. Vou mais cedo…
– Não. Precisa de ser hoje. Preciso de saber tudo já.
De dentro veio a resposta muda de Marina. A luz apagou-se. Ouvia-se chorar no escuro. Ricardo voltou-se lentamente. Passou
as mãos nervosas pelo cabelo. E, subitamente o facho da lanterna do polícia caqui bateu-lhe na cara.
– Alto aí! O qu’ é que estás a fazer?
Ricardo sentiu medo. O medo do negro pelo polícia. Dum salto atingiu o quintal.
as folhas secas cederam e ele escorregou. O “Toni” ladrou.
Ricardo levantou-se e correu para o muro.O polícia correu também. Ricardo saltou.
– Pára, pára! – gritou o polícia.
Ricardo não parou. Saltou o muro. Bateu no passeio com a violência abafada pelos sapatos de borracha.
Mas os pés escorregaram quando fazia o salto para atravessar a rua. Caiu e a cabeça bateu violentamente de encontro a aresta
do passeio.
Luzes acenderam-se em todas as janelas. O “Toni” ladrava. Na noite ficou o grito loiro da menina de tranças.
Estava um luar azul de aço. A lua cruel mostrava-se bem. De pé o polícia caqui desnudava com a luz da lanterna o corpo caído.
Ricardo , estendido do lado de cá da fronteira , sobre as flores violeta das árvores do passeio.
Ao fundo, cajueiros curvados sobre casas de pau-a-pique estendem a sombra retorcida na sua direção.”

a)Um dos campos lexicais refere-se a “belo” e “feio”. Baseado nisto, caracterize :
 o sujeito menino
 sujeito menina

b) Considerando os campos lexicais “temporalidade” e “infância” como os personagens se relacionavam?


c) Com base nas informações presentes no campo lexical “infância”,que expressão enfatiza a pureza de ser criança?
d) De que maneira o campo lexical “tristeza”, está relacionado ao menino negro?
e) Você acredita que o desfecho do conto poderia ser diferente se o menino fosse branco? Comente.
f) O conto “A Fronteira de Asfalto”, enfoca o sério problema do preconceito racial que é antigo, mas está tão presente em nossa
humanidade. Descreva como ocorre no conto.
g) Como os campos lexicais “natureza” e “opressão” refletem o ambiente ao final do conto?

3-Leia o seguinte trecho da obra Terra Sonâmbula, de Mia Couto, extraído do Sexto caderno de Kindzu, subintitulado O regresso a
Matimati. Lembrei meu pai, sua palavra sempre azeda: agora, somos um povo de mendigos, nem temos onde cair vivos. Era como
se ainda escutasse: - Mas você, meu filho, não se meta a mudar os destinos. Afinal, eu contrariava suas mandanças. Fossem os
naparamas, fosse o filho de Farida: eu não estava a deixar o tempo quieto. Talvez, quem sabe, cumprisse o que sempre fora:
sonhador de lembranças, inventor de verdades. Um sonâmbulo passeando entre o fogo. Um sonâmbulo como a terra em que
nascera. Ou como aquelas fogueiras por entre as quais eu abria caminho no areal. (Mia Couto, Terra Sonâmbula. São Paulo:
Companhia de Bolso, 2015, p. 104.)

Na passagem citada, a personagem Kindzu recorda os ensinamentos de seu pai diante do estado desolador em que se encontrava
sua terra, assolada pela guerra, e reflete sobre a coerência de suas ações em relação a tais ensinamentos. Levando em
consideração o contexto da narrativa do romance de Mia Couto, é correto afirmar que:

a) A demanda realizada por Kindzu e que é relatada em seus cadernos funciona como uma forma de fuga para a personagem
Muidinga, que se aliena da realidade da guerra pela leitura dos cadernos, indicando de modo inequívoco a função social da literatura.
b) A narrativa contida nos cadernos de Kindzu, lida por Muidinga e Tuahir, representa o universo onírico e se contrapõe à realidade
objetiva das duas personagens, razão pela qual ambas as narrativas aparecem no livro de modo intercalado, sem, necessariamente,
haver uma interseção entre elas.
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c) Segundo a personagem Kindzu, a sua terra, sonâmbula como ele, seria um lugar da sobreposição entre sonho e realidade, tal
como ocorre na narrativa que registra em seus cadernos, em que é impossível o estabelecimento de uma delimitação entre o onírico
e o real.
d) O sonho, sugerido pelo termo “sonâmbulo”, contrapõe-se à realidade da guerra, sugerida pela palavra “fogo”; terra sonâmbula
seria, pois, um lugar em que os limites entre realidade e sonho aparecem bem delimitados e no qual as personagens estão
condenadas definitivamente à miséria da guerra.

4-O velho se apressa a emendar: não sou seu tio! E ameaça: o moço que não abuse familiaridades. Mas aquele tratamento é só a
maneira da tradição, argumenta Muidinga. — Em você não gosto. — Não lhe chamo nunca mais. — E me diga: você quer
encontrar seus pais por quê? — Já expliquei tantas vezes. — Desconsigo de entender. Vou-lhe contar uma coisa: seus pais não lhe
vão querer ver nem vivo. — Por quê? — Em tempos de guerra filhos são um peso que trapalha maningue. Saem a enterrar os
cadáveres. Não vão longe. Abrem uma única campa para poupar esforço. No caminho do regresso encontram mais um corpo. Jazia
junto à berma, virado de costas. Não estava queimado. Tinha sido mor - to a tiro. A camisa estava empapada em sangue, nem se
notava a original cor. Junto dele estava uma mala, fecha - da, intacta. Tuahir sacode o morto com o pé. Revista-lhe os bolsos, em
vão: alguém já os tinha vazado. — Eh pá, este gajo não cheira. Atacaram o machimbombo há pouco tempo. O miúdo estremece. A
tragédia, afinal, é mais recente que ele pensava. Os espíritos dos falecidos ainda por ali pairavam. Mas Tuahir parece alheio à
vizinhança. Enterram o último cadáver. O rosto dele nunca chega a ser visto: arrastaram-no assim mesmo, os dentes charruando a
terra. Depois de fecharem o buraco, o velho puxa a mala para dentro do autocarro. Tuahir tenta abrir o achado, não é capaz.
Convoca a ajuda de Muidinga: — Abre, vamos ver o que está dentro. Forçam o fecho, apressados. No interior da mala estão
roupas, uma caixa com comidas. Por cima de tudo estão espalhados cadernos escolares, gatafunhados com letras incertas. O velho
carrega a caixa com mantimentos. Muidinga inspeciona os papéis. (Terra Sonâmbula, 2007, p. 11-12) 5.

 Explique a inversão da expressão “nem morto” para “nem vivo”.

5- Espaço vital ( Moacyr Scliar)

Como a mulher a seu lado, ele era corpulento; o braço


da poltrona não acolheria os cotovelos de ambos

TÃO LOGO SENTARAM E AFIVELARAM os cintos de segurança ele sentiu que o conflito começaria a qualquer momento. O conflito
pelo braço da poltrona, bem entendido, este território que, ao menos na classe econômica (para executiva ele não tinha grana), é
obrigatoriamente comum.
Como a mulher a seu lado, ele era corpulento; e o braço da poltrona, estreito, não acolheria os cotovelos de ambos. Breve estaria
desencadeada a luta pelo espaço vital, talvez não tão sangrenta quanto a Segunda Guerra na Europa, mas mesmo assim
encarniçada.
Ela tomou a iniciativa. Tão logo o avião decolou, e antes mesmo que a comissária anunciasse: "Nosso tempo de voo será de..." ela
abriu o jornal. Um jornal grande, não um tabloide, não uma revista. Jornalão, com muita coisa para ler, editoriais, artigos,
reportagens. E, o jornal aberto, ela naturalmente ancorou o cotovelo no braço da poltrona. Ancorou-o numa posição que não
permitiria o ingresso ali de qualquer outro cotovelo.
Ele também tinha um jornal. Ele também era um leitor assíduo. Mas a verdade é que ela se antecipara na manobra, e agora
qualquer tentativa dele no sentido de manifestar interesse nas notícias do país e do mundo não passaria de uma medíocre, e até
vergonhosa, imitação. Portanto, um a zero para ela.
Mas ele não desistiria. Desistir? De maneira alguma. Como se diz no Sul: "Não está morto quem peleia", e ele ainda tinha muito a
pelear. Agora, porém, adotaria uma tática diversa. Uma falsa retirada, destinada a dar à dona do poderoso cotovelo uma ilusória
sensação de definitiva vitória. Inclinou a poltrona, bocejou, fechou os olhos e fingiu dormir.
Mas, por entre as pálpebras semicerradas, observava-a. Aparentemente, ela continuava absorvida na leitura. Ele resolveu tentar
um ataque sub-reptício, tipo atentado terrorista. Como se fosse um movimento automático, colocou o cotovelo sobre o braço da
poltrona. Torceu para que a aeronave entrasse numa área de turbulência, o que acabou acontecendo.
No primeiro solavanco o cotovelo dele empurrou, como que por acidente, o cotovelo dela para fora. E ali ficou triunfante, como
aqueles soldados que, na batalha de Iwo Jima, desfraldaram a bandeira americana.
Ela continuava lendo o jornal. Mas ele sabia que, no fundo, ela estava remoendo a raiva e planejando a vingança. Que planejasse.
Ele não entregaria jamais a sua conquista.
E aí o problema, o inesperado problema. De repente sentiu vontade de urinar. Muita vontade de urinar. Que fazer?
Se levantasse, perderia o braço da poltrona e nunca mais o recuperaria. Durante longos minutos debateu-se em dúvida cruel. E aí,
misericordiosamente, o comandante anunciou que estavam pousando.
Ela fechou o jornal, voltou-se para ele:
- Você sabe que dia é hoje?
Ele não sabia. Ela sorriu, como mãe diante de filho travesso, e revelou: era o aniversário de casamento de ambos. Trinta e cinco
anos de matrimônio. Trinta e cinco anos partilhando sonhos, angústias, o cuidado dos filhos. E ah, sim, braços de poltrona em
aviões.
1. O conto “Espaço vital” começa com o narrador, em 3ª pessoa, afirmando que um determinado conflito seria inevitável. Que
conflito é esse?
2. Por que ele é considerado “inevitável”?
3. Que tipo de sensação o local em que se encontra provoca no passageiro?
4. Quais são os procedimentos adotados pelo passageiro para “vencer” o conflito que se estabelece entre ele e a passageira?
5. Eles surtem algum efeito? Justifique sua resposta.
6. Qual foi o objetivo do autor do conto ao criar um final tão inesperado? Que reação espera provocar no leitor?
7. A caracterização inicial da personagem feminina como uma mulher “muito gorda” pode parecer gratuita e geradora de
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preconceito. Que novos sentidos essa caracterização e o “conflito inevitável” mencionado na primeira frase ganham ao se saber
da relação conjugal dos passageiros? Por quê?
6--Leia atentamente a afirmação de Alfredo Bosi sobre o conto “O espelho”, do livro Papéis avulsos.
“(…) O que diz a narrativa? Que não há nenhuma unidade prévia da alma. A consciência de cada homem vem de fora, mas
este”fora” é descontínuo e oscilante, porque descontínua e oscilante é a presença física dos outros, e descontínuo e oscilante o
seu apoio. Jacobina só conquistará a sua alma, ou seja, a auto-imagem perdida, quando fizer um só todo com a farda de alferes
que o constituiu como tipo. A farda é símbolo e é matéria do status. O eu, investido do papel, pode sobreviver; despojado, perde o
pé, dispersa-se, esgarça-se, esfuma-se. Não tem forma, logo não tem unidade. Ter status é existir no mundo em estado sólido.
Mas o conto diz mais. Diz que não basta vestir a farda. É preciso que os outros a vejam e reconheçam como farda. Que haja olhos
para admirá-la. O olhar dos outros: o primeiro espelho. (…)”
BOSI, Alfredo. “A máscara e a fenda”. in Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: Ed. ática, 2002.
A partir da leitura do trecho acima, explique, em 10 linhas, o título do conto.

7-Classifique as orações coordenadas sindéticas em destaque, numerando-as de 1 a 5, de acordo com a tabela abaixo:

( 1 ) aditivas ( 4 ) conclusivas
( 2 ) adversativas ( 5 ) explicativas
( 3 ) alternativas

( ) Ou galopa ou sai da estrada. (Refrão gaúcho)


( ) Os operários protestam, reclamam e exigem explicações.
( ) Decerto choveu nas cabeceiras do rio, porque o caudal avolumou-se muito, hoje.
( ) Os argumentos sobre os malefícios da poluição não os abalam nem comovem.
( ) O homem depende do solo e da flora; deve, pois, preservá-Ios.
( ) "O navio deve estar mesmo afundando, pois os ratos já começaram a abandoná-Io." (Érico Veríssimo)
( ) Seremos vencedores ou iremos provar o amargor da derrota?
( ) O rio ora se estreitava, ora se alargava caprichosamente.
( ) Mônica não era uma beldade, contudo impunha-se pela sua simpatia.

8-Classifique as orações subordinadas substantivas em : objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, apositiva,
predicativa e subjetiva.
1) A menina quis que eu comprasse sorvete.
2) Consta que esses homens foram presos anteriormente.
3) É necessário que se estabeleça regras nesta empresa.
4) Estou com esperança de que ele saia vitorioso.
5) Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde.
6) Tenho certeza de que não há esperanças.
7) Faço apenas um pedido: que você nunca abandone os seus princípios.
8) Convém que não saias da classe.
9) Penso que eles viajarão amanhã cedo.
10) Tenho medo de que ele não resista ao interrogatório.
11) Pedi-lhe um favor: que me chamasse às sete horas.
12) O certo é que o Vasco não ganhará do Flamengo.
13) É certo que o Vasco não ganhará do Flamengo.

9-Assinale a alternativa correta:


“Pedro e João ____ entraram em casa perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento
para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus, dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram
que a jovem iria com os primos e a tia.”

a) mau - mal - mais - mas;


b) mal - mal - mais - mais;
c) mal - mau - mas - mais;
d) mal - mau -mas - mas;
e) mau - mau - mas - mais.

10-Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses:


a. O..........................dos senadores é de oito anos. (mandado - mandato)
b. Todos os...........................haviam sido ocupados. (acentos - assentos)
c. A próxima..............................começará atrasada. (seção - sessão)
d. O marido entrou vagarosamente e passou......(despercebido - desapercebido)
e. Após o bombardeio, o navio atingido........................ (emergiu-imergiu)

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