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Relação Anual de Informações Sociais

(RAIS) 2017

Sumário Executivo

SETEMBRO 2018

1
SUMÁRIO

1. RESULTADOS GLOBAIS ...................................................................................................................3

2. EMPREGO ......................................................................................................................................6

2.1 EMPREGO SEGUNDO GRANDE REGIÃO ................................................................................................ 6


2.2 EMPREGO SEGUNDO UF ................................................................................................................... 7
2.3 EMPREGO SEGUNDO SETOR ECONÔMICO............................................................................................. 9
2.4 EMPREGO SEGUNDO SEXO .............................................................................................................. 10
2.5 EMPREGO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA................................................................................................... 11
2.6 EMPREGO SEGUNDO ESCOLARIDADE ................................................................................................. 12
2.7 EMPREGO SEGUNDO RAÇA/COR ...................................................................................................... 12
2.8 EMPREGO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA .......................................................................................... 14
2.9 EMPREGO SEGUNDO TAMANHO DE ESTABELECIMENTO ........................................................................ 15

3. REMUNERAÇÃO ........................................................................................................................... 16

2
1. RESULTADOS GLOBAIS

Empregos

Em 2017, houve crescimento do estoque de empregos formais, que alcançou 46,3


milhões de vínculos ativos.
Em relação a 2016, o estoque de empregos formais registrou expansão de +221,4
mil vínculos empregatícios (+0,5%).

Tabela 1. Brasil: Número de Empregos Formais, Variação Absoluta e Relativa (1990/2017)

Ano Nº Empregos Variação Absoluta Variação Relativa (%)


1990 23.198.656 -1.287.912 -5,3
1991 23.010.793 -187.863 -0,8
1992 22.272.843 -737.950 -3,2
1993 23.165.027 892.184 4,0
1994 23.667.241 502.214 2,2
1995 23.755.736 88.495 0,4
1996 23.830.312 74.576 0,3
1997 24.104.428 274.116 1,2
1998 24.491.635 387.207 1,6
1999 24.993.265 501.630 2,1
2000 26.228.629 1.235.364 4,9
2001 27.189.614 960.985 3,7
2002 28.683.913 1.494.299 5,5
2003 29.544.927 861.014 3,0
2004 31.407.576 1.862.649 6,3
2005 33.238.617 1.831.041 5,8
2006 35.155.249 1.916.632 5,8
2007 37.607.430 2.452.181 6,9
2008 39.441.566 1.834.136 4,9
2009 41.207.546 1.765.980 4,5
2010 44.068.355 2.860.809 6,9
2011 46.310.631 2.242.276 5,1
2012 47.458.712 1.148.081 2,5
2013 48.948.433 1.489.721 3,1
2014 49.571.510 623.077 1,3
2015 48.060.807 -1.510.703 -3,1
2016 46.060.198 -2.000.609 -4,2
2017 46.281.590 221.392 +0,5%
Fonte: MTb/RAIS.

3
Do ponto de vista do tipo de vínculo, houve expansão do estoque de vínculos
empregatícios estatutários e retração no estoque de empregos celetistas.
Em 2017, o estoque de empregos celetistas correspondia a 33,3 milhões de vínculos
(78,5%), seguido pelos vínculos estatutários (8,9 milhões, 19,3%).
Em relação ao ano 2016, o estoque de vínculos estatutário experimentou
crescimento de +344,5 mil (4,0%), ao passo que o estoque de empregos celetistas
regrediu, perdendo -258,0 mil postos de trabalho (-0,7%).

Tabela 2. Brasil: Número de Empregos Formais por Tipo de Vínculo (2011/17)

Tipo Vínculo 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %

Celetista Prazo Indet. 36.394.115 37.651.484 38.644.834 39.186.985 37.848.304 36.232.407 35.949.222 -283.185 -0,8%
Celetista Prazo Det. 376.930 368.644 378.458 380.920 355.321 348.201 373.432 25.231 7,2%
CELETISTA - SUBTOTAL 36.771.045 38.020.128 39.023.292 39.567.905 38.203.625 36.580.608 36.322.654 -257.954 -0,7%
Estatutário 6.346.289 6.503.531 6.685.757 6.783.440 6.619.260 6.632.711 6.592.741 -39.970 -0,6%
Estatutário RGPS 887.588 929.393 937.704 984.678 1.023.810 1.008.822 1.141.773 132.951 13,2%
Estatutário não Efetivo 1.470.860 1.119.017 1.343.159 1.241.009 1.230.319 949.913 1.201.450 251.537 26,5%
ESTATUTÁRIO - SUBTOTAL 8.704.737 8.551.941 8.966.620 9.009.127 8.873.389 8.591.446 8.935.964 344.518 4,0%
Avulso 78.598 75.420 77.208 71.454 68.441 58.022 58.134 112 0,2%
Temporário 191.521 185.321 189.176 156.502 119.737 109.409 143.444 34.035 31,1%
Aprendiz 250.904 294.221 327.054 361.290 377.414 368.818 386.338 17.520 4,8%
Diretor 21.832 21.973 23.573 18.496 17.143 16.123 15.644 -479 -3,0%
Contrat Prazo Determ. 66.611 61.277 72.692 79.555 68.721 60.874 70.641 9.767 16,0%
Contrat TMP Determ. 23.547 29.940 31.583 32.329 30.474 28.937 51.378 22.441 77,6%
Contrat Lei Estadual 53.346 82.617 61.320 87.954 109.489 103.696 120.325 16.629 16,0%
Contrat Lei Municipal 148.490 135.874 175.915 186.898 192.374 142.265 177.068 34.803 24,5%
OUTROS - SUBTOTAL 834.849 886.643 958.521 994.478 983.793 888.144 1.022.972 134.828 15,2%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%

Fonte: MTb/RAIS.

4
Estabelecimentos

A RAIS 2017 possuiu universo de 8,2 milhões de estabelecimento declarantes,


sendo 3,9 milhões de estabelecimentos com empregados (47,5%) e 4,3 milhões de
estabelecimentos sem empregados (RAIS Negativa) (52,5%).
Em comparação com 2016, houve uma redução no total de estabelecimentos da
ordem de -19,4 mil (-0,2%), concentrada estabelecimentos com empregados (-34,0
mil, -0,9%), visto que os estabelecimentos sem empregados descreveram
crescimento (+14,6 mil, +0,3%).

Tabela 3. Brasil: Quantidade de Estabelecimentos Declarantes (2011/17)

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %


Com empregados 3.590.616 3.695.735 3.836.771 3.949.979 3.971.108 3.921.448 3.887.449 -33.999 -0,9%
Sem empregados 4.294.820 4.204.818 4.329.239 4.290.867 4.343.198 4.284.527 4.299.139 14.612 0,3%
Total 7.885.436 7.900.553 8.166.010 8.240.846 8.314.306 8.205.975 8.186.588 -19.387 -0,2%

Fonte: MTb/RAIS.

5
2. EMPREGO

2.1 Emprego segundo Grande Região

Em 2017, houve expansão do emprego em todas as Grandes Regiões, à exceção da


Região Sudeste.
A Região Sudeste concentrava cerca de metade do estoque do emprego formal
(49,2%, 22,8 milhões de vínculos), seguida pela Região Nordeste (18,5% do estoque,
8,5 milhões de postos de trabalho), Região Sul (17,6%, 8,1 milhões de empregos),
Região Centro-Oeste (9,1%, 4,2 milhões de postos) e Região Norte (5,7%, 2,6 milhões
de empregos).
Em comparação com 2016, a Região Nordeste registrou o maior crescimento no
estoque de empregos (+107,4 mil, 1,3%), seguido pelo Centro-Oeste (+100,0 mil,
+2,4%), Norte (+62,6 mil, 2,4%) e Sul (+44,4 mil, +0,5%). A Região Sudeste
apresentou redução no estoque de empregos da ordem de -93,1 mil (-0,4%).

Tabela 4. Brasil: Vínculos Empregatícios segundo Grande Região (2011/17)

Região 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %

NO 2.562.748 2.622.185 2.743.248 2.801.469 2.724.584 2.579.035 2.641.623 62.588 2,4%


NE 8.481.080 8.613.556 8.926.710 9.132.863 8.899.279 8.436.203 8.543.651 107.448 1,3%
SE 23.514.877 24.099.808 24.623.001 24.792.464 23.892.188 22.851.175 22.758.090 -93.085 -0,4%
SU 7.902.443 8.129.698 8.415.302 8.550.246 8.333.045 8.091.911 8.136.303 44.392 0,5%
CO 3.849.483 3.993.465 4.240.172 4.294.468 4.211.711 4.101.874 4.201.923 100.049 2,4%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%
Fonte: MTb/RAIS.

6
2.2 Emprego segundo Unidades da Federação

Em 2017, houve crescimento do emprego em 21 Unidades da Federação e retração


em 6 UFs.
As quatro UFs com maior estoque de empregos eram São Paulo (28,4%, 13,1 milhões
de vínculos), Minas Gerais (10,2%, 4,7 milhões de postos de trabalho), Rio de Janeiro
(8,7%, 4,0 milhões de vínculos) e Paraná (6,5%, 3,0 milhões). Juntas, respondem por
53,8% dos empregos formais.
Em comparação com 2016, as UFs com maior crescimento no estoque de empregos
foram Minas Gerais (+82,2 mil postos, +1,8%), Goiás (+69,5 mil, +4,8%), Bahia (+52,4
mil, +2,4%) e Santa Catarina (+37,8 mil, +1,7%).
As UFs com maior queda no estoque de empregos foram Rio de Janeiro (-114,7 mil, -
2,8%), São Paulo (-65,8 mil, -0,5%), Rio Grande do Sul (-8,5 mil, -0,3%) e Distrito
Federal (-4,0 mil, -0,3%).

7
Tabela 5. Brasil: Vínculos Empregatícios segundo UF (2011/17)
UF 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %
AC 121.321 125.229 129.232 133.161 136.011 128.137 131.291 3.154 2,4%
AM 597.910 616.377 644.411 642.920 611.161 572.035 584.318 12.283 2,1%
AP 119.211 122.956 126.731 132.833 121.913 125.591 127.550 1.959 1,5%
NO PA 1.037.089 1.052.344 1.125.536 1.148.221 1.125.629 1.053.271 1.068.818 15.547 1,5%
RO 352.460 365.142 367.645 374.101 358.661 341.197 347.795 6.598 1,9%
RR 91.988 93.777 92.157 94.320 96.564 94.574 100.377 5.803 5,8%
TO 242.769 246.360 257.536 275.913 274.645 264.230 281.474 17.244 6,1%
AL 497.898 505.132 509.125 514.391 509.275 490.272 486.763 -3.509 -0,7%
BA 2.265.618 2.256.621 2.314.907 2.372.583 2.312.404 2.171.345 2.223.775 52.430 2,4%
CE 1.406.906 1.423.648 1.495.923 1.552.447 1.542.759 1.443.365 1.464.948 21.583 1,5%
MA 675.274 696.348 721.490 738.826 722.866 700.200 713.051 12.851 1,8%
NE PB 614.813 628.047 659.242 679.180 667.030 634.632 638.270 3.638 0,6%
PE 1.648.927 1.694.647 1.758.482 1.768.543 1.670.335 1.585.654 1.584.780 -874 -0,1%
PI 393.363 418.380 444.121 457.730 460.776 441.693 453.229 11.536 2,5%
RN 592.444 602.226 617.645 632.140 608.866 585.969 588.373 2.404 0,4%
SE 385.837 388.507 405.775 417.023 404.968 383.073 390.462 7.389 1,9%
ES 902.070 926.336 954.791 967.728 924.742 868.873 874.157 5.284 0,6%
MG 4.850.976 4.928.225 5.057.080 5.071.906 4.821.116 4.628.701 4.710.919 82.218 1,7%
SE
RJ 4.349.052 4.461.706 4.586.790 4.641.380 4.448.859 4.159.481 4.044.736 -114.745 -2,8%
SP 13.412.779 13.783.541 14.024.340 14.111.450 13.697.471 13.194.120 13.128.278 -65.842 -0,5%
PR 2.920.277 3.033.665 3.121.384 3.167.134 3.113.204 3.013.105 3.028.192 15.087 0,5%
SU RS 2.920.589 2.993.031 3.082.991 3.109.179 3.005.549 2.910.883 2.902.373 -8.510 -0,3%
SC 2.061.577 2.103.002 2.210.927 2.273.933 2.214.292 2.167.923 2.205.738 37.815 1,7%
DF 1.156.908 1.181.649 1.302.284 1.321.828 1.263.872 1.250.750 1.246.729 -4.021 -0,3%
GO 1.385.230 1.450.065 1.509.395 1.514.532 1.501.397 1.445.943 1.515.422 69.479 4,6%
CO
MS 597.968 617.193 635.625 653.578 645.620 633.554 639.387 5.833 0,9%
MT 709.377 744.558 792.868 804.530 800.822 771.627 800.385 28.758 3,6%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%
Fonte: MTb/RAIS.

8
Emprego segundo Setor Econômico

Em 2017, houve expansão do emprego em três setores econômicos e queda em


quatro setores.
O setor de Serviços respondia por 16,8 milhões de empregos (36,2%), seguido por
Comércio (9,2 milhões, 19,9%), Administração Pública (9,1 milhões, 19,9%), Indústria
de transformação (7,1 milhões, 15,4%), Construção Civil (1,8 milhões, 4,0%),
Agropecuária (1,5 milhão, 3,2%), Serviços Industriais de Utilidade Pública (425,4 mil,
0,9%) e Extrativa mineral (212,3 mil, 0,5%).
Em comparação com 2016, a Administração Pública descreveu crescimento de
+369,2 mil empregos (+4,2%), seguido por Serviços (+63,8 mil, +0,4%) e
Agropecuária (+24,8 mil, +1,7%). Por sua vez, a Construção Civil registrou maior
queda no estoque de empregos (-146,4 mil, -7,4%), seguida pela Indústria de
transformação (-42,8 mil, -0,6%), Comércio (-34,1 mil, -0,4%), Extrativa mineral (-9,0
mil, -4,1%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-4,0 mil, -0,9%).

Tabela 6. Brasil: Vínculos Empregatícios segundo Setor Econômico (2011/17)


Setor 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %
EXT MIN 231.389 259.297 261.383 257.606 240.488 221.331 212.337 -8.994 -4,1%
IND 8.113.805 8.148.328 8.292.739 8.171.022 7.566.900 7.148.013 7.105.206 -42.807 -0,6%
SIUP 412.741 423.277 444.674 450.098 447.385 429.435 425.427 -4.008 -0,9%
CONST 2.750.173 2.832.570 2.892.557 2.815.686 2.422.664 1.985.404 1.838.958 -146.446 -7,4%
COM 8.842.677 9.226.155 9.511.094 9.728.107 9.532.622 9.264.904 9.230.750 -34.154 -0,4%
SERV 15.372.455 16.167.385 16.726.013 17.313.495 17.151.312 16.708.852 16.772.645 63.793 0,4%
ADM PUB 9.103.601 8.937.443 9.340.409 9.355.833 9.198.875 8.826.040 9.195.215 369.175 4,2%
AGROP 1.483.790 1.464.257 1.479.564 1.479.663 1.500.561 1.476.219 1.501.052 24.833 1,7%
TOTAL 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%

Fonte: MTb/RAIS.

9
2.3 Emprego segundo Sexo

Em 2017, houve crescimento no emprego tanto para homens quanto para mulheres.
Os vínculos empregatícios ocupados por homens correspondiam a 25,9 milhões de
postos de trabalho em 2017, equivalente a 56,0% do estoque de empregos. Por sua
vez, os empregos desempenhados por mulheres somavam 20,4 milhões de vínculos,
44,0% dos vínculos empregatícios no ano. A participação feminina no mercado de
trabalho formal correspondia em 2017 a 78,6% do estoque de empregos ocupados
por homens.
Em comparação com 2016, os homens registraram ampliação de 114,6 mil de
empregos, equivalente à expansão de +0,4%. Do mesmo modo, as mulheres
aumentaram seu estoque de empregos em +106,7 mil postos de trabalho (+0,5%).

Tabela 7. Brasil: Emprego segundo Sexo (2011/17)

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %


MAS 26.908.359 27.302.180 28.003.631 28.133.650 27.061.695 25.797.585 25.912.235 114.650 0,4%
FEM 19.402.272 20.156.532 20.944.802 21.437.860 20.999.112 20.262.613 20.369.355 106.742 0,5%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%

Fonte: MTb/RAIS.

10
2.4 Emprego segundo Faixa Etária

Em 2017, as faixas etárias acima de 30 anos de idade experimentaram crescimento


no estoque de empregos, enquanto que as faixas etárias até 29 anos registraram
retração em sua quantidade de vínculos empregatícios.
A faixa etária 30-39 anos apresentou a maior quantidade de vínculos empregatícios
(14,4 milhões de empregos, equivalente a 31,0% do estoque), seguida das faixas 40-
49 anos (10,4 milhões, 22,6% do total), 50-64 anos (7,7 milhões, 16,7% do total), 25-
29 anos (6,6 milhões de vínculos, 14,2% do universo), 18-24 anos (6,2 milhões de
empregos, 13,5% do total), 65 anos ou mais (649,4 mil vínculos, 1,4% do estoque) e
até 17 anos (292,6 mil, 0,6% do total).
Em comparação a 2016, a faixa etária 40-49 anos registrou o maior crescimento, da
ordem de +225,7 mil empregos (+2,2%), seguido por 30 a 39 anos (+141,3 mil, 1,0%),
50 a 64 anos (+123,8 mil, +1,6%) e 65 anos ou mais (+50,5 mil, 8,4%). A redução no
estoque de empregos concentrou-se nos jovens: 25 a 29 anos (-154,7 mil, -2,3%), 18
a 24 anos (-123,0 mil, -1,9%) e até 17 anos (-42,1 mil, -12,6%).

Tabela 8. Brasil: Emprego segundo Faixa Etária (2011/17)

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %


Até 17 502.235 531.618 538.426 533.881 426.157 334.720 292.579 -42.141 -12,6%
18 A 24 7.820.740 7.828.573 7.906.014 7.714.970 7.041.524 6.366.269 6.243.290 -122.979 -1,9%
25 A 29 7.738.086 7.695.450 7.765.329 7.710.983 7.233.133 6.734.061 6.579.325 -154.736 -2,3%
30 A 39 13.562.142 14.094.347 14.663.486 14.904.707 14.670.733 14.219.901 14.361.208 141.307 1,0%
40 A 49 9.913.632 10.157.126 10.428.627 10.626.574 10.454.459 10.217.972 10.443.635 225.663 2,2%
50 A 64 6.370.604 6.717.156 7.161.535 7.551.664 7.660.482 7.588.127 7.711.964 123.837 1,6%
65 OU
402.753 434.101 484.704 528.481 574.102 598.960 649.417 50.457 8,4%
MAIS
{ñ class} 439 341 312 250 217 188 172 -16 -8,5%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%

Fonte: MTb/RAIS.

11
2.5 Emprego segundo Escolaridade

Em 2017, as faixas de escolaridade mais elevada registraram expansão no estoque


de empregos, ao passo que as faixas com escolaridade mais baixa apresentaram
retração em sua quantidade de vínculos empregatícios.
A escolaridade de Ensino Médio Completo apresentava o maior estoque de
empregos (22,4 milhões, 48,4%), seguido pelo Superior Completo (9,8 milhões,
21,2%), Até Ensino Fundamental Incompleto (4,6 milhões, 10,0%), Fundamental
Completo (4,2 milhões, 9,2%), Ensino Médio Incompleto (2,9 milhões, 6,4%), Ensino
Superior Incompleto (1,8 milhão, 3,8%), Mestrado (343,3 mil, 0,7%) e Doutorado
(117,3 mil, 0,3%).
Em comparação com 2016, a expansão do emprego concentrou-se no Ensino Médio
Completo (+513,9 mil, +2,3%), Superior Completo (+348,0 mil, +3,7%), Mestrado
(+36,5 mil, +11,9%) e no Doutorado (+16,2 mil, +16,0%). A queda no estoque ocorreu
principalmente na escolaridade até Ensino Fundamental Incompleto (-313,7 mil,
-6,3%), seguido pelo Ensino Fundamental Completo (-231,9 mil, -5,2%), Ensino
Médio Incompleto (-142,2 mil, -4,6%) e Ensino Superior Incompleto (-5,5 mil, -0,3%).

Tabela 9. Brasil: Emprego segundo Escolaridade (2011/17)

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %


ANALFABETO 179.024 168.913 163.039 156.579 158.146 141.402 138.898 -2.504 -1,8%
ATÉ 5ª INCOMPL 1.622.915 1.552.101 1.514.951 1.445.544 1.311.705 1.156.684 1.095.373 -61.311 -5,3%
5ª COMPL 1.949.437 1.802.377 1.684.460 1.537.913 1.383.670 1.212.177 1.120.448 -91.729 -7,6%
6ª a 9ª FUND 3.419.149 3.294.414 3.200.199 3.021.756 2.737.829 2.437.051 2.278.928 -158.123 -6,5%
SUBTOTAL
FUND INCOMP 7.170.525 6.817.805 6.562.649 6.161.792 5.591.350 4.947.314 4.633.647 -313.667 -6,3%
FUND COMPL 5.719.587 5.604.327 5.598.269 5.359.976 4.893.176 4.472.286 4.240.418 -231.868 -5,2%
MÉD INCOMPL 3.645.611 3.692.042 3.723.884 3.653.295 3.403.809 3.083.820 2.941.652 -142.168 -4,6%
MÉD COMPL 20.017.322 20.996.292 22.137.706 22.851.703 22.588.147 21.896.553 22.410.469 513.916 2,3%
SUP INCOMPL 1.899.665 1.901.385 1.879.225 1.869.099 1.852.266 1.786.262 1.780.785 -5.477 -0,3%
SUP COMPL 7.620.243 8.177.811 8.742.765 9.327.945 9.357.875 9.465.960 9.813.973 348.013 3,7%
MEST 179.229 205.648 229.437 263.932 281.569 306.876 343.336 36.460 11,9%
DOUT 58.449 63.402 74.498 83.768 92.615 101.127 117.310 16.183 16,0%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%
Fonte: MTb/RAIS.

12
2.6 Emprego segundo Raça/Cor
Em 2017, as modalidades de raça/cor preta e parda registraram expansão no
estoque de empregos, ao passo que as modalidades branca, amarela e indígena
apresentaram redução em sua quantidade de vínculos empregatícios.
O universo de empregados que autodeclararam sua raça/cor atingiu 33,6 milhões
(72,5% do estoque). Aqueles que optaram por não autodeclarar sua raça/cor ou cuja
variável não foi informada pelo estabelecimento a que estava vinculados totalizaram
12,7 milhões de empregados (27,5%).
Dentre os empregados que autodeclararam sua raça/cor, aqueles autodeclarados
como brancos concentraram a maior quantidade de vínculos empregatícios (19,0
milhões, equivalente a 56,5% do estoque de empregos), seguido pelos empregados
autodeclarados como pardos (12,3 milhões, correspondente a 36,7%), pelos
trabalhadores autodeclarados como pretos (1,9 milhão, 5,8%), amarelos (259,8 mil
vínculos, 0,8%) e indígenas (74,9 mil empregos, 0,2%).
Em comparação a 2016, a raça/etnia parda descreveu a maior expansão no estoque
de empregos (+39,2 mil, +0,3%), seguida pela raça/cor preta (+35,9 mil, +1,9%). A
queda no estoque de vínculos empregatícios atingiu principalmente a raça/cor
branca (-494,8 mil, -2,5%), seguida pela raça/cor amarela (-14,6 mil, -5,3%) e pela
raça/cor indígena (-0,5 mil, -0,7%).

Tabela 10. Brasil: Emprego segundo Raça/Cor (2011/17)

Raça Cor 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %
Indígena 84.692 91.487 97.951 93.742 86.985 75.407 74.913 -494 -0,7%
Branca 21.905.334 22.087.406 22.142.660 21.801.558 20.639.264 19.469.440 18.974.627 -494.813 -2,5%
Preta 1.930.590 1.975.115 2.027.562 2.081.464 2.009.048 1.917.113 1.952.968 35.855 1,9%
Amarela 262.860 308.331 331.683 321.716 319.693 274.407 259.842 -14.565 -5,3%
Parda 11.224.753 11.884.505 12.528.673 13.095.217 12.785.556 12.264.691 12.303.871 39.180 0,3%
Total 35.408.229 36.346.844 37.128.529 37.393.697 35.840.546 34.001.058 33.566.221 -434.837 -1,3%

Fonte: MTb/RAIS.

13
2.7 Emprego de Pessoas com Deficiência
Em 2017, houve crescimento no estoque de empregos formais das pessoas com
deficiência.
O contingente de pessoas com deficiência (PCD) empregadas totalizava 441,3 mil
vínculos empregatícios, equivalente a 1,0% do estoque total. Em relação ao ano
2016, houve expansão de +22,8 mil empregos, equivalente a +5,5%.
Considerando os tipos de deficiência informadas à RAIS, os subconjuntos mais
representados eram empregados com Deficiência Física (212,9 mil empregos, 48,2%
do estoque de PCD empregados), Deficiência Auditiva (83,2 mil empregos, 18,9%),
Deficiência Visual (62,1 mil vínculos, 14,1%), Reabilitados (38,8 mil empregos, 8,8%),
Deficiência Intelectual (mental) (36,7 mil vínculos, 8,3%) e Deficiência Múltipla (7,7
mil postos, 1,7%).
Em comparação a 2016, a expansão no emprego de PCD ocorreu de forma
equilibrada entre os empregados com deficiência visual (+8,7 mil, 16,3%) e
deficiência física (+8,3 mil, +4,1%), seguido por auditiva (+2,8 mil, +3,5%), intelectual
(mental) (+2,5 mil, + 7,3%), múltipla (+0,4 mil, +5,1%) e reabilitados (+0,1 mil,
+0,3%).

Tabela 11. Brasil: Emprego segundo Tipo de Deficiência (2011/17)

Tipo Defic 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %
Física 174.207 170.468 181.464 192.432 200.794 204.554 212.878 8.324 4,1%
Auditiva 73.579 74.385 78.078 78.370 79.389 80.390 83.196 2.806 3,5%
Visual 21.847 26.119 33.505 39.580 46.913 53.438 62.135 8.697 16,3%
Intelectual (mental) 18.810 21.317 25.332 29.132 32.144 34.168 36.661 2.493 7,3%
Múltipla 4.144 4.696 5.490 6.708 8.108 7.287 7.657 370 5,1%
Reabilitado 32.704 33.311 33.928 35.100 35.907 38.684 38.812 128 0,3%
Total 325.291 330.296 357.797 381.322 403.255 418.521 441.339 22.818 5,5%
Fonte: MTb/RAIS.

14
2.8 Emprego segundo Tamanho de Estabelecimento
Em 2017, o estoque de empregos formais apresentou expansão principalmente nos
estabelecimentos com mais de 250 empregados e retração especialmente nos
estabelecimentos com menos de 20 empregados.
Os principais empregadores foram os estabelecimentos com 1 mil ou mais de
empregados (11,8 milhões de empregos, 25,6%), seguidos por aqueles com 20 a 49
empregados (5,6 milhões, 12,0%), 100 a 249 empregados (4,7 milhões, 10,1%), 10 a
19 empregados (4,5 milhões, 9,8%), 1 a 4 empregados (4,2 milhões, 9,1%), 5 a 9
empregados (4,1 milhões, 8,9%), 500 a 999 empregados (3,8 milhões, 8,3%), 250 a
499 empregados (3,8 milhões, 8,2%) e 50 a 99 empregados (3,7 milhões, 8,0%).
Em comparação com 2016, os estabelecimentos com 500 a 999 empregados
lideraram a expansão do estoque de vínculos empregatícios (+135,2 mil, +3,7%),
seguidos por aqueles com 1 mil ou mais empregados (+111,2 mil, +0,9%), 250 a 499
empregados (+75,2 mil, +2,0%) e 20 a 49 empregados (+6,5 mil, +0,1%).
Por sua vez, a retração do estoque de vínculos empregatícios concentrou-se nos
estabelecimentos com 1 a 4 empregados (-33,7 mil, -0,8%), 5 a 9 empregados (-29,1
mil, -0,7%) e 10 a 19 empregados (-25,9 mil, -0,6%), seguidos pelos estabelecimentos
com 50 a 99 empregados (-14,5 mil, -0,4%) e 100 a 249 empregados (-3,5 mil, -0,1%).

Tabela 12. Brasil: Emprego segundo Tamanho do Estabelecimento (2011/17)


Tamanho Estab 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %
De 1 a 4 3.839.970 3.972.862 4.120.510 4.248.410 4.275.555 4.230.672 4.196.982 -33.690 -0,8%
De 5 a 9 3.759.170 3.929.131 4.080.937 4.187.610 4.215.959 4.136.698 4.107.648 -29.050 -0,7%
De 10 a 19 4.258.590 4.438.942 4.560.105 4.682.038 4.669.430 4.555.557 4.529.657 -25.900 -0,6%
De 20 a 49 5.516.317 5.671.544 5.847.950 5.952.585 5.797.275 5.545.038 5.551.570 6.532 0,1%
De 50 a 99 3.843.344 3.957.539 4.049.295 4.083.225 3.900.173 3.737.397 3.722.862 -14.535 -0,4%
De 100 a 249 4.887.520 5.025.103 5.152.916 5.162.073 4.914.800 4.678.727 4.675.183 -3.544 -0,1%
De 250 a 499 3.945.094 4.072.663 4.169.982 4.180.050 3.958.500 3.741.288 3.816.461 75.173 2,0%
De 500 a 999 3.920.885 3.964.714 4.110.108 4.095.353 3.954.893 3.697.273 3.832.450 135.177 3,7%
1000 ou Mais 12.339.741 12.426.214 12.856.630 12.980.166 12.374.222 11.737.548 11.848.777 111.229 0,9%
Total 46.310.631 47.458.712 48.948.433 49.571.510 48.060.807 46.060.198 46.281.590 221.392 0,5%
Fonte: MTb/RAIS.

15
3. REMUNERAÇÃO

Em 2017, houve crescimento real na remuneração média, que alcançou R$2.973,23.


Em relação a 2016, a remuneração média real cresceu R$61,64, equivalente a +2,1%.
Do ponto de vista do gênero, a ampliação do rendimento médio beneficiou tanto
homens quanto mulheres.
A remuneração média masculina expandiu-se em 1,8%, alcançando R$3.181,87. Por
sua vez, a remuneração média feminina registrou crescimento de 2,6%, atingindo
R$2.708,71.
Em 2017, a remuneração média das mulheres correspondia a 85,1% da remuneração
masculina.

Tabela 13. Brasil: Remuneração segundo Sexo – R$ (2011/17)

R$ 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Variação %


MAS 2.955,68 3.054,74 3.151,98 3.209,66 3.115,07 3.126,66 3.181,87 55,21 1,8%
FEM 2.447,39 2.511,58 2.595,55 2.644,51 2.598,81 2.638,89 2.708,71 69,83 2,6%
Total 2.742,01 2.823,53 2.913,46 2.964,64 2.888,84 2.911,59 2.973,23 61,64 2,1%
Fonte: MTb/RAIS (deflacionado a preços de Dezembro/2017 pelo INPC/IBGE)

16
Da perspectiva setorial, houve crescimento da remuneração média em cinco setores
econômicos e retração em três.
O setor econômico com maior remuneração média foi a Extrativa Mineral
(R$6.229,41), seguida por SIUP (R$4.956,04), Administração Pública (R$4.226,49),
Serviços (R$2.938,49), Indústria de Transformação (R$2.888,49), Construção Civil
(R$2.347,90), Comércio (R$2.004,84) e Agropecuária (R$1.826,28).
Em relação a 2016, o setor da Administração Pública descreveu a maior expansão
(R$73,84, +1,8%), seguido pelos Serviços (R$68,98, +2,4%), Agricultura (R$68,88,
+3,9%), Comércio (R$52,37, +2,7%) e Indústria de Transformação (R$9,28, +0,3%).
Apresentaram queda no rendimento médio real os setores da Extrativa Mineral (R$ -
208,66, -3,2%), SIUP (R$-91,28, -1,8%) e Construção Civil (R$-4,07, -0,2%).

Tabela 14. Brasil: Remuneração segundo Setor de Atividade – R$ (2016/17)

SETOR/SUBSETOR 2016 2017 Variação %


Administração Pública 4.152,64 4.226,49 73,84 1,8%
Agricultura 1.757,40 1.826,28 68,88 3,9%
Comércio 1.952,47 2.004,84 52,37 2,7%
Construção Civil 2.351,97 2.347,90 -4,07 -0,2%
Extrativa Mineral 6.438,06 6.229,41 -208,66 -3,2%
Indústria de Transformação 2.879,22 2.888,49 9,28 0,3%
Serviço Utilidade Pública 5.047,31 4.956,04 -91,28 -1,8%
Serviços 2.869,51 2.938,49 68,98 2,4%
Total 2.911,59 2.973,23 61,64 2,1%
Fonte: MTb/RAIS (deflacionado a preços de Dezembro/2017 pelo INPC/IBGE)

17
Do ponto de vista da escolaridade, houve crescimento real da remuneração média
em todas as faixas de escolaridade, à exceção do Ensino Superior Incompleto.
A faixa de escolaridade com maior remuneração média era Ensino Superior
Completo (R$6.071,71), seguida por Ensino Superior Incompleto (R$2.921,74),
Ensino Médio Completo (R$2.140,75) e Ensino Fundamental Completo (R$1.892,17).
Em relação a 2016, as faixas de escolaridade com maior crescimento na
remuneração média foram aquelas até o Ensino Fundamental Incompleto: 6ª. a 9ª.
séries (R$+49,27, +2,7%), Analfabeto (R$+47,67, 3,3%, 5ª. série completa (R$+44,92,
2,4%) e até 5ª. série incompleta (R$+42,69, +2,5%).

Tabela 15. Brasil: Remuneração segundo Escolaridade – R$ (2016/17)

Escolaridade 2016 2017 Variação %


Analfabeto 1.432,10 1.479,77 47,67 3,3%
Até 5ª Incompleto 1.693,08 1.735,77 42,69 2,5%
5ª Completo Fundamental 1.842,53 1.887,45 44,92 2,4%
6ª a 9ª Fundamental 1.796,01 1.845,28 49,27 2,7%
Fundamental Completo 1.859,36 1.892,17 32,82 1,8%
Médio Incompleto 1.698,89 1.730,34 31,45 1,9%
Médio Completo 2.110,93 2.140,75 29,82 1,4%
Superior Incompleto 2.948,17 2.921,74 -26,43 -0,9%
Superior Completo 6.048,13 6.071,71 23,57 0,4%
Total 2.911,59 2.973,23 61,64 2,1%
Fonte: MTb/RAIS (deflacionado a preços de Dezembro/2017 pelo INPC/IBGE)

18
Do ponto de vista territorial, houve crescimento real da remuneração média em
todas as Regiões e Unidades Federativas (à exceção apenas do Distrito Federal).
A maior remuneração média concentrava-se na Região Centro-Oeste (R$3.521,86),
seguida pelo Sudeste (R$3.127,20), Sul (R$2.909,17), Norte (R$2.748,81) e Nordeste
(R$2.423,01).
Em relação a 2016, a Região com maior crescimento foi o Sul (R$+88,36, +3,13),
seguido pelo Nordeste (R$+77,53, +3,31%), Norte (R$+54,74, +2,03%), Sudeste
(R$+54,22, +1,76%) e Centro-Oeste (R$+32,85, +0,94%).
Do ponto de vista das UFs, as maiores remunerações médias encontravam-se no
Distrito Federal (R$5.325,46), Rio de Janeiro (R$3.409,09), Roraima (R$3.325,74), São
Paulo (R$3.287,67), Rio Grande do Sul (R$ 2.965,60) e Paraná (R$2.908,13).
Em relação a 2016, as UFs com maior crescimento foram Roraima (R$+173,17,
+5,49%), Acre (R$+122,51, +4,44%), Tocantins (R$+112,19, +4,15%), Paraná
(R$+109,94, +3,93%) e Mato Grosso (R$+100,41, +3,58%).

19
Tabela 16. Brasil: Remuneração segundo Região e UF – R$ (2016/17)

Nível Geográfico 2016 2017 Variação %


NORTE 2.694,07 2.748,81 54,74 2,03
Rondônia 2.575,82 2.620,12 44,30 1,72
Acre 2.759,08 2.881,60 122,51 4,44
Amazonas 2.748,54 2.827,30 78,76 2,87
Roraima 3.152,56 3.325,74 173,17 5,49
Pará 2.636,16 2.648,10 11,94 0,45
Amapá 2.824,53 2.851,43 26,90 0,95
Tocantins 2.703,26 2.815,44 112,19 4,15
NORDESTE 2.345,48 2.423,01 77,53 3,31
Maranhão 2.368,46 2.416,71 48,26 2,04
Piauí 2.367,28 2.423,47 56,20 2,37
Ceará 2.179,46 2.248,26 68,81 3,16
Rio Grande do Norte 2.438,30 2.489,30 51,00 2,09
Paraíba 2.187,18 2.273,50 86,32 3,95
Pernambuco 2.371,31 2.453,22 81,91 3,45
Alagoas 2.180,00 2.280,21 100,21 4,60
Sergipe 2.508,96 2.593,17 84,21 3,36
Bahia 2.454,39 2.543,54 89,15 3,63
SUDESTE 3.072,98 3.127,20 54,22 1,76
Minas Gerais 2.484,89 2.534,10 49,20 1,98
Espírito Santo 2.575,37 2.624,35 48,98 1,90
Rio de Janeiro 3.351,77 3.409,09 57,32 1,71
São Paulo 3.225,82 3.287,67 61,85 1,92
SUL 2.820,81 2.909,17 88,36 3,13
Paraná 2.798,19 2.908,13 109,94 3,93
Santa Catarina 2.761,24 2.836,24 75,01 2,72
Rio Grande do Sul 2.888,65 2.965,60 76,95 2,66
CENTRO-OESTE 3.489,01 3.521,86 32,85 0,94
Mato Grosso do Sul 2.765,56 2.844,04 78,48 2,84
Mato Grosso 2.805,14 2.905,55 100,41 3,58
Goiás 2.559,65 2.616,93 57,28 2,24
Distrito Federal 5.328,92 5.325,46 -3,46 -0,06
Total 2.911,59 2.973,23 61,64 2,12

Fonte: MTb/RAIS (deflacionado a preços de Dezembro/2017 pelo INPC/IBGE)

20
4. REFORMA TRABALHISTA

A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que altera a Consolidação das Leis do


Trabalho (CLT), entrou em vigor em 11 de novembro de 2017, introduzindo uma
série de inovações nas relações trabalhistas brasileiras. Dentre elas, cabe destacar a
instituição do trabalho intermitente e alterações no trabalho em regime de tempo
parcial.

Trabalho Intermitente
Em 2017, havia um estoque de 7.367 trabalhadores intermitentes.
As quatro UFs com maior quantidade de trabalhadores intermitentes eram São
Paulo (2,1 mil, 27,9%), Minas Gerais (1,0 mil, 13,4%), Rio Grande do Sul (0,6 mil,
8,4%) e Bahia (0,5 mil, 7,2%).
O setor econômico que concentrava a maior quantidade de trabalhadores
intermitentes era o Comércio (4,6 mil, 63,1%), seguido pelos Serviços (1,8 mil,
23,8%), Indústria de Transformação (0,4 mil, 6,0%), Construção Civil (0,4 mil, 5,4%),
Agropecuária (0,1 mil, 1,6%) e Extrativa Mineral (0,004 mil, 0,1%).
Do ponto de vista do gênero, havia 4,0 mil intermitentes do gênero masculino
(54,2%) e 3,4 mil do gênero feminino (45,8%).
Do ponto de vista etário, os trabalhadores intermitentes tenderam a concentrar-se
na faixa etária 18-24 anos (3,0 mil, 40,1%), seguida por 30-39 anos (1,8 mil, 24,0%),
25-29 anos (1,4 mil, 19,3%), 40-49 anos (0,8 mil, 10,7%), 50-64 anos (0,4 mil, 5,0%),
15-17 anos (0,04 mil, 0,5%) e 65 anos ou mais (0,03 mil, 0,3%).
As principais faixas de escolaridade dos trabalhadores intermitentes foram Ensino
Médio Completo (5,4 mil, 74,0%), Ensino Médio Incompleto (0,6 mil, 8,0%), Ensino
Fundamental Completo (0,4 mil, 5,8%) e Ensino Superior Completo (0,3 mil, 4,6%).
A ocupação que mais contratou trabalhadores intermitentes foi Assistente de
Vendas (4,2 mil, 56,5%), seguida por Vigilante (0,3 mil, 3,5%), Garçom (0,1 mil, 1,8%),
Vendedor de Comércio Varejista (0,1 mil, 1,7%) e Servente de Obras (0,1 mil, 1,7%).

21
Tabela 17. Brasil: Trabalho Intermitente segundo UF (2017)

UF Total %
São Paulo 2.055 27,9%
Minas Gerais 988 13,4%
Rio Grande do Sul 622 8,4%
Bahia 530 7,2%
Pernambuco 394 5,3%
Paraná 379 5,1%
Ceará 365 5,0%
Rio de Janeiro 305 4,1%
Santa Catarina 295 4,0%
Rio Grande do Norte 234 3,2%
Paraíba 199 2,7%
Alagoas 146 2,0%
Maranhão 136 1,8%
Goiás 106 1,4%
Distrito Federal 98 1,3%
Espírito Santo 97 1,3%
Sergipe 86 1,2%
Piauí 75 1,0%
Pará 70 1,0%
Mato Grosso do Sul 70 1,0%
Amazonas 42 0,6%
Mato Grosso 36 0,5%
Rondônia 27 0,4%
Tocantins 9 0,1%
Acre 3 0,0%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 18. Brasil: Trabalho Intermitente segundo setor econômico (2017)

Comércio 4.645 63,1%


Serviços 1.757 23,8%
Indústria de transformação 444 6,0%
Construção Civil 401 5,4%
Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 116 1,6%
Extrativa mineral 4 0,1%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

22
Tabela 19. Brasil: Trabalho Intermitente segundo gênero (2017)

Gênero Total %
Masculino 3.991 54,2%
Feminino 3.376 45,8%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 20. Brasil: Trabalho Intermitente segundo faixa etária (2017)

Faixa Etária Total %


18 A 24 2.953 40,1%
30 A 39 1.770 24,0%
25 A 29 1.422 19,3%
40 A 49 791 10,7%
50 A 64 371 5,0%
15 A 17 35 0,5%
65 OU MAIS 25 0,3%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 21. Brasil: Trabalho Intermitente segundo escolaridade (2017)

Escolaridade Total %
Médio Completo 5.454 74,0%
Médio Incompleto 588 8,0%
Fundamental Completo 428 5,8%
Superior Completo 339 4,6%
Superior Incompleto 244 3,3%
6ª a 9ª Fundamental 179 2,4%
5ª Completo Fundamental 69 0,9%
Até 5ª Incompleto 52 0,7%
Mestrado 9 0,1%
Analfabeto 4 0,1%
Doutorado 1 0,0%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

23
Tabela 22. Brasil: Trabalho Intermitente – 20 principais ocupações (2017)

20 Principais Ocupações Total %


1 ASSISTENTE DE VENDAS 4.160 56,5%
2 VIGILANTE 258 3,5%
3 GARCOM 133 1,8%
4 VENDEDOR DE COMERCIO VAREJISTA 126 1,7%
5 SERVENTE DE OBRAS 125 1,7%
6 ATENDENTE DE LANCHONETE 104 1,4%
7 FAXINEIRO 94 1,3%
8 MECANICO DE MANUTENCAO DE MAQUINAS, EM GERAL 72 1,0%
9 OPERADOR DE CAIXA 63 0,9%
10 AUXILIAR DE ESCRITORIO, EM GERAL 62 0,8%
11 PORTEIRO DE EDIFICIOS 59 0,8%
12 REPOSITOR DE MERCADORIAS 58 0,8%
13 ELETRICISTA DE INSTALACOES 58 0,8%
14 ARMAZENISTA 57 0,8%
15 AUXILIAR NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO 51 0,7%
16 ALIMENTADOR DE LINHA DE PRODUCAO 51 0,7%
17 RECREADOR 50 0,7%
18 EMBALADOR, A MAO 50 0,7%
19 PEDREIRO 49 0,7%
20 VIGIA 46 0,6%
Total 7.367 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

24
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Em 2017, havia um estoque de 147,3 mil empregados em regime de tempo parcial.
As quatro UFs com maior quantidade de empregados em regime de tempo parcial
eram São Paulo (33,5 mil, 23,7%), Ceará (14,9 mil, 10,5%), Minas Gerais (12,4 mil,
8,8%) e Paraná (11,9 mil, 8,4%).

O setor econômico que concentrava a maior quantidade de empregados em regime


de tempo parcial era Serviços (101,5 mil, 71,8%), seguido por Comércio (19,2 mil,
13,6%), Administração Pública (9,5 mil, 6,7%), Indústria de Transformação (5,9 mil,
4,1%), Construção Civil (1,9 mil, 1,3%), Agropecuária (1,8 mil, 1,3%), SIUP (1,5 mil,
1,0%) e Extrativa Mineral (0,2 mil, 0,1%).
Do ponto de vista do gênero, havia 86,0 mil empregados em regime de tempo
parcial do gênero feminino (60,9%) e 55,3 mil do gênero masculino (39,1%).
Do ponto de vista etário, os empregados em regime de tempo parcial tenderam a
concentrar-se na faixa etária 30-39 anos (44,3 mil, 31,4%), seguida por 40-49 anos
(30,3 mil, 21,5%), 50-64 anos (21,8 mil, 15,4%), 18-24 anos (19,8 mil, 14,0%), 25-29
anos (19,7 mil, 13,9%), 65 anos ou mais (2,7 mil, 1,9%) e 15-17 anos (2,6 mil, 1,8%).
As principais faixas de escolaridade dos empregados em regime de tempo parcial
foram Ensino Superior Completo (54,2 mil, 38,4%) e Ensino Médio Completo (50,0
mil, 35,4%).
A ocupação que mais contratou empregados em regime de tempo parcial foi a de
Professor (38,3 mil, 27,1%), seguida por Faxineiro (10,3 mil, 7,3%), Auxiliar de
Escritório, em geral (7,1 mil, 5,0%), Assistente Administrativo (4,3 mil, 3,1%) e
Vendedor de Comércio Varejista (3,8 mil, 2,7%).

25
Tabela 23. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial segundo UF (2017)

UF Total %

São Paulo 33.490 23,7%


Ceará 14.891 10,5%
Minas Gerais 12.441 8,8%
Paraná 11.880 8,4%
Rio Grande do Sul 7.658 5,4%
Rio de Janeiro 7.406 5,2%
Santa Catarina 6.735 4,8%
Piauí 6.155 4,4%
Paraíba 6.131 4,3%
Pernambuco 4.918 3,5%
Bahia 4.603 3,3%
Maranhão 3.588 2,5%
Rio Grande do Norte 3.439 2,4%
Goiás 3.424 2,4%
Distrito Federal 2.545 1,8%
Mato Grosso 2.129 1,5%
Pará 2.060 1,5%
Sergipe 1.750 1,2%
Espírito Santo 1.175 0,8%
Tocantins 1.081 0,8%
Mato Grosso do Sul 834 0,6%
Alagoas 781 0,6%
Rondônia 759 0,5%
Amazonas 624 0,4%
Roraima 539 0,4%
Acre 143 0,1%
Amapá 78 0,1%
Total 141.257 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

26
Tabela 24. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial segundo Setor Econômico (2017)

Setor Econômico Total %


Serviços 101.479 71,8%
Comércio 19.172 13,6%
Administração Pública 9.460 6,7%
Indústria de transformação 5.847 4,1%
Construção Civil 1.874 1,3%
Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca 1.788 1,3%
Servicos industriais de utilidade pública 1.465 1,0%
Extrativa mineral 172 0,1%
Total 141.257 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 25. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial segundo Gênero (2017)
Gênero Total %
Masculino 55.281 39,1%
Feminino 85.976 60,9%
Total 141.257 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 26. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial segundo Faixa Etária (2017)

Faixa Etária Total %


30 A 39 44.285 31,4%
40 A 49 30.302 21,5%
50 A 64 21.823 15,4%
18 A 24 19.843 14,0%
25 A 29 19.668 13,9%
65 OU MAIS 2.753 1,9%
15 A 17 2.572 1,8%
10 A 14 10 0,0%
{ñ class} 1 0,0%
Total 141.257 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

27
Tabela 27. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial segundo Escolaridade (2017)

Escolaridade Total %
Superior Completo 54.200 38,4%
Médio Completo 50.039 35,4%
Médio Incompleto 7.978 5,6%
Fundamental Completo 7.784 5,5%
Superior Incompleto 6.321 4,5%
Mestrado 4.089 2,9%
6ª a 9ª Fundamental 3.906 2,8%
5ª Completo Fundamental 2.743 1,9%
Até 5ª Incompleto 2.097 1,5%
Doutorado 1.638 1,2%
Analfabeto 462 0,3%
Total 141.257 100,0%
Fonte: MTb/RAIS.

Tabela 28. Brasil: Trabalho em Regime de Tempo Parcial – 20 principais ocupações (2017)

CBO Ocupação 2002 Total %


Total 141.257 100%
1 PROFESSOR1 38.268 27,1%
2 FAXINEIRO 10.354 7,3%
3 AUXILIAR DE ESCRITORIO, EM GERAL 7.079 5,0%
4 ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 4.345 3,1%
5 VENDEDOR DE COMERCIO VAREJISTA 3.803 2,7%
6 OPERADOR DE CAIXA 2.948 2,1%
7 ZELADOR DE EDIFICIO 2.742 1,9%
8 PREPARADOR FISICO 2.594 1,8%
9 VIGILANTE 2.161 1,5%
10 RECEPCIONISTA, EM GERAL 2.160 1,5%
11 TECNICO EM RADIOLOGIA E IMAGENOLOGIA 1.734 1,2%
12 TRABALHADOR DE SERVICOS DE LIMPEZA E CONSERVACAO DE AREAS PUBLICAS 1.733 1,2%
13 INSTRUTOR DE CURSOS LIVRES 1.385 1,0%
14 FARMACEUTICO 1.323 0,9%
15 MÉDICO CLÍNICO 1.216 0,9%
16 ATENDENTE DE LANCHONETE 1.180 0,8%
17 {ñ class} 1.112 0,8%
18 FISIOTERAPEUTA GERAL 1.099 0,8%
19 GARCOM 1.099 0,8%
20 REPOSITOR DE MERCADORIAS 1.082 0,8%
Fonte: MTb/RAIS.

1
Na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a ocupação de professor subdivide-se em 110
especialidades (ex.: Professor de Nível Médio no Ensino Fundamental, Professor Leigo no Ensino
Fundamental ou Professor de Língua Italiana), as quais foram agregadas sob o título geral “Professor”
para fins de ranqueamento das ocupações.

28

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