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suplementares
■ linguAgeM: AÇão e interAÇão
1. O contexto linguístico tem um papel decisivo na comunicação verbal. Na verdade, é ele que com-
plementa ou torna preciso o sentido daquilo que falamos. Para perceber melhor a importância do
contexto, imagine as seguintes situações:
a) Uma senhora grávida está andando na rua e dá mostras de que não se sente bem, parecendo que
vai cair no chão. Um homem que a observava se aproxima dela e diz: “Está tudo bem, senhora?”.
Qual é a intencionalidade de sua pergunta, ou o que ele realmente pretende saber? Se ela se
sente mal e precisa de ajuda.
b) A mesma senhora grávida acabou de jantar num bom restaurante. O garçom, ao trazer a conta,
gentilmente pergunta a ela: “Está tudo bem, senhora?”. Qual é a intencionalidade de sua per-
gunta, ou o que ele realmente pretende saber? Se ela jantou bem, se está satisfeita.
2. “Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de andar, sentou-se numa cadeira belíssima
que estava no centro da sala. Veio o guarda:
— Meu filho, não pode sentar nesta cadeira, não. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
— Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!”
(Ziraldo. Mais anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos. p. 7-8.)
Nessa anedota, o humor é criado porque Juquinha não compreendeu o sentido da frase do guarda.
Para compreendê-la, ele deveria ter notado dois elementos básicos do contexto. Quais são eles?
Deveria perceber que, estando num museu, a cadeira teria um valor histórico; e que Pedro I não era qualquer Pedro, mas D. Pedro I,
figura da História do Brasil, e morto!
Leia esta anedota e responda às questões de 3 a 7.
3. Observe a imagem que acompanha o texto. Perceba como são a mesa, as cadeiras, as roupas dos
fregueses e a do garçom, a decoração, etc. Pode-se dizer que o restaurante é fino, ou trata-se de um
restaurante popular? É um restaurante fino.
4. O freguês reclama ao garçom, dizendo que há uma mosca em seu prato. Mas sua verdadeira intenção
não é informar esse fato. Qual é, então, a intencionalidade de sua fala? Desejava que seu prato fosse trocado.
6. O garçom, em sua fala, usa expressões como “não esquenta”, “vai se danar”. Você acha que, nesse
tipo de restaurante, os garçons costumam usar essa linguagem? Não, é próprio dos garçons de restaurantes
finos empregar uma linguagem mais refinada.
7. A piada é engraçada porque quebra, seguidamente, a expectativa criada pelo contexto. Que fatos
mostram essa quebra de expectativa? O contexto sugere refinamento em todos os aspectos: roupas, ambiente, comida
e linguagem. No entanto, três fatos quebram a expectativa: o aparecimento da mosca, a fala grosseira do garçom e a existência de
mais um inseto (e vivo!) no prato do cliente.
8. Crie frases irônicas para os seguintes contextos:
a) Você chega a sua casa com os pés sujos de barro e, sem limpá-los, entra em todos os cômodos
da casa, sujando-os. Sua mãe, quando vê a sujeira, diz: Sugestão: Que belo serviço fez, não?
b) Seu pai compra aquele doce que você adora. Impaciente, você não espera o jantar e come quase
a lata inteira antes da refeição. Quando seu pai percebe, comenta: Sugestão: Você não quer mais
doce? Comeu muito pouco!
c) Você liga a televisão e não vê nenhum programa interessante. Desanimado, desliga a tevê, co-
mentando: Sugestão: A televisão está cada vez melhor!
Professor: As questões a seguir poderão ser respondidas oralmente.
9. Utilizando apenas códigos não verbais, como você faria para transmitir as ideias a seguir?
Professor: Se quiser, peça aos alunos que imitem bichos sem emitir sons, usando apenas mímica.
a) Silêncio! b) Depressa! c) Quanto custa? d) Ganhei! Sou o maior!
10. Você já reparou nos códigos utilizados em restaurantes, lojas e lugares públicos para indicar se o
banheiro é para o sexo masculino ou para o sexo feminino? Veja o que o escritor Luis Fernando
Verissimo comenta a respeito das variações observadas nesses códigos:
Troque ideias com o professor e os colegas: Que outros códigos usados em banheiros você conhece?
(Jean Galvão.)
16. O texto lido foi considerado um dos melhores anúncios de 2004 e circulou em diferentes veículos
de comunicação.
a) A que público você acha que ele se dirigia? Espera-se que o aluno responda que ao público leitor em geral.
b) Considerando a finalidade do anúncio, você o acha criativo? Por quê? Resposta pessoal. Professor:
Chame a atenção do aluno para o fato de que o anúncio é criativo ao estabelecer uma comparação entre árvores e objetos
frágeis, pois ela sensibiliza o leitor e pode levá-lo a se envolver com a questão da necessidade de preservação das florestas.