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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental


PHD2412 - Saneamento II

Renato Carlos Zambon


Ronan Cleber Contrera
Theo Syrto Octavio de Souza
Sifões Invertidos

Alternativas para transposição de obstáculos?


 por gravidade, aprofundando a tubulação
 por recalque, através de elevatória
 por gravidade, com travessia aérea (depende do caso)
 por gravidade, com sifão invertido

2
Sifão Invertido - Hidráulica

 Escoamento em conduto forçado, por gravidade

 Cálculo da perda de carga distribuída


 Fórmula Universal: K = 2 mm
 Fórmula de Hazen-Williams: C = 100
 Fórmula de Manning: n = 0,015

V2
 Cálculo da perda de carga localizada: Hs   Ks
2g

3
Sifão Invertido - ex. Planta e Perfil

4
Sifão Invertido - ex. Planta e Perfil

5
Sifão Invertido - Construção

Sifão Invertido no Rio São Domingos, Catanduva-SP


6
Sifão Invertido - Limpeza

bucket machines 7
Sifão Invertido - Perdas de Carga

ΣΔH(loc.+Dist.) = ΔN.A.
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Dimensionamento
 Velocidade:
 Garantir auto limpeza das tubulações, pelo menos uma vez
por dia
 Velocidade mínima:
 V > 0,6 m/s, para vazão média
 V > 0,9 m/s, para vazão máxima de um dia qualquer
 Velocidade máxima: 3,0 a 4,0 m/s
 Diâmetro mínimo: Ø 150 mm
 Número de tubulações:
 mínimo = 2 tubos
 grandes variações de vazões > 2 tubos

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Perfis

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Câmara de Montante
controle de vazão por stop-log

O stop-log permite manobras para controlar as vazões


(isolando-se ou liberando-se tubulações) 11
Câmara de Jusante
controle de vazão por stop-log

12
Câmara de Montante
controle de vazão por vertedor lateral

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Ventilação do Sifão Invertido

Ventilação na câmara de montante Ventilação por tubulação interligando


as câmaras de montante e jusante

Diâmetro da tubulação de ventilação:


1 1
 SI   vent.   SI
10 2

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Sifão Invertido - Exemplo de Projeto
 Materiais: ferro fundido ductil, concreto, aço, plásticos

VAZÕES (l/s)
ETAPAS Vazões afluentes
máxima horária
média máxima
dia qualquer*
Imediata
80 111 130
(Implantação)
1ª etapa
200 283 336
(10 anos)
2ª etapa
328 446 534
(20 anos)
* para verificação da auto-limpeza

Comprimento do sifão: 40 m
Coletor afluente: ø 800 mm, I = 0,0036 m/m
Cota da soleira do coletor afluente: 384,00 m
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ex. - Dimensionamento das Tubulações

 Admitindo-se que o sifão invertido será constituído de 3


tubulações (1, 2 e 3)
 a tubulação 1 atenderá a etapa imediata

 a tubulação 2 mais a tubulação 1 atenderão a 1ª etapa

 a tubulação 3 e as demais atenderão a 2ª etapa

 Determinação dos diâmetros, considerando


 para vazão média: V > 0,6 m/s

 para vazão máxima horária de um dia qualquer: V > 0,9 m/s

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ex. - Dimensionamento das Tubulações

 D1 para atender o início de operação do sifão (Qméd = 80 L/s):

Q1 0, 080 4  0,133
S1    0,133 m2  D1   0, 412 m
V 0, 60 

 adotando-se o diâmetro comercial mais próximo, D1 = 400 mm


 alternativamente, para vazão máxima horária de um dia qualquer de
111 L/s também resulta 400 mm:

0,111 4  0,133
S1   0,123 m2  D1   0,396 m
0,90 

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ex. - Dimensionamento das Tubulações

 D2 para atender a 1ª etapa, em primeira aproximação considera-se


a vazão de 80 L/s passando por D1 e a diferença até 200 L/s por D2:

0, 200  0, 080 4  0, 200


S2   0, 200 m2  D2   0,505 m  500 mm
0, 60 

aproximação porque a
distribuição das vazões deve
igualar a perda de carga e não
as velocidades!

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ex. - Dimensionamento das Tubulações

 alternativamente, para vazão máxima horária de um dia qualquer de


283 L/s também resulta 500 mm:

0, 283  0,111 4  0,191


S2   0,191 m2  D2   0, 493 m  500 mm
0,90 

 D3 para atender a 2ª etapa, em primeira aproximação considera-se


a vazão média de 200 L/s passando por D1 + D2:

0,328  0, 200 4  0, 213


S23   0, 213 m2  D3   0,521 m  500 mm
0, 60 
(também = 500 mm para vazão máxima horária de um dia qualquer)
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ex. - Curva Característica e Operação

 Agora sim, pode-se conferir as perdas de cargas localizadas e


distribuídas, e as vazões resultantes:

 com tubulação FD K7 (k = 0,002 m; L = 40 m)


e para D1 = 400 mm:
peça Ks
entrada 0,50 Perdas de carga (m)
Q (L/s) V (m/s)
Localizada Distribuída Total
2 curvas 45o 0,40 30 0,24 0,01 0,01 0,02
saída 1,00 60 0,48 0,02 0,04 0,06
90 0,71 0,05 0,08 0,13
K s  1,90 120
150
0,95
1,19
0,09
0,14
0,14
0,22
0,23
0,36
180 1,43 0,20 0,32 0,52
210 1,67 0,27 0,44 0,71

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ex. - Curva Característica e Operação

 e com tubulação FD K7 (k = 0,002 m; L = 40 m) e D2 = D3 = 500 mm:


Perdas de carga (m)
Q (L/s) V (m/s)
Localizada Distribuída Total
30 0,15 0,01 0,01 0,02
60 0,31 0,01 0,01 0,02
90 0,46 0,02 0,03 0,05
120 0,61 0,04 0,05 0,09
150 0,76 0,06 0,07 0,13
180 0,92 0,08 0,10 0,18
210 1,07 0,10 0,14 0,24
240 1,22 0,14 0,18 0,32
270 1,37 0,18 0,22 0,40
300 1,52 0,22 0,27 0,49
330 1,68 0,27 0,33 0,60

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ex. - Curva Característica e Operação
 Curvas características do sifão, determinando a perda de carga para as
tubulações de 400 mm e de 500 mm e respectivas velocidades:
H (m) e V (m/s)
(1) D1 = 400 mm
(2) D2 = 500 mm
(3) D3 = 500 mm

- pela distribuição das vazões no período de projeto e considerando as


velocidades de auto-limpeza nas diversas tubulações do sifão, pode-se
admitir uma perda de carga máxima de 0,35 m.
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ex. - Curva Característica e Operação
 Variação das velocidades e das perdas de carga nas tubulações do sifão, em
função do intervalo das vazões:
Intervalo de Tubulação em Variação de Variação das perdas
vazões (L/s) operação velocidades (m/s) de carga (m)
80 – 150 (1) 0,64 – 1,19 0,10 – 0,35
150 – 250 (2) ou (3) 0,76 – 1,27 0,13 – 0,35
(1)+(2) ou 0,74 – 1,19 no tubo 1
250 – 400 0,14 – 0,35
(1)+(3) 0,80 – 1,27 em 2 ou 3
400 – 500 (2)+(3) 1,02 – 1,27 0,23 – 0,35
0,90 – 1,19 no tubo 1
500 - 650 (1)+(2)+(3) 0,21 – 0,35
0,99 – 1,27 em 2 e 3
- a condição crítica de operação do sifão situa-se na fase inicial, onde a
velocidade para a vazão média é de 0,64 m/s. Para a vazão máxima horária
de um dia qualquer de 111 L/s, no início da operação a velocidade será de
0,88 m/s. Para essa velocidade, pode-se admitir que haverá auto-limpeza
nas tubulações do sifão.
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ex. - Períodos de Operação
 Com a tabela anterior pode-se definir os períodos de operação para cada
tubulação do sifão:

Período de
Tubulação do Sifão operação
(anos)
(1) 0–1
(2) ou (3) 1–5
(1) + (2) ou (1) + (3) 5 – 13
(2) + (3) 13 – 18
(1) + (2) + (3) 18 - 25

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ex. - Níveis d’água nas câmaras
 Câmaras de montante e jusante: para determinar o NA nas câmaras do
sifão, foram consideradas as vazões que ocasionam as perdas de cargas
máximas (H=0,35 m):
Y NA montante H NA jusante
Q (L/s) Y/D
(m) (m) (m) (m)
150 0,30 0,24 384,24 0,35 383,89
250 0,39 0,31 384,31 0,35 383,96
Capac. 400 0,50 0,40 384,40 0,35 384,05
máxima
500 0,57 0,46 384,46 0,35 384,11
650 0,69 0,55 384,55 - 0,35 = 384,20

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ex. - Ventilação

 Será projetada uma tubulação para a ventilação do sifão a ser localizada na


câmara de montante, pois está se admitindo que os gases expulsos não
afetarão as condições ambientais do local. Seu diâmetro será equivalente a
um décimo da área das tubulações do sifão:

  0, 42   0,52
S  S1  S2  S3   2  0,518 m2
4 4
 Svent  0, 052 m2 e vent  250 mm

outra alternativa para a ventilação seria a ligação entre as câmaras...

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ex. - Planta e Perfil

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F.A.Q.
 Qual o horário da prova? O mesmo da aula.
 Cai até onde? Assuntos de todas as aulas de SES.
 A sub é aberta? Não.
 As questões são escritas ou numéricas? Tem dos três tipos.
 Pode usar calculadora? Deve (se referir, régua de cálculo).
 Lápis ou caneta? Ambos e de várias cores são bem-vindos.
 Ipad, Ipod, Iphone, N*book, Celular, Consulta, etc.? NÃO!
 Dúvidas sobre a matéria, quer conversar sobre o curso ou
outros assuntos? Os professores estão em tempo integral na
universidade, procure no departamento (podem haver aulas,
reuniões, etc., vale confirmar antes). Se preferir, use o e-mail.
 Outras?
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