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CO2 0,53
N2 0,012
➢ obs: CO2 é 20x mais solúvel em água que o O2
❖ Difusão dos gases dos alvéolos para a fase líquida do sangue
➢ a difusão depende das pressões parciais dos gases nos alvéolos e no sangue
➢ as moléculas de O2 se dissolvem aleatoriamente do ar alveolar para o plasma do sangue,
uma vez que a PO2 é maior nos alvéolos
➢ as moléculas de CO2 se dissolvem aleatoriamente do plasma para os alvéolos, uma vez
que a PCO2 é maior no sangue
➢ obs: também há difusão de O2 no sentido sangue-alvéolo e de CO2 no sentido
alvéolo-sangue, porém em graus muito pequenos. A difusão efetiva é a subtração das
difusões nos dois sentidos
❖ Pressão de vapor da água
➢ assim que o ar atmosférico entra nas vias aéreas, ocorre a evaporação da água
➢ essa água que evapora umidifica o ar
➢ a PH2O no ar das vias aéreas corresponde a 47 mm Hg
❖ Difusão de gases através de tecidos
➢ todos os gases de importância fisiológica tem a lta solubilidade em lipídios (lipofílicos)
■ isso garante uma r ápida difusão através das membranas celulares
➢ assim, na prática, a velocidade com que um gás se difunde através das membranas
celulares depende quase que inteiramente do seu c oeficiente de solubilidade na água
❖ Composição do ar alveolar
➢ razões para as diferenças no ar alveolar
1. a cada ciclo respiratório, ele é apenas parcialmente renovado
2. O2 constantemente sendo absorvido
3. CO2 constantemente sendo liberado
4. o ar torna-se umidificado na medida em que passa pelas vias aéreas
➢ função da umidificação do ar → diluir os outros gases
pressão parcial antes da umidificação depois da umidificação
➢ conclusões:
■ 95 mmHg (sangue arterial) → 95% saturação
■ 40 mmHg (sangue venoso misto) → 75% saturação
➢ significados práticos da parte inclinada e da parte acentuada da sigmoide de dissociação
da oxiemoglobina
■ parte chata → uma grande alteração da PO2 sanguínea (p.ex. entre 80 e 120
mmHg) não afeta significativamente o grau de saturação da hemoglobina, sendo
que os valores de saturação giram em torno de 95% → estabilização
■ parte inclinada → caso haja queda da PO2 no sangue e, consequentemente,
menos O2 ligando-se à hemoglobina, a dissociação se dá de forma mais rápida, o
que garante a oxigenação adequada dos tecidos mesmo em situação adversa
❖ Oxigênio combinado com Hb e difusão para os tecidos
➢ valor normal → 15gHb/100mlSANGUE
➢ 1 gHb combina-se com 1,34mlO2
➢ a uma saturação de 97% → 19,4mlO2/100mlSANGUE
➢ a uma saturação de 75% → 14,4mlO2/100mlSANGUE
➢ assim, ao passar pelos capilares sistêmicos, o sangue librera ~5mlO2 por cada
100mlSANGUE que circula
❖ Coeficiente de utilização
➢ é a porcentagem de sangue que cede oxigênio para os tecidos
➢ o coeficiente de utilização normal é de ~25% (de ~20ml de O2 para ~15ml de O2)
➢ durante exercícios físicos, pode chegar a 85%
❖ Efeito da hemoglobina como tampão da PO2 tecidual: o efeito “amortecedor”
➢ estabilização da PO2 nos tecidos (PO2 aproximadamente constante)
➢ a hemoglobina é responsável por regular a PO2 tecidual de forma que alterações
significativas na PO2 sanguínea não alterem de forma brusca a PO2 tecidual, o que
poderia prejudicar grandemente a disponibilidade de O2 para as células
➢ a hemoglobina estabelece um limite superior de 40 mmHg para a PO2 tecidual
■ em condições normais, os tecidos requerem 5 mlO2 por cada decilitro de sangue
■ quando os 5mlO2 são liberados, a PO2 sanguínea cai para 40 mmHg
■ assim, se estabelece um equilíbrio e a PO2 tecidual também gira em torno de
40mmHg
■ a PO2 tecidual não fica normalmente acima disso; do contrário, o O2 não seria
liberado pela hemoglobina
➢ PO2 tecidual durante exercícios intensos
■ durante atividade física forte, o sangue requer mais oxigênio (até 20x mais)
■ isso pode ser conseguido por meio:
● da inclinação abrupta da curva de dissociação
● do aumento do fluxo de sangue tecidual, por causa da baixa da PO2
■ ligeira queda da PO2 sanguínea faz com que grande quantidade extra de O2 seja
liberada para os tecidos
➢ Em suma: a hemoglobina libera oxigênio suficiente para os tecidos entre pressões de 15
e 40 mmHg, que são mantidas com razoável constância; entre esses valores, a
oxigenação será eficaz
➢ alteração da [O2] atmosférica, como em altas altitudes
■ com uma PO2 de 60 mmHg, a saturação da hemoglobina é de 89%
■ com uma PO2 de 500 mmHg, a saturação da hemoglobina é ~100%
■ uma grande variação da PO2 do sangue (60 - 500 mmHg) não altera
significativamente o grau de saturação da hemoglobina, de forma que o oxigênio
ainda consegue ser liberado de forma eficiente aos tecidos
■ isso se deve à parte chata da sigmoidal de dissociação da oxiemoglobina
❖ Fatores que desviam a curva de dissociação
➢ para a direita:
■ pH
■ Temperatura
■ [CO2]
■ DGP
➢ para a esquerda
■ presença de hemoglobina fetal
➢ Efeito Bohr
■ desvios da curva de dissociação para a direita ou esquerda, em resposta aos
níveis de CO2 e H+ no sangue
■ desvio 1
■ CO2 se difunde do sangue para os alvéolos
■ redução da PCO2
■ diminuição da [CO2] e da [H+] no sangue
■ os dois efeitos acima deslocam a curva para a esquerda
■ aumento da formação de oxiemoglobina e mais transporte de O2
■ desvio 2
■ CO2 se difunde dos tecidos para o sangue
■ aumento da PCO2
■ aumento da [CO2] e da [H+] no sangue
■ desvio para a direita
■ maior dissociação de oxigênio para os tecidos
➢ Efeito Bohr durante o exercício físico
■ exercício → mais CO2 sendo produzido, diminuição de pH e aumento de 2 a 3 °C
na temperatura dos músculo
■ desvio significativo da curva para a direita
■ maior liberação de oxigênio
■ nos pulmões, a curva se desvia novamente para a esquerda
❖ Uso de O2 pelas células
➢ com PO2 intracelular de mais de 1 mmHg, a disponibilidade de O2 não é mais fator
limitante da velocidade das reações químicas intracelulares
➢ nessas situações, o principal limitante é o ADP
➢ o consumo de O2 varia conforme a [ADP] intracelular
➢ quanto maior o metabolismo celular, mais ATP é convertido em ADP, aumentando assim
o consumo de O2
➢ efeito da distância capilar-célula
➢ as distâncias entre os capilares e as células são pequena o suficientes para garantir uma
boa difusão; quando não (quando a distância é tão grande que a PO2 fica menor que
1mmHg), diz-se que o consumo de O2 está l imitado pela difusão
➢ efeito do fluxo sanguíneo
➢ quando o fluxo sanguíneo é tão baixo que a PO2 intracelular fica menor que 1 mmHg, diz
que o metabolismo celular está limitado pelo fluxo sanguíneo
❖ Transporte de O2 dissolvido
➢ PA de 95 mmHg → 0,29mlO2 // PVmisto de 40 mmHg → 0,12mlO2
➢ o plasma transporta 0,17 ml de O2 para os tecidos (3% do total)
❖ Combinação hemoglobina com monóxido de carbono
➢ o CO é ~250x mais solúvel que o O2
➢ uma pressão alveolar de CO de 0,4 mmHg permite ao mon´xido de carbono competir em
igualdade com o O2
■ pressões superiores podem ser letais (em que a [CO] no ar é maior que 0,1%)
➢ tratamento de intoxicação por Co
■ administração de O2 puro → aumento da PO2 alveolar
■ administração simultânea de CO2 → estimula o centro respiratório, induzindo um
aumento da ventilação alveolar → maior eliminação de CO do sangue
❖ Transporte de CO2 no sangue
➢ dissolvido em água
■ PCO2A = 40 mmHg → 2,4mlCO2/dl; PCO2V = 45 mmHg → 2,7mlCO2/dl
■ transporte de 0,3mlCO2/dl
■ 7%
➢ em forma de íons bicarbonato (HCO3-)
■ H20 + CO2 = H2CO3 = H+ + HCO3-
■ a anidrase carbônica presente no interior das hemácias catalisa a reação do CO2
com a água, formando ácido carbônico 5000x mais rápido
■ depois de formado o H2CO3, ele se dissocia em H+ e HCO3- rapidamente
● o H+ se combina com a hemoglobina
● o HCO3- se difunde para o plasma
■ uma proteína antiportadora chamada proteína transportadora de bicarbonato e
cloreto realiza o transporte em direções opostas de cloreto e íons bicarbonato, de
forma que não se crie uma diferença de cargas elétricas; a essa substituição se
dá o nome de desvio de cloretos
■ 70% do CO2 é transportado para os pulmões na forma de HCO3- dissolvido no
plasma
➢ em forma de carbaminoemoglobinas (CO2Hb)
■ o CO2 se liga à porção amino-terminal da hemoglobina, formando a CO2Hb
■ CO2Hb é um composto instável, que facilmente libera o CO2 nos alvéolos, que
possuem PCO2 menor que do sangue venoso misto
■ 23%
❖ Curva de dissociação do CO2 e Efeito Haldane
➢ pelas diferenças de pressão arterial e venosa mista, percebe-se que a quantidade de CO2
levada de volta para os pulmões gira em torno de 4ml/dl
➢ 52mlCO2/dlSANGUE voltam para os pulmões e 48mlCO2/dlSANGUE vão para os tecidos, o que
resulta na diferença acima
➢ Comparação: Efeito Bohr e Efeito Haldane
Efeito Bohr Efeito Haldane
➢ em suma: quanto mais O2, menos CO2; quanto menos O2, mais CO2
❖ Explicando o Efeito Haldane
➢ a presença de oxigênia torna a Hb um ácido mais forte, o que resulta em dois
mecanismos de deslocamento do CO2
1. mais ácida, a tendência de formação de carbaminoemoglobina diminui, liberando o CO2
transportado dessa forma para os alvéolos
2. mais ácida = mais íons H+ → esses íons se ligam aos íons bicarbonato, formando ácido
carbônico, que se dissocia em água e CO2, que vai para os alvéolos
➢ nos capilares teciduais, onde o O2 é removido, a afinidade da Hb pelo CO2 e pelos íons
H+ aumenta, aumentando o transporte de CO2 dos tecidos para os pulmões
➢ na prática, o Efeito Haldane é responsável por dobrar a quantidade de CO2 que é
transportada dos tecidos aos pulmões (de 2 volumes percentuais para 4)