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Contratualistas: Hobbes, Locke, Rousseau

-idéia de que a sociedade advém de um contrato inicial


-esse contrato surge da necessidade de se acabar com o estado de
natureza

Macfarlane

Hobbes:
-aplicar o método científico ao estudo da política
-homens são insaciáveis e violentos para com os seus desejos por
natureza(de novo a idéia de natureza humana)
-estado de natureza, todos contra todos, guerra permanente
-por isso a necessidade do governo, de um Leviatã( monstro mitológico)
que obrigue os homens a conviverem em sociedade
-as leis servem para conter os desejos humanos, que são infinitos, e se
todos tentarem satisfazer todos seus desejos ninguém conseguirá nada
- leis naturais de hobbes, MacFaroane descreve duas deles, todos
devem procurar a paz, mas tem o direito de se defenderem contra quem
a perturba.
- o homem deseja a paz, mas sua condição natural não leva a realização
- a terceira lei de hobbes requer que os acordos e contratos entre as
partes sejam cumpridos.
- para se realizarem essas leis deve existir a sociedade civil, que através
da força pode fazer com que as leis sejam cumpridas
-o estado de natureza é o perigo que as sociedades devem evitar cair.
- para evitar esse estado de natureza o poder do governante deve ser
irrestrito, e uma vez concedido a ele é irrevogável.
-MacFarlane aponta contradições nas idéias de Hobbes, se o poder é
irrestrito como cada indivíduo pode manter seus direitos as
necessidades básicas do ser humano?
-o soberano é responsável apenas perante a Deus, não perante aos
homens, mas como então pode ele estar sujeito a um contrato?

Locke:
- obra publicada em condições políticas instáveis.
- discorre sobre a natureza e os limites da autoridade política
- estado de natureza como estado de liberdade, estando apenas restrito
pelas leis naturais
- os problemas advém dos homens não seguirem as leis naturais,
parcialidade quando se refere a si mesmos
-para Locke o estado de natureza não é o estado de guerra de Hobbes,
para Locke no estado de natureza os homens vivem pela razão.
-Locke não aceita o Leviatã com capacidades irrestritas como Hobbes,
para Locke os que deveriam sempre defender a justiça podem cometer
injustiças eles mesmo, criando um estado de guerra para a pessoa
injustiçada
-para Locke os cidadãos poderiam se insurgir contra o governante se
esse lhes violasse o direito natural de viver, ou seja, se o governante
entrasse em estado de guerra contra eles. Para Hobbes as ações do
governante seriam sempre justificadas, e uma vez dado o poder a ele
este não poderia ser restrito posteriormente.
- o estado de guerra pode acontecer dentro de uma sociedade civil, mas
apenas quando ela é ineficiente ou corrupta, enquanto no estado natural
o estado de guerra pode acontecer por qualquer coisa mínima
- uma pessoa que vive sobre o domínio de um monarca absoluto também
está sobre o estado de natureza, pois não tem a quem recorrer caso o
poder absoluto entre em estado de guerra contra ele.
-para Locke: o estado de natureza não tem: lei estabelecida, juiz
conhecido e imparcial, poder para garantir as sentenças e suas
execuções
- a maneira para se escapar desse estado é com um acordo entre as
pessoas para se formar a sociedade, um contrato social, é aqui a base
para a obediência política
- os governos surgem da aceitação do acordo pelos cidadãos, governos
tomados pela força das armas só ganham legitimidade quando são
voluntariamente aceitos
- o acordo deve ser renovado a cada geração, ao contrário de Hobbes

Rousseau:
- para Rousseau o homem é bom, a sociedade o corrompe.
- moralista
- para Rousseau o homem no estado de natureza não é mau como em
Hobbes, nem moral como em Locke, mas bom e simples, satisfazendo
apenas suas necessidades básicas, a maldade surge da convivência
social
- o homem natural só é impelido por dois instintos: autopreservação e
compaixão.
- a partir da compaixão e da capacidade de auto aperfeiçoamento o
homem deriva todas as suas virtudes
- com o crescimento populacional, o aumento das situações de
convivência entre os homens e o conflito moral interno entre a auto
preservação e a compaixão surge a racionalidade.
- a mudança social do estado natural para a sociedade civil é gradual.
- com o fim gradual do estado de natureza e o surgimento do conceito de
propriedade o homem natural começa a apresentar os vícios da
convivência em sociedade, como a avareza, o desejo de possuir mais, a
ambição de superar os outros. Assim surge o estado de guerra.
- a sociedade seria então instaurada pelos ricos para se defender da
cobiça dos pobres. Sendo a base desse surgimento o amor próprio
egoístico dos ricos.
- acredita que os cidadão devem se rebelar contra o pode tirano, mas
não para voltar um estado primitivo.
- idealista, sabe da dificuldade em curar os "males" da sociedade, mas
também sabe que isso é difícil
- percursor de ideologias comunistas e coletivistas.

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