Falsificação do Badge de Ferido em Ouro com

Repintura

Outro tipo de falsificação comumente encontrada é o uso de uma base original,

alterando suas características para uma variante mais rara ou escassa. Isso acontece com
freqüência com capacetes, onde os falsários usam capacetes simples mais originais,
alterando suas características para peças mais valorizadas, como aplicação de decals SS
ou pintura de camuflagem ou chicken wire.

Isso também pode ocorrer com as condecorações. O caso aqui apresentado é um

exemplo típico. Aparentemente, as fotos abaixo demonstram um Badge de Ferido em
Ouro, versão 1939, marcado no reverso 107, “Carl Wild”.

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F002 – Falsificação do Badge de Ferido em Ouro com Repintura
Este fabricante realmente produziu este tipo de badge, com todas as características que
podem ser observadas nas fotos. No entanto, dois pontos denunciaram a peça. Somente
com a peça em mãos é possível observar e sentir uma pintura relativamente grossa, de
certa forma artificial, que com um raspar de unha, poderia tirar um pouco de tinta. Isso
jamais ocorreria com um acabamento original.

Notem o pino do reverso. Há tinta neste pino, havendo áreas deste, onde não há tinta.
Os pinos geralmente não são pintados, principalmente quando são roliços e deste
modelo. Ao raspar a unha no pino, a tinta poderia ser facilmente removida.

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Para provar a falsificação do acabamento, usou-se um teste chamado “Teste da
Acetona”. Antes de mais nada, este teste não deve ser usado indiscriminadamente,
sendo usado apenas em último caso e sobretudo quando se tem certeza da falsificação,
apenas para comprovar cientificamente a falsificação. Este teste é extremamente
destrutivo e pode danificar alguns tipos de peças que realmente são originais.
Pessoalmente só fiz este teste está única vez pois precisava de provas para a devolução
da peça. Outros tipos de acabamento em outros tipos de Condecorações são danificados
pela acetona. Assim, recomendo veementemente que não usem o teste no dia a dia.

O teste consiste em pingar uma gota de acetona na cabeça de um cotonete. Após isso,
enxugar um pouco com uma flanela o excesso para evitar escorrimento. A parte
molhada deve ser levemente passada em um ponto qualquer do reverso da
Condecoração, preferencialmente um ponto mais escondido. Se a cabeça do cotonete
sair suja e for possível ver uma leve remoção da tinta, a pintura é recente, pois a pintura
original resiste mais a este tipo de ação química. Claro que mesmo uma pintura original
pode ser removida quando atacada com firmeza com a acetona.

Conforme pode ser visto na figura abaixo, após uma única passada da cabeça do
cotonete na superfície, o algodão ficou totalmente impregnado com a tinta e a superfície
da Condecoração perdeu pintura significativamente.

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O teste mostrou que a pintura era recente, provavelmente de um spray que é facilmente
encontrado no mercado. No entanto o Badge realmente é original. O que aconteceu é
que o badge provavelmente era de uma versão em prata, como o Badge é de liga de
zinco, o acabamento deve ter se perdido com o tempo e algum falsário amador resolveu
potencializar seus ganhos. Afinal, um Badge versão em Ouro sai por cerca de três vezes
o valor de uma versão em Prata sem acabamento.

Novamente alertamos para evitar o uso do referido teste. A acetona pode danificar
irremediavelmente algumas pinturas e bases metálicas. Este teste é específico para este
caso. Eu jamais faria este teste no Badge de Ferido em Ouro da minha coleção, uma vez
que não há qualquer indício ou suspeita que o mesmo não seja totalmente original.

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