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FCE - FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO

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Núcleo de Pós Graduação em Educação
Rua Vitorino Carmilo, 644 – Bairro de Campos Elíseos
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Sumário

Capítulo 1 – Os caminhos da Educação no Brasil. 3

O que a creche pode ensinar? .................................................................................... 9

Entenda quais são as experiências de aprendizagem para crianças até 3 anos e saiba como
cada uma delas influencia no desenvolvimento infantil .............................................. 9

Capítulo 2- Políticas para a Educação Infantil 10

É preciso aprovar, com urgência, um plano que norteie a Educação brasileira. Ações de
governo não substituem o Plano Nacional de Educação. Aprová-lo é fundamental para a
melhoria do ensino no país ....................................................................................... 12

Capítulo 3- Um novo conceito do termo Infância 15

O que é identidade e autonomia? ............................................................................. 19

Capítulo 4- O que é escola de Educação Infantil? 21

Cinco caminhos para construir a educação do futuro ............................................... 23

Uma mudança na maneira de ensinar e a aposta no professor estão entre os desafios a serem
enfrentados pela educação que familiares participem da educação dos filhos, acompanhando
os trabalhos em casa. ............................................................................................... 23

Capítulo 5- Formação Profissional x Escola de Educação Infantil. 25

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Educação e Família .................................................................................................. 29

Referência Bibliográfica 33

Módulo I

Os caminhos da Educação no Brasil.

1.1 Educação Infantil no Brasil

No Brasil Escravista, a criança escrava entre 6 e 12 anos já começa a fazer pequenas


atividades como auxiliares. A partir dos 12 anos eram vistos como adultos tanto para o
trabalho quanto para a vida sexual.

A criança branca, aos 6 anos, era iniciada nos primeiros estudos de língua, gramática,
matemática e boas maneiras. Vestia os mesmos trajes dos adultos.

As primeiras iniciativas voltadas à criança tiveram um caráter higienista, cujo trabalho era
realizado por médicos e damas beneficentes que se dirigiram contra o alto índice de
mortalidade infantil, que eram atribuídas aos nascimentos ilegítimos da união entre escravas e
senhores e a falta de educação física, moral e intelectual das mães.

Com a Abolição e a Proclamação da República, a sociedade abre portas para uma nova
sociedade, impregnada com ideias capitalista e urbano-industrial.

Neste período, o país era dominado pela intenção de determinados grupos de diminuir a
apatia que dominava as esferas governamentais quanto ao problema da criança. Eles tinham
por objetivo: ...elaborar leis que regulassem a vida e a saúde dos recém-nascidos;

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regulamentar o serviço das amas de leite; velar pelos menores trabalhadores e criminosos;
atender às crianças pobres, doentes, defeituosas, maltratadas e moralmente abandonadas;
criar maternidades, creches e jardins de infância.

No Brasil, o surgimento das creches foi um pouco diferente do restante do mundo. Enquanto
no mundo a creche servia para as mulheres terem condição de trabalhar nas indústrias, no
Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os filhos das mães que
trabalhavam na indústria, mas também os filhos das empregadas domésticas.

As creches populares atendiam somente o que se referia à alimentação, higiene e segurança


física. Eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.

Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil, cuja responsabilidade caberia ao


Estado, mas foi mantido na realidade por doações, que possuía diferentes tarefas: realizar
histórico sobre a situação da proteção a infância no Brasil; fomentar iniciativas de amparo à
criança e à mulher grávida pobre; publicar boletins, divulgar conhecimentos; promover
congressos; concorrer para a aplicação das leis de amparo à criança; uniformizar as
estatísticas brasileiras sobre mortalidade infantil.

A partir dos anos 30, com o estado de bem-estar social e aceleração dos processos de
industrialização e urbanização, manifestam-se elevados graus de nacionalização das políticas
sociais assim como a centralização do poder.

Neste momento, a criança passa a ser valorizada como um adulto em potencial, matriz do
homem, não tendo vida social ativa.

A partir dessa concepção, surgiram vários órgãos de ampara assistencial e jurídico para a
infância, como o Departamento Nacional da Criança em 1940; Instituto Nacional de
Alimentação e Nutrição em 1972; SAM – 1941 e FUNABEM; Legião Brasileira de Assistência
em 1942 e Projeto Casulo; UNICEF em 1946; Comitê Brasil da Organização Mundial de

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Educação Pré- Escolar em 1953; CNAE em 1955; OMEP em 1969 e COEPRE em 1975.

O estado de bem-estar social não atingiu todos da população da mesma forma, trazendo
desenvolvimento e qualidade só para alguns. A teoria foi muito trabalhada, mas pouco
colocada em prática.

Neste sentido, as políticas sociais reproduzem o sistema de desigualdades existentes na


sociedade.
Resumindo esse período, encontraremos um governo fortemente centralizado política e
financeiramente, acentuada fragmentação institucional, exclusão da participação social e
política nas decisões, privatizações e pelo uso do clientelismo.

Da década de 60 e meados de 70, tem-se um período de inovação de políticas sociais nas


áreas de educação, saúde, assistência social, previdência etc. Na educação, o nível básico é
obrigatório e gratuito, o que consta a Constituição.

Há a extensão obrigatória para oito anos esse nível, em 1971. Neste mesmo ano, alei 5692/71
traz o princípio de municipalização do ensino fundamental.

Contudo, na prática, muitos municípios carentes começaram esse processo sem ajuda do
Estado e da União.

Em 1970 existe uma crescente evasão escolar e repetência das crianças das classes pobres
no primeiro grau. Por causa disso, foi instituída a educação pré- escolar (chamada educação
compensatória) para crianças de quatro a seis anos para suprir as carências culturais
existentes na educação familiar da classe baixa.

As carências culturais existem porque as famílias pobres não conseguem oferecer condições

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para um bom desenvolvimento escolar, o que faz com que seus filhos repitam o ano. Faltam-
lhes requisitos básicos que não foram transmitidos por seu meio social e que seria necessário
para garantir seu sucesso escolar. E a pré-escola irá suprir essas carências.

Contudo, essas pré-escolas não possuíam um caráter formal; não havia contratação de
professores qualificados e remuneração digna para a construção de um trabalho pedagógico
sério.

A mão-de-obra, que constituía as pré-escolas, era muitas das vezes formada por voluntários,
que rapidamente desistiam desse trabalho. Percebemos que a educação não era tratada por
um órgão somente, era fragmentada. A educação se queixava da falta de alimentação e das
condições difíceis das crianças.

Nesse quadro, a maioria das creches públicas prestava um atendimento de caráter


assistencialista, que consiste na oferta de alimentação, higiene e segurança física, sendo
muitas vezes prestado de forma precária e de baixa qualidade enquanto as creches
particulares desenvolviam atividades educativas, voltadas para aspectos cognitivos,
emocionais e sociais.

Consta-se um maior número de creches particulares, devido à privatização e à transferência


de recursos públicos para setores privados.

Nos anos 80, os problemas referentes à educação pré-escolar são: ausência de uma política
global e integrada; a falta de coordenação entre programas educacionais e de saúde;
predominância do enfoque preparatório para o primeiro grau; insuficiência de docente
qualificado, escassez de programas inovadores e falta da participação familiar e da sociedade.

Através de congressos, da ANPED e da Constituição de 88, a educação pré-escolar é vista


como necessária e de direito de todos, além de ser dever do Estado e deverá ser integrada ao

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sistema de ensino (tanto creches como escolas).

A partir daí, tanto a creche quanto a pré-escola são incluídas na política educacional, seguindo
uma concepção pedagógica, complementando a ação familiar, e não mais assistencialista,
passando a ser um dever do Estado e direito da criança.

Esta perspectiva pedagógica vê a criança como um ser social, histórico, pertencente a uma
determinada classe social e cultural. Ela desmascara a educação compensatória, que delega à
escola a responsabilidade de resolver os problemas da miséria.

Porém, essa descentralização e municipalização do ensino trazem outras dificuldades, como a


dependência financeira dos municípios com o Estado para desenvolver a educação infantil e
primária. O Estado nem sempre repassa o dinheiro necessário, deixando o ensino de baixa
qualidade, favorecendo as privatizações.

Com a Constituição de 88 tem-se a construção de um regime de cooperação entre estados e


municípios, nos serviços de saúde e educação de primeiro grau. Há a reafirmação da
gratuidade do ensino público em todos os níveis, além de reafirmar serem a creche e a pré-
escola um direito da criança de zero a seis anos, a ser garantido como parte do sistema de
ensino básico.

Neste período, o país passa por um período muito difícil, pois aumentam as demandas sociais
e diminuem-se os gastos públicos e privados com o social. O objetivo dessa redução é o
encaminhamento de dinheiro público para programas e público-alvo específico.

Com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8069/90, os municípios são


responsáveis pela infância e adolescência, criando as diretrizes municipais de atendimento
aos direitos da criança e do adolescente e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

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Adolescente, criando o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e o
Conselho Tutelas dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Nos anos 90, o Estado brasileiro vê na privatização das empresas estatais o caminho para
resolver seu problema de déficit público, não tentando resolver com um projeto mais amplo de
ampliação industrial.

Com essa situação, na educação tem-se aumentado a instituição de programas de tipo


compensatório, dirigido para as classes carentes. Esse programa requer implementação do
sistema de parceria com outras instituições, já que o Estado está se retirando de suas
funções.

Concluindo, a educação infantil é muito nova, sendo aplicada realmente no Brasil a partir dos
anos 30, quando surge a necessidade de formar mão-de-obra qualificada para a
industrialização do país. E a educação infantil pública é muito ineficiente devido à politicagem
existente no governo brasileiro, que está favorecendo a privatização da educação, como a de
outros setores também.

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1- Texto Complementar

O QUE A CRECHE PODE ENSINAR?

ENTENDA QUAIS SÃO AS EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS ATÉ 3 ANOS E SAIBA COMO
CADA UMA DELAS INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

No Brasil, a ideia de um currículo para a Educação Infantil nem sempre foi aceita. O termo,
porém, ganhou força na última década, quando passou a ser de fato compreendido como um
conjunto de práticas intencionalmente planejadas e avaliadas - um projeto pedagógico que
buscam articulares experiências e saberes da criança para inseri-la na cultura, capaz de
prepará-la para encarar o Ensino Fundamental da melhor maneira possível.

Para Jean Piaget, o sujeito constrói seu próprio conhecimento, processo que se dá a partir da
interação com os outros e com o mundo dos objetos e das ideias. Por isso, o currículo da
creche deve apontar quais experiências de aprendizagem são fundamentais para o
desenvolvimento da criança, levando-se em conta as principais conquistas deste período,
como a marcha, a linguagem, a formação do pensamento simbólico e a sociabilidade. É este
projeto pedagógico que vai orientar as ações e definir os parâmetros de desenvolvimento dos
meninos e meninas.

Em 1998, o Ministério da Educação (MEC) publicou o Referencial Curricular Nacional para a


Educação Infantil, documento que aponta metas de qualidade para garantir o desenvolvimento
das crianças na creche e na pré-escola. Mas a elaboração de propostas curriculares
municipais é bem mais recente.

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Conheça, abaixo, os sete eixos de aprendizagem da creche organizados por NOVA ESCOLA
para oferecer cuidado, segurança, acolhimento e condições para o desenvolvimento subjetivo
e intelectual das crianças entre 0 e 3 anos.

Módulo II

Políticas para a Educação Infantil

2.1 Significados históricos na Educação Infantil no Brasil

A lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96) define que a Educação Infantil é a primeira
etapa da educação básica, assim, reconhecendo a importância do termo educar e cuidar as
crianças de 0 á 5 anos de idade, refletindo e estabelecendo perspectivas politicas e
pedagógicas na formação dos profissionais que atuam nessa área da educação.

As escolas de educação infantil possuem caracterização como parte dos deveres do Estado,
como já explicita na Constituição de 1988, tratando-se de uma formulação, almejada no final
dos anos 70, por pessoas que lutaram e ainda hoje lutam pela implantação de CEIS e EMEIS
que respeitem os direitos das crianças e das famílias.

Tratando se políticas para a Educação Infantil, pode se notar que permanece ainda nos dias
de hoje, o preconceito e a desvalorização nos documentos do Plano Nacional de Educação,
que refere-se a educação infantil na escola pública para famílias pobres. Com esse descaso
governamental, reforça o assistencialismo nas instituições da educação infantil, deixando para
trás a reflexão necessária no sistema educacional das crianças pequenas.

Sendo assim, o sistema governamental dispõe a sobretaxar a população brasileira para


remunerar o capital especulativo internacional com juros exorbitantes, o investimento na
educação relegado à disputa pela redistribuição dos recursos entre as diversas modalidades

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de ensino. Por um lado justifica-se de evitar um desequilíbrio econômico. Por outro, nega-se a
prioridade que teria a educação na construção das bases sustentadoras de uma estabilidade e
desenvolvimento efetivo. A educação infantil é acusada de estar desviando verba que deveria
ser destinada à prioridade para o ensino fundamental.

Em 1997 um plano decenal para a educação é a evidência do descaso para com as


prescrições que haviam sido estabelecidas nas disposições transitórias da Constituição de
1988. No artigo 60 da Constituição, previa que estaria erradicado o analfabetismo e
universalizado o ensino fundamental, suprimido o da emenda constitucional do Fundo de
Valorização do Magistério.

Entretanto, diante desse contexto, de que importaria dizer que as creches precisam deixar de
ser assistenciais para se tornarem educacionais?

Diante dessa argumentação, permite pensarmos que reacomodarão a mesma concepção


assistencialista anterior, ao sugerir que a sua superação iria ocorrer quando se substituísse
assistência por educação.

Assim, quem é que poderia afirmar, se refletisse de forma ponderada, que na creche as
crianças não precisam de cuidados, de assistência?

Quando foi enfatizado que as creches precisariam se tornar educacionais e se rejeitaram


essas dimensões fundamentais da educação da criança pequena, o que se fez foi colaborar
para que os cuidados e a assistência fossem deixados de lado, secundarizados. Ou seja, que
os cuidados fossem prestados de qualquer maneira, porque o que importaria era o
educacional considerado atividade nobre em oposição às tarefas desagradáveis como trocar
fraldas dos bebês, ou qualquer outro tipo de cuidado. Além disso, se projetou para a educação
infantil um modelo escolarizado, como se fosse necessário no berçário ter um ambiente
alfabetizador. Assim, renovou-se, o modelo de prestar uma baixa qualidade na educação, seja
nos cuidados, seja na educação oferecida às crianças pobres.

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A difusão entre assistencial e educacional opõe a função de guarda e proteção à função


educativa, como se ambas fossem incompatíveis, ema excluindo a outra. Entretanto, a
observação das instituições escolares evidencia que elas têm como elemento intrínseco ao
seu funcionamento o desempenho da função de guardar as crianças que as frequentam.

Porém, a escola de educação infantil não pode esquecer de cumprir o seu papel de
oportunizar as crianças o desafio das descobertas e das construções de conhecimentos sobre
o mundo e sobre a vida. É necessário que a escola de educação infantil possa articular o
desenvolvimento global do aluno com o ensino fundamental, em que as crianças se
interessam por aprender a ler, escrever e contar.

Estamos com isso, propondo outra interpretação da história, na perspectiva de fundamentar as


politicas e praticas da educação infantil.

2- Texto Complementar

É PRECISO APROVAR, COM URGÊNCIA, UM PLANO QUE NORTEIE A EDUCAÇÃO BRASILEIRA. AÇÕES DE
GOVERNO NÃO SUBSTITUEM O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. APROVÁ-LO É FUNDAMENTAL PARA A

MELHORIA DO ENSINO NO PAÍS

O Plano Nacional de Educação (PNE), que deveria vigorar de 2011 a 2020, ainda está em
tramitação no Congresso Nacional. E, como o último PNE (2001-2010) perdeu a validade três
anos atrás, o sistema educacional brasileiro prossegue com uma lacuna que dificulta e atrasa
melhorias tão necessárias na área. Quem sai prejudicado são os estados e municípios
brasileiros, que não contam com um plano para orientar suas políticas e estabelecer as metas
que precisam ser atingidas nos próximos anos, e, por consequência, os professores e os
alunos.

O governo tenta minimizar a falta de um plano nacional ao afirmar que, paralelamente a ele,
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estão sendo feitas benfeitorias na área. Segundo o senador José Pimentel (PT-CE), relator do
Projeto de Lei que estabelece o PNE na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
(CAE), "os três anos de tramitação não foram perdidos, pois o projeto foi amplamente debatido
com a sociedade e muitos parlamentares contribuíram com o texto atual. Mesmo sem o plano,
evoluímos na expansão de creches, escolas de Ensino Fundamental, universidades e escolas
técnicas em todas as regiões do país", diz ele.

A afirmação, no entanto, retira do governo a responsabilidade de aprovar um plano nacional


com força de lei, capaz de nortear o desenvolvimento da Educação no país. Apostar apenas
em programas de governo é perigoso porque eles dependem do partido que está no poder,
ficando reféns da descontinuidade que acompanha a rotatividade política. Segundo Carlos
Roberto Jamil Cury, docente da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e
professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é fundamental ter um
plano com base na Constituição, com condições de atacar os gargalos existentes sem
depender de partidos ou posicionamentos políticos. "O PNE tem como finalidade superar as
falhas em nosso sistema educacional, fazendo com que os governos, em regime de
colaboração, estabeleçam metas e estratégias".

A opinião é compartilhada por Cleuza Repulho, presidente na União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime). Segundo ela, "ainda que os programas existentes
contribuam muito para o avanço de alguns setores, principalmente na Educação Infantil, eles
não resolvem todas as questões que precisam ser tratadas, principalmente as relacionadas à
necessidade de um investimento maior em Educação, imprescindível para manter os avanços
realizados".

A discussão em torno dos recursos é uma das razões da demora na aprovação do PNE. "O
problema do financiamento vem circunscrevendo os debates desde o envio do projeto. Por
isso, houve uma secundarização de outros temas que poderiam ter ganhado mais relevância",
destaca Cury. Outro fator que contribui para a demora, segundo ele, é o próprio histórico de
tramitação de Projetos de Lei como esse no Congresso. A maioria dos políticos não conhece a
complexidade da área educacional e acaba colocando no PNE metas que deveriam estar na
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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) ou alterando minúcias que apenas
contribuem para tornar o processo moroso. "Nem sempre a consciência que nossos
deputados e senadores têm a respeito da importância do direito à Educação se materializa em
propostas que sejam factíveis e solucionadoras dos gargalos conhecidos por todos", afirma.

As consequências da demora são inúmeras. Se o plano for aprovado ainda neste ano e entrar
em vigor em 2014, ficará vigente até 2023, um prejuízo de três anos para a Educação. Com
isso, metas como universalizar a Educação Básica para crianças e jovens de 4 a 17 anos,
universalizar o atendimento aos estudantes com deficiência, atender 50% das crianças de até
3 anos e erradicar o analfabetismo serão adiadas. "É uma perda significativa, porque nesses
anos poderiam ter sido elaborados os planos estaduais e municipais, que seriam adaptados
para as realidades locais e regionais. A demora joga o decênio para mais adiante e, assim, se
perde aquilo que já poderia ter avançado", destaca Cury. Sem diretrizes nacionais, é
desperdiçado, também, o trabalho em equipe, que traria resultados muito mais positivos.

Após enorme número de emendas, o PNE foi aprovado na Câmara dos Deputados e na CAE
do Senado, mas ainda precisa ser avaliado pelas Comissões de Educação, Cultura e Esporte
e Constituição e Justiça da casa. Neste cenário, é de extrema importância a mobilização da
sociedade civil e da imprensa para pressionar o Congresso a acelerar o processo e finalizar a
tramitação o mais rápido possível, garantindo assim diretrizes claras para todas as esferas da
Educação.

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Módulo III
Um novo conceito do termo Infância.

O sentimento de infância, a ideia de infância, a representação de infância, todos esses


fenômenos psicossociais surgiram na civilização muito vagarosamente e ligado a motivos os
mais surpreendentes.

A visão sobre a infância, como um período específico pela qual todos passam, é uma
construção definida na atualidade. A questão de que todos os indivíduos nascem e serão
crianças até um determinado período, independente da condição vivida, é inegável.

Entretanto, tal premissa nem sempre foi percebida dessa maneira, e por diversos períodos se
questionou qual era o tempo da infância e quem era a criança. Esse conceito ou ideia que se
tem da infância foi sendo historicamente construído e a criança, por muito tempo, não foi vista
como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como
um adulto em miniatura.

Etimologicamente: do latim IN (não) FANCIA (capacidade da fala), nessa perspectiva, a fase


da infância seria caracterizada pela ausência da fala e de comportamentos esperados,
considerados como manifestações irracionais.

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A infância se contrapõe à vida adulta, pois os comportamentos considerados racionais ou


providos da razão seriam encontrados apenas no indivíduo adulto, identificando, assim, o
adulto como o homem que pensa, raciocina e age, com capacidade para alterar o mundo que
o cerca; tal capacidade não seria possível às crianças.

Do século XII ao século XVIII, ocorreram grandes transformações históricas, onde a infância
tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos, sejam
eles sociais, culturais, políticos e econômicos.

A criança era vista como substituível, como ser produtivo que tinha uma função utilitária para a
sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era inserida na vida adulta e tornava-se útil na
economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em
seus ofícios e cumprindo, assim, seu papel perante a coletividade. As famílias eram
numerosas e seus limites de intimidade, quase que inexistentes. As pessoas viviam a maior
parte do seu tempo fora de casa, na rua, nas praças ou no meio de comunidades de trabalho,
de festas, de orações.

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Esses foram séculos de altos índices de infanticídio. As crianças eram jogadas fora e
substituídas por outras sem sentimentos.

No século XVII com a interferência dos poderes públicos e com a preocupação da igreja em
não aceitar passivamente o infanticídio. Além disso, as aprendizagens ocorriam nas famílias
de todas as crianças, pobres e ricas, e a cultura dessas duas infâncias tem como parâmetro os
laços com o mundo dos adultos, possibilitado, principalmente, pela liberdade em espaços
compartilhados; a criança presenciava experiências que resultavam dessas relações: aprendia
convivendo. Nessa ótica da importância das relações familiares com a criança e as relações
eram muito importantes, pois todos compartilhavam em tudo, ou seja, um dependia do outro.

Pode-se interpretar então, que a afirmação do sentimento da infância no século XVIII vê a


educação ou a institucionalização da criança como responsabilidade da família, percebendo
que os filhos são frutos da possibilidade da ascensão social. “Pais enxergam através de seus
filhos a possibilidade da administração dos bens familiares e, consequentemente, a ampliação
das posses”

Desse contexto moral é que a educação das crianças passa a ser construído, através do
posicionamento de moralistas e educadores, principalmente, com o surgimento da família
nuclear gerada dentro dos padrões do modelo de família conservadora, símbolo da
continuidade parental e patriarcal que marca a relação de pai, mãe e criança.

A preocupação da família com a educação da criança fez com que mudanças ocorressem e os
pais começassem, então, a encarregar-se de seus filhos. Houve ainda, a necessidade da
imposição de regras e normas na nova educação e a formação de uma criança melhor
doutrinada, atendendo à nova sociedade que emergia. Tal concepção de indivíduo que
aparece, faz com que a criança seja alvo do controle familiar ou do grupo social em que ela
está inserida.

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Com as modificações nas relações sociais que se estabelece na Idade Moderna, a criança
passa a ter um papel central nas preocupações da família e da sociedade. A nova percepção e
organização social fizeram com que os laços entre adultos e crianças, pais e filhos, fossem
fortalecidos. A partir deste momento, a criança começa a ser vista como indivíduo social,
dentro da coletividade, e a família tem grande preocupação com sua saúde e sua educação.
Tais elementos são fatores imprescindíveis para a mudança de toda a relação social.

Com o surgimento desse novo homem aparecem também as primeiras instituições


educacionais, sugerindo que os adultos compreenderam a particularidade da infância e a
importância, tanto moral como social e metódica, de as crianças frequentarem instituições
especiais, adaptadas a tais finalidades. Com isso a criança passa a ter um papel central nas
preocupações da família na sociedade, mostrando os encantos de deixar as famílias dentro
dos portões e muros. A nova organização social e da família é fruto da evolução política e
econômica da época moderna.

Neste período Rousseau promove uma revolução na pedagogia, centrando os interesses


pedagógicos no aluno e não mais no professor. Afirma que a criança não é um adulto em
miniatura e destaca ainda que a criança é um ser com características próprias em suas ideias
e interesses. Formulou princípios educacionais que permanecem até nossos dias,
principalmente quando afirmava que a verdadeira finalidade da educação era ensinar a criança
a viver e a aprender a exercer a liberdade.

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3- Texto complementar

O QUE É IDENTIDADE E AUTONOMIA?

O bebê se percebe como ser único quando reconhece os próprios limites (e os dos outros)

Reconhecer a própria imagem é um dos passos para a construção da identidade

Identidade
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, identidade remete à
ideia de distinção. Diz o documento: "é uma marca de diferença entre as pessoas, a começar
pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir, de pensar e da
história pessoal".

Construir a identidade implica conhecer os próprios gostos e preferências e dominar


habilidades e limites, sempre levando em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as
pessoas com quem se convive. Esse autoconhecimento começa no início da vida e segue até
o seu fim, mas é fundamental que alguns conhecimentos sejam adquiridos ainda na creche.

Assim que nasce, o bebê permanece um bom tempo em fusão com a mãe. Isso significa que
ele ainda não é capaz de reconhecer os próprios limites e os limites do outro. Por isso, o
desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida está intimamente ligado a experiências
de frustração - no jargão freudiano (leia mais sobre Sigmund Freud) - pelas quais terá de
passar para compreender-se como um ser único em meio a outros seres igualmente
singulares, ou seja, um ser com identidade própria.

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O cerne da construção da identidade está nas pessoas com as quais a criança estabelece
vínculos. A família é o primeiro canal de socialização. Em seguida, e tão importante quanto,
está a escola.

Autonomia
A autonomia, segundo o mesmo referencial curricular é "a capacidade de se conduzir e de
tomar decisão por si, próprio, levando em conta regras, valores, a perspectiva pessoal, bem
como a perspectiva do outro". Mais do que autocuidado - saber vestir-se, alimentar-se,
escovar os dentes ou calçar os sapatos -, ter autonomia significa ter vontade própria e ser
competente para atuar no mundo em que vive. É na creche que a criança conquista suas
primeiras aprendizagens - adquire a linguagem, aprende a andar, forma o pensamento
simbólico e se torna um ser sociável.

A especificidade do trabalho na creche

Na faixa de 0 a 3 anos, explorar o eixo identidade e autonomia envolve ajudar os pequenos a


desenvolver o reconhecimento da própria imagem. O objetivo é que eles se identifiquem como
seres únicos, com corpo, hábitos e preferências próprias. Ao mesmo tempo, é desejável que
os bebês ganhem independência progressiva para tanto para realizar ações cotidianas, como
brincar e se expressar por meio da linguagem, quanto para o cuidado com a higiene e a
alimentação. O caminho privilegiado para conseguir esse desenvolvimento são as atividades
de interação, que possibilitam a criação de vínculos afetivos e o aprendizado das regras para a
vida em sociedade.

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Módulo IV

O que é escola de Educação Infantil?

Durante muito tempo não houve instituições responsáveis pela criança, o seu surgimento tem
relação ao nascimento da escola, bem como ao pensamento pedagógico moderno, num
período de várias transformações econômicas, políticas e científicas, e ainda com a invenção
da imprensa, permitindo acesso à leitura.

Com a Revolução Industrial houve mudanças quanto à forma de tratar a infância, surgindo as
creches e pré-escolas com o intuito de dar suporte a uma nova estrutura familiar da época.

A educação infantil está envolvida pelo educar e pelo cuidar, as crianças necessitam de
atenção, carinho e segurança para sobreviver. Além disso, por meio de experiências com
pessoas e coisas entram em contato com o mundo que as cerca.

O ato de cuidar abrange desde a organização dos horários de funcionamento, organização do


espaço e materiais oferecidos. Já no ato de educar a criança mantém interação com as
pessoas e as coisas, atribuindo significados com o que o cerca e participando de uma
experiência cultural.

Nesta perspectiva a criança deve ser vista como um sujeito que vive no mundo da fantasia, do
sonho, onde a afetividade, a brincadeira apresenta caráter subjetivo.

O cuidar e o educar dão características próprias à educação infantil, buscando formar um


cidadão crítico e participativo na sociedade.

Assim, a forma como a creche e a pré-escola se organizam para constituir um processo de


produção de sentidos e de criação de significados é o currículo, que deve incluir os mais
variados elementos da vida das crianças e de seu grupo ou experiências vividas por eles.

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O currículo precisa envolver aspectos da experiência política, dos modos de viver e de


relacionar-se, do folclore, da literatura, da arte, da música, da TV, das revistas e jornais etc.,
pois não há um único conhecimento, consequentemente não existe apenas um currículo.

Com isso, devem-se levar em conta as diferenças de classes sociais, bem como a diversidade
de etnia, sexo e cultura, a educação infantil precisa estar voltada á educação para a cidadania.

Faz-se necessário ensinar as crianças para que sejam cooperativas autônomas e


responsáveis, confiando nas suas formas próprias de agir e aprender.

O maior desafio é colocar a criança em contato com novas experiências, com novos
conhecimentos, buscando desenvolver na criança a capacidade de ser criativo, de fazer coisas
e de agir ativamente na sociedade.

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4-Texto complementar

CINCO CAMINHOS PARA CONSTRUIR A EDUCAÇÃO DO FUTURO

UMA MUDANÇA NA MANEIRA DE ENSINAR E A APOSTA NO PROFESSOR ESTÃO ENTRE OS DESAFIOS A


SEREM ENFRENTADOS PELA EDUCAÇÃO QUE FAMILIARES PARTICIPEM DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS,

ACOMPANHANDO OS TRABALHOS EM CASA.

Especialistas orientam Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS

Reformular o jeito de ensinar é um dos maiores desafios da educação. Este fazer diferente já
ocorre em diversas escolas, que têm provado que o método tradicional de ensino pode ter
dado muito certo no passado, mas está longe de atender aos anseios de um universo no qual
crianças crescem tendo as novas tecnologias como companheiras.

Para marcar a segunda fase da campanha do Grupo RBS e da Fundação Maurício Sirotsky
Sobrinho A Educação Precisa de Respostas, foram elencados cinco eixos para motivar a
sociedade em busca de educação qualificada.

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O exercício foi baseado nas metas do movimento Todos pela Educação e realizado com a
ajuda de especialistas.

Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento, aposta que a essência da educação está
em tornar a carreira do magistério objeto de desejo. No Brasil, um professor ganha 40% do
que recebem outros profissionais, segundo estudo do pesquisador Marcelo Neri.

— Falta um plano de carreira, vinculado à formação continuada e aos resultados em sala de


aula e não ao tempo de serviço — diz Mozart.

Professores do século XXI

A preparação do professor para a sala de aula é o processo mais urgente e mais desafiador
para o salto na qualidade da educação que se sonha.

Até alguns anos atrás, eram formados apenas no curso Normal — o equivalente ao Ensino
Médio — e preparados para o magistério. Entretanto, viu-se a necessidade de as faculdades
de pedagogia formarem aqueles que iriam pensar o futuro da educação. Muitos cursos de
magistério foram deixando de existir.

— É por isso que até hoje a faculdade é muito mais teórica do que prática. Isso faz com que
os professores cheguem na sala de aula e não se sintam preparados — diz Priscila Cruz,
diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação.

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Módulo V

Formação Profissional x Escola de Educação Infantil.

5.1 DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR:

Dimensão técnico-científica

Não há controvérsias sobre a necessidade de formar-se o professor do ponto de vista do


conhecimento técnico científico relacionado à sua área. No entanto há controvérsias quando
se considera o atual progresso científico e a rapidez com que as mudanças ocorrem nos
diferentes campos.

Revê-se a ideia de formação especial universal e amplia-se a ideia de formação básica e


sistematizada na área de conhecimento, a fim de garantir a flexibilidade para mudanças e
ampliações do campo conceitual.

O domínio do conteúdo não se restringe mais ao conhecimento consistente de uma área


específica, mas se exige que esse conhecer se articule com outros saberes e práticas, criando
espaços p uma produção que vai ale, das fronteiras disciplinares. É a busca de um
conhecimento técnico-científico inter e transdisciplinar

Dimensão da formação continuada

Se o profissional a partir da compreensão, explicitada anteriormente, não tiver possibilidade de


continuar pesquisando, questionando sua área de conhecimento, buscando novas
informações, analisando-as e incorporando-as à sua formação básica, o que ocorrerá?

Esta flexibilidade, a habilidade de busca o interesse e as motivações p prosseguir constituem


motores importantes no assumir da formação continuada. É importante destacar que se
entende formação continuada como um processo complexo e multideterminado que ganha

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materialidade em múltiplos espaços/atividades, não se restringindo a cursos e/ou
treinamentos, e que favorece a apropriação de conhecimento, estimula a busca de outros
saberes e introduz uma fecunda inquietação contínua como o já conhecido, motivando viver a
docência em toda a sua imponderabilidade, surpresa, criação e dialética com o novo.

Dimensão do trabalho coletivo e da construção coletiva do projeto pedagógico

Ficam cada dia mais evidente a dificuldade e a ineficácia do trabalho isolado. É em torno de
um projeto de escola, com claros objetivos de formação do aluno e do cidadão, que professor,
diretores e outros profissionais da educação devem se congregar p um trabalho significativo
junto aos alunos.

Deve-se trabalhar em cooperação, integradamente, considerando as possibilidades e


necessidade da transdicisplinaridade, não é uma ação espontânea, mas nasce de processos
de formação intencionalmente desenvolvidos.

Dimensão dos saberes para ensinar

Esta dimensão abrange diferentes ângulos dentre s quais, o conhecimento produzido pelo
professor sobre os alunos (sua origem social, suas experiências prévias, seus conhecimento
anteriores, sua capacidade de aprender, sua inserção na sociedade, suas expectativas e
necessidade), o conhecimento sobre finalidades e utilização dos procedimentos didáticos (os
mais úteis e eficazes para a realização da tarefa didática q devem desempenhar), o
conhecimento sobre aspectos afetivos – emocionais, o conhecimento sobre os objetivos
educacionais e seus compromissos como cidadão e profissional (visão de Educação, objetivos
da educação, formação de determinado tipo de homem, tendo em vista um determinado e
desejado tipo de sociedade).

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Dimensão critica-reflexiva

Há a necessidade de se ressaltar o desenvolvimento de reflexão metacognitiva, que implica no


conhecimento sobre o próprio funcionamento cognitivo pessoal e de habilidade de
autoregulação deste funcionamento, fundamentais para e em qualquer processo formativo.

Perceber-se e perceber as ações que realiza avalia-las e modifica-las em função da percepção


e avaliação que são questões fundamentais e sensíveis na formação do professor, que exigem
do formador e do formado disponibilidade e compromisso.

Dimensão avaliativa

Interpenetrando todas essas dimensões da formação, outra se destaca, referente à


capacidade avaliativa do professor em relação à aspectos específicos de sua prática
pedagógica ou à aspectos específicos estabelecidos ou valorizados pelo sistema ou pela
escola em que trabalha.

Assim, é fundamental que o professor desenvolva habilidades de coletar, trabalhar, analisar e


levantar hipóteses a respeito dos dados, encaminhando propostas para as questões
encontradas.

Hernandez destaca sobre o entusiasmo e o interesse dos colegas de trabalho, as condições


materiais e organizacionais da escola, a disponibilidade da direção da escola para as
inovações são fatores q podem facilitar a inclusão de novas práticas em sala de aula, em
decorrência de ações formadoras.

As relações entre educação e formação de professor imbricam-se com as necessidades


educativas da sociedade e com:

- a transformação na concepção de Estado e sua relação com a sociedade civil alternando


profundamente as políticas públicas para o setor social;

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- o sistema universitário vigente (o que espera o mercado de trabalho, que caminhos são
possíveis e necessidade p fazer o diálogo universal/mercado de trabalho)

- a função docente (autonomia, criatividade, critica da e para a prática docente)

- o reordenamento do espaço profissional e de trabalho hoje posto para o professor

- as transformações no mundo do trabalho, redefinindo o conjunto das profissões, criando para


o professor novas exigências e um novo desenho de organização social e política, no qual se
inscrevem as instituições educacionais.

Diante desse contexto percebe-se as tantas e profundas transformações sociais, delineando


uma condição diferenciada para o professor formador, e sua formação também exige um
repensar de objetivos e modalidades para o processo de formação docente, que deve ser uma
parceria entre instituição e docente, realizando a descoberta, podendo concretizar em oficinas
e/ou workshops de problematização da pratica docente – favorecendo a reflexão do próprio
docente sobre seu fazer, seus sucessos e suas dificuldades no trabalho pedagógico, bem
como a possibilidade de refletir com os colegas num ambiente de produção coletiva, em
projetos de investigação sobre práticas docente – nos quais o professor torne seu cotidiano
docente como objeto de pesquisa e sobre ele produza conhecimento, em projetos de
inovações curriculares e metodológicas na sala de aula, desenvolvendo a postura avaliativa
como uma dimensão fundamental do formar-se prof. Faz-se necessário formar profissionais
capazes de articular competência técnica-cientifica, cidadania e ética.

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5- Texto complementar

EDUCAÇÃO E FAMÍLIA

Segundo a LDB 9394/96, seção III, o ensino básico, terá como objetivo a formação básica do
cidadão, mediante “o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida” (art. VI).

EDUCACÃO:

“Ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da


criança e, em geral, do ser humano; disciplinamento, instrução, ensino”. (Dicionário
Contemporâneo da Língua Portuguesa; Caldas Aulete).

“Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens para adapta-las à vida social,
trabalho sistematizado, seletivo, orientador, pelo q1ual nos ajustamos à vida, de acordo com
as necessidades ideais e propósitos dominantes, ato ou efeito de educar, aperfeiçoamento
integral de todas as faculdades humanas, polidez, cortesia”. (Dicionário Brasileiro de Língua
Portuguesa, Aurélio Buarque de Hollanda).

FAMÍLIA:

Conjunto dxe pai, mãe e filhos, pessoas do mesmo sangue, descendência, linhagem (Histo N),
agrupamento de gêneros, vegetais ou animais, ligados por caráteres comuns, cuja os nomes
nos vegetais se escrevem com a terminação “aces” e são femininos nos animais com
terminação “idas” e são masculinos (gram). Conjunto de vocábulos que tem a mesma raiz.

O presente texto tem como objetivo colaborar com a discussão e reflexão sobre a interação da
família com a escola abordam questões como o significado do conceito de família.

A partir das últimas décadas do século XIX, identifica-se um novo modelo de família. A
Proclamação da República, o fim do trabalho escravo, as novas práticas de sociabilidade com

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o início do processo de industrialização, urbanização e modernização do país constituem
terreno fértil para a proliferação do modelo de família nuclear burguesa, originário da Europa.

No âmbito legal, a Constituição Brasileira de 1988, aborda a questão da família nos artigos 5º,
7º, 201, 208 e 226 a 230. Trazendo algumas inovações (artigo 226) como um novo conceito de
família: união estável entre o homem e a mulher (§ 3º) e a comunidade formada por qualquer
dos pais e seus descendentes (§ 4º). E ainda reconhece que: os direitos e deveres referentes
à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher (§ 5º).

A aparente desorganização da família é um dos aspectos da reestruturação que ela vem


sofrendo, a qual se, por um lado, pode causar problemas, pode, por outro, apresentar
soluções. Trata-se, pois, de um processo contraditório que, ao mesmo tempo em que abala o
sentimento de segurança das pessoas, com a falta ou diminuição da solidariedade familiar,
proporciona também a possibilidade de emancipação de segmentos tradicionalmente
aprisionados no espaço restritivo de muitas sociedades conjugais opressoras...

Embora a cada momento histórico corresponda um modelo de família preponderante, ele não
é único, ou seja, concomitante aos modelos dominantes de cada época, existiam outros, com
menor expressão social, como é o caso das famílias africanas escravizadas.

Além disso, o surgimento de uma tendência não eliminava imediatamente a outra, prova disto
é que neste início de século podemos identificar a presença do homem patriarca, ma mulher
"rainha do lar" e da mulher trabalhadora. Assim, não podemos falar de família, mas de
famílias, para que possamos tentar contemplar a diversidade de relações que convivem em
nossa sociedade.

A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos


filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se
estruturando.

É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao


desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na

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educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e
humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que
se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.

Acrescenta que a família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas
é também o centro da vida social... A educação bem sucedida da criança na família é que vai
servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto...

A família tem sido, é e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da


personalidade e do caráter das pessoas.

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), nos artigos 4º e 55.

 Política Nacional de Educação Especial, que adota como umas de suas diretrizes gerais:
adotar mecanismos que oportunizem a participação efetiva da família no desenvolvimento
global do aluno. E ainda, conscientizar e comprometer os segmentos sociais, a comunidade
escolar, a família e o próprio portador de necessidades especiais, na defesa de seus direitos
e deveres. Entre seus objetivos específicos, temos: envolvimento familiar e da comunidade
no processo de desenvolvimento da personalidade do educando.

 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), artigos 1º, 2º, 6º e 12.

 Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei nº 10172/2007), que define como uma de
suas diretrizes a implantação de conselhos escolares e outras formas de participação da
comunidade escolar (composta também pela família) e local na melhoria do funcionamento
das instituições de educação e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos
recursos pedagógicos.

E não podemos deixar de registrar a recente iniciativa do MEC que instituiu a data de 24 de
abril com o Dia Nacional da Família na Escola. Neste, todas as escolas deveriam convidar os
familiares dos alunos para participar de suas atividades educativas, pois conforme declaração
do Ministro Paulo Renato Souza "quando os pais se envolvem na educação dos filhos, eles
aprendem mais".

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Relacionados os sustentáculos formais da relação família/escola/educação é importante
pontuar ainda alguns aspectos. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que a família
independente do modelo como se apresente, pode ser um espaço de afetividade e de
segurança, mas também de medos, incertezas, rejeições, preconceitos e até de violência.

Assim, é fundamental que conheçamos os alunos e as famílias com as quais lidamos. Quais
são suas dificuldades, seus planos, seus medos e anseios? Enfim, que características e
particularidades marcam a trajetória de cada família e conseqüentemente, do educando a
quem atendemos.

Estas informações são dadas como preciosas para que possamos avaliar o êxito de nossas
ações enquanto educadores, identificar demandas e construir propostas educacionais
compatíveis com a nossa realidade. Em segundo lugar, na relação família/educadores, um
sujeito sempre espera algo do outro. E para que isto de fato ocorra é preciso que sejamos
capazes de construirmos coletivamente uma relação de diálogo mútuo, onde cada parte
envolvida tenha o seu momento de fala, mas também de escrita, onde exista uma efetiva troca
de saberes.

A capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir


e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às idéias emitidas e
a flexibilidade para recebermos idéias que podem ser diferentes das nossas.

Uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar profundamente a relação


família/escola e trazer sérios prejuízos para o sucesso escolar e pessoa dos educandos.

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Referência Bibliográfica

KUHLMANN, Junior Moysés. Infancia e educação infantil: uma abordagem histórica. Editora
mediação. Porto Alegre, 1998.

MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão. A prática pedagógica histórico-crítica na educação infantil e


ensino fundamental. Editora Autores Associados LTDA. Campinas- SP,2011.

INTERNET– Sites de pesquisa


Educação Infantil :http://www.itpac.br/hotsite/revista/artigos/32/6.pdf ( ISSN 1983-6708)
O que a creche pode ensinar: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-
anos/creche-pode-ensinar-548829.shtml

Politicas públicas:http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/preciso-ter-plano-norteie-
educacao-743528.shtml Com apuração de Larissa Teixeira. Editado por Elisa Meirelles.
Um novo conceito de infância: Texto elaborado por SANDRA VAZ DE LIMA, com base na
Dissertação de Mestrado de Gislene Lossnitz - O Primeiro Jardim de Infância no Brasil: Emília
Ericksen. (A busca da compreensão do conceito de infância). Ponta Grossa, 2006.
O que é identidade e autonomia: http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/roteiro-
didatico-identidade-autonomia-creche-634707.shtml?page=1

O que é escola de educação infantil/ : CRAIDY, Maria e KAERCHER, Gladis. Educação


Infantil: pra que te quero. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

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http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2013/06/cinco-caminhos-para-construir-
a-educacao-do-futuro-4172223.html

Dimensões da formação do professor; Educação e família

http://fundamentoseducacaoinfantil.blogspot.com.br/p/conceito-de-infancia.html

Material elaborado:
Profª. Mestra Ana Cristina de S. Eicardi

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