São Paulo
2018
Sumário
1. Introdução .................................................................................................... 3
2. A Cidade Contemporânea ........................................................................... 4
2.1 Cidade Compacta ..................................................................................... 4
2.2 Densidade e Usos mistos ......................................................................... 6
2.3 Um Novo olhar ao Centro ......................................................................... 7
3. O Edifício Híbrido na Cidade Contemporânea ............................................. 8
4. O Lugar ........................................................................................................ 9
4.1 Histórico do bairro e o cenário atual ......................................................... 9
4.2 Legislação .............................................................................................. 10
5.1 Conjunto Nacional ...................................................................................... 10
5.2 Brascan Century Plaza ............................................................................... 11
5.3 Zendai Himalayas Center ........................................................................... 12
6.Projeto ........................................................................................................... 13
7. Considerações Finais ................................................................................... 16
8.Bibliografia..................................................................................................... 16
1. Introdução
A monografia trata das relações da cidade contemporânea e como elas se dão
com seus habitantes. A cidade contemporânea é definida por uma junção de
comportamentos e situações que a tornam diversa tais como cultura,
preconceitos, costumes, infraestrutura urbana, podendo então concluir que a
cidade atual é uma junção de configurações diferentes de cidade. Esta
característica desperta grande curiosidade em entender a maneira com que a
cidade funciona, quais são seus problemas à serem resolvidos, suas
qualidades, suas peculiaridades e quais as mudanças ocorreram ao longo dos
anos nos comportamentos de seus cidadão que influenciaram nestes formatos.
Atualmente é perceptível um crescimento na relação das pessoas com o
espaço público ao deixar espaços reclusos e cercados para voltar a frequentar
as ruas e vivenciar o que de melhor a cidade tem à propor, porém, pela
maneira diversa como a cidade contemporânea se comporta muitos ainda não
podem se dar ao luxo de desfrutar desse crescente comportamento.
Por volta dos anos 50 em São Paulo houve uma mudança na lei de
zoneamento do centro de São Paulo levando o mercado imobiliário à atuar em
áreas mais afastadas dando uma liberdade à arquitetos que se espelhavam em
arquitetos modernistas, principalmente na ideia de pilotis, porém que
ignoravam que nesta configuração é necessária uma manutenção do térreo
como espaço público para cidade, isso auxiliou numa epidemia de prédios
murados e cercados que inibem o pedestre. Atualmente já se percebe uma
mudança de comportamento até por uma percepção por parte do arquiteto de
sua responsabilidade, ainda que com pouca voz de criar projetos que acolham,
que permitam à vivencia de espaços não restritos à moradores do local. Essa
mudança comportamental também ocorreu por parte dos cidadãos da cidade
de São Paulo que desde 2013 iniciaram um movimento que parte de um
princípio de retomar as ruas que são suas por direito e de aproveitar mais o
que a cidade tem a oferecer além de shoppings e parques restritos, como o
fechamento do Minhocão e da Avenida Paulista aos finais de semana, não por
coincidência na mesma época estava sendo projetado o PDE da cidade que
propões revalorizar espaços da cidade, reverter a deterioração e adensar
principalmente no centro da cidade com enfoque na Operação Urbana Centro
que restringe uma área especifica de atuação para estas propostas deixando
de lado uma área importante da cidade que poderia e deve se beneficiar das
mesmas. A OUC também cria um grande enfoque na diversificação de usos,
este o pilar da cidade contemporânea ideal sendo assim interessante pensar
em propor uma estratégia urbana que pudesse atender uma população que
apesar de bem atendida por equipamentos e infraestrutura ainda está
engessada numa configuração de cidade antiga.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2. A Cidade Contemporânea
2.1 Cidade Compacta
Inúmeras cidades ao redor do globo passam por um processo de
mudança recente; dados de desenvolvimento substancial demográfico das
cidades em conjunto com êxodo urbano fazem com que as cidades
experimentem uma intensa densidade e posteriormente um espraiamento para
comportar este fenômeno explosivo. Este processo gerou grande valorização
de terra nos centros urbanos, bem como incentivo fiscal e mão de obra mais
barata em cidades vizinhas e menores fazendo com que grandes indústrias se
deslocassem dos centros ocasionando áreas obsoletas.
Por volta dos anos 90 existiu uma grande tendência no mundo todo de
uma migração dos centros para os bairros residenciais distantes, os quais
estes se desenvolveram e demandaram construção de estradas
consequentemente aumentando o uso de automóveis e assim do
congestionamento e da poluição do ar, seguindo assim o modelo de cidade-
jardim conceituado por Ebenezer Howard, defendendo zonas separadas de
usos e baixas densidades, estas soluções para problemas da época como
tuberculose e preconceitos raciais. Atualmente este deslocamento influenciam
na pobreza urbana central pela grande procura por segurança privada,
transporte individual e espaços monofuncionais.
Em 2014 foi lançado o Plano Diretor Estratégico que tinha como maior
objetivo recuperar a desvalorização desta área por meio de propostas de
adensamento e diversificação de usos que só trariam benefícios para área e
seus moradores, tornando-se via de regra para que novos
empreendimentos voltassem a surgir auxiliando na requalificação dos
bairros mais deteriorados e esquecidos.
4. O Lugar
4.1 Histórico do bairro e o cenário atual
O bairro de Santa Ifigênia expressa grande diversidade arquitetônica, de estilos
de vida compostos por seus habitantes e sua multiculturalidade ao tratar de
uma população extremamente heterogênea por seu histórico de abrigar ex-
escravos, imigrantes e até mesmo a elite paulistana.
A rua Santa Ifigênia foi aberta em 1810 pelo Marechal Arouche de Toledo
Rendom e concentrava uma população mais abastada. A atual avenida Rio
Branco era ocupada por estudantes, o que explica o grande número de
residências acadêmicas na área. Nesta época era clara a divisão do espaço
entre as classes mais abastadas e as menos, a elite ocupava o então Campo
Redondo, atual Campos Elísios e os pobres ocupavam a parte baixa da
Avenida Rio Branco, então chama de rua dos Bambus, Aurora, Triunfo e Duque
de Caxias destas quais abrigam boa parte dos edifícios transformados em
cortiços.
4.2 Legislação
A área em questão conta com um zoneamento dividido entre Zona Central e
Zona Especial de Interesse Social. A primeira trata de porções do território que
tendem a promoção de atividades típicas de áreas centrais destinadas
prioritariamente à usos não residenciais com densidades médias, manutenção
de atividades de comércio e serviços e promoção da qualificação dos espaços
públicos. A segunda classificando áreas com porções de solo destinadas à
população de baixa renda por meio de melhorias urbanísticas, recuperação
ambiental e regularização fundiária além de proporcionar novas habitações de
interesse ou mercado popular dotadas de equipamentos sociais, infraestrutura,
áreas verdes e uso misto alocados na zona urbana. Ambas têm como proposta
principal no Plano Diretor Estratégico proporcionar atividades econômicas em
territórios com pouca oferta de emprego em relação à moradia ao mesmo
tempo que asseguram a permanência da população de baixa renda
Projeto: 1954
5.2 Brascan Century Plaza
Localização: Rua Joaquim Floriano com Bandeira Paulista, Itaim Bibi, São
Paulo - SP
Projeto: 2000
5.3 Zendai Himalayas Center
Localização: Shangai, China
Projeto: 2006
6.Projeto
Masterplan - Aproximação
GABEL, Jason. The Skyscraper Surge Continues in 2015, The “Year of 100
Supertalls”. Disponível em:
<http://www.skyscrapercenter.com/research/CTBUH_ResearchReport_2015Ye
arInReview.pdf?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br>. Acesso
em: 3 dez. 2018.