Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Introdução
O estudo sobre a diplomacia pública vem ganhando fôlego crescente tanto entre diplomatas
como no meio acadêmico (COWAN e CULL, 2008), sobretudo devido às mudanças na
ordem internacional, bem como na estrutura e agência das relações internacionais. O
renascimento do interesse pela diplomacia pública foi estimulado pelos atentados de 11 de
setembro de 2001 perpetrados nos Estados Unidos, na medida em que a grande potência
foi impelida a se questionar sobre o agudo sentimento antiestadunidense tão presente no
Oriente Médio e na sociedade islâmica como um todo. Várias perguntas foram feitas pelos
Estados Unidos, tais como “Por que eles nos odeiam tanto?” (NYE, 2004a).
Contudo, o papel da diplomacia pública e como ela deve ser conduzida ainda não estão
claros. Hodiernamente, não é difícil encontrar artigos e livros que retratem a diplomacia
pública consistindo apenas em práticas de propaganda, formulação de imagem (nation
branding) ou relações públicas internacionais (CHARLES, 2001; DEAN, 2006; KENDRICK,
2004; MELISSEN, 2005;), atividades que eram mais comuns e evidentes durante a Guerra
Fria. Berridge (2010), por exemplo, afirma que “a diplomacia pública é o termo moderno
para o uso da propaganda branca1 direcionada principalmente aos públicos estrangeiros”2
(p. 179). Esses autores que consideram o uso termo “diplomacia pública” como mero
eufemismo para “propaganda”, prática que carrega uma conotação negativa devido ao seu
uso pelo nazismo, pelo fascismo e pelo comunismo, parecem estarem presos a outros
contextos históricos em que os países se relacionavam. Melissen (2011) considera que
autores como Berridge fazem parte da “velha guarda” da crítica (“old school critique”) à
1
Propaganda é conceituada como a manipulação da opinião pública estrangeira para fins políticos utilizando
meios de comunicação de massa, tais como rádio, televisão e material impresso. A diferença entre propaganda
“negra” (“black propaganda”) e propaganda “branca” ("white propaganda”) é que esta admite a sua fonte
política, ao passo que aquela não o faz (BERRIDGE, 2010, p. 179).
2
“Public diplomacy is the modern name for white propaganda directed chiefly at foreign publics” (BERRIDGE,
2010, p. 179). Tradução livre do autor.
2
diplomacia pública, muito em função de ainda estarem atrelados a práticas antigas e
tradicionais das relações diplomáticas.
Na época em que o conceito de ‘diplomacia pública’ foi cunhado por Gullion, o termo foi
usado para se referir a atividades prévias de propaganda que eram conduzidas pelo
governo estadunidense durante a Guerra Fria para influenciar públicos estrangeiros. As
atividades de propaganda se resumiam fundamentalmente a transmissões radiofônicas
como “Radio Free Europe” e “Radio Liberty” que tinham o intuito de difundir a ideologia
capitalista e a cultura estadunidense pelo Leste Europeu comunista (STONE, 2003).
Nos dias atuais, tem havido muita confusão sobre o conceito de diplomacia pública, que tem
sido usado intercambiavelmente com “diplomacia cultural”, “propaganda estrangeira”,
“relações públicas internacionais” e “diplomacia midiática”, por exemplo. O fato de o conceito
ter sido cunhado nos Estados Unidos para recontextualizar e rotular atividades antigas de
propaganda, bem como o grande impacto que a revolução nas tecnologias de comunicação
e os canais internacionais de notícias como a CNN e a BBC4 têm exercido sobre a
diplomacia tradicional são provavelmente responsáveis por essa imprecisão conceitual
(BERRIDGE, 2010; CHARLES, 2001; DEAN, 2006; KENDRICK, 2004; MELISSEN, 2005).
Essa noção não é per se incorreta, mas ela só dá conta de alguns elementos da diplomacia
pública. Além disso, conceitos e práticas de diplomacia pública que se restringem a
atividades de propaganda e marketing internacional tendem a adotar uma perspectiva
etnocêntrica, na medida em que consideram o público estrangeiro como sendo passivo, ao
ponto de aceitarem e absorverem sem questionamentos as informações que lhe são
transmitidas. Dessa forma, a diplomacia pública deve ser idealmente considerada como
parte fundamental no processo de elaboração e execução da política externa e não como
uma etapa ulterior de marketing internacional (PETERSON, 2002).
No século XXI, a nova diplomacia pública (MELISSEN, 2005) não se resume a um processo
de comunicação de apenas uma via ou à venda da imagem de um país. É importante que se
estabeleça um diálogo autêntico e que se construam relações mediante o intercâmbio de
3
“Public diplomacy deals with the influence of public attitudes on the formation and execution of foreign
policies. It encompasses dimensions of international relations beyond traditional diplomacy; the cultivation by
governments of public opinion in other countries; the interaction of private groups and interests in one country
with those of another; the reporting of foreign affairs and its impact on policy; communication between those
whose job is communication, as between diplomats and foreign correspondents; and the processes of inter-
cultural communications.” (CULL, 2009, p. 19).
4
O “efeito CNN” é um conceito utilizado para se referir à influência que a mídia internacional tem na
determinação de agendas e na elaboração de políticas externas. (GILBOA, 2008, p. 63).
4
pessoas, ideias e culturas. O conceito de diplomacia pública que Mark Leonard (2002)
elaborou é possivelmente o mais completo na literatura, pois ele envolve três dimensões: a
transmissão de informação, a distribuição de uma imagem positiva do país e a construção
de relações duradoras de modo a criar um ambiente favorável para a consecução de
políticas exteriores.
5
Recentemente, Cowan e Arsenault (2008) desenvolveram uma conceituação similar, segundo a qual discutiram
o conceito da diplomacia pública como composta por três camadas: monólogo, diálogo e colaboração. Em linhas
gerais, a camada do ‘monólogo’ diz respeito às atividades de diplomacia pública com apenas um fluxo, tais
como propaganda e as transmissões internacionais. A camada do ‘diálogo’ refere-se a fluxos de mão dupla, tais
como intercâmbios culturais e educacionais. A camada da ‘colaboração’ abarca projetos conjuntos
transnacionais.
5
internacionais e diplomáticas devem extrapolar, portanto, os contatos entre atores estatais
para incluir uma variedade de atores não estatais que, devido a suas atitudes e demandas,
têm afetado as decisões diplomáticas que são tomadas no nível governamental (FISHER,
1988; MELISSEN, 2005). Campanhas que foram coordenadas por ONGs como Greenpeace
e Anestia Internacional são exemplos emblemáticos de como atores não estatais são
capazes de mobilizar e convencer grandes audiências sobre uma causa global. A campanha
para a elaboração e adoção da Convenção de Ottawa de 1997 que bane o uso de minas
terrestres, por exemplo, foi catalisada por ONGs, que conseguiram pressionar diplomatas e
governos nacionais a abraçarem a causa (HOCKING, 2005).
Gilboa (2008) categorizou esses desafios pós-Guerra Fria e pós-9 de setembro em três
revoluções interconectadas que ocorreram na comunicação em massa, na política e nas
relações internacionais. A revolução nas tecnologias de comunicação, caracterizada pelo
advento da Internet e de redes globais de notícias (CNN Internacional, BBC World e Al-
Jazeera, por exemplo), permitiu que Estados, organizações não governamentais (ONGs),
grupos sociais, empresas multinacionais e indivíduos se informassem e se comunicassem
em uma escala global com maior rapidez e fluidez. Por conseguinte, o maior e mais rápido
acesso à informação por parte de atores não estatais desafiou o papel que embaixadores e
diplomatas tinham como os guardiões de dados relativos às relações exteriores de seus
países e a assuntos de interesse global. A revolução na política diz respeito à
democratização de muitas sociedades, o que ocasionou uma maior participação da
sociedade civil nos assuntos políticos nacionais e mundiais. Essa maior participação e
interesse por assuntos políticos exigem que os governantes legitimem suas políticas
domésticas e externas, tanto perante públicos internos e estrangeiros. Por último, a
revolução nas relações internacionais refere-se a mudanças nos fins e meios da política
externa. Ao passo que no passado os Estados centravam suas preocupações em elementos
como território, população e outros recursos tangíveis, que eram tradicionalmente
conquistados e mantidos por métodos militares e econômicos, nos tempos atuais, recursos
6
intangíveis como uma imagem favorável e uma reputação respeitável vêm ganhando cada
vez mais importância na política internacional.
No que se refere ao poder militar per se, o seu uso tem se tornado cada vez mais custoso
tanto em termos econômicos como políticos, sobretudo se pensarmos na proibição do uso
ou ameaça do uso da força pela Carta das Nações Unidas e no aparato tecnológico e
humano que é utilizado nas guerras contemporâneas. Deve-se ter em mente, outrossim,
que a multiplicidade de questões que exigem cooperação internacional, tais como a
degradação do meio ambiente, o narcotráfico internacional, o terrorismo, o desrespeito ao
direitos humanos e os crimes internacionais, requerem que os Estados não só se
relacionem com atores não governamentais influentes, como também restrinjam o uso da
coerção ou da força militar na condução das suas relações exteriores (NYE, 2004). Portanto,
é preciso extrapolar cálculos políticos baseados apenas em recursos duros de poder para
incorporar questões importantes como legitimidade, atratividade e autoridade moral, ideias
que foram didaticamente condensadas no conceito de “poder brando” (“soft power”),
elaborado por Joseph Nye no início década de 19906 e aprimorado pelo autor nos anos
2000 (NYE, 2004 e 2008).
6
O conceito de poder brando (“soft power”) foi originalmente desenvolvido por Joseph Nye no livro ‘Bound to
Lead: the Changing Nature of American Power”, publicado em 1990, que discutia a ideia prevalente na época de
que o poder dos Estados Unidos estava em declínio (NYE, 2004, p. xi).
7
Segundo Nye (2004), o poder brando7 é a capacidade que um Estado tem de alcançar
objetivos de política exterior mais em decorrência da atração e da legitimidade, do que por
meio de coerção (sticks) e pagamentos (carrots). Segundo o autor, o poder brando tem
fontes mais intangíveis e abstratas do que aquelas do poder duro, sendo três as principais: a
atratividade da cultura de um país; a coerência e atratividade dos valores políticos; assim
como a legitimidade e autoridade moral da política externa de um país. Em meio à crescente
importância da dimensão branda do poder nas relações internacionais contemporâneas, a
diplomacia pública se torna um instrumento indispensável, na medida em que lida com
aspectos culturais e comportamentais da política mundial, assim como com o papel das
opiniões, das ideias e dos valores em processos políticos que envolvem atores estatais e
não estatais (GREGORY, 2008).
Poder duro e poder brando compõem as faces de uma mesma moeda. Afirmar que recursos
intangíveis de poder vêm ganhando maior importância no contexto contemporâneo das
relações internacionais não significa que recursos tradicionais de poder, como poderio
militar e desenvolvimento socioeconômico, não continuem a ser importantes. Nye (2008)
afirma que o uso inteligente e equilibrado das facetas dura e branda do poder constituem o
que ele denominou de “poder inteligente” (“smart power”). O fato é que a diplomacia pública
tem se tornado uma parte essencial da prática diplomática, sobretudo porque a diplomacia
tradicional deve ser capaz de ir além das relações oficiais entre governos, já que hoje
existem uma abundância de repórteres “não oficiais”, atores não estatais e canais
internacionais de comunicação que têm sido capazes de influenciar e moldar as decisões
governamentais. (FISHER, 1988; MELISSEN, 2005).
7
Cabe ressaltar que o conceito de “poder brando” tem sido bastante criticado desde que foi introduzido por Nye
no início dos anos 1990. Alguns autores discutem a instrumentalidade analítica do conceito de poder brando
(Hall, 2010), enquanto outros questionam não só a ligação automática que é feita entre atratividade da cultura de
um país e os resultados políticos que são por ele alcançados (JOFFE, 2006), como também a inexistência da
coerção em processos de convencimento e cooptação políticos (Mattern, 2005)
8
não foi capaz de impedir ataques terroristas que atingiram os símbolos do poder econômico
e militar dos Estados Unidos: o Centro de Comércio Mundial e o Pentágono,
respectivamente. Ficou evidente que existia um forte sentimento antiamericano no Oriente
Médio, particularmente entre fundamentalistas liderados por Osama bin Laden. Ao declarar
a “Guerra ao Terror”, Washington redescobriu o valor da diplomacia por duas razões
principais: era preciso conquistar os corações e mentes de países islâmicos (“win hearts and
minds”, na expressão comumente usada em inglês) e legitimar a causa estadunidense de
luta contra o terrorismo. Dito de outra forma, os Estados Unidos precisavam exercer e
expandir o seu poder brando, pois, apesar de o país não ter diminuído os investimentos na
expansão de sua força militar, as práticas de diplomacia pública foram consideradas
redundantes após o fim da Guerra Fria e o desmantelamento da União Soviética.
De fato, foi após o fim da II Guerra Mundial e no contexto da Guerra Fria que a diplomacia
pública estadunidense foi usada intensamente para neutralizar a propaganda soviética. Em
1945, por exemplo, a “Voice of America” (VOA), rádio internacional do governo
estadunidense, foi realocada para o Departamento de Estado, atingindo um status
privilegiado pelo governo em 1948. Nesse mesmo ano, o “Smith Mundt Act” foi ratificado de
modo a melhorar o entendimento mútuo entre os povos do mundo e os Estados Unidos por
meio de programas de intercâmbio educacional e cultural. Em 1953, a Agência de
Informação dos Estados Unidos (AIEU) foi criada com a função principal de contar, com uma
abordagem propagandística, a história dos Estados Unidos para o mundo. Por fim, em 1961,
o Fulbright-Act foi decretado com o intuito de unificar os esforços do Escritório de Assuntos
Educacionais e Culturais (Bureau of Educational and Cultural Affairs) com os da AIEU e
aprimorar intercâmbios e exposições culturais no exterior (KENNEDY, 2003).
Embora as políticas e atividades diplomacia pública dos Estados Unidos fossem intensas
durante a Guerra Fria, como ficou claro com as decisões governamentais
supramencionadas, a queda do Muro de Berlim acarretou uma marginalização da
diplomacia pública. A esse respeito, pode-se citar os cortes austeros nos corpo de
funcionários e no orçamento da AIEU: ao passo que, em 1967, a agência empregasse
12.600 pessoas, em 1994 esse número tinha caído para 8.500; e a cifra do seu orçamento,
que em 1994 totalizava US$ 35 milhões, era praticamente irrelevante se considerarmos o
custo de um jato F-18 (LAQUEUR, 1994).
Conclusão
O interesse pela dimensão psicológica e humana das relações internacionais, assim como a
preocupação em conquistar corações e mentes não é uma ideia nova. Mesmo um realista
como Hans J. Morgenthau argumentou em seu livro Politics Among Nations (1948) que o
governo deve ganhar o apoio da opinião pública de outras nações tanto para políticas
domésticas como para políticas externas. Essa constatação enfatiza a relação hoje tão
evidente entre as atitudes de públicos estrangeiros com a elaboração e a implementação de
políticas externas.
Esse trabalho demonstrou que o conceito de diplomacia pública tem se tornado cada vez
mais importante nas relações internacionais contemporâneas, principalmente devido ao
crescente peso de atores não estatais, aos desenvolvimentos nas tecnologias de informação
e comunicação e à democratização das sociedades. Defendeu-se a ideia de que,
idealmente, o conceito deve ser visto de uma forma tridimensional, ou seja, ela deve projetar
positivamente a imagem de um país, comunicar com públicos estrangeiros e construir
relações duradouras que joguem a política externa de um país em uma luz favorável.
Também foi enfatizado o papel da diplomacia pública como instrumento para se desenvolver
poder brando.
Bibliografia
CHARLES, Papas. The Selling of America. In Advertising Age, Col. 72, Issue 51, Dec.
2001.
COHEN, Y., Media Diplomacy: the Foreign Office in the mass communications age.
London: Cass, 1986.
10
COWAN, Geoffrey e CULL, Nicholas. Public Diplomacy in a Changing World. The Annals of
the American Academy of Political and Social Science, 2008, n. 616:, p. 6-8.
CULL, Nicholas. Public Diplomacy before Gullion – the evolution of a phrase. Routledge
Handbook of Public Diplomacy. New York: Routledge, 2009, p. 19-23.
DEAN, Kruckeberg and VUJNOVIC, Marina. Public relations, not propaganda for US public
diplomacy in a post-9/11 world: Challenges and opportunities. In Journal of
Communication Management, Vol. 9, No. 4, pp. 296-304, January 2006.
FISHER, Glen H. Public Diplomacy and the Behavioural Sciences. Bloomington, Ind.:
Indiana University Press, 1972.
FISHER, Glen H., Mindsets: the role of culture and perception in international relations.
Yarmouth, Me.: Intercultural Press, 1988.
GILBOA, Eytan. Diplomacy in the Media Age: Three Models of Uses and Effects.
Diplomacy and Statecraft, Vol. 12, No. 2, June 2001, pp. 1-28.
GILBOA, Eytan. Searching for a Theory of Public Diplomacy. The Annals of the American
Academy of Political and Social Science, 2008, n. 616:, p. 55-77
GREGORY, Bruce. Public Diplomacy: Sunrise of an Academic Field. The Annals of the
American Academy of Political and Social Science, 2008, n. 616, p. 274-290.
HAM, Peter van. Social Power in International Politics. New York: Ed. Routledge, 2010.
HAMILTON, Keith and LANGHORNE, Richard, The practice of diplomacy: its evolution,
theory and administration. Londres: Routledge, 1995.
HOCKING, Brian. Rethinking the ‘New’ Public Diplomacy. In, MELISSEN, Jan (ed.). The
New Public Diplomacy - Soft Powe in International Relations. New York, N.Y.: Palgrave
Macmillan, 2005, pp. 28-43.
JOFFE, Joseph. The Perils of Soft Power. The New York Times, 14/05/2006. Disponível em
< http://www.nytimes.com/2006/05/14/magazine/14wwln_lede.html?pagewanted=all&_r=0>.
Acessado em Fevereiro de 2015.
11
KENDRICK, Alice and FULLERTON, Jami A., Advertising as Public Diplomacy: Attitude
Change among International Audiences. In Journal of Advertising Research, September
2004.
KLINEBERG, Otto. The Human Dimension in International Relations. New York: Holt,
Rinehart and Winston, 1964.
LAQUEUR, Walter, Save Public Diplomacy. Foreign Affairs, vol. 73, no. 5,
September/October 1994.
LEONARD, Mark et al, Public Diplomacy. London: Foreign Policy Centre, 2002.
MATTERN, Janice Bially, Why ‘Soft Power’ Isn’t So Soft: Representational Force and the
Sociolinguistic Construction of Attraction in World Politics’, Millennium, Vol. 33, No.3 (2005),
p. 683-612.
MELISSEN, Jan. The New Public Diplomacy: Between Theory and Practice in MELISSEN,
Jan (Ed.), The New Public Diplomacy - Soft Power in International Relations. New York,
N.Y.: Palgrave Macmillan, 2005, pp. 3-27.
MELISSEN, Jan (Ed.). The New Public Diplomacy - Soft Power in International
Relations. New York, N.Y.: Palgrave Macmillan, 2005.
MELISSEN, Jan. Beyond the New Public Diplomacy. Clingendael Paper No 3/2011, 2001,
Clingedael: The Netherlands Institute of International Relations.
NYE, Joseph S. Jr. Soft Power: the means to success in world politics. New York: BBS
Public Affairs, 2004a.
NYE, Joseph S. Jr. Hard Power, Soft Power, and ‘The War on Terrorism. IN HELD, David
and KOENIG-ARCHIBUGI, Mathias (Eds.), American Power in the 21st Century.
Cambridge: Polity, 2004b.
NYE, Joseph S. Jr. Public Diplomacy and Soft Power. The ANNALS of the
American Academy of Political and Social Science, Philadelphia, v. 616, n. 1, p. 94-109,
2008.
NYE, Joseph S. Jr. The War on Soft Power. Foreign Policy. 12/04/2011. Disponível em
http://foreignpolicy.com/2011/04/12/the-war-on-soft-power/ . Acesso em Janeiro de 2015.
PETERSON, Peter G., Public Diplomacy and the War on Terrorism. Foreign Affairs, Vol.
81, No. 5, September/October 2002, pp. 74-94.
12
RIBEIRO, Edgar Telles. Diplomacia cultural: seu papel na política externa brasileira.
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2011.
ROSS, Christopher, Public Diplomacy Comes of Age, The Washington Quarterly, Spring,
pp. 75-83, 2002. Disponível em <www.twq.com/02spring/ross.pdf>. Acesso em Janeiro de
2014.
SNOW, Nacy and TAYLOR, Philip M. (Ed.). Routledge Handbook of Public Diplomacy.
New York: Routledge, 2009.
STONE, Peter H., The Softer War. National Journal, Vol. 35, Issue 22, 05/31/2003.
WILSON III, Ernest J. Hard Power, Soft Power, Smart Power. The Annals of the American
Academy of Political and Social Science, 2008, n. 616, p. 110-124.
13