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Legião de São Lázaro

(12.10.1979)

Salve Deus!

Nós começamos, e eu tô em pé do lado do farol, e eu fui, e eu subi ontem, né? E eu,


como sempre eu, primeiro eu passo no lugar, e sentei mesmo, no que era meu, no que
me resta, não é?

E fiquei observando, que a Legião de São Lázaro é uma coisa tão sublime, que não
existe, sabem? A Legião de São Lázaro tem espíritos finíssimos, de altas hierarquias
ali, que são, que são voluntários, sabem? Voluntariamente eles, quando vem, vem
nômades, tem espíritos de toda natureza. Eles ingressam ali, que é como o Vale do
Amanhecer. Tem uma pessoa que não tem comportamento, e tem outro que já tem
comportamento, tem outra que... Então ali, a Legião de São Lázaro.

É uma das coisas que eu tenho inveja é quando vejo aqueles espíritos fazendo
contagens pelas Almas Gêmeas, surgindo em diversos planos para acudir, uma
contagem daquele seu convocado, sabe?

É engraçado também que eles, Nestor, às vezes contam o nome, o nome “São
Lázaro”, e elas estão em outros planos, mas elas vêm pra atender o “seu Senhor”,
como diz elas. O Mestre é o “Senhor”. Elas são as escravas, pra vir de longe pra
atender o Mestre. Nunca deixa o Mestre só, antes dele contar ela já está ali perto dele,
estão entendendo?

Então, é muito importante o Mestre se apresentar com barra zero, barra zero (– 0 – 0 –
/ / mestre que possui ninfa ou ninfa que possui mestre). É mais importante até do que se
apresentar com o Povo.

Então eu fiquei vendo aquilo, com aquela... Sabem? Com uma porção de esperança
assim dentro de mim.

Nisso Pai Joaquim tava muito ocupado, já tinha também conversado comigo antes de
acontecer lá, um atom explodir, né? Eu fiz “panca” nele e ele em volta de Pai Joaquim.
E eu fiquei lá, quando me apareceu, eu vi um senhor “comprido”, barba assim, como é
que chama aquela barba assim, barbichada, é barbichada.

Então ele veio vindo assim, balançando uma perna, e fez um cumprimento assim,
sabe? Pôs a mão assim na cintura e faz isso, olha, e ficou ali.

Então eu falei pra ele que eu pertencia ao Plano Físico e que não tinha mais nada de
especial, inclusive tinha me enveredado por outro caminho e tinha, já estava no que
era meu. Ele foi... No que era meu porque eu tô na contagem do Terceiro Sétimo.

E ele foi, eu não me via aqui, eu não sei onde estava. Isso nós falando assim, numa
linguagem que só mesmo no Plano Etérico.

Ele foi e me disse que tinha vindo de um, um sarcófago! E que ele tinha saído desse
sarcófago, que tinha pouco tempo.

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Eu fui e olhei, em pensamento fui na perna dele, porque que ele estava mancando.
Então, que aquilo foi uma iniciática errada. É isso é que me preocupa com vocês,
entenderam?

Foi uma iniciática errada, ele foi promover um certo, um certo Quadrante e deu tudo,
tudo errado. Ele disse o seguinte:
“– Olha, eu ainda sou do tempo que se andava por baixo da terra, da superfície da
terra”

Eu falei:
“– Me explica melhor!”

Ele falou:
“– Não, você não está preocupada com os caminhos que vai pra Delfos?”

De estatura alta. Eu falei:


“– Tô, tô preocupada com os caminhos que tem pra Delfos, se a gente passa pelas
pirâmides, se se distancia muito.”

Ele falou:
“– Bem, no Templo de Amon-Rá, tem uma grande entrada e saída. Tem uma grande
entrada e uma saída, quem entra sai, né? E eu sou desse tempo!”

E falou:
“– Coitado de Akhenaton, coitado do Akhenaton, ele desceu daqui, depois que eu
cheguei.” – Ele falou – “Ele desceu daqui pra descobrir esse...”

Eu falei:
“– Esse túnel, né?”

Ele falou:
“– Não, não fala em túnel aqui. Vamos falar em caminho, em jornada! Mas tudo deu
errado, porque antes que ele levantasse suas forças, sua grande Ira tomou, tomou
tudo!”

Então eu perguntei:
“– Ira não sou eu? Não fui eu? Eu não fui Ira?”

Ele falou:
“– Sim, você foi uma das Iras.”

Eu falei:
“– Você sabe o que é Ira lá em casa?” – Me referindo aqui à terra – “Sabe o que é Ira?
É muita Ira!”

Fiz assim pra ele, então ele viu do meu gesto, e falou:
“– Mas Ira é o contrário, ela é mansa de coração e conhece os caminhos, e conhece
os caminhos que chegam na grande Quéops. Você não está procurando Quéops?”

Eu falei:
“– Tô!”

Ele falou:
“– Olha, eu sou seu amigo, sou muito amigo seu. Tenho uma vontade de lhe abraçar,
assim, trazer você pra cá, pra conversar muita coisa que eu sei que lhe interessa!”

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Eu falei:
“– É, mas eu ainda não sinto vontade de abraçar mortinho” – Falei pra ele – “E
também não posso, você tem que ficar na minha distância, porque senão eu manifesto
lá embaixo, né?”

Então, ele disse:


“– Lá embaixo?”

Eu falei:
“– É, o meu corpo!”

Ele falou:
“– Você tem certeza que você tá em cima?”

Falei:
“– Deixa de perturbação, não me perturbe que minha cabeça é pequena, eu aprendi
que as coisas boas tá lá em cima. Você não venha com esse negócio, você tá me
confundindo!"

Aí ele riu, e eu pensei:


“– Porque que ele tem a perna assim?”

Daí tornava a contar:


“– Eu tive uma grande iniciação...”

E isso, numa jornada de Amon-Rá pra Quéops. Teve lá quando eu vim de Quéops
nessa jornada eu perdi minha perna. E até hoje eu errada.
“– Cadê suas pernas?”
“ – Minhas pernas estão boas, aqui logo minhas pernas estão boas.”

Então ele contou outras coisas:


“– Olha, procure se reajustar, porque eu vou conversar muito com você. Porque sabe
o que você tá me parecendo? Tá parecendo lenhador!”

Eu falei:
“– Não, um lenhador... Mas eu não sou como um lenhador não, você tá deixando o
lenhador por causa da história do Brasil...”

Falei:
“– Ué, porque houve uma coisa que não... Eu participava de uma lei aqui, que o Pai
Seta Branca falou que não quer que eu faça, como é que eu vou falar?”

Ele falou:
“– Faz assim, escreve e diz ao Mário, ao Tumuchy, ao Mário, ao Tumuchy, que não
se... Como é que é? Que não publique! Acho que vocês devem saber, vocês do grupo
devem saber, e tem outras coisas!”

Ai contou:
“– Nessa jornada, nessa jornada tem duas paredes que contam toda a história da
construção” – Ele não falou construção, ele usava um outro nome – “De quem fez isso
aqui. Agora, você não me pergunta se eu fiz só isso?”
“– Você que fez?”

Ele falou:

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“– Não, eu sou um dos componentes dessa jornada. Você não quer? Só pergunta
isso?”

Eu falei:
“– Não. Você tá envolvido com os Homens Pássaros?”

Ele falou:
“– Estou, com os Homens Pássaros e com os Homens Azul, Azuis.”

Eu falei:
“– Olha, hoje eu vi na Mesa do Mario os Homens Azuis. E seu nome está
aparecendo?”

Ele falou:
“– Tá! Tudo que você vê lá tem um sentido aqui, porque Deus só é determinado de dar
as coisas por Deus que você possa, possa ver aqui, é sempre um papel carbono.”

Eu tô contando com as palavras dele. Depois assim:


“– Bom, vamos aos grandes rastros. Vêm outros rastros ai. Continue sua obra, você
fez um começo magnífico, porque todo mundo começa do meio pro fim, e você tá
mostrando pelo conhecimento...”

Que nesse livro tá até aqui agora na minha mão, eu tenho certeza que ele está me
ouvindo aqui agora, mas não estou vendo ele. Você explicando que existem naturezas
igual a naturezas, tá entendendo Mario?
“– Tudo é possível, tudo é possível! Procure entender a natureza sobre natureza,
existência sobre existência, esfera sobre esfera. Existência sobre existência, esfera
sobre esfera...”

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy)


Cada esfera tem as suas limitações, um espírito se enganando ou sendo enganado
tem as suas limitações...

(Tia Neiva)
Vai formando um arco íris. Mas foi tão ensinador, ai ele falou assim:
“ – Ah, você sabe, você já avisou o Tumuchy que ele vai mudar o seu nome?”
“– Eu não!”
“– Agora, logo ele vai ser Tumarã!” – Ele falou – “Ele vai pertencer à falange do
Grande Tumarã! E não foi porque tá acostumado que o mundo inteiro já sabe que é o
Tumuchy”.

Ele falou:
“– O mundo inteiro, tem dois mundos, existem dois mundos, duas sociedades, duas
vidas, não importa...”

Depois falou também, como se eu soubesse assim:


“– Não importa. Não importa Neiva!”

Quer dizer, mas não foi erro que ele me chamou, ele falou pelo nome, falou:
“– Não importa que você aqui, que o Tumuchy tenha outro nome, porque vocês se
sacrificam pelas leis que vocês fizeram. Se sacrificam e ficam sapateando,
sapateando, sapateando...”

Fez assim, um círculo fechado.

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“– Mas aqui pra nós não interessa, como não interessa também que alguém saiba que
você tá me chamando por esse nome.”

Ele disse:
“– Salve Deus, Tia Neiva!”

Eu falei:
“– Não, aqui eu não sou Tia Neiva não!”

Eu falei, falei assim, impaciente, sabem? Eu tava com a cabeça cansada. Aí eu falei:
“– Você já está na sua origem?”

Ele falou:
“– Não, ainda estou mancando, faz o sinal da terra, quantos anos...”

(1º Mestre Jaguar – Trino Arakén)


Isso não é outro “Ditinho” não Tia?

(Tia Neiva)
Não, mas ele tava mancando, exatamente, ali ninguém é de ninguém Nestor. Ali
ninguém é de ninguém, ali ninguém... Cheio de mentira. O Ditinho tava lá na Estrela,
tava perto da cruz quando ele falou comigo, mas esse tava no que é meu!

Ai, dai um pouco Pai Joaquim chegou. Chegou fazendo um espalhafato, ah, e tal,
brigando, com urgência, disse:
“– Agora mesmo saiu um homem da fila. Cadê o Tumuchy, onde é que ele tá?”
“– Ele tá dormindo!”

Ele falou, disse assim, entre uma porção de coisas, sabem? Um conjunto de palavras,
falou:
“– Olha, não se esqueça de receber os Mestres não, porque agora vocês ficaram
confiados na energia do Jaguar, e um...”

Assim mais ou menos, um outro jeito, um cara saiu da fila, estão entendendo? Saiu
indevidamente, não tava na hora dele sair. Eu falei:
“– O que que acontece com um homem saindo da fila? Ele ali é livre! Ele que pensa
que tá preso, mas se a hora que ele souber que não está preso e sai, o que acontece
com ele?”
“– Ele enfraquece, ele não aguenta, porque a fila é equilibrada por uma corrente
magnética, se ele sai ele não vai aguentar a fome, ele vai ter fome, vai ter sede, perde
a alimentação.”

Não tem erro viu Nestor?

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy)


Mas o homem saiu da fila por quê?

(Tia Neiva)
Ele só disse isso: Cadê o Tumuchy? Entendeu Mário? Falou em “Mário” com uma
irmandade bacana, sabem?
“– E vai chegar uma visita aqui hoje!”– Pai Joaquim falou – “Vai chegar uma visita aqui
hoje!”

Eu falei:
“– Mas por mim?”

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Ele falou:
“– Não, por Neném.”

Ai falou o nome dele, o nome dele é tão grande, “Coques”, não sei o que lá, não sei o
que lá, sabem? Um manquinho...

(especulações dos Mestres presentes sobre qual poderia ser o nome do


“visitante”)

(Tia Neiva)
Não é Amon-Rá não. Mas ele falou em Delfos, né? Mas ele não deu o nome não.

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy):


E as emissões, essas emissões na recepção dos Mestres, Pai Joaquim falou alguma
coisa?

(Tia Neiva)
Falou, falou que ela entra e equilibra o homem, ele pode sair. Quer dizer, sai, vai
trabalhar. É igualzinho Mario, se você chega num ranchinho, dá força pro Mestre, tá
entendendo? Dá força pra um homem, ele se alimenta, vai trabalhar, no outro dia tá
equilibrado, deixa de beber.

Porque o que mata o homem lá em cima. Eu conheço um homem que ficou devendo
trezentos... Tem poucos dias ai, trezentos milhões, mas é muitos, trezentos mil
cruzeiros, ele tava doidinho lá, e a família passando fome, tava uma loucura, sabem?

Ele tava com um Mestre que morreu, também perguntei por ele... Juraci. Ele falou:
“– Juraci tá bem, tá muito bem.”

Eu falei:
“– Será que ele vai pegar uma fila dessa? Ele era epilético...”

Ele falou:
“– Não, se era epilético, agora morreu, ele vai seguir o destino dele...”

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy)


Neiva, esse homem, falando do tempo que caminhava debaixo da terra, não é? Então
ele é daquele tempo daquela falange depois dos Tumuchys, aqueles que viviam
duzentos anos, como é que é o nome dela, eu nunca lembrei o nome dessa falange...

(Tia Neiva)
Os Equitumans?

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy):


Não, depois dos Equitumans, depois dos Tumuchys. Aqueles que viveram na Ilha de
Páscoa, que depois se transformou na Ilha de Páscoa.

(Tia Neiva)
Acho que é Mutupy?

(1º Mestre Sol – Trino Tumuchy)


Não, não, Mutupy é o nome do mapa, Neiva. Como é o nome daquela falange, eles
viviam duzentos anos, traziam uma... Esses homens é que tinham aqueles túneis

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Neiva. Foi eles que tinham... Inclusive, lembra aquele mapa que eu tenho, que tem
aqueles riscos no fundo do oceano, que indicavam...

(Tia Neiva)
Daí eu falei pra ele. Aí eles já estavam assim, e começaram a cantar os nomes:
“– Da Legião de São Lázaro, se apresente, Cavaleiro, barra zero, e tal, tal, tal, não é?”

E eu fiquei lá né, pensando, vendo cantar o nome dos Cavaleiros que estão por aqui
já, os seus nomes, não é? Dos Mestres, eles ficam lá chamando, né?

Começaram a cantar os nomes, e eu sai pensando tanta coisa, sabem? Aí eu vim me


embora. É difícil eu vir assim como eu vim, bonitinho, devagarzinho, sabem?

Salve Deus!

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