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DEZEMBRO/98
Nancy Morsbach1
Aníbal dos Santos Rodrigues2
Francisco Paulo Chaimsohn3
Marcos Roberto Treitny4
DIRETORIA EXECUTIVA
PRODUÇÃO
CDD 634.9745
AGRIS F01 0329
G514
APRESENTAÇÃO
EQUIPE TÉCNICA
Nancy Morsbach 1
Aníbal dos Santos Rodrigues 2
Francisco Paulo Chaimsohn 3
Gustavo Ribas Curcio 4
Marcos F. G. Racwal4
Rivail Salvador Lourenço 5
Marcos Roberto Treitny 6
Ednilson Pereira Gomes 6
Roger Daniel de Souza Milléo6
1
Enga Agra, Pesquisadora IAPAR, Área de Fitotecnia.
2
Eng° Agr°, M.Sc. Pesquisador IAPAR, Área de Sócio-Economia.
3
Eng° Agr°, M.Sc. Pesquisador IAPAR, Área de Fitotecnia.
4
Eng° Agr°, M.Sc. Pesquisador EMBRAPA, Centro Nacional
de Pesquisa de Florestas.
5
Eng° Agr°, Dr., Pesquisador EMBRAPA, Centro Nacional
de Pesquisa de Florestas.
6
Técnico Agrícola, IAPAR, Programa de Culturas Diversas.
SUMÁRIO
Pág.
INTRODUÇÃO 7
CONDIÇÕES PARA O CULTIVO 9
CARACTERÍSTICAS DA PLANTA 10
PROPAGAÇÃO E PRODUÇÃO DE MUDAS 12
COLHEITA E TRATAMENTO DAS SEMENTES 14
SEMEADURA 16
TRANSPLANTE PARA O VIVEIRO 17
TRATOS CULTURAIS NO VIVEIRO 17
ADUBAÇÃO NO VIVEIRO 19
SELEÇÃO DAS MUDAS 20
PLANTIO 20
ESPAÇAMENTO 91
TAMANHO DAS COVAS 22
CALAGEM E ADUBAÇÃO 22
CALAGEM 23
ADUBAÇÃO DE PLANTIO 23
ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO 24
ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES 25
TRATOS CULTURAIS 25
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS 25
PRAGAS E DOENÇAS 25
CORTE E COLHEITA 27
MANEJO DE PERFILHOS E RESÍDUOS 31
PERFILHOS 31
RESÍDUOS 31
RENDIMENTO ECONÔMICO E CUSTO DE PRODUÇÃO 33
PALMITO 33
5
FRUTOS 35
CUSTOS DE PRODUÇÃO 36
ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA PUPUNHA
NO ESTADO DO PARANÁ 41
CLIMA 41
SOLO 43
RECOMENDAÇÕES 44
ANEXO I - APTIDÃO DOS SOLOS DO LITORAL
PARA CULTIVO DE PUPUNHA 45
ANEXO II - COMPONENTES UTILIZADOS
NA ELABORAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO 49
BIBLIOGRAFIA 51
EXPERIMENTAÇÃO 55
AGRADECIMENTOS 56
INTRODUÇÃO
O palmito é um produto especial, mas de consumo restrito, no
País e no mundo. O Brasil é o maior produtor, consumidor e
exportador do produto. As principais espécies exploradas são as
palmeiras de Açaí (Euterpe oleracea), na região do delta do Rio
Amazonas e a Juçara (Euterpe edulis), na mata Atlântica das regiões
Sul e Sudeste.
Cerca de 99% do palmito comercial é de origem extrativa. O
questionamento crescente sobre a sustentabilidade biológica das áreas
de preservação, os conflitos por conta das invasões para a extração
ilegal de palmito e o rareamento das plantas nas áreas extrativas têm
comprometido a viabilidade econômica dessa forma de produção.
A exploração racional de Açaí e Juçara é pouco expressiva,
havendo restrições significativas à sua expansão. A principal é o ciclo
de produção dessas espécies, que é relativamente longo (8 a 12 anos).
Por ser uma atividade extrativa, freqüentemente feita de forma
ilegal, as informações sobre a economia do palmito são de baixa
precisão e confiabilidade.
Os dados oficiais informam que no País, em 1985, se produziu
132.105 toneladas de palmito, evoluindo até 202.440 t em 1989. Em
1990 a produção caiu para 27.030 t, diminuindo para 21.000 t em
1992. Não ocorreram causas naturais nem variações no mercado que
expliquem essa discrepância. É mais plausível que tenha havido
grandes falhas no sistema de informações da produção e/ou forte
sonegação fiscal. Estima-se que em 1996 a produção tenha sido de
70.000 t de palmito de origem extrativa (AGRIANUAL, 1997).
O mercado interno e externo têm um histórico de significativa
instabilidade, por conta de inúmeras deficiências na oferta,
principalmente, pois o fornecimento do produto extrativo é irregular e
de baixa qualidade.
7
O mercado interno consome 90% da produção nacional. O
abastecimento do mercado mundial é feito principalmente pelo Brasil
(51%) e pela Costa Rica (24%).
Fora o Brasil, o mercado mundial consome cerca de 20.000 t de
palmito, anualmente. A França tem sido o principal importador (60%
das importações mundiais), seguindo-se os Estados Unidos (20% das
importações).
Por conta da baixa qualidade do produto ofertado, o principal
importador tem reduzido as compras do Brasil, que perde mercado
para a Costa Rica, pois a sua produção é de palmito de pupunha
cultivada, de boa qualidade.
De 1989 a 1994 o Brasil exportou, em média, 10.000 t anuais
de palmito. Em 1995, foi vendido para o mercado externo ao redor de
6.000 t e, em 1996, estima-se que se tenha exportado menos de 5.000
t (AGRIANUAL, 1997).
O preço do produto exportado tem variado significativamente:
de US$ 3.700,00 a tonelada de produto envasado, em 1992, até US$
5.300,00 a t, em 1996 (AGRIANUAL, 1997). Em 1996 a Costa Rica
colocou 3.600 t no mercado, a US$ 2.500,00 a tonelada de palmito
envasado.
Estima-se que o mercado mundial de palmito esteja ao redor de
US$ 500 milhões, com grande potencial de crescimento (COSER
FILHO, 1997). Para se ter uma avaliação mais precisa desse potencial,
considere-se que o consumo na França é de 160 g e nos Estados
Unidos é de apenas 8 gramas per capita/ano. No Brasil o consumo per
capita/ano está em torno de 660 gramas (RODRIGUEZ et al, 1995).
Prevendo o aumento das restrições (legais, naturais e
econômicas) ao extrativismo e a expansão continuada dos mercados
interno e externo, produtores e agroindústrias, em todo o País, estão
investindo em um número significativo de projetos de palmito
cultivado.' As espécies predominantes são a pupunha (Bactris
gasipaes), plantada comercialmente em quase todo o País e a palmeira
real (Archantophoenix alexandrae), plantada em menor escala, e
predominantemente no Estado de Santa Catarina.
Embora a designação correta da planta seja pupunheira, é
usual tratá-la por pupunha, o que faremos neste trabalho.
No Paraná, a pesquisa com palmeiras cultivadas começou em
1987, testando a adaptação de Açaí (Euterpe oleracea), Juçaí (híbrido
entre E. edulis e E. oleracea) e Pupunha (Bactris gasipaes).
Dessas, a pupunha para palmito tem apresentado os melhores
resultados em termos de adaptação agronômica e adequação ao
mercado.
8
CONDIÇÕES PARA O CULTIVO
Por ser originária do trópico úmido a pupunha se desenvolve
melhor em regiões onde as temperaturas médias anuais ficam entre 25
e 28°C. A precipitação adequada deve ser superior a 2.000 mm, com
umidade constante. Os solos devem ser férteis, com textura média e
boa drenagem. Os plantios devem ser protegidos de ventos fortes
(MORA URPI, 1984).
SÁNCHEZ (1981) observa que o desenvolvimento da pupunha
depende mais das condições de clima que do solo. Nas mesmas
condições em regiões de maior precipitação, o desenvolvimento das
plantas é maior do que naquelas em que chove menos.
Segundo CLEMENT (1989), em solos aluvionais profundos,
bem drenados e com alto conteúdo de matéria orgânica obtém-se
maiores rendimentos de pupunha. O mesmo autor relaciona como
limitações mais críticas ao desenvolvimento da pupunha:
a) má drenagem do solo;
b) distribuição irregular das chuvas, especialmente em solos com
baixa capacidade de retenção de água;
c) baixos níveis de matéria orgânica e nutrientes;
d) manejo inadequado das ervas daninhas.
No Paraná a pupunha vem apresentando os melhores
resultados em duas regiões: Litoral e Noroeste (alguns municípios). No
Litoral, as condições climáticas se assemelham às da Amazônia quanto
ao índice de precipitação e umidade do ar; entretanto a temperatura
média anual é mais baixa (20,6°C). Os solos, de maneira geral, são
ruins para a agricultura, tanto em estrutura física quanto em
fertilidade. Assim, somente com correção e adubação (orgânica e
química) pode-se esperar produção econômica.
No Noroeste do Estado o clima, segundo a classificação de
Köeppen, é Cfa - tropical com períodos secos definidos. A precipitação
média é de 1.500 mm anuais, abaixo do adequado para plantios
comerciais. Os solos da região são variáveis; desde o Latossolo Roxo,
argilo-arenoso até Latossolos Vermelho-amarelo (LVA), arenoso,
Arenito Caiuá. Ressalvado que a maior parte dos LVA são pobres, com
baixa fertilidade natural, desgastados, e retêm pouca água e
nutrientes.
Nessa região há algumas unidades de observação de pupunha
do IAPAR e cultivos de associados da Cooperativa dos Cafeicultores e
9
Agropecuaristas de Maringá - COCAMAR, localizadas nos seguintes
municípios: Jussara (terra roxa estruturada); Japurá (terra mista);
Nova Esperança e Castelo Branco (arenito); Querência do Norte e
Paranavaí (arenito). Há também uma unidade de observação em
Missal, no Oeste do Paraná onde o solo é terra roxa estruturada. Neste
local conta-se com a colaboração da Cooperativa Agropecuária Três
Fronteiras Ltda. - COTREFAL.
Em Jussara e Japurá a pupunha vem apresentando ótimos
rendimentos; em Nova Esperança e Castelo Branco, apesar das altas
dosagens de adubo usadas, o desenvolvimento das plantas é menor.
Em Querência, Paranavaí e Missal o desenvolvimento tem sido menor
por conta da baixa adubação, tratos culturais inadequados e falta de
umidade. Nos dois primeiros locais, além de solos melhores, a região
tem apresentado, nos últimos anos, índices pluviométricos altos (1.800
mm), superiores às médias da mesma (1.500 mm).
CARACTERÍSTICAS DA PLANTA
Existem dois tipos de pupunha: com e sem espinhos (Figuras 1
e 2). No tipo com espinhos, estes variam em quantidade e
comprimento, podendo aparecer em toda a extensão da planta ou
somente nas folhas/folíolos. Os espinhos geralmente são escuros e de
consistência que varia de débil a forte; os mais compridos medem de
2,5 a 14,3 cm (MATTOS-SILVA e MORA URPI, 1996).
Conforme CAMACHO (1972) e MORA URPI (1984), nas plantas
com espinhos a qualidade dos frutos é melhor e as plantas são mais
resistentes a pragas e doenças.
Quando se trata da produção de palmito, recomenda-se plantar
somente o tipo sem espinhos, pois a presença destes dificulta a
colheita do palmito e o manejo, em geral. Além disso, as lavouras de
plantas com espinhos necessitam de maior espaçamento, para evitar
acidentes.
Os palmitos de plantas sem espinhos não deixam sedimentos
quando envasados, ocorrência comum quando se tem palmito de
plantas com espinhos; o sedimento deprecia a sua qualidade (BOVI,
1993).
Ainda com referência aos espinhos, há diferenças entre as
plantas (genótipos) originárias do Peru e da Amazônia brasileira.
10
Figura 1. Planta com Figura 2. Planta sem
espinhos. espinhos.
Figura 4. Sistema
radicular superficial
de planta de
pupunha.
Figura 5. Sementes
de pupunha.
SEMEADURA
estender-se por até 180 dias; entretanto, entre 60 e 120 dias grande
parte das sementes deve ter germinado. Plântulas germinadas após
180 dias devem ser descartadas. Normalmente a germinação varia de
70 a 80%.
Figura 7. Plântulas
de pupunha prontas
para transplante.
18
de plantas daninhas (feito manualmente), de pragas e doenças.
As pragas mais comuns em viveiro de pupunha são gafanhotos,
lagartas, vaquinhas, cochonilhas e ácaros, sendo que estes ocorrem
em viveiros com pouca ventilação e mal manejados. A aplicação de
inseticidas apropriados controla facilmente os insetos. É importante
usar o produto na dose recomendada, além de fazer teste para avaliar
eventuais problemas de fitotoxidade.
Além de insetos, animais silvestres como lebres, pacas, capivaras e
preás atacam mudas enviveiradas.
Com relação às doenças deve-se tomar muito cuidado com
problemas causados por fungos, principalmente no inverno quando as
plantas apresentam menor crescimento e o clima favorece a
disseminação e/ou o desenvolvimento de certos fungos. Os principais
problemas fitopatológicos são a antracnose (causada por fungos do
gênero Colletotrichum), helmintosporiose e doenças causados por
fungos dos gêneros Phomopsis e Phytophtora.
BOVI (1993) recomenda, para controle de antracnose, diminuir a
irrigação e aplicar fungicidas específicos e alternados, uma vez por
semana, até o final do inverno. Recomenda-se aplicar Benlate (250 g/
200 litros de água) e Dithane M-45 ou Manzate 200 (1 kg/ 200 litros
de água), misturados e aplicados a cada 15 dias (VILLACHICA, 1996).
Por se tratar de cultura de introdução muito recente no Estado
deve-se atentar para o surgimento de novas doenças.
ADUBAÇÃO NO VIVEIRO
PLANTIO
As mudas estarão prontas para o plantio no campo cerca de 8 a
10 meses após a germinação, quando tiverem 3 ou 4 folhas, o que
equivale a estar com 20 a 30 cm de altura (SÁNCHEZ, 1981). Portanto,
ao comprar as mudas prontas ganha-se quase um ano na produção
do palmito.
Deve-se garantir, também, o plantio de mudas com
desenvolvimento uniforme, no mesmo talhão. Mudas com
20
desenvolvimento tardio, plantadas junto com outras maiores, não
alcançarão (ao mesmo tempo) o tamanho adequado para a colheita,
porque não ficam expostas à mesma quantidade de luz. Como as
lavouras são adensadas o desenvolvimento adequado das plantas
menores só ocorrerá quando forem cortadas as plantas vizinhas
(MORA URPI, 1984).
MORA URPI (1984) e ARAÚJO (1991) afirmam que as mudas
podem ser transplantadas para o campo em qualquer idade;
entretanto, sabe-se que no início as plantas demoram a desenvolver a
parte aérea, o que facilita a concorrência das plantas daninhas. Isso
obrigaria a fazer muitas roçadas, aumentando os custos de produção.
É importante salientar que no primeiro ano no campo as
plantas permanecem de 6 a 8 meses formando o sistema radicular, e
que nessa fase o desenvolvimento é muito lento. O crescimento da
parte aérea vai se reiniciar quando as folhas - que inicialmente são
unidas como uma palma - começam a se dividir para formar os"folíolos
típicos das palmeiras.
Não se recomenda o plantio da pupunha em consórcio com
culturas anuais ou perenes, pois pode-se diminuir a quantidade de
luz, além de prejudicar o sistema radicular das palmeiras com as
capinas porventura necessárias às outras plantas. Quando
sombreada, mesmo que levemente, a pupunha cresce em altura e não
em diâmetro; sendo o desenvolvimento em largura o mais importante
para a produção de palmito.
Se o objetivo for a produção de frutos/sementes o consórcio
pode ser feito desde que as outras plantas não exijam capinas e não
sombreiem a pupunha. Palmeiras sombreadas, mesmo que
levemente, florescem e frutificam pouco (BOVI, 1993).
ESPAÇAMENTO
CALAGEM E ADUBAÇÃO
Embora a pupunha seja planta que se adapta a solos pobres,
em lavouras para a produção de palmito deve-se buscar as melhores
condições de fertilidade do solo. É importante considerar que a
produtividade esperada não é função apenas da adubação mas
depende de diversos fatores, como o tipo de solo, clima, potencial
genético das plantas e condições de manejo tais como controle de
2
comunicação pessoal
22
pragas, doenças, ervas daninhas, irrigação (BOVI e CANTARELLA,
1996).
CALAGEM
Onde:
NC - é a quantidade de calcário (em t/ha) a colocar no terreno;
V - porcentagem de saturação de bases e CTC ou T - capacidade de
troca de cátions, cujos valores são indicados na análise do solo.
PRNT (poder relativo de neutralização total) - é a capacidade de reação
das partículas do corretivo; deve ser indicado na embalagem (quando
ensacado) ou fornecido pelo vendedor (quando a granel).
Segundo BOVI3, pode-se utilizar 60 ao invés de 50 para maior
garantia de atingir uma saturação de bases (V%) mínima de 50%.
A análise do solo deve ser feita a cada três anos, aplicando-se o
calcário sempre que a saturação de bases for inferior a 50%.
ADUBAÇÃO DE PLANTIO
3
informação pessoal
23
Usando-se fórmulas comerciais, dividir as quantidades
indicadas em três vezes durante o período quente e chuvoso (setembro
a fevereiro), ou seja, caso use 4-14-8 em solo de média fertilidade (120
g/planta), por exemplo, aplicar três doses de 40 g da fórmula por
planta. Se optar por adubos simples (uréia, superfosfato simples e
cloreto de potássio, por exemplo) parcelar, em três vezes, os adubos
com nitrogênio (uréia) e potássio (cloreto de potássio, por exemplo); o
adubo com fósforo (superfosfato simples) deve ser aplicado de uma só
vez. Assim, se for adubar a pupunha em solo de fertilidade média, por
exemplo, utilizando-se adubos simples, aplicar o adubo com fósforo de
uma só vez (110 g de superfosfato simples por planta) e 3 aplicações
de uréia (3,3 g/planta) com cloreto de potássio (3,3 g/planta).
ADUBAÇÃO DE PRODUÇÃO
24
ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES
TRATOS CULTURAIS
PRAGAS E DOENÇAS
Figura 8. Cultivo de pupunha para palmito com e sem competição com plantas
daninhas.
lebres na fase de implantação de lavouras, no Noroeste do Estado. Em
outras localidades têm sido observadas pragas somente nos frutos,
não causando problemas em cultivos para palmito.
CLEMENT et al. (1988) relatam que, segundo MORA URPI
(s.d.), o ácaro da folha seria um grande problema para. a pupunha.
CLEMENT (1997) observa que insetos desfolhadores a têm atacado em
determinadas áreas da Costa Rica.
MEXZÓN (1997) descreve os problemas causados pelo
coleóptero Matamasius hemipterus sericeus ("bicudo das palmeiras") na
Costa Rica, que poderiam causar perdas importantes na produção
comercial pela deformação e morte dos caules. Segundo esse autor, o
ataque pode ocorrer durante todo o ano. As medidas de controle são a
retirada e a queima de folhas secas aderidas ao caule, onde o inseto se
oculta e coloca os ovos. Recomenda-se também o manejo dos restos da
cultura.
VILLACHICA (1996) menciona que na Amazônia» a pupunha
pode ser atacada pelo "bicudo ou broca do coqueiro" (Rynchosphorus
palmarum), um besouro de cor preta, com cerca de 2,5 cm de
comprimento, que pode ser vetor do nematóide Rhacinaphelenchus
cocophilus, causador do "anel vermelho" no coqueiro e no dendezeiro.
26
Quanto às doenças da pupunha não se tem relatos de outras
regiões. Segundo MORSBACH (1997), a antracnose (causada por um
fungo do gênero Colletotrichum) tem sido a principal doença no
Paraná, atacando principalmente as plântulas nos viveiros e as
plantas jovens no campo, no período frio do ano, como ilustrado na
Figura 9.
BOVI et al. (1987) alertam que o controle da antracnose só é
prático no viveiro, em função da altura das plantas.
Figura 9. Muda de
pupunha atacada por
antracnose.
CORTE E COLHEITA
A pupunha pode ser cortada o ano inteiro, mas é melhor evitar
a época seca porque o palmito tem 90% de água e terá menor peso
nessa época (BOVI, 1993).
O tempo transcorrido do plantio no campo ao corte é de 18 a 24
meses, dependendo do clima, da fertilidade do solo e do controle das
ervas daninhas (BOVI, 1993).
MORA URPI (1984) afirma que, na Costa Rica, se o ponto do
primeiro corte passar dos 24 meses, a lavoura foi mal conduzida.
Não é possível cortar lotes inteiros porque nunca se tem
uniformidade no desenvolvimento das plantas. BOVI (1993) afirma que
27
ao cortar plantas com mais de 3 anos o diâmetro dos palmitos pode
ficar muito grande, dificultando o envase e diminuindo o rendimento
econômico.
Recomenda-se o corte das palmeiras em linhas alternadas ou
em plantas alternadas para não causar estresse por insolação
excessiva nos perfilhos, que estarão sombreados. Cortes precoces da
planta-mãe estimulam o desenvolvimento dos perfilhos (BOVI, 1997)4.
Segundo a autora, deve-se cortar quando a planta tiver em torno de
1,70 m de altura (do chão até a inserção da folha-vela, isto é, aquela
que não abriu). A planta deve ter mais ou menos 9 cm de diâmetro na
parte mais estreita dessa região. Ilustra-se na Figura 10 aspectos
relativos ao corte.
As plantas devem ser cortadas mais ou menos a 1 metro de
altura do solo. Segundo BOVI (1993), o corte alto além de reciclar os
nutrientes para os perfilhos ainda evita danificá-los.
Após o corte procede-se a retirada das cascas mais externas do
palmito que devem ficar na lavoura juntamente com as folhas.
O palmito deve ficar com somente duas capas para protegê-lo
por ocasião do transporte para a indústria (ARAÚJO, 1991).
4
comunicação pessoal
28
A pupunha apresenta três partes comestíveis, conforme pode
ser observado nas Figuras 11 e 12.
A parte basal tem, em média, 10 a 20 cm de comprimento; 2 a
5 cm de diâmetro e pesa, em média, 100 a 800 g.
O palmito creme ou de primeira tem de 10 a 50 cm de
comprimento; 2 a 5 cm de diâmetro e pesa, em média. 50 a 300 g.
A parte apical pesa, em média, 30 a 150 g dependendo do
comprimento da folha (CLEMENT et al, 1996).
29
A
30
MANEJO DE PERFILHOS E RESÍDUOS
PERFILHOS
RESÍDUOS
31
TEIXEIRA et al. (1996) afirmam que 82% dos restos das
palmeiras podem ser usados na alimentação animal. Em lavouras do
Litoral paranaense encontrou-se 10% de proteína bruta nas folhas da
pupunha; esse percentual está abaixo do encontrado (16%) por outros
pesquisadores em São Paulo. Em ambos os casos os teores são
significativos, podendo-se indicar o fornecimento das folhas, ao
natural, para gado leiteiro, com possível vantagem econômica.
As capas externas do palmito apresentam fibra digerível
podendo, também, ser usadas na alimentação animal.
Herrera (1989), citado por ZONABRIA et al. (1996), indica que
nas lavouras de pupunha se produz 61,5 t/ha de matéria verde por
ano. Isso equivale a 19,5 t/ha de matéria seca das quais somente 1,76
t são realmente extraídas na forma de palmito comercial. Em
Ubatuba, S. Paulo, CANTARELLA e BOVI. (1995) encontraram 19.930
kg/ha de matéria seca (média de 24 plantas) na parte aérea colhida.
MORA URPI et al. (1991), citados por ZONABRIA et al. (1996),
afirmam que as lavouras de pupunha são pouco extratoras de
nutrientes e que o palmito representa apenas 10% do total de matéria
seca extraída das lavouras.
No Noroeste do Paraná lavouras de pupunha com dois anos
renderam 45 t/ha de matéria verde (capas internas e externas do
palmito e folhas que podem ser usadas na alimentação animal), além
de material mais fibroso, que ficará no terreno para reciclar
(MORSBACH, 1997).
32
RENDIMENTO ECONÔMICO E CUSTO DE
PRODUÇÃO
PALMITO
34
Quanto à coloração, o palmito de pupunha é um pouco mais
amarelado que os demais, quando envasado; essa diferença é menor se
ele for cortado nas épocas mais chuvosas (BOVI , 1997)5.
Além disso as partes apical e basal têm bom aproveitamento
comercial, pois são tenras (CLEMENT, 1990).
FRUTOS
5
comunicação pessoal
35
CUSTOS DE PRODUÇÃO
36
37
38
Observe-se, de início, que ao fazer o plantio a partir de mudas
compradas, essas representam 62% e 51% dos custos de implantação
da lavoura, respectivamente para cultivos de 5.000 e 3.300
plantas/ha.
Entretanto, analisando-se o fluxo de caixa para cada situação,
verifica-se que na primeira (área mecanizável, fertilidade média, 5.000
plantas/ha), o retorno do investimento inicia-se aos quatro anos
produzindo-se ou comprando-se as mudas; só que neste caso tem-se
uma receita de cerca de R$ 3.000,00 e com mudas próprias a receita
seria ao redor de R$ 1.000,00.
Para a outra situação (área não mecanizável/ mecanizada,
fertilidade baixa e 3.300 plantas/ha), o retorno inicia-se no quarto ano
comprando-se as mudas e no quinto ano quando as mesmas são de
produção própria.
E importante observar, portanto, além desta análise
econômica, que comprando-se as mudas ganha-se um ano na
produção de palmito e diminui-se o risco de perdas na produção das
mesmas.
39
40
ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA PUPUNHA
NO ESTADO DO PARANÁ
CLIMA
Com a finalidade de orientar o plantio da pupunha no Estado
do Paraná, apresenta-se na Figura 14 um Zoneamento climático da
cultura, observando-se que o mesmo deve ser considerado somente
como um indicativo para o cultivo da palmeira. A experimentação com
a pupunha tem se concentrado mais no Litoral do Paraná (com
algumas poucas atividades no Noroeste do Estado), sendo necessários
estudos para avaliação de condições microclimáticas de outras regiões.
Além do clima é de fundamental importância considerar as
características do solo; solos sujeitos a inundações limitam demais o
cultivo, uma vez que a planta é muito sensível ao encharcamento e
solos muito pobres exigem investimentos para correção e adubação.
Levando-se em conta tais observações, pode-se, a princípio,
classificar as regiões do Paraná em função de sua aptidão ao cultivo da
pupunha em:
6
Segundo a classificação de Köeppen trata-se de clima temperado, cuja temperatura
média no mês mais frio é inferior a 18°C (mesotérmico), com verões frescos,
temperatura média do mês mais quente abaixo de 22°C e sem estação seca
definida (IAPAR, 1994)
41
inapta ao cultivo
apta ao cultivo
SOLO
43
Para se ter lavouras de pupunha rentáveis, recomenda-se:
campo;
d) plantar a pleno sol, não deve ser plantada sob mata ou capoeira;
44
ANEXO I - APTIDÃO DOS SOLOS DO LITORAL
PARA CULTIVO DE PUPUNHA
Gustavo Ribas Curcio1 e Marcos Fernando Glück Rachwal1
1
Eng° Agr°, M.Sc., Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Florestas.
1
Eng° Agr°, M.Sc. Pesquisador da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de
Florestas. Caixa Postal 319. Fone: (41) 766-1313 - Fax: (41) 766-1692.
CEP 83411-000 Colombo-PR.
45
Quando saturados com água estes solos passam a ser
designados de Areia Quartzosa hidromórfica. No Litoral ocupam áreas
pouco expressivas sendo impróprios para a produção de pupunha
devido a deficiência de aeração.
Podzol: caracterizam-se pelos elevados teores de areia e
pequena fertilidade. Podem ser fortemente drenados até muito mal
drenados. Estas diferenças se devem à profundidade de ocorrência e
grau de consolidação do horizonte B espódico (popularmente tido como
piçarra), assim como a posição em que se encontram na planície
(proximidade de rios, relevos abaciados...).
Quanto mais próximo da superfície e mais consolidado estiver
este horizonte, maior será o risco de saturação hídrica. Podzóis com
horizonte espódico bem consolidados e em torno de 50 cm ou menos
de profundidade apresentam possibilidades de permanecer por
determinados períodos do ano plenamente encharcados, tornando-se
inaptos ao cultivo da espécie.
Quando o B espódico estiver em torno de 200 cm ou mais de
profundidade as limitações quanto a falta d'água serão praticamente
as mesmas da Areia Quartzosa. Neste caso, o manejo de matéria
orgânica, através de coberturas mortas, amenizará, as deficiências
hídricas.
Assim como a Areia Quartzosa, o Podzol apresenta pequena
fertilidade e deve ser manejado com matéria orgânica para aumentar a
capacidade de troca catiônica.
Solo orgânico sobre substrato arenoso: solos com elevados
teores de matéria orgânica, em diferentes níveis de decomposição, com
presença do lençol freático na superfície. Podem apresentar
profundidades de 40 cm até superiores a 200 cm no Litoral
paranaense. Devido a saturação hídrica durante o ano inteiro, não é
recomendado ao cultivo da pupunha.
Uma vez drenado, em função do clima quente e úmido do
Litoral, pode rapidamente ocorrer a oxidação da matéria orgânica
determinando o seu rebaixamento, atingindo as camadas arenosas.
Neste caso os problemas serão semelhantes aos dos solos supra
citados.
Pelo exposto, este solo não é recomendado para a exploração
com pupunha.
Solo aluvial: devido a posição que ocupa, beiras de rios, este
solo deve ser destinado a preservação das florestas ciliares, cuja
46
proteção está prevista no Código Florestal Brasileiro (lei federal n°
4.771, 15/09/1965).
Nas planícies argilo-síltico-arenosas encontram-se os seguintes
solos:
Cambissolo (origem em sedimentos alúvio-coluvionares): s u a
textura é média e, dominantemente, com baixa saturação em bases
(distrófico). Os primeiros 100 cm são livres de saturação hídrica,
tornando-os aptos para a exploração com a palmeira. Quando os
teores de silte são elevados, a s u a permeabilidade pode ser
parcialmente comprometida, devendo-se neste caso ter muito cuidado
com manejos n a s entrelinhas que possam proporcionar compactações,
restringindo ainda mais a percolação da água.
Os experimentos conduzidos neste solo apresentaram bons
rendimentos de palmito creme, porém foi observado que,
necessariamente, há demanda de adubações para incrementos na
produtividade.
Cambissolo gleico (origem em sedimentos alúvio-coluvionares):
são muito semelhantes aos Cambissolos, a exceção do lençol freático
entre 50 e 100 cm de profundidade, em determinados períodos do ano.
Este fato acarreta a formação de horizonte B gleizado, ou no mínimo
com indícios de gleização, situação indesejável para a pupunha. Além
disto, este solo situa-se em locais sujeitos a inundações com diferentes
períodos de recorrência.
Verificou-se diminuições no desenvolvimento da pupunha em
plantios experimentais, o que leva a pensar na inadaptabilidade da
espécie para este solo. Caso ainda se tenha a intenção de cultivá-lo
com a palmeira, recomenda-se a construção de camalhões
concomitantes a um sistema de drenagem, a fim de proporcionar
maior profundidade efetiva. Deve ser salientado que, até o momento,
não se tem informações experimentais desta técnica em pupunha.
Glei pouco húmico: encontra-se encharcado (saturação
hídrica) o ano inteiro ou grande parte do ano, o que o torna inapto
para o cultivo da pupunha. Caracteriza-se pela presença de horizonte
glei dentro da profundidade de 50 cm. Este solo é facilmente
reconhecido por suas cores cinzentas (sabão de caboclo).
A ocorrência de Glei Húmico e Glei Turfoso no Litoral
paranaense é pequena, não sendo recomendados para o cultivo da
pupunha por encontrarem-se encharcados o ano inteiro.
Como a conectividade hidráulica dos Gleis é quase nula, fica
muito difícil a efetivação destes para a pupunha através da drenagem.
47
Solo orgânico sobre substrato argiloso: as informações
contidas nos Orgânicos sobre substrato arenoso são válidas aqui, com
a diferença que após o rebaixamento ocorrerá a exposição das
camadas gleizadas de baixíssima permeabilidade, tornando o
comportamento hídrico deste semelhante aos Gleis, ou seja: não
devem ser utilizados para o cultivo da pupunha.
Nas encostas predominam os solos abaixo relacionados:
Podzólico vermelho-amarelo: solo de baixa fertilidade, em
geral com alta saturação em alumínio trocável (álico). É um dos solos
de maior suscetibilidade à erosão. Isto se deve às diferenças de textura
entre os horizontes A e Bt , no caso, sempre maiores no Bt , além de
ocorrer em relevo de alta declividade.
Os rendimentos de pupunha neste solo foram os mais baixos,
porém, seguramente, foram afetados pela concorrência com plantas
invasoras. Caso contrário, acredita-se que os rendimentos seriam
significativamente maiores.
Recomenda-se que os plantios sejam efetuados no sentido
transversal ao declive, a fim de minimizar a erosão e,
consequentemente, aumentar o rendimento.
Cambissolo: solo de textura argilosa e de baixa fertilidade
(distrófico, por vezes álico). Embora não tão suscetível à erosão quanto
o Podzólico vermelho-Amarelo, ainda assim, devido ao declive, poderá
ocorrer erosão determinando queda na produtividade.
Em experimentos verificaram-se produtividades médias, mas
também sofreram os efeitos da matocompetição. Isto leva a considerar
que também poderão ser obtidos rendimentos maiores nestes solos
com roçadas mais freqüentes.
Como este solo ocorre nas mais diversas declividades,
recomenda-se que os plantios com a pupunha se façam nas classes de
relevo suave ondulado, ondulado e forte ondulado, sempre de forma
transversa ao declive. Os Cambissolos de relevo montanhoso não
devem ser explorados devido a menor espessura destes, o que, aliado
ao declive, os predispõem a elevada suscetibilidade à erosão.
Solo litólico: prevalece a textura argilosa, no entanto, não é
incomum a textura média. Embora a fertilidade, em geral, seja
superior ao do Cambissolo e do Podzólico vermelho-Amarelo, devido a
sua pequena espessura e ao relevo bastante íngreme torna-se
extremamente suscetível à erosão. Principalmente por este motivo não
se recomenda a utilização de pupunha neste solo.
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ANEXO II - COMPONENTES UTILIZADOS NA
ELABORAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
49
50
BIBLIOGRAFIA
52
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Amazônia. EMBRAPA CPAA. Manaus, p.62- 64, 1996.
54
EXPERIMENTAÇÃO
A pupunha é planta de introdução relativamente recente no
Paraná e, em função de ser originária de regiões com características de
solo e clima bem distintas de nosso Estado, demanda uma série de
informações para tornar seu cultivo mais rentável e menos arriscado.
O IAPAR pode realizai e/ou orientar trabalhos de
experimentação, através de parceria. Maiores informações a respeito
podem ser obtidas com os pesquisadores Francisco Paulo Chaimsohn
(fone/fax 042-2292829; e-mail: chaimsoh@pr.gov.br; Caixa Postal 129
Ponta Grossa - PR, 84.001-970) e Aníbal dos Santos Rodrigues (fone
041-3586336; fax 041-3586979; e-mail: anibal@pr.gov.br; Caixa Postal
2301 e 1493 Curitiba- PR - 80.001-970).
55
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos técnicos Maria Elisabeth Doni
(UFPR), Neusa de Almeida Rucker (SEAB-PR), Dennis Dietchfield
(SEAB-PR), Cirino Corrêa Jr. (EMATER), Dr. Irineo da Costa Rodrigues
e Nelson José Cecconello (COTREFAL-Medianeira, PR) pelas sugestões,
incentivo e colaboração na realização deste trabalho.
Agradecemos também aos técnicos agrícolas Luiz Adão da
Silva, Gervásio Luis de Martins, Ednilson Pereira Gomes e Roger
Daniel de Souza Milléo pela dedicação na condução dos experimentos.
Agradecimento especial aos produtores - colaboradores Srs.
Ryuzo Yshiyama (Tagaçaba), João Olivir Gabardo (Morretes), Donato
Bento (Antonina) in memorian, Augusto Voigt e Tura S. Rusassi
(Paranaguá), Júlio Antônio Cardoso (Japura), Nilo Sehn (Missal), que
além de cederem suas terras ainda prestaram valiosa colaboração na
condução dos experimentos e do carinho que sempre nos
dispensaram.
Também agradecemos à secretaria Margarida N.M. Ferreira,
pela sua eficiência e sempre boa vontade em digitar os textos, além de
José Lascosk Neto, pela importante contribuição na confecção de
figuras do trabalho.
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