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º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Renata Poliana Sordi Dalle Laste1
Carmem Teresinha Baumgartner 2
RESUMO
O artigo tem como objetivo demonstrar o trabalho de produção didático-pedagógica realizado com
alunos do 7º Ano do Ensino Fundamental, na Escola Estadual Cândido Portinari, do município de
Ampére – PR. Ler é construir sentidos ao que se lê. Acredita-se que quem lê adquire mais
conhecimento, escreve melhor, desenvolve mais seu sentido crítico, consegue imaginar e voar no
mundo da imaginação. Pretendeu-se com esse projeto ampliar o desempenho em leitura dos
alunos por meio de um projeto de mediação didático-pedagógica enfocando gêneros
discursivos, pertencentes ao domínio do narrar. Considerando esses aspectos, e também o fato de
que o ensino de Língua Portuguesa deve estar voltado para o aprimoramento da competência
linguística do aluno, se abordou a leitura, a análise e a reflexão sobre textos narrativos,
focalizando os temas, os elementos composicionais de uma narrativa e seu estilo linguístico.
Desse modo, o nosso foco foi na leitura, embora se entenda a estreita relação entre esta e a
escrita, podendo-se inclusive realizar atividades de produção de textos. Foram desenvolvidas
atividades diferenciadas, como por exemplo: elaboração de histórias ilustradas, contos, narrativas
curtas, fábulas, dramatizações, recontar a história através de histórias em quadrinhos, trabalhar o
texto através da caracterização, entre outras. Os alunos corresponderam a todas as atividades
proposta. Textos diversificados circulam entre eles e a exploração desses textos na prática
pedagógica proporcionou o desenvolvimento da expressividade, do uso funcional da linguagem,
da leitura e da reflexão sobre o mundo. Apresentaram trabalhos bem elaborados, foram levados a
serem protagonistas de suas ações, uma vez que a escola tem um papel decisivo na ampliação da
competência leitora dos educandos. O projeto teve ótima aceitação, uma vez que, através da
mediação da professora, as atividades propostas foram desenvolvidas de maneira tranquila, onde
os alunos corresponderam positivamente a todas elas.
2 REVISÃO DA LITERATURA
3 MÉTODO E RESULTADOS
.
Para valorização do trabalho dos alunos, afixamos os textos no mural da
sala de aula, oportunizando que cada um observe a produção dos colegas.
A Unidade II era referente à exploração da leitura, que teve a duração de 4
h/aula.
Os objetivos selecionados para essa unidade foram: compreender a
importância de leitura e reescrever histórias lidas e ouvidas, ampliar as
possibilidades de leitura; incentivar o uso da biblioteca, seja da escola, seja da
cidade; aprender a valorizar o acervo bibliográfico de uma biblioteca.
Explorando a tecnologia, os alunos assistiram a um vídeo ·que ao término,
promovemos um debate em grupo, onde os alunos responderam algumas
questões, sobre o mesmo. O resultado obtido nessa atividade foi satisfatório, pois
a respostas demonstram que os alunos souberam entender o tema do vídeo e
houve a participação de todos no debate, contribuindo com a formação de leitores
autônomos.
O trabalho abaixo mostra a atividade realizada pelos alunos. Algumas das
questões que foram realizadas: Qual a importância da leitura na vida das
pessoas? O que as crianças aprendem por meio dos livros? Quais os sentimentos
expressos pelas crianças do vídeo ao relatarem sobre os livros e sobre as
histórias que leem ou escrevem? São histórias de alegrias, tristezas ou cansaço?
Como você se sente quando está lendo um livro?
A próxima atividade corresponde à construção de uma história por
intermédio de uma brincadeira: “Sanfona maluca”. Esta consiste em dobrar a folha
em várias partes em forma de sanfona. Escrevemos uma frase inicial, como, por
exemplo: “Era uma vez uma criança que vivia triste por não ter amigos. Um
belo dia...”. Cada aluno escrevia uma frase tentando montar uma história.
Ao final dessa etapa, a sanfona foi aberta e lido em voz alta o texto
construído pelo grupo. Registramos na lousa para que os alunos o copiassem em
seus cadernos, aproveitando para fazer, coletivamente, as correções no que se
referem à textualidade (Figura 2).
Figura 2 – Atividade “Sanfona maluca, texto original elaborado pelos alunos.
- Era uma vez uma criança que vivia triste por não ter amigos, um belo dia..
- Ela viu uma menina bem quietinho igual a ela. Então ela...
- Criou coragem e foi falar a menina
-Pensou ir conversar, mas a vergonha não deixava
- Ela criou coragem e foi falar com a menina
-Começou a conversar e então conseguiu uma amiga, seu nome era Geraldine, mas na verdade ela era procurada
pela polícia.
- A menina convida Geraldine para ir até a casa dela sem saber o perigo que ela estava correndo
-Ela iria ser zoada por todos os seus colegas, mas ela não sabia que elas estavam lá escondidas, então...
- Aí eles foram quando chegaram lá...
-Eles viram um cachorrinho
-E ele era muito fofo, deram-lhe o nome Lukie resolveram ficar com ele.
-Mas Lukie não gostava de sua nova família
- E de nada daquela casa, depois de dois dias ele tentou fugir, mas
- Ele não sabia para onde ir, então decidiu ficou mais alguns dias até pensar onde iria...
-Aí, apareceu uma cachorrinha chamada Belinha. A família adotou-a assim eles viraram amigos.
-Mas não gostou da comida e de novo tentou fugis...
-Eele pensou: Eu vou fugir
-Mas primeiro vou pegar o mapa da cidade antes de ir
-Aonde está o mapa?
- Não encontrou e foi embora
-Foi embora para bem longe!
Após, foram feitas fotocópias dos textos, que foram ilustradas pelos
alunos, e reunidos em forma de livro. Os alunos deverão também ilustrar uma
capa para o livro (Figura 3).
Figura 3 – Trabalhos realizados por um aluno, para ilustração da capa do livro
Portanto, nota-se que os objetivos foram alcançados, pois os alunos
participaram com muito interesse de todas as etapas propostas, mostrando
criatividade, tanto na escrita da história como nos desenhos relativos à capa do
livro, dando noção do entendimento do conteúdo. O uso da tecnologia é sempre
uma motivação a mais para o desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem.
A Unidade III tinha como tema “Descobrindo a caixa de leitura”, com
duração de 5 h/aula, cujos objetivos foram: incentivar o diálogo para troca de
ideias; incentivar a participação dos alunos; e, compreender a diferença entre
fábulas e contos de fadas. Após debate sobre conceito de conto, escrevemos no
quadro de giz o conceito de fábulas e contos para os alunos copiarem em seus
cadernos. “O conto é um texto narrativo centrado em um relato referente a um
fato ou determinado acontecimento. Sendo que este pode ser real ou podendo
também ser fictício, ou seja, algo resultante de uma invenção”. (Brasil escola,
2017) e “A Fábula é uma narrativa em prosa que é desenvolvida com
personagens humanos e seres irracionais, os quais, a partir de suas ações,
transmitem diversos valores sociais”. (Brasil escola, 2017)
A atividade subsequente foi passar entre os alunos uma caixa decorada,
contendo em seu interior vários objetos e figuras como: um sapatinho branco de
criança ou uma réplica de sapato de vidro ou de acrílico, uma maçã bem
vermelhinha, um par de botas, pedaços de pão picado, um gorro ou chapéu
vermelho, caroços de feijão.
A motivação dessa atividade foi aguçada pela curiosidade dos alunos sobre
a finalidade e o conteúdo da caixa. Organizamos os alunos em roda de
conversa, estabelecendo um diálogo a respeito do que pensam ter dentro da
caixa. O diálogo e a roda de conversa são espaços privilegiados de troca de
ideias, e devem sempre ser utilizados, lembrando que é fundamental oferecer a
oportunidade de participação para todos os alunos e valorizar a sua fala.
Depois de ouvir algumas tentativas, e discutir com eles as possibilidades,
comentamos que é uma caixa de leitura. Perguntamos a eles se gostam de ouvir,
ler ou contar histórias. Os alunos precisam entender a proposta desse trabalho,
por isso, foi preciso planejar, gradativamente, cada etapa a ser desenvolvida,
levando em consideração a organização do tempo e a diversidade dos grupos
formados pelos alunos. Após, lemos o texto “Uma caixa de leitura”, de Denise
Saraiva (2013) para eles (Figura 4).
Figura 4 – Texto: A caixa de leitura. Fonte: SARAIVA, 2013
Promovemos um debate, buscando levar os alunos a relacionarem os
objetos da caixa com histórias já conhecidas, sempre buscando a participação
dos mais tímidos, que não gostam de falar em público ou dar sua opinião para os
colegas. Procuramos fazer com que lembrassem ou associassem o texto com os
seguintes contos: Branca de Neve e os Sete Anões; O Gato de
Botas; Chapeuzinho Vermelho; A Bela Adormecida; João e o Pé de Feijão; João e
Maria.
Na atividade seguinte “contando um conto” pedimos para os alunos se
conheciam os contos acima citados, para que pudessem contá-los para os
colegas. Nesse caso, completamos a fala dos alunos, bem como, deixamos que
os colegas relatassem os detalhes que o colega suprimiu. Tivemos o cuidado
para não privilegiar apenas o aluno “mais extrovertido”, dando oportunidade para
os alunos mais tímidos, pois esta é uma excelente maneira de desenvolver a
oralidade e a autoconfiança. Após, distribuímos uma cópia do resumo dos contos
para cada aluno. Depois de contar as histórias, os alunos foram divididos em
grupos. Explicamos que cada grupo terá a tarefa de recontar uma das histórias
para os demais colegas.
A proposta desse trabalho em grupo se justifica pela possibilidade de o
aluno aprender com o outro. Os alunos podem se desenvolver mais quando têm a
oportunidade de confrontar suas ideias com as dos outros colegas, mas isso só
acontece quando todos participam de todas as atividades, dizem o que pensam e
se esforçam.
Dividimos os alunos em grupos. Explicamos que cada grupo poderia
modificar o texto, adequando-o aos contos que preferir, retirando algum,
acrescentando outros de acordo com a realidade da sua turma. Explicamos que
cada grupo pode escolher a forma de contar a história. Pedimos aos alunos para
reproduzirem os textos, enfatizando os passos necessários para compor um texto
narrativo, com a finalidade de levar o aluno a ler com atenção, entender o texto e
não apenas memorizá-lo. Lembramos também que é relevante a socialização das
informações e as trocas de ideias entre os colegas
O texto na (Figura 5), escrito por um aluno, confirma a finalidade da
atividade que era o de ler com atenção, compreender o texto de maneira a
recontá-lo, através de produção escrita. Pela qualidade e composição dos textos
narrativos apresentados pelos alunos, pode-se constatar que as histórias que as
histórias contadas em sua grande maioria eram dotadas de sentido, atendendo a
critérios específicos no que se refere aos seus elementos constitutivos. Dentre
eles destacam-se: espaço, tempo, personagens, narrador e enredo. Após, foram
localizados, junto com os alunos, os elementos construtivos das histórias criadas
por eles. Naqueles onde não havia todos esses elementos, foram realizadas as
devidas correções. Portanto, pode-se dizer que os objetivos dessa atividade
foram alcançados. Os textos a seguir, escolhidos aleatoriamente, demonstram o
que acabamos de afirmar.
Figura 5 – Texto reproduzida por um aluno
Figura 6 – História reproduzida por um aluno.
1
A Princesa e a Ervilha é um dos primeiros contos do dinamarquês Hans Christian Andersen,
datando a primeira publicação de 1835. Esse livro infantil conta a história deum príncipe que
queria muito se casar mais ele nunca encontrava uma menina que ele realmente amasse. Então
numa noite de chuva uma garota dizendo ser princesa pede que ela fique em algum lugar do
castelo a rainha muito esperta estava querendo saber se ela realmente era uma princesa pegou
uma ervilha e colocou num colchão e depois empilhou outros 45 em cima da ervilha e foi nessa
que a princesa iria passar a noite. De manhã a rainha tinha perguntado a ela se ela tinha dormido
bem ela disse que não pois havia um carocinho a cutucando e não conseguiu pregar o olho a
noite. A rainha viu que ela era realmente uma princesa pois só uma princesa poderia ter uma pele
tão sensível aponto de sentir uma ervilha em cima de tantos colchões e o príncipe acabou se
casando com ela e viveram felizes para sempre”.
Com o objetivo de verificar a compreensão do texto e desenvolver a
criatividade, foram distribuídas fotocópias dos textos para cada aluno, que os
ilustraram (Figura 8). A brincadeira e as atividades sugeridas serviram para a
construção de texto de forma prazerosa e criativa, que pude constatar nas
atitudes e nos trabalhos dos alunos.
Figura 8 – Ilustração feita por aluno.
2
Eduardo e Monica" é uma canção composta por Renato Russo e lançada em 1986, no álbum
Dois, do grupo Legião Urbana, e foi editada como o segundo single do álbum no mesmo ano. A
interpretação, quando os alunos receberam uma cópia da letra da música
xerografada, para primeiramente fazer a leitura silenciosa do texto e depois a
coletiva. Colocamos a música para que os alunos escutassem e, depois,
acompanhassem, cantando.
A atividade seguinte constou da interpretação da letra da música, onde os
alunos responderam algumas questões. Essa alcançou seu clímax quando a
música foi colocada para os alunos escutarem e acompanharem,
cantando. Foram realizadas algumas questões de interpretação da música
Eduardo e Mônica, tais como: Que tipo de narrador você encontrou na letra da
canção? Quais eram as principais personagens? Caracterize-as com passagens
da letra da canção. Que diferenças há nos jovens citados no texto e os jovens de
hoje em dia? Há vários usos de diminutivos no texto. Copie alguns. Como o casal
resolvia os problemas de relacionamento? Aparecem algumas gírias na letra da
canção. Cite algumas. Por que o filhinho é do Eduardo e não do casal?
A Unidade VI foi sobre releitura e dramatização, teve a duração de 6
h/aula, cujos objetivos foram: incentivar a criatividade e escrita através da
construção de uma peça teatral a partir de um conto (Chapeuzinho Vermelho3,
Cinderela4, A Bela Adormecida5); e, desenvolver a linguagem oral através da
dramatização de um conto de fadas, produzindo uma peça de teatro.
Primeiramente exploramos o tema por meio de questionamento, sempre
partindo do conhecimento prévio dos alunos. Após, a distribuição de fotocópias
com o conto: Chapeuzinho Vermelho fizemos uma interpretação oral.
Separamos os alunos em três grupos, cada um com a incumbência de
planejar, ensaiar e dramatizar um conto. Os contos: Chapeuzinho
Vermelho2, Cinderela3 e A bela adormecida4 foram sorteados entre eles. Para
canção, talvez uma das mais famosas da banda, narra, de forma linear, em quase cinco minutos,
a história de amor de duas pessoas muito diferentes entre si. Sua letra é composta de frases bem-
humoradas e humorísticas que descrevem as personagens ao mesmo tempo em que mostram a
evolução de sua relação. A música inspirou uma peça teatral de Adolar Gangorra, onde o autor,
numa montagem cômica, retrata Eduardo como uma vítima de "uma cultura pop de caderno
cultural de jornais, que Monica lhe obriga a seguir O maior sucesso foi “Eduardo e Mônica”, que
conta a história de dois jovens que se apaixonam apesar dos estilos diferentes de vida. A Legião
Urbana divulgava um conteúdo que qualquer jovem brasileiro dos anos 80 compreendia e se
identificava. O álbum é considerado um dos maiores discos de rock nacional da história.
(http://www.renatorusso.com.br/biografia-legiao-urbana/, 2017).
3
Chapeuzinho Vermelho (título no Brasil) ou Capuchinho Vermelho (título em Portugal) é um
conto de fadas clássico, de origem europeia do século 14. O nome do conto vem da protagonista,
uma menina que usa um capuz vermelho. O conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e
releituras modernas, tornando-se parte da cultura popular mundial, e uma das fábulas mais
conhecidas de todos os tempos.
4
O conto de fadas de Cinderela tem sido adorado por crianças em todo o mundo há séculos.
Como a versão dos Irmãos Grimm foi publicada em 1812, milhares de outras versões foram
escritas e recontadas. Todos compartilham o personagem principal cativante, Cinderela, que é
aceito apesar do seu coração puro e gentil. Presente no imaginário de milhões de crianças e
adultos do mundo todo, o livro Cinderela, também conhecida como a "Gata Borralheira", narra as
desventuras de uma bela jovem às voltas com as incertezas da vida, com a busca pela justiça e as
consequências do culto à beleza. Uma das mais belas obras dos Irmãos Grimm, Cinderela reúne
outros 30 fantásticos contos desses geniais escritores. Professores alemães, os irmãos
dedicaram-se durante parte do século XIX a registrar lendas e histórias populares orais de seu
povo, que fascinam até os dias de hoje leitores de todas as idades.
5
A Bela Adormecida", que nos foi contada por Charles Perrault (1628-1703), baseava-se numa
antiga lenda. A Primeira versão fazia parte do livro de Perrault, Os Contos da Mãe Gansa,
publicado no fim do séc. XVII, em 1697.
melhor conhecimento sobre os contos, os alunos foram pesquisar e fazer a leitura
preliminar na biblioteca da escola. Foi disponibilizado aos alunos tempo e espaço
para planejar a apresentação e para os ensaios.
A apresentação se deu nas turmas de 7º ano da escola, a qual foi um
sucesso, pela criatividade e empenho de todos os alunos. Os mesmos foram
analisados em todo o processo, deste a participação na roda de conversa até
a reescrita da história sobre: participação das discussões, organizando as
apresentações para recontar as histórias, escrevendo como realizaram as
atividades propostas. Para tanto, foram feitos registros individuais dos alunos.
A Unidade VII foi sobre os sentidos do texto, com duração de 4 h/aula,
cujos objetivos era levar os alunos a realizarem leitura partilhada para ampliar o
repertório linguístico; pensar sobre a forma escrita; identificar o que está implícito
no texto; e, discutir para melhor compreender.
O plano foi desenvolvido através de leitura silenciosa e partilhado com os
alunos, bem como com questões de interpretação do conto “Histórias para o rei6”.
Os alunos fizeram a interpretação através de questões propostas, as quais
responderam e reescreveram a história em seus cadernos. Questões tais como:
Quem é o autor? Quando o texto foi escrito? Para quem você acha que o texto foi
escrito? Que outras pessoas poderiam ler um texto como esse? Para que você
acha que o texto foi escrito? Onde este texto foi publicado? É possível reconhecer
isto no texto? Quantos parágrafos há no texto? Que tipo de informações aparece
em cada parágrafo? Onde a história acontece? Como a história se inicia? Qual é
a situação problema da história? Como o personagem resolve o problema na
história? Você acha que a história está sendo contada em um tempo presente,
passado ou futuro? Quais palavras fazem uma referência aos personagens?
Você concorda com o desfecho da história? Por quê? Quanto ao personagem que
conta a história, trata-se de um narrador-personagem, que participa da história, ou
de um narrador-observador (onisciente), que conta o que se passou com outros
personagens? Identifique uma frase que exemplifique isto. Que palavras ou
expressões indicam quando aconteceu a história? O que deixou o personagem
principal triste? Se você pudesse recontar esta história, como você faria para que
ela tivesse uma linguagem mais atual? Leia cada parágrafo e reescreva-o em seu
caderno.
As figuras 9 e 10, traz duas amostras da produção escrita dos alunos por
meio das quais podemos constatar que os objetivos selecionados para essa
atividade foram alcançados.
Figura 9 – Produção dos alunos
6
Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a função de contar histórias, para a qual fui
nomeado por decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, pois jamais exercitara dotes de
imaginação, e até me exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou que o rei confiasse em
mim para que as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem carecia
inventá-las. Inventavam-se a si mesmas. Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar
ao Rei que eu estava exagerando. Contava tantas histórias que não havia tempo para apreciá-las,
e mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha facúndia uma qualidade, passou a considerá-la
um defeito, e ordenou que eu só contasse meia história por dia, e descansasse aos domingos.
Fiquei triste, pois não sabia inventar meia história. Minha insuficiência desagradou, e fui
substituído por um mudo, que narra por meio de sinais, e arranca os maiores aplausos.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1999.
Figura 10 – Produção de texto elaborada por aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BELATI, R.; LANSONI, D. L.. Projeto: "quem lê sabe mais...". Sala de Leitura
Cecília Meireles. 2012. Disponível em:
http://molinamolinasantasalete.blogspot.com.br/2012/06/projeto-quem-le-sabe-
mais_04.html. Acesso em 10 jun 2016.