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Membro Superior ‘Com a adogio da postura ereta (bipedia), no decorrer 2 sua evolugio, os humanos transferiram 0 suporte do peso corporal e a marcha para os membros inferio- res. Embora, ocasionalmente, os membros superiores possam ser associados 20 suporte do peso corporal ¢ 2 movimentagéo do corpo, como na gindstica nas, escaladas, Finalmente, 0 equilibrio corporal depen- de de uma agio conjunta de ambos os membros. Fim contrapartida membros superiores, desenvolveram um complexo sistema de articulacées ¢ de alavancas para permitir uma grande liberdade na movimentagio das mos, uma extremidade, capaz. de cumprir sofisticadas tatefas de exploracio, apreensio ¢ manipulagio, isto & de trabalho. Por esta razio, é sempre bom ter em mente que as les6es que interferem na mobilidade das articulages do membro superior se traduzem por uma diminuigio da eficiéncia da mao e em geral, trazem um maio grau de incapacidade do que as que atingem as, articulagées do membro inferior. 1.0- 0SSOS DO MEMBRO SUPERIOR A Fig. 18.1 mostra os oss0s do esqueleto apendicular do membro superior. © timero, oss0 do braco, articula- -se superiormente com a escépula e inferiormente com oridio ea ulna, ossos do antebraco. O rédio articula-se com 0 esqueleto da méo, A clavicula articula-se com Fig. 18.1 Cingulo eesqueleto apendicular do membro superior, 2 cscipula com ela forma o cingulo do membro su- petior. Entretanto, 20 contririo do que ocorre com 0 cingulo do membro inferior, no membro superior 0 cingulo nao esté irmemente fixado 20 esqueleto axial Na verdade, a escdpula associada & massa muscular do dorso, sem qualquer fixacio dircta no esqueleto axial. Esta fixacio faz-se de maneira indireca por intermédio daclavicula que, no seu extremo lateral, articula-se com a escépula e no seu extremo medial une-se ao esterno. Esta disposicao confere 2 articulagéo do ombro (do timero com a escépula) extrema mobilidade, uma vez que, utuando em meio & massa muscular, a escépula ‘acompanha os movimentos do imero. 2.0 - CLAVICULA ‘AFig, 18.2 mostra uma clavicula dircita vista supetior- mente. A face superior do osso ¢ lisa e suas extremida- des diferem: a esternal, que se arccula com 0 esterno, € globosa, ao passo que a acromial ¢ achatada, ¢ se ar xemidad ester Fig. 18.2 Chaviculadireica em vista supetior e posterior. Tubérul concide Inpresie do ig costolaviclor Fig, 18.3 Clavicula direta em visa inesior ¢ posterior, 46 ANATOMIA HUMANA SISTENOCA ESEGMENTAR, ticula com a escépula. Os dois tergos mediais mostram convexidade anterior, pois a clavicula deve adaptar-se & curvacura anterior da caixa torsxica, ao passo que 0 tergo lateral é de convexidade posterior. A face inferior (Fig. 18.3) apresenta medialmente uma superficie cu- ggosa para a inserg2o do ligamento costoclavicular (im- pressio do ligamento costoclaviculat), 0 sulco do m. subdvio (que se situa lateralmente aquela superficie rugosa) € o tubérculo conéide, junto & extremidade acromial e em situaco posterior. No tubérculo condide prende-se o ligamento condide. A partir do tubérculo conéide, estendendo-se lateral ou anteriormente, iden- tifica-se uma drea rugosa, 2 linha traperdidea, onde se fixa o ligamento trapeadide. 3.0- ESCAPULA 3.1 ~ A escipula (Fig. 18.4) é um osso laminar que apresenta um corpo triangular com duas formagdes bem salientes, a espinha (que termina lateralmente no linha wapenbidea Sulea dom sobtaio acrdmio) e 0 processo coracéide. A face anterior do corpo adapta-se & curvatura posterior da caixa torécica © por esta rario & cncava e denominada face costal, por sua relagio de proximidade com as costelas. A Fig. pinks da eseSpula Maxgem medial Fig. 185 Escipuladirita em vista postr ER 18.5 permite idencifiar as margens medial, lateral ¢ superior, o acrdmio (que se articula com a clavicula), © processo coracéide, o Angulo superior ¢ 0 angulo inferior. Um 3 Angulo, o lateral, corresponde na ver~ dade a0 ponto de jungio das margens lateral ¢ supe- rior. Neste ponto, ele se espessa para formar a cabega da escépula, unida a0 restante da escpula pelo colo. A Fig. 18.5 mostra que a face lateral da cabeca forma a cavidade glenoidal, céncava e rasa, que recebe a cabega do timero (Fig. 18.1). A face costal, também conhe- cida como fossa subescapular, pode apresentar vérias ctistas aio muito elevadas e associadas & fixagio do m. subescapular. Na vista lateral da escapula (Fig. 18.6) os clementos jé descritos sio também identficdveis, bem, como a presenga dos tubérculos supraglenoidal e in- fraglenoidal, localizados, respectivamente, superior ¢ inferiormente & cavidade glenoidal. 3.2. ~ Na face posterior da escépula (Fig. 18.7), a espi- nha da escapula, facilmente identificada e divide a face posterior em duas partes desi ‘A parte superior, ‘menor, juntamente com face superior da espinha, for ‘maa fossa supra-espinal (Fig. 18.7). Process coracide -MEMBRO SUPERIOR 7°

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