Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lato – Sensu
São Paulo
2016
1
Neste módulo iremos estudar como o processo de aprendizagem
acontece por meio do aparato biológico, ou seja, iremos focar como as
conexões biológicas se estabelecem e se organizam para que o ser humano
tenha a possibilidade de aprender. Portanto, gostaríamos de iniciar com
algumas definições, para conhecermos uma parte dos processos de
aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é um termo amplo e complexo, porém, podemos
dizer que é um processo ordenado e contínuo, que sofre influências de
variáveis do próprio organismo humano e do meio em que vive.
É importante ressaltar que o processo de desenvolvimento que envolve
os seguintes princípios:
Processo contínuo;
Ocorre em duas direções: céfalo-caudal e próximo distal;
Parte da especialização do geral para o específico;
Ocorre de forma unificada;
E cada etapa do desenvolvimento tem seu ritmo próprio.
MATURAÇÃO
APRENDIZAGEM
2
somente traz resultados quando a estimulação ambiental ocorre sobre um
indivíduo que já apresenta maturação.
Enfim, podemos afirmar que o processo de aprendizagem ocorre quando
o indivíduo diante de uma situação consegue apreender conhecimentos, por
meio de experiências e incorporá-los aos seus conhecimentos anteriores e
conseqüentemente há uma mudança de comportamento.
3
Vale lembrar que os fatores que podem causar algum tipo de
interferência ou alteração no processo de aprendizagem podem ser de causa
orgânica, emocional e / ou ambientais.
4
FATORES INTERVENIENTES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM – UM
OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
I. INTRODUÇÃO
5
tem acesso ao mundo do trabalho, gerando desempenho de baixa qualidade e
estimulação ao sub-emprego (p.17-18).
Barone (1987, p.18), em suas reflexões, destaca fatores que podem vir a
contribuir para esse quadro: o aumento do contingente da população que hoje
tem acesso à escola e o relativo despreparo da escola para recebê-lo; a
complexidade cada vez maior do universo de conhecimentos que deve ser
passado à criança; a competição que a escola sofre com outros meios de
comunicação e informação, notadamente a televisão; a discrepância, muitas
vezes ressaltada e discutida, entre o conteúdo escolar e a vida; o despreparo
do professor frente a mudanças rápidas e demandas diversificadas que
caracterizam a sociedade pós-moderna; a ênfase excessiva na formação
técnica e na transmissão de um conteúdo acabado, em detrimento de uma
formação crítica e que valorize o processo do aprender; as características
individuais do aprendiz no que tange ao ritmo e peculiaridades de seu
desenvolvimento cognitivo, emocional, linguístico, psicomotor e social.
Diante das reflexões de Barone (1987), talvez fique mais fácil perceber o
primeiro parágrafo deste texto – não se podem analisar os distúrbios de
aprendizagem como fatores intervenientes no processo da construção do
conhecimento, senão levando em consideração uma perspectiva dinâmica, que
busque percebê-los e entendê-los como um sintoma, uma manifestação que
envolve a totalidade da personalidade. Os distúrbios de aprendizagem não são
entidades fixas – para compreendê-los é necessário um estudo profundo da
aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos, esses
últimos considerados a partir de uma pluralidade causal.
6
DIFICULDADE – qualidade ou condição de difícil; problema, impedimento,
estorvo, obstáculo, complicação, complexidade…(p.250);
ANORMAL – o que não é normal; pessoa que sofre das faculdades mentais,
excepcional…(p.46);
7
suas origens, podem ser superados à medida em que a criança evolui. Em
algumas situações, as diferenças no ato de aprender podem expressar um grito
de protesto de crianças saudáveis que se recusam ao cabresto de um estudo
alienante ou à submissão à autoridade autoritária com que são tratados (
RUBINSTEIN, 1987, p. p. 16). Em outras situações, deficiências ou déficits de
aprendizagem específicos merecem um assinalamento focalizado e a adoção
de recursos corretores de diagnóstico e intervenção. Portanto, segundo José &
Coelho (2002, p. 23), os problemas de aprendizagem referem-se a situações
difíceis enfrentadas pelas crianças normais e pelas crianças com um desvio do
quadro de normalidade, mas com expectativa de aprendizagem a longo prazo
(alunos multirepetentes).
Segundo J.Paz (apud JOSÉ & COELHO, 2002, p. 23), “podemos considerar o
problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido de que o não-
aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa
constelação peculiar de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de
descompensação”.
Por outro lado, alguns autores que se dedicam a esse assunto usam os termos
problema ou distúrbio de maneira indiscriminada. Portanto, dizem José &
Coelho (2002, p. 23), “estabelecer claramente os limites que separam
“problemas” de aprendizagem dos chamados “distúrbios” de aprendizagem é
uma tarefa muito complicada, que fica a critério dos especialistas das
diferentes áreas em que a deficiência se apresenta”.
8
super-proteção, desejos atendidos com prontidão, falta de estimulação –
crianças em asilos, por ex. …). Em princípio, esse atraso é superado após os 4
anos. Em outros casos, o problema se transforma em distúrbio específico de
articulação durante alguns anos e é resolvido via tratamento especializado. Na
escola, essas crianças revelam deficiência de vocabulário, deficiência na
capacidade de formular idéias e desenvolvimento retardado da estruturação de
sentenças.
9
prolongamentos de sons, hesitações, bloqueios, dificuldades para prosseguir a
emissão dos sons, mantendo-se a contração muscular inicial. Mas os desvios
de assunto em uma conversa e a desorganização de relatos também podem
ser agregados à categoria das disfluências. O exemplo mais comum de
disfluência é a gagueira.
10
dominantes, cujos padrões linguísticos usa e quer ver usados, e a linguagem
das camadas populares, que essa escola censura e estigmatiza (p.6).
5. DISLEXIA – De acordo com José & Coelho (2002), a dislexia, apesar de ser
um tipo de distúrbio da leitura, termina por ser alocado como causa específica
de diatúrbios na aprendizagem da identificação dos símbolos gráficos, embora
a criança apresente inteligência normal, integridade sensorial e receba
estimulação e ensino adequados. Devido à falta de informações dos pais e dos
professores do pré-escolar em identificar os sintomas da dislexia antes da
entrada da criança na escola, ela termina por só ser identificada por volta da 1ª
ou 2ª séries do fundamental, com os primeiros indícios surgindo na
alfabetização. Por isso, a dificuldade na leitura significa, apenas, o resultado
final de uma série de desorganizações que a criança já vinha apresentando no
seu comportamento pré-verbal, não-verbal e em todas as funções básicas
necessárias para o desenvolvimento da recepção, expressão e integração da
função simbólica. A dislexia, segundo Myklebust (apud JOSÉ & COELHO,
2002,p. 84) “representando um déficit na capacidade de simbolozar, começa a
se definir a partir da necessidade que tem a criança de lidar receptivamente ou
expressivamente com a representação da realidade, ou antes, com a
simbolização da realidade, ou poderíamos, também dizer, com a nomeação do
mundo”. Nesse sentido, ela apresenta sérias dificuldades com a identificação
dos símbolos gráficos (letras / números) no início de sua alfabetização, o que
acarreta fracasso em outras áreas que dependam da leitura e da escrita. De
acrdo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), as principais dificuldades
do disléxico são: demora a aprender a falar, a fazer laço no sapato, a
reconhecer horas, a pular corda, pegar e chutar bola; dificuldades em escrever
números e letras corretamente, ordenar as letras do alfabeto, meses do ano,
distinguir direita e esquerda; compreensão da leitura mais lenta, incomum
dificuldade em decorar tabuada, Llentidão ao fazer as quatro operações,
dificuldades em pronunciar palavras longas, planejar e redigir.
11
memória resulta de disfunções do sistema nervoso central, e freqüentemente
se manifesta só no aspecto visual ou só no aspecto auditivo.
12
visual. As crianças disgráficas apresentam desordem no texto, margens mal
feitas, que não são respeitadas, espaço irregular entre as palavras e linhas,
traçados de má qualidade (ou pequeno ou grande demais), movimentos
contrários aos da escrita convencional, dentre outros.
13
1.3. Distúrbios de leitura e aritmética: apresentam dificuldades para ler os
enunciados dos problemas, mas são capazes de fazer cálculos quando as
questões são lidas em vos alta;
14
2. DEBILIDADE PSICOMOTORA – Caracterizada por PARATONIA: Limitação
nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – “deselegância” ao
correr – limitações e rigidez nas mãos e nas pernas; e SINCINESIA –
Participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários
– descontinuidade de gestos; imprecisão nos movimentos dos braços e das
pernas; dificuldade de realizar os movimentos finos dos dedos…
15
2. DISTÚRBIOS DA AUDIÇÃO – Como identificar: defeitos de linguagem;
expressão oral pobre; pedidos para que repitam palavras e instruções; uso
excessivo de “o que?”, “como?”; andar arrastando os pés; ausência de reações
a sons pouco intensos, for a de seu campo visual; dores ou supuração de
ouvidos; ditados com muitos erros; irritabilidade…
16
Araújo (2004, p. 28) “apesar de a Medicina não contar com dados conclusivos
sobre formas de tratamento, o TDA (ou TDAH, quando associado à
hiperatividade) é considerado um distúrbio psiquiátrico, portanto, uma doença”.
Na escola, os indícios de que a criança possui esse distúrbio precisa ser
analisados por uns seis meses antes de encaminhamento médico que, em
geral, é multidisciplinar, com utilização, muitas vezes, de medicação.
17
afetivamente e que precisa da criança para realizar-se emocionalmente, tolhe
todo o processo de crescimento e de liberdade do filho, enfraquecendo-o
inconscientemente e prolongando sua dependência.
18
Separação dos pais; Morte dos pais ou de figuras próximas; Superproteção;
Vícios infantis…
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Paulo. Deficit de atenção – um diagnóstico que você pode fazer.
Revista Nova Escola, São Paulo: Abril, mai 2004, p. 28-29.
BARONE, Leda Maria Codeço. Considerações a respeito do estabelecimento
da ética do psicopedagogo. In SCOZ, Beatriz Judith Lima (et al.)
Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1987, cap. 2, p. 17-21.
JOSÉ, Elisabete da Assunção & COELHO, MariaTeresa. Problemas de
Aprendizagem. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002.
RUBINSTEIN, Edith. A Psicopedagogia e a Associação Estadual de
Psicopedagogos de São Paulo. In In SCOZ, Beatriz Judith Lima (et al.)
Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1987, cap. 1, p.1316
19
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
TRABALHO FINAL
Capa :
Nome da faculdade
O curso
A unidade estudada
O tema do trabalho
O professor
O pólo
Data
O aluno
NOTA:
20