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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR

DE FEIRA DE SANTANA

Departamento de Engenharia Elétrica

Eletrônica

Aula 1

Prof.: Márcio Pereira Bove


marcioengeduca@gmail.com
OBJETIVOS
DA DISCIPLINA

GERAL

Fornecer ao estudante o conhecimento de análise e montagem de


circuitos eletrônicos básicos de forma teórica e prática.

ESPECÍFICOS

 Capacitar o aluno a descrever as características, funcionamento e


modelagem dos dispositivos semicondutores básicos como diodos,
transistores TBJ e FET.
 Habilitar o aluno a analisar, projetar e desenvolver circuitos básicos
utilizando os dispositivos semicondutores estudados.

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

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RECURSOS
DIDÁTICOS

Fx -991 ES PLUS Fx -991 EX HP Prime

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EMULADOR HP
PRIME PARA PC

HP PRIME calculadora científica


disponível na versão emulador para PC
no site da HP.

http://www.hp-prime.de/en/category/13-emulator

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SIMULADORES

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1º BIMESTRE

1. Revisão fundamentos da elétrica.


2. Semicondutores.
3. Teoria dos diodos.
4. Circuitos com diodos.
5. Diodos para aplicações especiais.
6. Transistor Bipolar de Junção (BJT).

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2º BIMESTRE

1. Circuitos de Polarização CC de Transistor BJT.


2. Modelo CA de Transistor BJT.
3. Transistor de Efeito de Campo (FET).
4. Circuitos de Polarização CC de Transistor FET.
5. Modelo CA de Transistor FET.
6. Amplificadores de Potência.

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AVALIAÇÃO
AV1

AVALIAÇÃO

 Individual com consulta


 Peso de 6 pontos.

TRABALHO

 Grupo
 Relatório da prática.
 Simulação em software.
 Peso 4 pontos.

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AVALIAÇÃO
AV2

AVALIAÇÃO

 Individual com consulta


 Peso de 6 pontos.

TRABALHO

 Grupo
 Relatório da prática.
 Simulação em software.
 Peso 4 pontos.

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REVISÃO UNIDADES
BÁSICAS E PREFIXOS

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REVISÃO UNIDADES
BÁSICAS

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REVISÃO UNIDADES
APLICADA A ELÉTRICA

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REVISÃO
PREFIXOS

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REVISÃO
RESITÊNCIA ELÉTRICA

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REVISÃO
RESISTOR

Existem muitos tipos diferentes de resistores disponíveis


para o projetista eletrônico escolher, desde resistências de
chips de montagem de superfície muito pequenas até
grandes resistências de força bobinadas. O principal trabalho
de um resistor dentro de um circuito elétrico ou eletrônico é
"resistir" (daí o nome Resistor ), regular ou ajustar o fluxo de
elétrons (corrente).

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REVISÃO
RESISTOR

As resistências também podem ser conectadas em várias


combinações em série e paralelas para formar redes
resistentes que podem atuar como conta-gotas de tensão,
divisores de tensão ou limitadores de corrente dentro de
um circuito.

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REVISÃO
RESISTOR

Os resistores são chamados "Dispositivos passivos", isto é,


eles não possuem fonte de energia ou amplificação, mas
apenas atenuam ou reduzem a tensão ou sinal de corrente
passando por eles. Essa atenuação resulta em perda de
energia elétrica na forma de calor, pois o resistor resiste o
fluxo de elétrons através dele.

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REVISÃO
RESISTOR

A maioria dos tipos de resistores são dispositivos lineares


que produzem uma queda de tensão através de si
mesmos quando uma corrente elétrica flui através deles
porque obedecem à Lei de Ohm e diferentes valores de
resistência produzem valores diferentes de corrente ou
tensão.

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REVISÃO
RESISTOR

Algumas das características comuns associadas ao


resistor são: Coeficiente de temperatura, coeficiente de
tensão, ruído, resposta de frequência, potência, além de
uma classificação de temperatura de resistores , tamanho
físico e confiabilidade.

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REVISÃO
RESISTOR

O símbolo usado em desenhos esquemáticos e elétricos


para um Resistor pode ser uma linha de tipo "zig-zag" ou
uma caixa retangular

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REVISÃO
RESISTOR

IEC - Comissão Internacional de Eletrotécnica:


Normas internacionais e avaliação de
conformidade para todas as tecnologias elétricas,
eletrônicas e relacionadas. http://www.iec.ch/

IEEE – Instituto de Engenheiros Elétricos e


Eletrônicos: Maior organização profissional do
mundo, fundada nos Estados Unidos dedicada ao
avanço da tecnologia em benefício da
humanidade.
https://www.ieee.org/standards/index.html

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REVISÃO
RESISTOR

Todos os resistores modernos de valor fixo podem ser classificados em


quatro grandes grupos:
 Resistência de Composição de Carbono - Feito de poeira de carbono ou
pasta de grafite, baixos valores de potência.
 Resistência de filme - Feita a partir de pasta de óxido de metal condutor,
valores de potência muito baixa
 Resistência de fio - Corpos metálicos para montagem do dissipador de calor,
classificações de potência muito altas
 Resistência de semicondutores - Tecnologia de filme fino de montagem em
superfície de alta frequência / precisão.

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REVISÃO
RESISTOR

O Resistor de carbono é um resistor do tipo baixa a média de potência ,


que tem baixa indutância, o que o torna ideal para aplicações de alta
frequência, mas quando aquecem podem gerar ruído e instabilidade. Os
resistores de carbono são classificações de 1/4 de um Watt até 5 Watts.

25
REVISÃO
RESISTOR

Os resistores de filme metálico têm uma estabilidade de temperatura muito


melhor do que os seus equivalentes de carbono, menor ruído e geralmente são
melhores para aplicações de alta frequência ou frequência de rádio. Os
resistores de óxido metálico têm uma melhor capacidade de sobretensão com
uma classificação de temperatura muito maior do que os resistores de filme de
metal equivalentes. Os resistores de filme metálico são classificações
de (1/20) de Watt até 1/2 Watts.

26
REVISÃO
RESISTOR

A Resistência de Fio Enrolado, é feito por enrolamento de um fio de liga de


metal fino (Nichrome). Essa resistência tem valores de alta
precisão ôhmica (de 0,01 a 100kΩ) devido ao calibre do fio e ao número de
voltas possíveis o que a torna ideais para uso em circuitos de medição e
aplicações de tipo ponte de Wheatstone.

27
REVISÃO
RESISTOR

São capazes de lidar com potências superiores a 300 Watts, pois são montadas
em dissipadores de calor ou placas de metal para dissipar o calor
gerado. Outro tipo de resistência bobinada é o Power Wirewound Resistor,
geralmente revestidos com um esmalte epóxi vítreo ou de vidro para uso em
bancos de resistência ou controle de motor / servo controle e aplicações de
travagem dinâmicas que dissipa até 1000 Watts, ( 1kW) de energia.

28
REVISÃO
RESISTOR

Quando usado em circuitos de corrente alternada, a impedância é


obtida por Z2 = R2 + XL2 com unidade em ohms, sendo que valor
da reatância indutiva, XL = 2πƒL muda com a frequência, portanto,
o valor geral do resistor muda. Assim reatância indutiva aumenta
com a frequência, mas é zero em DC (zero frequência).

29
30
REVISÃO
RESISTOR

Os resistores de montagem em superfície ou os resistores SMD, são


resistências de película de óxido de metal de forma retangular, muito
pequenos, projetadas para serem soldadas diretamente na superfície.

31
REVISÃO
RESISTOR

32
REVISÃO
RESISTOR

𝑉𝐼𝑁
𝐼 =
(𝑅1 + 𝑅2 )

𝑉𝑂𝑈𝑇 = 𝐼 ∗ 𝑅2

33
REVISÃO
RESISTOR

Se substituímos um dos resistores no circuito divisor de tensão com


um Sensor, como um termistor, um resistor dependente da luz (LDR),
podemos converter uma quantidade analógica a ser detectada em um sinal
elétrico adequado capaz de ser medido.

NTC (do inglês Negative Temperature Coefficient) -


termístores cujo coeficiente de variação
de resistência com a temperatura é negativo: a
resistência diminui com o aumento da temperatura.

PTC (do inglês Positive Temperature Coefficient) -


termístores cujo coeficiente de variação de resistência
com a temperatura é positivo: a resistência aumenta com
o aumento da temperatura.

34
REVISÃO
RESISTOR

35
REVISÃO
RESISTOR

36
REVISÃO
RESISTOR

37
REVISÃO
INDUTOR

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REVISÃO
INDUTOR

Na sua forma mais básica, um Indutor não é mais do que


uma bobina de fio enrolada em torno de um núcleo
central. Para a maioria das bobinas, a corrente, ( i ) que
flui através da bobina produz um fluxo magnético ( NΦ )
em torno dela que é proporcional a esse fluxo de
corrente elétrica.

39
REVISÃO
INDUTOR

O Indutor é um componente elétrico do tipo passivo


projetado para tirar proveito do campo magnético
induzido em si ou no núcleo como resultado da corrente
passando pelo bobina. Isso resulta em um campo
magnético muito mais forte do que aquele que seria
produzido por uma simples bobina de fio.

40
REVISÃO
INDUTOR

Os indutores são formados com fio firmemente enrolado


em torno de um núcleo central sólido que pode ser uma
haste cilíndrica reta ou um loop ou anel contínuo para
concentrar seu fluxo magnético

41
REVISÃO
INDUTOR

Os indutores geralmente são categorizados de acordo


com o tipo de núcleo interno em que estão enrolados,
por exemplo, núcleo oco (ar livre), núcleo de ferro sólido
ou núcleo de ferrite com os diferentes tipos de núcleo
sendo distinguidos pela adição de linhas paralelas
contínuas ou pontilhadas ao lado da bobina de fio
conforme mostrado a seguir.

42
REVISÃO
INDUTOR

43
REVISÃO
INDUTOR

A corrente, i que flui através de um indutor, produz um


fluxo magnético que é proporcional a ele. Mas ao
contrário de um Capacitor que se opõe a uma mudança
de tensão em suas placas, um indutor opõe-se à taxa de
mudança de corrente que flui através dele devido à
acumulação de energia auto-induzida dentro do seu
campo magnético.

44
REVISÃO
INDUTOR

Em outras palavras, os indutores opõem-se a mudanças


de corrente, mas passam facilmente uma corrente
contínua. Essa capacidade de um indutor para resistir às
mudanças na corrente e que relaciona seu fluxo
magnético, NΦ como uma constante de
proporcionalidade que é chamado Indutância, tendo o
símbolo L com unidades em Henry , ( H ) devido a Joseph
Henry.
45
REVISÃO
INDUTOR

46
REVISÃO
INDUTOR

Indutores ou bobinas são muito comuns em circuitos


elétricos e eletrônicos e existem muitos fatores que
determinam a indutância de uma bobina, como a forma
da bobina, o número de voltas do fio isolado, o número
de camadas de fio, o espaçamento entre as voltas, a
permeabilidade do material do núcleo, o tamanho ou a
área transversal do núcleo, etc.

47
REVISÃO
INDUTOR

De acordo com a Lei de Faraday a tensão auto-induzida é descrita


pela equação:

Onde:

48
REVISÃO
INDUTOR

Um campo magnético variável no tempo induz uma tensão que é


proporcional à taxa de mudança da corrente o que produz um
valor positivo indicando um aumento na força eletromotriz (FEM) e
um valor negativo indicando uma diminuição da FEM. A equação
relativa a esta tensão, corrente e indutância auto induzida pode ser
encontrada substituindo o μN2A/l pela constante de
proporcionalidade chamada Indutância da bobina L.

49
REVISÃO
INDUTOR

Então se um circuito possui uma indutância de 1 Henry


terá uma força eletromotriz de 1 volt induzido no circuito
quando a corrente que flui através do circuito muda a
uma taxa de 1 ampère por segundo.

50
REVISÃO
INDUTOR

Com o interruptor, (S1) aberto, nenhuma corrente flui através da


bobina do indutor. Portanto, a taxa de mudança de corrente (di/dt)
na bobina será zero. Se a taxa de mudança de corrente for zero, não
há força eletromotriz auto-induzida, (V L = 0) dentro da bobina
indutora.

51
REVISÃO
INDUTOR

Se fecharmos o interruptor em (t = 0), uma corrente fluirá


através do circuito e aumentará lentamente até seu valor
máximo a uma taxa determinada pela indutância do
indutor.

52
REVISÃO
INDUTOR

Essa força eletromotriz auto-induzida através da


bobina indutora, (VL) luta contra a tensão da
fonte até que a corrente atinja seu valor máximo
atingindo a condição de estado estável.

53
REVISÃO
INDUTOR

Da mesma forma, se o interruptor, (S1) for aberto,


a corrente que flui através da bobina começará a
cair, mas o indutor irá lutar novamente contra
essa mudança e tentar manter a corrente fluindo
no seu valor anterior, induzindo uma tensão na
outra direção.

54
REVISÃO
INDUTOR

55
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo 1
Uma corrente contínua de 4 amperes passa através de uma bobina
solenóide de 0,5H. Qual seria a tensão da força eletromotriz
traseira induzida na bobina se o interruptor no circuito fosse
aberto por 10ms até a corrente que flui através da bobina cair para
zero amperes.

56
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo Indutância de uma bobina: Uma bobina de indução de ar oco é


constituída por 500 voltas de fio de cobre que produz um fluxo magnético de
10mWb ao passar uma corrente DC de 10 amperes. Calcule a auto-indutância da
bobina em mili-Henries

Exemplo: Calcule o valor da FEM auto induzida produzida na mesma bobina após
um tempo de 10 ms.

57
REVISÃO
INDUTOR

Em corrente alternada, um indutor está constantemente


armazenando e fornecendo energia em cada ciclo. Se a corrente que
flui através do indutor é constante como em um circuito DC, então
não há alteração na energia armazenada como P = Li (di/dt) = 0 .
Portanto, os indutores podem ser definidos como componentes
passivos, pois só podem ser armazenadores e fornecedores de
energia para o circuito, mas NÃO podem gerar energia. Um indutor
ideal pode armazenar energia indefinidamente, pois nenhuma
energia é perdida.

58
REVISÃO
INDUTOR

No entanto, os indutores reais sempre terão alguma resistência associada aos


enrolamentos da bobina e sempre que a corrente flua através de uma energia de
resistência é perdida sob a forma de calor devido à Lei de Ohms ( P = I 2 R )
independentemente da corrente ser alternada ou constante.

Um indutor pode ser usado em circuitos para bloquear ou remodelar a corrente


alternada ou uma gama de frequências sinusoidais e, nesse papel, um indutor
pode ser usado para "sintonizar" um receptor de rádio simples ou vários tipos de
osciladores. Também pode proteger equipamentos sensíveis de picos de tensão
destrutivos e altas correntes de emergência.

59
REVISÃO
INDUTOR

Potência em um indutor

Um indutor ideal possui R = 0 Ω e, portanto, nenhuma energia é


dissipada dentro da bobina, então podemos dizer que um indutor
ideal tem perda de energia zero.

60
REVISÃO
INDUTOR

61
REVISÃO
INDUTOR

Os indutores podem ser conectados em uma conexão em


série, paralela ou combinações mista.

62
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Três indutores de 10mH, 40mH e 50mH


estão conectados em uma combinação de série sem
indutância mútua entre eles. Calcule a indutância
total da combinação de séries

63
REVISÃO
INDUTOR

Indutores ligados em " Paralelo“.

64
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Três indutores de 60mH, 120mH e 75mH,


respectivamente, estão conectados em uma combinação
paralela. Calcule a indutância total.

65
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Calcule a indutância equivalente do circuito.

66
REVISÃO
INDUTOR

A indutância Mútua é a principal responsável


operacional dos transformadores, motores, geradores e
qualquer outro componente elétrico que interage com
outro campo magnético. Então podemos definir a
indução mútua como a corrente que flui em uma
bobina que induz uma tensão em uma bobina
adjacente.

67
REVISÃO
INDUTOR

Quando duas ou mais bobinas são ligadas magneticamente


entre si por um fluxo magnético comum, eles são ditas ter a
propriedade de Indutividade Mútua.

68
REVISÃO
INDUTOR

Mas a indutância mútua também pode ser uma coisa


ruim, devido as "percas" ou "vazamentos" de fluxo
magnético de uma bobina, pois pode interferir com a
operação de outro componente adjacente por meio de
indução eletromagnética, de modo que pode ser
necessária alguma forma de triagem elétrica para um
potencial de aterramento.

69
REVISÃO INDUTOR

A quantidade de indutância mútua que liga uma bobina à outra


depende muito do posicionamento das duas bobinas. Se uma
bobina estiver a distância física que seja pequena, então quase
todo o fluxo magnético gerado pela primeira bobina irá interagir
com a da segunda bobina induzindo uma FEM relativamente
grande.

70
REVISÃO
INDUTOR

Do mesmo modo, se as duas bobinas estão mais distantes umas


das outras ou em ângulos diferentes, a quantidade de fluxo
magnético induzido da primeira bobina para o segundo será
mais fraca, produzindo uma FEM induzida muito menor.

71
REVISÃO
INDUTOR

A indutância mútua existente entre duas bobinas


pode ser expressa em termos da auto-indutância de
cada bobina que é dada por:

72
REVISÃO
INDUTOR

No entanto, a equação assume vazamento de fluxo ZERO e


100% de acoplamento magnético entre as duas
bobinas, L 1 e L 2 . Na realidade, sempre haverá perda devido a
vazamento e posição, de modo que o acoplamento magnético
entre as duas bobinas nunca pode atingir ou exceder 100%.

73
REVISÃO
INDUTOR

O coeficiente de acoplamento indutivo que existe entre as duas


bobinas é expressa por “k”, onde k = 1 as duas bobinas estão
perfeitamente acopladas, se k > 0,5, as duas bobinas são ditas
serem acopladas de forma forte e se k <0,5, as duas bobinas são
ditas serem acopladas de maneira solta.

74
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Dois indutores, cujas autoindutâncias são fornecidas


como 75mH e 55mH, ​respectivamente, estão posicionados um
ao lado do outro em um núcleo magnético comum, de modo
que 75% das linhas de fluxo da primeira bobina estão cortando a
segunda bobina. Calcule a indutância mútua total que existe
entre as duas bobinas.

75
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Quando duas bobinas com indutâncias de 5H e 4H


respectivamente foram enroladas uniformemente sobre um
núcleo não magnético, verificou-se que a sua indutância mútua
era de 1,5H. Calcule o coeficiente de acoplamento que existe
entre.

76
REVISÃO
INDUTOR

A energia armazenada dentro do campo magnético que


envolve o indutor produzido pela corrente que flui
através dele e não é liberada até que a corrente diminua
e o campo magnético entre em colapso, é calculada pela
equação abaixo.
Energia armazenada por um indutor

Onde: W está em joules

77
REVISÃO
INDUTOR

Indutores mutuamente conectados em série : Quando


os indutores são conectados em série de modo que o
campo magnético de um liga com o outro, o efeito da
indutância mútua aumenta a indutância total, porém
depende da quantidade de acoplamento magnético M.

78
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Dois indutores de 10mH, respectivamente, estão


conectados entre si em uma combinação de séries, de modo que
seus campos magnéticos ajudam entre si, dando um
acoplamento cumulativo. Sua indutância mútua é dada como
5mH. Calcule a indutância total da combinação de séries.

79
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Duas bobinas conectadas em série possuem


autoindutância de 20mH e 60mH, respectivamente. A indutância
total da combinação foi de 100mH. Determine a quantidade de
indutância mútua que existe entre as duas bobinas assumindo que
elas estão se ajudando

80
REVISÃO
INDUTOR
Indutores mutuamente conectados em série: Se uma das
bobinas é invertida de modo que a mesma corrente flua
através de cada bobina, mas em direções opostas, a
indutância mútua, M que existe entre as duas bobinas,
terá um efeito de cancelamento em cada bobina como
mostrado abaixo.

81
REVISÃO
INDUTOR

Indutores mutuamente conectados em paralelo: Os indutores


mutuamente conectados em paralelo podem ser classificados
como "auxiliando" ou "opondo“.

 Indutores conectadas paralelamente auxiliando, aumenta a


indutância equivalente total.
 Indutores conectadas paralelamente opostos, diminui a
indutância equivalente total.

82
REVISÃO
INDUTOR

Indutores mutuamente conectados em paralelo: As bobinas


paralelas acopladas mútuas podem ser mostradas como
conectadas em uma configuração de ajuda ou oposição pelo
USO DE PONTOS de polaridade ou marcadores de polaridade
como mostrado abaixo.

83
REVISÃO
INDUTOR

Equação para Indutores mutuamente conectados em


paralelo classificado como auxiliando.

84
REVISÃO
INDUTOR

Equação para Indutores mutuamente conectados em


paralelo classificado como opondo.

bobinas invertida em relação à outra

85
REVISÃO
INDUTOR

Exemplo: Dois indutores com autoindutâncias de 75mH


e 55mH, ​respectivamente, estão conectados em
paralelo com auxílio. Sua indutância mútua é dada
como 22,5 mH. Calcule a indutância total da
combinação paralela

86
REVISÃO
CAPACITOR

UNEF - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 87


REVISÃO
CAPACITOR

O capacitor é um componente que possui "capacidade"


para armazenar energia sob a forma de uma carga
elétrica que produz uma diferença de potencial ( Tensão
estática ) em suas placas, bem como uma pequena
bateria recarregável.

88
REVISÃO
CAPACITOR

Existem muitos tipos diferentes de capacitores


disponíveis, muito pequenos usados ​em circuitos de
ressonância e grandes capacitores de correção de
fator de potência, mas todos fazem a mesma coisa,
eles armazenam carga elétrica.

89
REVISÃO
CAPACITOR

Na sua forma básica, um capacitor consiste em duas ou


mais placas condutoras (metálicas) paralelas que são
separadas eletricamente pelo ar ou por algum bom
material isolante, como papel encerado, mica, cerâmica,
plástico ou gel líquido. A camada isolante entre placas
de capacitores é comumente chamada de dielétrico.

90
REVISÃO
CAPACITOR

Devido a esta camada isolante, a corrente contínua


não fluir através do capacitor, permitindo somente
que uma tensão esteja presente em todas as placas
sob a forma de carga elétrica.
As placas metálicas condutoras de um capacitor podem
ser quadradas, circulares, retangulares, cilíndrica ou
esférica.

91
REVISÃO
CAPACITOR

Quando usado em um circuito DC, um capacitor se


carrega até sua tensão nominal de alimentação e não
permite o fluxo de corrente através dele, porque o
dielétrico de um capacitor é não-condutor, ou seja,
um isolador. No entanto, quando um capacitor é
conectado a uma corrente alternada, o fluxo da
corrente passa diretamente pelo capacitor com pouca
ou nenhuma resistência.
92
REVISÃO
CAPACITOR

Sendo que a carga elétrica positiva (+) se acumula


rapidamente em uma placa enquanto uma carga
negativa inversa (-) se acumula na outra placa.

93
REVISÃO
CAPACITOR

A propriedade de um capacitor para armazenar a carga em suas


placas na forma de um campo eletrostático é chamada
de Capacitância. Mas não é só isso, a capacitância também é
propriedade de um capacitor resistir a mudança de tensão
através dele.

94
REVISÃO
CAPACITOR

95
REVISÃO
CAPACITÂNCIA ELÉTRICA

96
REVISÃO
CAPACITOR

Circuito carga e descarga de um capacitor, onde o brilho da


lâmpada e a duração da iluminação dependerão, em última
instância, do valor da capacitância do capacitor e da resistência
da lâmpada ( t = C x R ).

97
REVISÃO
CAPACITOR

simulação capacitor 98
REVISÃO
CAPACITOR

A Capacitância de capacitor de placa paralela pode ser obtida


através da equação C = ε (A/d) onde:
ε permissividade absoluta do material dielétrico ε = ε0 x εr
ε0 permissividade de espaço livre.
εr permissividade relativa.
A área da placa em metros2.
d distância entre as placas.

99
REVISÃO
CAPACITOR

As unidades típicas de permissividade dielétrica, ε ou constante


dielétrica para materiais comuns são:
Vácuo puro = 1.0000
Ar = 1.0006
Papel = 2.5 a 3.5
Vidro = 3 a 10,
Mica = 5 a 7,
Madeira = 3 a 8 e
Óxido de Metal Pó = 6 a 20
100
REVISÃO
CAPACITOR

Exemplo: Um capacitor é construído a partir de duas placas


metálicas condutoras de 30cm x 50cm, que são espaçadas a
6mm umas das outras, e usam ar seco como seu único material
dielétrico. Calcule a capacitância do capacitor.

εo também conhecida como


"permissividade do espaço
livre". Onde εr =1

101
REVISÃO
CAPACITOR

Exemplo: Um capacitor de placa paralela consiste em duas


placas com uma área de superfície total de 100 cm2 . Qual será
a capacitância em pico-Farads, (pF) do capacitor se a separação
da placa for de 0,2 cm, e o meio dielétrico utilizado é o ar.

102
REVISÃO
CAPACITOR

Um armazenar carga elétrica Q (unidades


em Coulombs ) de elétrons. Quando um capacitor está
completamente carregado há uma diferença de
potencial, ddp entre suas placas, e quanto maior a
área das placas e/ou menor a distância entre elas
(conhecida como separação), maior será a carga que o
capacitor pode conter e o maior será a Capacitância .

103
REVISÃO
CAPACITOR

A habilidade dos capacitores para armazenar essa


carga elétrica Q entre suas placas é proporcional à
tensão aplicada, V para um capacitor de capacitância
conhecida em Farads. Portanto, a carga real Q nas
placas do capacitor e pode ser calculada como:

104
REVISÃO
CAPACITOR

Onde a capacitância pode ser determinada a partir da


relação Q/V ou a partir da estrutura física e
propriedades do material dielétrico.

105
REVISÃO
CAPACITOR

ENERGIA: Quando um capacitor é carregado é


estabelecido um campo eletrostático que armazena
energia no capacitor. A quantidade de energia
em Joules que é armazenada neste campo
eletrostático é dada pela fórmula.

106
REVISÃO
CAPACITOR

Os tipos de capacitores disponíveis variam a partir de:


 capacitores de corte muito pequenos e delicados
usado em osciladores ou circuitos de rádio
 capacitores do tipo metal-filme de grande potência
usados ​em circuitos de correção de alta tensão e
correção de fator potência.

107
REVISÃO
CAPACITOR

Os capacitores dielétricos são geralmente do tipo variável


utilizados para sintonizar transmissores, receptores e rádios
transistores. Os capacitores dielétricos variáveis ​são do tipos de
ar com espaçamento múltiplo que possuem um conjunto de
placas fixas e são chamados de Trimmers.

108
REVISÃO
CAPACITOR

Os capacitores de filme são os mais comuns


disponíveis em todos os tipos de capacitores,
consistindo de uma família de capacitores
relativamente grande, com a diferença nas suas
propriedades dielétricas. Estes incluem poliéster de
poliestireno, polipropileno, policarbonato, papel
metalizado, teflon, etc.

109
REVISÃO
CAPACITOR

Os capacitores do tipo filme estão disponíveis em intervalos de


capacitância 5pF até 100uF, dependendo do tipo real de capacitores e
da sua tensão nominal. Os capacitores de filme também vêm em uma
variedade de formas e estilos de casos que incluem:

 Wrap & Fill (retangular e redondo) - onde o capacitor é enrolado em uma fita
plástica apertada e tem as extremidades preenchidas com epóxi para selá-las.
 Epoxy Case (retangular e redondo) - onde o capacitor é encapsulado em uma
casca de plástico moldada que é então preenchida com epóxi.
 Metal selado hermeticamente (retangular e redondo) - onde o capacitor é
encaixado em um tubo de metal ou pode e novamente selado com epóxi.

110
REVISÃO
CAPACITOR

Capacitores do tipo filme:

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REVISÃO
CAPACITOR

Capacitores cerâmicos são feitos por disco cerâmico com prata


e, em seguida, são empilhados juntos para fazer um
capacitor. Os capacitores cerâmicos possuem uma capacitância
relativamente alta comparada ao seu tamanho físico pequeno.

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REVISÃO
CAPACITOR

O capacitor tipo disco de cerâmica que possui o


código 473J impresso em seu corpo. Então:
4 - 1º dígito
7 - 2 º dígito
3 - multiplicador em pico-Farads - 103 pF
J - tolerância em de +/- 5%

SE TRADUZ EM: 47000 pF ou 47nF

113
Códigos de cor do capacitor: Geralmente, os valores reais de Capacitância,
Voltagem ou Tolerância são marcados no corpo dos capacitores sob a forma
de caracteres alfanuméricos.

114
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REVISÃO
CAPACITOR

O capacitor eletrolítico internamente é composto por duas folhas de


alumínio, separadas por uma camada de óxido de alumínio, enroladas e
embebidas em um eletrólito líquido (composto predominantemente de
ácido bórico ou borato de sódio). Os capacitores eletrolíticos precisam
ser polarizados, uma vez que houver uma polarização incorreta resultara em
danos permanentes.

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REVISÃO
CAPACITOR

Os capacitores eletrolíticos de tântalo são condensadores de


tântalo sólido e utilizam o dióxido de manganês como seu
segundo terminal e são fisicamente menores que os capacitores
eletrolíticos de alumínio.

117
REVISÃO
CAPACITOR

118
REVISÃO
CAPACITOR

Capacitores de correção de fator de potência para média


tensão empregam a película plástica apenas com uma força
dielétrica e utilizam os eletrodos de construção única,
conseguindo baixa perda.

119
REVISÃO
CAPACITOR

Condensadores em paralelo: Os capacitores são ditos


conectados "em paralelo" quando ambos os seus
terminais estão conectados respectivamente a cada
terminal do outro capacitor.

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REVISÃO
CAPACITOR

Condensadores em paralelo

121
REVISÃO
CAPACITOR

Condensadores em série

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REVISÃO
CAPACITOR

Condensadores em série

123
RESUMO

124
RESUMO

125
FIM

Bons Estudos!

UNEF - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 126

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