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© cérebro € 0 objeto de estudo deste capitulo. No nosso organismo, nao hé outro érgao com tamanha complexidade. Pela sua importancia, 2074 foi proclamado pelo European Brain Council 0 ano do cérebro. Muita coisa ha ainda por descobrir. O cérebro continua a ser umn érgo misterioso que intriga e motiva investi- gadores em todo 0 mundo. Esto em curso ‘ou em lancamento grandes programas de estudo do cérebro cujos resultados conhe- ceremos, certamente, nos préximos anos. © programa Projeto do Cérebro Humano, cujos objetivos sao semelhantes aqueles que conduziram ao mapeamento do ge- noma humano, esté em marcha e promete criar simulagdes do cérebro humano que conduzam ao mapeamento do mesmo de forma a permitir a compreenséo de uma diversidade de comportamentos, desde a aprendizagem & motivagio. No entanto, os tiltimos cem anos de investigacao sobre o cérebro jé foram pro- dutivos, desvendando «segredos» sobre © funcionamento do sistema nervoso que passaremos a estudar e que constituem melhor ponto de partida para perceber- mos o papel, a estrutura e o funciona- mento do cérebro na sua interagéo com © comportamento. Importa, pois, situar 0 cérebro no sistema nervoso e dar uma ideia muito geral da constitui¢do deste. O esquema 20 lado servird para tal objetivo: DIVISOES DO SISTEMA NERVOSO Sictema nevoro central ‘A importancia do cérebro no comportamenio. £ rOnnmnOn® eros videos seguines SN > La! Jo sera o sistema nervoso 0 objeto exclusivo da nossa atencao sere ost Pelo qi tituido por andes estruturas ~ 0 cé. Jo que podemos observar, é constituldo po! duas g el ividi-lo em duas rebro e a medula espinal. Quanto a0 cérebro, pene, E grandes estruturas: 0 c6rtex cerebral e as estruturas ee as que estao situadas abaixo do c6rtex cerebral. Como pean se dé atencdo especial ao cértex cerebral, daremos uma ae simples da medula espinal e das estruturas subcorticals Pe! damental, dsicas fundamer ‘Antes disso, temos de esclarecer quais as unidades basicas fu tais do sistema nervoso e que, consequentemente, constituem a medula espi is do sit que, | 7 it ; : cérebro. Essas unidades basicas sao células chamadas neurénios. nal e o cérebr i Si ul As unidades basicas do sistema nervoso: os neurénios Elemento fundamental do sistema nervoso, o cérebro é constituido por milhares de milhées de células nervosas chamadas neurénios. Os neurét Vero video seguinte: sno -Aunaes seco ations esheets Temas Axéicos (warsnisiers) (Aaa de Schwan (ttricam a mina) aha de Midna (cama isolador ue cele tranamis) 's, em conjunto com as células glia ou gliais, so as unidades basicas de todo o sistema. As primeiras recebem € enviam sinais eletroquimicos de e para 0 cérebro. As segundas apoiam as funcées dos neurénios. Inicialmente, pensava-se que estas apenas colavam ou ligavam os neurdnios entre si. Atual mente, entre outras atividades, sabemos que ajudam a formar novas sinapses durante o processo de aprendizagem, que controlam a alimentacao sanguinea, que digerem os neurdnios mortos e que produzem a bainha de mielina que isola os neurénios. Os neurénios sao as células responsaveis pela rececao e transmissao dos estimulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo ela- borar respostas. A resposta emitida pelos neurdnios é semelhante a uma Corrente elétrica transmitida ao lon- g0 de um fio condutor. Essa corrente elétrica tem o nome de impulso ner- voso. Para compreendermos como se da a transmissao da Mensagem nervosa, € importante conhecer a estrutura basica de um neurénio, tal Como se ilustra na figura ao lado. Um neurénio é composto por quatro elementos fundamentais: 1.0 corpo celular onde se situa o nticleo Dirige a fabricago de substdncias que 0 neurénio usa para crescer e se sustentar. 2. As dendrites So a parte recetora do neurénio e a sua funcao é recolher e orientar a informagao nervosa para 0 corpo celular. 3.0 axdnio Prolongamento do neurénio que pode apresentar algumas ramificacdes semelhantes a ra 2e5 nas suas extremidades e cuja funcao ¢ transportar a informago do corpo celular para outras células, 4.4 bainha de mielina Camada de células gordas que envolve o axdnio e permite que os im- eQ pulsos nervosos viajem mais rapidamente. A destruico da bainha de mielina dé origem a esclerose miiltipla e a outros sintomas — (P vero PowerPoint segunie neurolégicos como a dificuldade de movimentacao e a perda de pttoes sensibilidade. As dendrites recebem as informacdes nervosas; o corpo celular dirige os impulsos para o ax6nio. Este transporta e propaga o impulso nervoso. A transmissGo da informagdo nervosa Para haver transmissao de impulsos nervosos, é necessério que os neurénios comuniquem. entre si, isto é que a mensagem nervosa passe de um para outro. Os neurénios ligam-se entre si através das sinapses, formando uma gigantesca rede. Hé quem diga que o comprimento dessa rede é semelhante a distdncia da Terra 8 Lua. A transmissao das mensagens nervosas exige dois processos: a geracao de um impulso ner- ‘voso no interior do neurénio e a transmissao do impulso de um neurénio para outro. © primeiro processo € elétrico; o segundo & quimico. Jé the deve ter acontecido tocar sem querer num objeto muito quente. Afastou imediatamente a mao e pouco depois teve uma sensacao de dor. Como & que o impulso nervoso gerado pelo neurénio sensorial no seu dedo culmina em mensagem dirigida aos musculos do braco para retirar a mao, e como é que a mensagem quase ao mesmo tempo & reconhecida como sensa¢ao de dor numa dada regido do cérebro? ‘A mensagem s6 circularé do dedo para os muisculos do braco e para o cérebro se 0 impulso nervoso passar de neu- rénio para neurénio. Nao ha diivida de que tal passagem santiago Raman y Cajal (1852-1934) flo fundador da teora neuronal Eis um desenho dos neu iodeum acontece. A questao é saber como é ela possivel. Ponte LSTA mae rei om

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