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Cavaco Silva é um homem determinado com um percurso absolutamente notável.

Foi o responsável
“pelo desenvolvimento interno e externo do País”. É um dos políticos que mais influenciou
Portugal. Como Primeiro-ministro durante dez anos, entre 1985 e 1995, Aníbal Cavaco Silva ficou
conhecido pela política de construção das auto-estradas e das reformas. Obteve para o PSD duas
maiorias absolutas. Economista, foi professor universitário e funcionário do Banco de Portugal.
Derrotado nas presidenciais de 1996, tornou-se Presidente da República dez anos depois. Cavaco
Silva acredita no trabalho e na perseverança e foi assim que se transformou numa das figuras mais
importantes da política portuguesa. É um homem notável pelo seu rigor, inteligência e robustez de
carácter.
Aníbal António Cavaco Silva nasceu em Boliqueime, no Algarve, em 15 de Julho de 1939. O pai,
Teodoro Gonçalves Silva,foi agricultor, e foi ele quem influenciou o filho Cavaco ensinando-lhe
que para ultrapassar barreiras sociais, bastaria trabalho, organização e objectivos claros. A
infância de Cavaco Silva foi tranquila - numa altura em que estava longe de pensar que havia de
ser o primeiro-ministro de Portugal. Era um aluno pouco aplicado, que acabou por chumbar
quando frequentava o actual 7.º ano. Como castigo, o pai obrigou-o a trabalhar na horta, de
enxada na mão e que foi um remédio santo. Terminado o liceu, foi estudar para o Instituto
Comercial de Lisboa, tornando rapidamente, num dos melhores alunos. O Presidente da
República em exercício frequentou o curso de Economia da Universidade Técnica de Lisboa.
Estudou sempre com afinco, mesmo quando cumpria o serviço militar em Moçambique. A
antecedência com que preparava os exames era famosa entre alunos e professores. Em 1964,
licenciou-se em Finanças no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF),
com média de 16 valores e foi o melhor aluno desse ano. Partiu para a Universidade de York, na
Inglaterra, onde fez o doutoramento em Economia e a tese foi aprovada com distinção.
Regressado a Portugal, foi professor auxiliar no ISCEF (1974), professor na Universidade Católica
(1975) e professor extraordinário na Universidade Nova de Lisboa (1979). Entretanto, foi
convidado por José da Silva Lopes, governador do Banco de Portugal, para o Departamento de
Estatísticas e Estudos Económicos. “Transformou-o no melhor centro de análise económica do
País”. Cavaco chegou à política em 1979, a convite de Francisco Sá Carneiro. Um ano mais tarde,
tomou posse como ministro das Finanças. Os seus objectivos era baixar a inflação e promover o
crescimento económico.

Fez com que a inflação baixasse de 35% para 3,4%”,após a morte de Sá Carneiro, em Dezembro
de 1980, Cavaco não aceitou participar no governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão.
Regressou à universidade e ao Banco de Portugal. Mas não abandonou totalmente a política. Foi
deputado (1980) e presidente do Conselho Nacional do Plano (1981-1984).
Segundo reza a história, numa manhã de Junho de 1985, Cavaco Silva decidiu fazer a rodagem
do seu novo automóvel “Citroën BX”. Foi até à Figueira da Foz, onde decorria o congresso do
Partido Social Democrata (PSD), e ganhou surpreendentemente a liderança do Partido na disputa
com João Salgueiro. A eleição de Cavaco foi uma aposta ganha. Venceu as legislativas de 1985,
com maioria relativa, e formou um governo minoritário - muito coeso - que durou cerca de dois
anos. Cavaco deixou claro quem mandava. Impôs disciplina absoluta aos seus ministros. Em
1987 o executivo caiu com uma moção de censura apresentada pelo PRD, no Parlamento, e
apoiada decisivamente pelo PS, dirigido por Vítor Constâncio. E foi então, que Cavaco conquista
a primeira maioria absoluta do pós-25 de Abril, que repete nas legislativas de 1991 que Governou
com o seu estilo de sempre. Mas o segundo mandato não foi tão tranquilo quanto o anterior, para
além de o País ter entrado em crise económica, alguns dos seus ministros viram-se envolvidos em
escândalos. Tudo culminou com os protestos da Ponte 25 de Abril. Era o principio do fim do
“Cavaquismo”. Em 1994 Cavaco alimenta durante vários meses o famoso tabu sobre a sua
hipotética recandidatura ao cargo de primeiro-ministro, que só seria quebrado muito próximo das
legislativas de 1995. Anunciou, em conferência de imprensa, que não se recandidataria à
liderança do PSD nem a do Primeiro-Ministro. O tabu foi desfeito com o anúncio da candidatura
às presidenciais de 1996 e que foi derrotado por Jorge Sampaio.
De 1996 até agora Cavaco Silva fez do sigilo uma regra do seu gabinete e quebrou poucas vezes
o silêncio para comentar a política portuguesa. Escolheu seminários, colóquios, e jornais, para as
suas principais intervenções, que até por sinal era um alerta sobre o crescente aumento das
despesas públicas dos governos de António Guterres, seu sucessor em São Bento. Longe da
política activa mas atento, o ex-líder do PSD entra no silêncio, o Cavaco alimentou durante nove
anos um terceiro tabu: uma nova candidatura a Belém. Em Janeiro de 2006 foi eleito 18.º
Presidente da República. Eu sou uma fã incondicional dele, desde o 1º.dia em que cheguei a
Portugal em 1987.Como pessoa, vejo que é um “GRANDE HOMEM”, e como político também é
um dos políticos com grande credibilidade tanto a nível nacional como internacional.
O Cavaco e Silva é uma referencia que todos os políticos deveriam seguir principalmente estes
políticos de século XXI.

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