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P O R T A R I A Nº 025/2011
R E S O L V E:
R E S O L V E:
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Art. 1º. Esta Resolução institui as Diretrizes para a Modalidade da Educação de Jovens e
Adultos – EJA na etapa do Ensino Fundamental, a serem obrigatoriamente observadas na
implementação, oferta, estrutura, organização e funcionamento dessa modalidade
educativa no Sistema Municipal de Ensino de Vitória.
Art. 4º. A Escola de Educação de Jovens e Adultos, criada pela Lei Municipal nº 8.059, de
29 de dezembro de 2010, a partir das demandas sociais evidenciadas no Município de
Vitória, é destinada à oferta da modalidade EJA, para atendimento, prioritariamente no
turno diurno e deverá:
CAPITULO II
REDAÇÃO ORIGINAL
Art. 5º. O calendário escolar será construído pelas Unidades de Ensino, com base nas
diretrizes instituídas pelo Sistema de Ensino Público Municipal garantindo-se a
participação da comunidade escolar e local nas adequações específicas para a
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos previstas nesta Resolução, devendo o
mesmo ser encaminhado à Secretaria Municipal de Educação para aprovação.
Art. 6º. A carga horária total de referência para a duração do curso da Modalidade de
EJA, correspondente ao Ensino Fundamental, é de 3.040 (Três mil e quarenta) horas,
distribuídas em 6 (seis) anos, com uma estrutura de 3 (três) anos para cada segmento do
Ensino Fundamental, sendo:
Art. 7º. A jornada semanal da EJA para o primeiro segmento será de 13 horas e 20
minutos e, desse total, oitenta minutos serão destinados aos intervalos, distribuídos em 20
minutos diários e o restante da carga horária deverá ser utilizada em efetivo trabalho
letivo de segunda a quinta-feira.
Art. 8º. A jornada semanal da EJA para o segundo segmento será de 14 horas e 40
minutos e, desse total, oitenta minutos serão destinados aos intervalos, distribuídos em 20
minutos diários e o restante da carga horária deverá ser utilizada em efetivo trabalho
letivo de segunda a quinta-feira.
Art. 9º. A sexta-feira deverá ser reservada para formação dos/as profissionais e
planejamento das atividades escolares.
Art. 10. Os projetos especiais que objetivam garantir a escolarização da EJA, destinados
ao atendimento de demandas específicas da sociedade, com temas, conteúdos,
metodologia carga horária e tempos de duração próprios, deverão ser encaminhados para
a apreciação e a aprovação no COMEV.
Art. 11. Na jornada escolar semanal, prevista nos artigos 7º e 8º desta resolução, as
Unidades de Ensino oferecerão, obrigatoriamente, Atividades Curriculares
Complementares (ACCs).
§ 3º. As ACCs possuem caráter obrigatório para os/as estudantes do Segundo Segmento
e estes desenvolverão as Atividades Curriculares Complementares pelo menos 2 vezes
na semana, perfazendo 80 (oitenta) minutos semanais, com vistas ao cumprimento da
carga horária obrigatória.
§ 4º. As ACCs possuem caráter facultativo para os/as estudantes do Primeiro Segmento.
Art. 12. As ACCs visam à articulação da experiência extra escolar com os saberes das
diversas áreas do conhecimento.
DO CURRÍCULO
Art. 13. As propostas curriculares devem atender ao disposto nas Diretrizes Curriculares
Nacionais do Ensino Fundamental estabelecidas e vigentes, e os seus componentes
curriculares devem estar em consonância com o modelo pedagógico próprio da Educação
de Jovens e Adultos, devendo considerar:
CAPITULO IV
DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
TÍTULO II
DO REGIME ESCOLAR
CAPÍTULO I
Art. 16. No ato da matrícula do/a estudante na Educação de Jovens e Adultos, serão
exigidos os seguintes documentos:
Art. 17. A matrícula na modalidade de EJA será facultativa a todos/as os/as estudantes
com idade igual ou superior a 15 anos, cabendo à Unidade de Ensino organizar-se para o
atendimento aos estudantes com necessidades especiais de aprendizagem.
Parágrafo único. A matrícula poderá ocorrer em qualquer época do ano, de acordo com a
classificação e reclassificação do/a estudante feita pela Unidade de Ensino.
Art.18. A transferência do/a estudante de EJA de uma escola para outra será feita
observando a Base Nacional Comum do Ensino Fundamental e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação de Jovens e Adultos.
CAPÍTULO II
Art. 20. Entende-se por avanço escolar a possibilidade do/a estudante cursar uma etapa
mais avançada em relação àquela em que se encontra matriculado, quando verificada a
necessidade de melhor aproveitamento do processo ensino aprendizagem.
Art. 21. O avanço escolar ocorrerá por meio de avaliação elaborada pelos/as
professores/as do ano, turma ou etapa e acompanhada pelo/a pedagogo/a, envolvendo
conhecimentos das diferentes áreas de estudos e/ou disciplinas, respeitando o
estabelecido no Projeto Político Pedagógico da Unidade de Ensino.
§ 2º. O recurso do avanço só poderá ocorrer uma vez no ano letivo e no primeiro
trimestre, salvo casos de excepcionalidade do aproveitamento de estudos.
Art. 22. O avanço escolar poderá ser requerido pelo(a) professor(a), pelo(a) próprio(a)
estudante quando maior, pelos pais ou representante legal de estudantes menores de
idade, devendo o pedido ser por escrito e encaminhado à Direção da Escola.
Art. 23. A avaliação para o processo de avanço deverá ocorrer em duas etapas:
I – Entrevista com o/a estudante feita pelo/a pedagogo/a, com a finalidade de verificar a
possibilidade de adaptação do/a estudante ao nível, etapa de ensino pleiteado;
Art. 24. O registro do avanço escolar dos/as estudantes deverá ser feito pela Unidade de
Ensino nos seguintes documentos:
I – No(s) Diário(s) de Classe(s) do ano/turma/etapa em curso e no(s) Diário(s) de
Classe(s) do ano/turma/etapa para o/a qual o/a estudante avançar.
Art. 25. A classificação será baseada nas experiências e no desempenho adquiridos pelos
estudantes por meios formais e/ou informais, podendo ocorrer nas seguintes situações:
I - Promoção para estudantes que cursaram com aproveitamento o ano, etapa ou nível
anterior, na própria unidade de ensino;
III - Avaliação feita pela unidade de ensino que defina o grau de desenvolvimento e
experiência do/a candidato/a, independente de escolarização anterior e em casos de
inexistência de documentos comprobatórios.
Art. 27. A Comissão Especial de que trata o inciso I do Art. 26 será formada também para
atender os casos de Avanço e Classificação e deverá ser composta pela equipe técnico-
pedagógica e pelo corpo docente da série ou ciclo, ano ou etapa pretendida pelo/a
estudante, considerando a proposta pedagógica da Unidade de Ensino, com a finalidade
de diagnosticar as necessidades e formas especiais de avaliação nos casos
mencionados, como também para proceder a avaliação que cada situação requer.
CAPÍTULO III
DA FREQUÊNCIA
Art. 28. A frequência dos/as estudantes da EJA deverá ser registrada e avaliada
sistematicamente, podendo resultar em um redimensionamento e reorganização do
trabalho pedagógico.
§ 1º. A referência de frequência do/a estudante é de 75% da carga horária, a partir da
efetivação da matrícula, respeitadas suas necessidades e disponibilidades e a
flexibilidade prevista em lei.
§ 2º. Os motivos que geram as ausências por parte do/a estudante deverão ser
investigados pela escola, com vistas a subsidiar a avaliação a que se refere o caput do
artigo 28 desta Resolução, bem como os processos de avaliação contínua dos/as
estudantes.
§ 3º. As Unidades de Ensino que trabalham com a modalidade EJA poderão apontar
outras referências de frequência, desde que constem em seu Projeto Político-Pedagógico.
§ 5º. As Unidades Municipais de Ensino que ofertam a EJA deverão instituir mecanismos
formais a que todos/as os/as estudantes possam recorrer para descrever e justificar
afastamentos temporários das atividades escolares.
§ 6º. Nos casos em que os/as estudantes, menores de idade, somarem dez por cento de
ausências injustificadas nas atividades escolares, a partir da efetivação da matrícula, a
instituição deverá informar o ocorrido à família e procurar alternativas de solução prevista
no Regimento Escolar e no Projeto Político-Pedagógico da escola;
§ 7º. Aplicado o disposto no parágrafo sexto deste artigo e verificada a continuidade das
ausências injustificadas, a Unidade de Ensino notificará o Conselho Tutelar, o juiz da
Comarca e o Ministério Público, para providências cabíveis na forma da Lei.
CAPÍTULO IV
DA AVALIAÇÃO ESCOLAR
Ensino.
§ 1º. Em caso da aferição por nota, será considerado/a aprovado o/a estudante que
obtiver nível de aprendizagem igual ou superior a 60 pontos em cada disciplina;
§ 2º. Em caso de aferição por objetivos, será considerado/a aprovado o/a estudante que
alcançar 60% (sessenta por cento) dos objetivos propostos.
Art. 30. Para os/as estudantes que não alcançarem os objetivos propostos ou o nível de
aprendizagem de no mínimo 60% (sessenta por cento) deverão ser desenvolvidas as
seguintes possibilidades de garantia de aprendizagem:
I - Replanejamento dos objetivos de ensino, ao longo de cada trimestre, verificada a
inadequação entre os estudos propostos e as necessidades pedagógicas dos/as
estudantes;
Parágrafo único. Caso o/a estudante ainda requeira atendimento específico para o
domínio dos objetivos essenciais à continuidade de seu aprendizado ou alcance de, no
mínimo, 60% (sessenta por cento) estabelecido para cada disciplina, a ele/ela serão
oferecidos estudos de recuperação imediatamente após o ano letivo.
TITULO III
Art. 32. A docência na EJA, nas escolas municipais, será exercida por profissionais do
quadro do magistério da Prefeitura Municipal de Vitória, dada prioridade aos/às
profissionais efetivos/as, garantindo a jornada semanal prevista em legislação específica.
TÍTULO IV
Art. 35. Todas as Unidades de Ensino que possuem ato de criação e aprovação estão
aptas para oferta da EJA.
Art. 36. A organização e o funcionamento da EJA serão avaliados anualmente, por meio
de seminários, com a participação da comunidade escolar e local, objetivando
fundamentar possíveis reorientações da Proposta Político-Pedagógica da Unidade de
Ensino e das políticas públicas municipais para essa modalidade educativa.
Art. 38. A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.