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ESTADO:

ENTE: Adquiri direitos e obrigações


POVO: Legitima o poder do Estado
SOBERANIA: É o poder que tem o Estado de se administrar, Em razão da soberania, o
Estado edita leis que se aplicam ao seu território, sem se sujeitar a qualquer tipo de
ingerência de outros Estados.
TERRITORIO: é a área onde o Estado exerce sua soberania.

Funções estatais = Poderes do Estado


Legislativo
Executivo
Judiciário

O Legislativo edita atos gerais, impostos de forma isonômica a


todos. Esse Poder é o que, por excelência, representa a vontade do
povo.
O Executivo atua por meio de atos específicos na gestão da coisa
pública, visando uma situação concreta, dentro dos limites previamente
estabelecidos pela lei e agindo em prol do interesse público.
O Judiciário, por fim, exerce a jurisdição (= dizer o direito). Isso quer dizer que é
dele a função precípua de resolver os conflitos existentes entre os indivíduos, entre
estes e o Estado ou entre os entes que compõem o Estado, bem como é dele a função
de interpretar a lei para julgar os casos e aplicar o direito.

A Administração Pública pode ser definida em seu sentido amplo e


em seu sentido estrito.

Em sentido amplo, na lição de Di Pietro (2009, p. 54), a


Administração Pública se subdivide em órgãos governamentais e órgãos
administrativos (sentido subjetivo) e função política e administrativa (sentido
objetivo).
Em sentido estrito, a Administração Pública é subdividida nas pessoas jurídicas, órgãos
e agentes públicos que exercem funções administrativas (sentido subjetivo) e na
atividade exercida por esses entes (sentido objetivo).

Fomento é a atividade administrativa que incentiva o desenvolvimento daqueles que


exercem funções de utilidade ou de interesse público. Quando a Administração
concede auxílio financeiro a um produtor rural ou a uma ONG ela está exercendo a
atividade de fomento.
A atividade de polícia administrativa, por sua vez, são os atos da
Administração que limitam interesses individuais em prol do interesse coletivo. Esse
tema será melhor explorado na aula relativa aos poderes da administração, quando
falaremos sobre o poder de polícia.

Administração Pública, em sentido formal, relaciona-se à pessoa


que executa atividades da administração.
Administração Pública, em sentido material, relaciona-se à
atividade administrativa desempenhada pelo Estado
Administração Pública, em sentido subjetivo, relaciona-se às
pessoas jurídicas que executam a Administração Pública em sentido
objetivo, às atividades de execução desempenhadas pelo Estado.

No Brasil, embora a influência seja mais forte do sistema europeu-continental, adota-


se a jurisdição una.

Desse modo, as exceções à jurisdição uma no Brasil podem ser


resumidas da seguinte forma:
ações relativas à disciplina e às competições desportivas;
impetração do habeas data (prévio esgotamento das instâncias administrativas);
reclamação ao STF afirmando violação à súmula vinculante pela Administração
(prévio exaurimento da via
administrativa);
mandado de segurança (não cabe se for possível recurso administrativo com
efeito suspensivo, sem caução).

O principal objeto do direito administrativo é a regulação da função


administrativa.

As fontes do direito administrativo são:


Lei (em sentido amplo) – é a principal fonte do direito
administrativo (fonte primária). Aqui, quando falamos “lei”, nos
referimos a todo arcabouço legislativo ao dispor do direito administrativo:
Constituição, leis ordinárias, leis complementares, decretos, portarias e outros atos
normativos.
A doutrina, ou seja, os ensinamentos dos teóricos e estudiosos do direito
administrativo, encontrados nos textos, artigos e livros também são fontes.
A jurisprudência, que quer dizer o conjunto de decisões dos tribunais, é a terceira
fonte do direito administrativo. Recentemente, foi incluída a súmula vinculante entre
as fontes do direito administrativo, decorrente da jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal.
Os costumes, ou seja, a praxe administrativa e social, surgem a partir de regras criadas
pela própria sociedade, que os consideram obrigatórias e que não estão escritas. São
importantes quando influenciam na lei e jurisprudência e são considerados fonte do
Direito Administrativo.

desCOncentração ==>Criação de Orgãos no próprio orgão


desCENtralização ==>Criação de Entidades cria outro órgão

Regime jurídico-administrativo
É o conjunto harmônico de regras e princípios que guardam correlação lógica entre si e
compõem o Direito Administrativo.

Critério formal, orgânico ou subjetivo: vislumbra a Administração Pública como o


conjunto de órgãos, a estrutura estatal. Nesse sentido, a expressão Administração
Pública deve ser grafada com as primeiras letras maiúsculas;
Critério material ou objetivo: a administração pública deve ser entendida como a
atividade administrativa exercida pelo Estado ou, ainda, função administrativa. Nessa
aplicação, a expressão administração pública deve ser grafada com letras iniciais
minúsculas.

Administração Direta: serviços integrados na estrutura


administrativa da Presidência da República e dos Ministérios;
Administração Indireta: compreende as seguintes entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria – autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas. Para o DL 200/67, somente 4 entidades compõem a
administração indireta.

Administração Direta, que é composta pelas pessoas políticas: União, Municípios


e DF.

A descentralização realiza-se por pessoas diversas, físicas ou


jurídicas, e não há vínculo hierárquico entre a Administração Central e a
pessoa estatal descentralizada, mas apenas um poder de controle, de
fiscalização. Já a desconcentração se refere a uma só pessoa,
caracterizando-se na distribuiçãoo de responsabilidades e competências dentro dela
mesma, com a manutenção do liame unificador da hierarquia.
Órgãos são centros internos de competência administrativa e não
possuem personalidade jurídica própria. Eles são integrantes de pessoas
jurídicas de direito público (União, INSS, INCRA e etc.). Estas últimas
sim possuem personalidade jurídica própria.

Mas não se esqueça: o BRASIL ADOTA A TEORIA DO


ÓRGÃO!
Assim, o Presidente da República pode, por exemplo, reestruturar
um Ministério e outros órgãos da Administração, desde que não haja
aumento de despesa, mas não pode criar ou extinguir um órgão
público.

Não se esqueçam!!
Desconcentração Adm. Direta
Descentralização Adm. Indireta

Princípio da legalidade: aqui, esse princípio tem a importante função de dizer que
“somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” (redação do art. 37,
XIX, da Constituição – CF).

(a) só “lei específica” cria autarquia;


(b) só lei específica “autoriza a instituição” de empresa pública, de sociedade
de economia mista e defundação;
(c) a “lei complementar” define as áreas de atuação das fundações.

Princípio da especialidade: a entidade da administração indireta possui uma


competência específica. Não é possível, por exemplo, o INSS se encarregar de construir
estradas.
095558 60467

São entidades com personalidade própria, patrimônio


próprio, auto-administração e capacidade específica para
executar determinado fim do Estado.
Princípio do controle ou tutela: a entidade da administração indireta é vinculada ao
ente político que a instituiu. O INSS (autarquia), por exemplo, é vinculado ao
Ministério da Previdência (órgão da União). É vinculação e não subordinação
hierárquica. Isso quer dizer que não pode haver ingerência do órgão instituidor nos
serviços da entidade, a menos que haja previsão legal ou caso esteja havendo
descumprimento de suas atividades legais. No âmbito federal, o DL 200/67 chama o
princípio do controle/tutela de supervisão ministerial. Veja o que diz o
Decreto-lei 200/67 sobre o tema:

Administração Indireta é composta das seguintes entidades: autarquias, fundações


públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão


gozar de privilégios fiscais (=imunidade tributária) não extensivos às do
setor privado”
As entidades do terceiro setor têm personalidade jurídica de direito privado, não têm
fins lucrativos e são geridas por pessoas da sociedade civil (não há gestão estatal). São
as famosas ONGs.

Elas não fazem parte do 1º setor (público), em que se encontra o Estado, entendido
como um todo em que se incluem a Administração Direta e Indireta, nem do 2º setor
(em regra, privado), em que se tem o mercado, no qual vigora a livre-iniciativa e que
tem no lucro a sua singular motivação.
São de natureza híbrida, por isso são chamadas de terceiro setor.
Dentre essas entidades, destacam-se: Sistema S (Serviços Sociais
Autônomos), Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público (Oscip) e Entidades de Apoio.

O terceiro setor é marcado pela presença de entidades de natureza


privada, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse
social e coletivo e que, por esse motivo, recebem incentivos do
estado dentro de uma atividade de fomento. São conhecidas como
instituições de benemerência ou, tecnicamente, entes de cooperação.
Atos administrativos são declarações humanas (e não meros fenômenos da natureza),
unilaterais (as bilaterais constituem contratos), expedidas pela administração pública
ou por particular no exercício de suas prerrogativas, com o fim imediato de produzir
efeitos jurídicos determinados, em conformidade com o interesse público, sob
regime de direito público e sujeitas a controle.

Os elementos do ato administrativo são: SUJOBMOFOFI = Sujeito,


objeto, motivo, forma e finalidade; ou o COMFIFOMOB =
Competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

A competência pode ser objeto de delegação e avocação. A


delegação é um instrumento de descentralização administrativa (art.
11 do Decreto-lei nº 200/67) e não importa em transferência de
competência, tanto é que a autoridade delegante pode avocar a
competência delegada a qualquer momento (art. 2º, parágrafo único,
do Decreto nº 83.937/79).

O fenômeno da avocação ocorrerá quando a autoridade, que


inicialmente era incompetente, atrai para a sua esfera de
competência a prática de um determinado ato, efetivando-se o
caminho inverso.
Enquanto na delegação há transferência, na avocação há atração.

O poder de polícia decorre da prerrogativa que o Estado tem de


restringir o exercício dos direitos individuais em prol do interesse
coletivo.
O poder de polícia se preordena a impor obrigações de não
fazer, ou seja, a Administração se vale do poder de polícia para evitar
a ocorrência de danos, seja aplicando multa para quem viola a
legislação seja condicionando a execução de atividades a
determinadas regras.
No que concerne ao atributo da discricionariedade, como vimos
acima, é margem de liberdade que a lei confere ao agente público na
prática de determinado ato. Ele poderá escolher se vai aplicar o ato
desse ou daquele modo.
A discricionariedade será avaliada no caso concreto, observando se
há essa margem de liberdade na lei.
A autoexecutoriedade, por sua vez, é o poder que a
Administração tem de modificar imediatamente a ordem jurídica
valendo-se de seus próprios atos ou instrumentos, sem precisar
buscar as medidas executórias do Poder Judiciário.
Esse atributo pode ser colocado em prática nas seguintes
hipóteses:
a) quando a lei expressamente autorizar;
b) quando a adoção da medida for urgente para a defesa do
interesse público e não comportar as delongas naturais do
pronunciamento judicial sem sacrifício ou risco para a
coletividade;
c) quando inexistir outra via de direito capaz de assegurar a
defender em cumprimento à medida de polícia.
O atributo da coercibilidade representa a imposição dos atos do
Estado sobre os indivíduos. Como bem destaca Carvalho Filho (2005, p.
67), esses atos decorrem do ius imperii estatal. Assim, no uso do poder
de polícia, a Administração pode usar a força necessária para impor a
vontade geral sobre o particular.
Agentes públicos dividem-se em 4 categorias:

1. agentes políticos;
2. servidores públicos;
3. militares; e
4. particulares em colaboração com o Poder Público.

1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime


estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar
os servidores de determinado ente público) e ocupantes de
cargos públicos (aqui se incluem os ocupantes de
funções de confiança e cargos em comissão).

2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da


legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público,
tendo como vínculo jurídico um contrato de trabalho (regime
contratual).

3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo


determinado para atender à necessidade temporária de
excepcional interesse público. Exercem função, sem estarem
vinculados a cargo ou emprego público.

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