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Supremacia Europeia

A supremacia europeia
· aumento demográfico
· desenvolvimento da ciência e da técnica (gás, electricidade, siderurgia, transportes
marítimos)
· alterações na economia e finanças (politicas protecionais, novos mercados, busca
de matérias-primas-novas condições económico-financeiras)

Colonialismo e novas rivalidades


· a Europa colonizou vários territórios na África, América e Ásia
· a partir do séc. XVIII, algumas colónias tornaram-se independentes (ex: EUA, Brasil)
· na conferencia de Berlim (1884-1885) uma reunião de 14 países da Europa chega-se
a um acordo para se fazer a partilha de África impõe se o imperialismo capitalismo. já
não importa a descoberta, mas sim a ocupação efectiva. isto irá gerar novos conflitos.
· potências europeias: Grã-Bretanha, França; Alemanha; portugal, Espanha, Holanda;
Itália, Bélgica
· potências em fase de crescimento

O caso português
· desde o início dos descobrimentos (1415, conquista de Ceuta), portugal foi ocupando
e colonizando diversos territórios.
· o Brasil tornou-se independente em 1822. ainda continuavam a ser portugueses:
-arquipélago dos Açores e da Madeira
-em África: angola, moçambique, Guiné-Bissau, cabo verde, S. Tomé e Príncipe
-na Ásia: Goa, Damão, Diu e Macau
· após a conferencia de Berlim, Portugal entra em conflito com a Grã-Bretanha, que
queria dominar uma faixa vertical de território entre o Cairo e a Colónia do cabo
· Portugal também envia exploradores para reconhecerem novos territórios em África
· a Grã-Bretanha lança um último aviso para Portugal abandonar os seus objectivos de
ligar na horizontal, Angola e Moçambique. Era o Ultimato Inglês de 1890. Portugal
cedeu e assinou um acordo que definia as fronteiras de Angola e Moçambique.
· para que Portugal tivesse coragem para não desistir, foi escrito, nesta época o Hino
Nacional.

1 Justifica a supremacia europeia no início do século XX


A Europa era economicamente desenvolvida pois era a "fábrica" do Mundo (> fabricante,
produtora e abastecedora), a maior investidora de capitais do Mundo, dominava os mercados
internacionais, era a potência colonizadora do Mundo e era muito desenvolvida a nível científico
e cultural.

2 Identificar os espaço primordial da expansão europeia


Continente africano (porque era rico em matéria-prima e mão-de-obra mais barata)
Continente Asiático

3 Identificar as principais potências europeias com interesses no continente africano


 Grã-Bretanha
 Alemanha
 França

4 Identificar e justificar esses interesses


As potências tinham um grande interesse no continente africano uma vez que este tinha muita
matéria-prima que era algo que eles desejavam/necessitavam. Africa tinha ainda muita mão-de-obra
e barata o que também beneficiava estas potências.
5 Definir Imperialismo
Política expansionista, cujo o objectivo é estabelecer o domínio político, económico e cultural
sobre outros territórios.

6 Comenta as afirmações: 1 - "A Europa precipita-se para fora de si própria"; 2 - "A política colonial
é filha da política industrial"
1 - A Europa era um continente cheio de gente por isso a emigração era uma das suas
necessidades. Tinha também algumas necessidades económicas, a nível da indústria, como
matéria-prima, mão-de-obra barata, novos investimentos onde aplicar o seu capital e novos
mercados. Para satisfazer estas necessidades a Europa fez a "Corrida à África" (daí também o
interesse pelo continente africano).
2 - O grande desenvolvimento da indústria, na Europa, gera necessidades de mais matéria-prima,
mão-de-obra mais barata, novos investimentos e novos mercados. Por isso dá-se a Corrida à África
e recorre-se ao colonialismo, para ocupar os territórios e assim fazer a exploração económica, para
satisfazer as necessidades da Europa.

7 Relaciona a Conferência de Berlim com as Rivalidades coloniais no final do século XIX


No final do séc. XIX, vivia-se um clima de grandes rivalidades económicas, uma vez que as
potências lutavam todas pelos mesmos territórios. Para chegarem a um acordo reuniram na
Conferência de Berlim, 1884/5, com o objectivo de fazer a divisão dos territórios africanos pelas
potências economicamente desenvolvidas.
+
8 Esclarece o significado de Princípio da Ocupação Efectiva
Na Conferência de Berlim, estabeleceu-se o Princípio da Ocupação Efectiva. Este dizia que
apenas as potências que fizessem uma ocupação efectiva dos territórios, isto é, fizessem uma
defesa dos territórios, a sua exploração económica, criassem infra-estruturas e enviassem
população. O direito histórico deixou de prevalecer, o que não beneficiou em nada Portugal.

9 Explicar a questão do Mapa Cor-de-Rosa (ultimato)


Portugal não possuía capacidades quer económicas quer humanas, para uma ocupação efectiva
dos territórios.
Para afirmar a sua presença em África, Portugal organizou expedições militares entre Angola e
Moçambique, pretendendo ocupar essa vasta zona, unido Angola a Moçambique. Este desejo está
ilustrado Mapa Cor-de-Rosa.
Mas a Inglaterra desejava estabelecer o seu império desde Cairo a Cabo (de uma ponta a outra
de África) e o desejo de Portugal impedia o seu desejo. Para que Inglaterra conseguisse o que
queria, fez um Ultimato a Portugal para que este se retirasse e Portugal acabou por ceder porque
não podia fazer frente a Inglaterra e não cumpria o PRINCÍPIO DA OCUPAÇÃO EFECTIVA.

10 Distinguir os regimes políticos na Europa, antes da 1ª Guerra Mundial


A Europa no século XX, é uma Europa de contrastes políticos e económicos: existem países que:
- adoptam uma democracia parlamentar liberal, desenvolvidos economicamente (industrialmente)
- adoptam regimes autoritários (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) com uma economia
marcada/rural.

11 Caracterizar a situação da Europa, política e económica, antes da 1ª Guerra


Na Europa, vivia-se um clima de grande tensão e rivalidades. Esta caracterizou-se pelos
nacionalismos (modo como a nação procura, a todo o custo, engrandecer/valoriza o que é seu).
Existem movimentos nacionalistas como o pangermanismo e paneslavismo que defendiam os
interesses dos alemães e dos povos Eslavos, respectivamente. (NACIONALISMOS)
Havia ainda uma paz armada, imposta pelas armas (corrida ao armamento) e que também levou
à formação de alianças. (PAZ ARMADA)
(RIVALIDADES ECONÓMICAS) disputas territoriais e na própria Europa como foi o caso da Alsácia-
Lorena e a região dos Balcãs

(REGIMES POLÍTICOS)
Distinguir os regimes políticos na Europa, antes da 1ª Guerra Mundial
A Europa no século XX, é uma Europa de contrastes políticos e económicos: existem países
que:
- adoptam uma democracia parlamentar liberal, desenvolvidos economicamente
(industrialmente)
- adoptam regimes autoritários (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) com uma
economia marcada/rural.

12 Indentificar as alianças militares e os países que as integram


Tríplice Aliança: Império Alemão, Astro-Húngaro e Itália
Tríplice Entente: Grã-Bretanha, Império Russo e França

13 Analisar o acontecimento que levou ao 1º conflito mundial


Em 1914, o herdeiro ao trono Austro-Húngaro, Arquitecto Francisco Fernando, foi morto por um
estudante sérvio, na Sérvio. A Autro-Hungria responsabilizou a Sérvia por tal acontecimento e
declarou-lhe Guerra.

14 Identificar os rivais da Alemanha e justificar essa rivalidade


A Grã-Bretanha era o principal rival da alemanha. Eram rivais pelo comércio e matérias-primas. (Indústria)

A França a nível de territórios.

15 Caracterizar a guerra da Trincheiras


Foi uma guerra de espera por parte de cada um dos lados procurando defender a sua posição.
Sucedeu à Guerra de Movimentos.
A Guerra das Trincheiras sucedeu à Guerra dos Movimentos:
- Ambos os lados escavaram vales (trincheiras) ao longo da frente das batalhas para
conseguirem manter as suas posições.
Este sistema de fortificação escavadas no solo:
- Foi uma fase muito desgastante porque exigiu que milhões de homens vivessem Invernos
rigorosos praticamente ao ar livre, rodeados de lama, convivendo com os ratos, obrigados a
uma higiene precária e atacados por epidemias.
Esta fase traduziu-se numa grande mortandade (pop. activa)
Nota: Foi uma guerra de espera

16 Explicar a mundialização da Guerra

 Os combates estenderam-se aos domínios coloniais e às áreas produtoras de matérias-primas


 A política de bloqueio (através da qual os países procuravam cortar os abastecimentos dos
seus adversários) atingiu toda a navegação e comércio mesmo nos países não intervenientes.
Esta situação afectou também todo o quotidiano da população civil
 A adesão de numerosos países aos blocos em confronto. Foi decisiva a entrada dos EUA na
guerra, na sequência do ataque à sua Marinha Mercante por submarinos alemães. A sua
intervenção (dos EUA), desequilibrou a Guerra a favor dos aliados.

17 Avaliar a entrada dos EUA na Guerra


(?)
18 Identificar a data do amistício da 1ª Guerra Mundial
11 Novembro 1918

19 Analisar o papel do presidente americano Wilson nas negociações de paz


Presidente Wilson (EUA) resumiu as necessidades da Europa e do Mundo em 14 pontos. A a ele
deve o novo mapa político.

20 Referir as alterações no mapa político mundial, depois da 1ª guerra


Janeiro de 1919, Conferêcia de Paz (Paris) - Países Vencedores
Mapa político:
- queda dos grandes Impérios (Alemão, Austro-Húngaro, Turco)
- aparecimento de novos estados (Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia,
Checoeslováquia, Jugoslávia, Hungria)
- alargaram as fronteiras (França - recuperou Alsácia-Lorena; Itália)
(Mal Feito)
- reduziram-se outras

21 Analisar as consequências do Tratado de Versalhes para a Alemanha


Alemanha foi abrigada a assinar um tratado de paz muito penalizador, o Tratado
Versalhes.
Com este tratado a Alemanha foi obrigada a:
 Entregar todas as suas colónias aos países vencedores;
 Pagar indemnizações aos países que prejudicou

 Desmilitarizar a margem esquerda do rio Reno (junta à fronteira com os países ocidentais,
nomeadamente França) e a margem direita num raio de 50 km
 Ficar sem indústria de Guerra (que proporcionava desenvolvimento económico e mais
empregos)

22 Referir os objectivos da criação da Sociedade das Nações (SDN)


 Defender o direito dos povos à autodeterminação

 Apelar ao desarmamento
 Promover a cooperação económica, social e cultural entre os países

 Proteger as minorias nacionais


- EUA acabaram por não aderir à SDN por discordarem das condições impostas a Alemanha
pelo tratado de Versalhes.
- Os países vencidos não foram convidados para fazerem parte da organização (vindo a fazer
apenas mais tarde) - vão-se revoltar
- SDN enfrentou dificuldades a cumprir os seus objectivos (organização não tinha força para
se impor)

23 Justificar o fim da supremacia Europeia


A Europa perdeu a supremacia pois ficou dependente dos EUA, que se tornou a maior
potência mundial, uma vez que o território americano foi o único que não sofreu uma
destruição e ficou com a sus estrutura económica intacta.

A supremacia europeia
 Nos finais do século XIX e nos inícios do século XX, existia uma hegemonia económica
europeia, isto é, a economia mundial era dominada pela Europa.

 Entre as principais potências destacavam-se a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e a


Bélgica. Esta superioridade devia-se ao desenvolvimento técnico e tecnológico, ao domínio
colonial (África, Ásia e Oceânia) e à elevada produção industrial:
 a Europa era a “fábrica do mundo” porque as potências europeias produziam mais de
metade dos bens industriais do mundo;
 na Europa encontravam-se as maiores e mais densamente povoadas cidades do Mundo, as
principais companhias transportadoras e comerciais e os maiores centros financeiros;
 os capitais investidos na construção de infra-estruturas (vias férreas, pontes, canais) e na
criação de empresas agrícolas e de extracção mineira eram, a nível mundial,
maioritariamente europeus;
 grande parte da trocas comerciais era feita por navios mercantes europeus, o que
demonstrava o grande desenvolvimento da actividade comercial na Europa. Este continente
importava matérias-primas (algodão, borracha e metais) e exportava produtos industriais
(máquinas e tecidos) para todo o mundo.

 Os europeus dispunham, assim, de um avanço e influência consideráveis. As principais


bibliotecas universidades e museus eram europeus e as línguas europeias eram as mais
faladas e divulgadas.

Outras potências em ascensão

 Fora da Europa, verificava-se a ascensão económica dos EUA e do Japão, que, a pouco e
pouco, começavam a disputar o controlo dos grandes mercados mundiais com a Europa.

 Os EUA tinham uma burguesia dinâmica e empreendedora aberta às inovações e um


mercado vasto para colocar os produtos transformados. País rico em matérias-primas,
desenvolveu, desde os finais do século XIX, a sua indústria graças, em parte, à utilização
de mão-de-obra proveniente da emigração europeia para este país e à introdução de
processos inovadores.

 O Japão, copiando as práticas industriais e comerciais dos países mais desenvolvidos da


Europa Ocidental e utilizando mão-de-obra barata, emergia como principal potência
industrial da Ásia, tornando-se num estado industrial moderno.

 No início do séc. XX os E.U.A e o Japão emergiam como concorrentes sérios nos mercados
mundiais, colocando em causa a hegemonia europeia.

As exigências do crescimento colonial e a corrida a novas áreas de influência

 O crescimento industrial e financeiro conduziu as potências industrializadas a uma corrida


desenfreada pela posse de novos territórios, onde procuravam obter:
 matérias primais mais baratas;
 novos mercados para onde pudessem escoar os seus excedentes da produção industrial;
 novas possibilidades de investir capitais na criação de indústrias e na construção de infra-
estruturas.

 Foi desta forma que estas potências ocuparam novos territórios, procurando aumentar o
espaço colonial em África, na Ásia e na América. Estávamos perante uma política
expansionista com os seguintes objectivos:
 reforçar o colonialismo - sistema de dominação política, económico e cultural exercida por
um Estado sobre uma ou mais colónias cujo objectivo é a exploração económica - através
da exploração de novas áreas e da intensificação do poder bélico;
 impor o imperialismo - política de expansão e domínio territorial efectivo, civilizacional ou
económico de uma nação sobre outras - às nações mais fracas e subdesenvolvidas.

 Para além das motivações económicas faladas, a corrida pela posse de novos territórios
teve ainda outras razões:
 o reforço do poder militar e estratégico de cada potência, o que fazia crescer a competição
entre elas;
 a ideia de superioridade da raça branca - racismo - que justificava a “missão civilizadora”
dos europeus em relação a outros povos que consideravam menos desenvolvidos, ou
mesmo inferiores;
 a possibilidade de criar melhores condições de vida e combater a emigração europeia.

 Nos finais do século XIX e inícios do século XX, o imperialismo europeu exerceu-se,
essencialmente, em África. A cobiça pelas matérias-primas neste continente levou ao
surgimento de alguns conflitos entre as potências europeias provocado pela redistribuição
das colónias já existentes e pela ocupação de novos territórios neste continente.

A Conferência de Berlim

 A Conferência de Berlim, realizada entre Novembro de 1885 tinha por objectivo estabelecer
regras para a dominação colonial em África, partilhando-a pelos países europeus.

 Ficou estabelecido que o controlo territorial se passaria a basear na ocupação efectiva dos
territórios, prevalecendo sobre o direito histórico. Por outras palavras, as colónias passaram
a pertencer ao país que as ocupava efectivamente e não ao país que as tinha descoberto.
Esta decisão tinha como objectivo ajudar o desenvolvimento das potências europeias.

 As potências industriais mais poderosas, recorrendo ao exército apoderaram-se de África –


instalou-se o modelo imperialista, para terem acesso directo às matérias-primas a baixo
custo; alargar mercados e proporcionar novos destinos à emigração europeia.

 A Inglaterra e França foram as potências que asseguraram os maiores domínios territoriais.


A África ainda foi partilhada entre Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha e Itália.

 Em consequência do que foi decidido, Portugal, para afirmar a sua presença em África,
começou a organizar expedições de carácter militar e científico. Em 1886, com a intenção
de formar um domínio que unisse Angola a Moçambique (colónias portuguesas), o governo
Português apresentou um mapa, na qual, a cor-de-rosa, se juntaram as duas colónias. Este
mapa ficou conhecido como “Mapa Cor-de-Rosa”.
 Este projecto colidiu com os interesses da Grã-Bretanha que pretendia ligar por uma via-
férrea a Cidade do Cabo e o Cairo. Esta acabou por fazer um ultimato - exigência, feita por
um Estado a outro, sob a ameaça de guerra e com prazo marcado - a Portugal. Neste
documento exigia-se a retirada imediata das tropas portuguesas dos territórios ingleses sob
ameaça de cortarem as relações diplomáticas, podendo mesmo recorrer à força.

 Perante a superioridade inglesa, Portugal cedeu ao ultimato inglês, o que não foi bem aceite
pela opinião pública e que contribui para agravar a crise política que já se verificava e que
culminaria com a queda da monarquia e implantação da república.

O ambiente vivido antes da grande guerra: rivalidade económica e nacionalismos


 No início do século XX, a Europa era um continente dividido e marcado por inúmeras
rivalidades. Um dos principais motivos era a disputa das colónias. Em cada um dos
principais países havia cenários diferentes:
 Grã-Bretanha - era detentora de um grande império colonial e possuía um regime
parlamentar apoiado por uma burguesia industrial extremamente poderosa e influente;
 França - mantinha uma enorme rivalidade com a Alemanha, que nascera com a guerra
Franco-prussiana em 1870/71. Deste conflito resultou a vitória alemã e a perda da
província da Alsácia-Lorena, uma importante fonte de matérias-primas industriais como
carvão ou o ferro;
 Alemanha - era a maior rival da Grã-Bretanha em termos económicos. Detinham também
um grande poder industrial e financeiro. Neste país havia um profundo movimento
nacionalista que defendia uma vida militar assente no expansionismo do estado germânico;
 Austria-Húngria - a força do império Austro-húngaro assentava na organização e disciplina
do seu exército, dominados por um monarca com um poder absoluto, o Imperador
Francisco José;
 Balcãs - tornaram-se um autêntico barril de pólvora devido ao clima de tensão em que se
vivia. Em 1908 a Áustria-Hungria conquistou a Bósnia-Ersgorvnia que pretendia seguir a
sua política expansionista procurando garantir a submissão da Sérvia;
 Rússia - dominada pelo regime autoritário do czar Nicolau II, mantinha uma enorme
rivalidade com a Áustria-Hungria pela posse da península Balcânica.

A política das alianças

 O clima de rivalidade económica no continente europeu conduziu a uma corrida ao


armamento por parte das grandes potências.

 A ameaça de confrontos levou à constituição de alianças militares, através das quais os


países se comprometiam a auxiliar-se reciprocamente em caso de ataque inimigo. Assim,
em 1882 foi formada a Tríplice Aliança, assinada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália.
Em 1907, formou-se a Tríplice Entente, constituída pela França, Grã-Bretanha e Rússia.

 A Tríplice Aliança (a verde) e a Tríplice Entente (a cor-de-rosa) eram, assim, duas alianças
militares e políticas opostas.

 Esta política de alianças manteve uma relativa estabilidade no equilibro europeu, mas não
evitou a corrida aos armamentos. Vivia-se nesta época um clima de paz armada, pois
qualquer incidente poderia comprometer esse frágil equilibrado.

O início da grande guerra: atentado de Sarajevo

 No dia 28 de Junho de 1914, ocorreu um incidente que despoletou a I Guerra Mundial: o


atentado de Sarajevo.

 Gavril Princip era um estudante, de nacionalidade sérvia e destacado dirigente de uma


sociedade secreta de cariz nacionalista intitulada “MÃO NEGRA”, cujo principal objectivo
era lutar contra a soberania austro-húngara. O arquiduque Francisco Fernando era o
príncipe herdeiro da coroa austro-húngara. Juntamente com a sua esposa foi assassinado á
queima-roupa por Gravil Princip em plena via publica após ter assistido a uma sessão
solene no edifício Sarajevo.
 O imperador Austro-húngaro, Francisco José, não se conformou com a perda do seu
herdeiro, exigiu explicações ao governo Sérvio, pois os seus conselheiros desconfiavam
dos serviços secretos da Sérvia no atentado de 23 de Julho de 1914. Preocupados com o
atraso da formalização da acusação a Gavril Princip, a Áustria-Hungria fez um ultimato à
Sérvia, exigindo chamar a si as responsabilidades pela condução do inquérito do atentado.

 Perante a recusa da Sérvia, no dia 28 de Julho a Áustria-Hungria declarou-lhe guerra. Dois


dias depois, a Rússia, tradicional aliada da Sérvia entra em acção e declarou guerra à
Áustria-Hungria.

 Nos dois dias seguintes foram formadas as alianças militares sucedendo-se as declarações
de guerra. Em Agosto de 1914, a Alemanha movimentou-se e invadiu a Bélgica e
posteriormente a França. Iniciava-se assim a 1ª Guerra Mundial.

O primeiro conflito mundial

 Os países inicialmente envolvidos na guerra pensaram que esta iria ser curta: os Aliados
(países da Tríplice Entente) contavam com a superioridade numérica dos seus efectivos; as
Potências Centrais (Tríplice Aliança) confiavam na superioridade técnica do seu
armamento. Numa primeira fase, os dois blocos confrontaram-se em três frentes:
 a frente ocidental, do Mar do Norte até à Suíça;
 a frente balcânica, do Mar Adriático ao Império Otomano (actual Turquia);
 a frente leste, que se estendia do Mar Báltico até ao Mar Negro.

 A I Grande Guerra prolongou-se de 1914 até 1918, arrastando consigo 8 milhões de mortos
e muita devastação. Dividiu-se em várias fases.

Primeira fase: Guerra dos Movimentos (1914-1915)

 Após as declarações de guerra da Alemanha à Rússia e a França a 1 e 3 de Agosto de


1914 respectivamente, a mobilização dos soldados alemães foi feita na presunção de que o
conflito seria breve. O plano de ataque alemão baseou-se numa estratégia de ataque -
surpresa com a intenção de invadir a França, passando primeiro pelo Luxemburgo e pela
Bélgica.

 Foi uma «Guerra-Relâmpago»: Os alemães avançaram fortemente na frente ocidental e a 6


de Setembro encontravam-se já a 60 Km de Paris. É então que se dá a Batalha do Marne,
em que as tropas francesas lideradas pelo general Joffre conseguiram travar o avanço em
massa dos Alemães, obrigando-os a recuar.

Segunda fase: Guerra das Trincheiras (1915-1917)

 Para conservar as regiões ocupadas nas mais diversas frentes, os exércitos abriram
trincheiras: longas valas rodeadas por arame farpado onde os soldados se protegiam.

 Esta nova fase era marcada por condições muito duras: os soldados tinham que viver
rodeados por más condições de higiene, ratos, lama, chuva e frio. Frequentemente,
estavam sujeitos a ataques de artilharia e de gases asfixiantes.
 A guerra das trincheiras prolongar-se-ia até 1917. Ao longo deste período, os avanços
foram pouco significativos, mas travaram-se combates devastadores como a Batalha de
Verdun em 1916 que resultou em 600 mil mortos.

Armas e outras tecnologias utilizadas

 Durante a 1ª Guerra Mundial foram utilizados pela primeira vez novos tipos de transportes e
de armas. Quanto aos transportes, foram utilizados os tanques, os submarinos, os aviões e
automóveis para o transporte dos soldados. Quanto às armas, foram utilizadas as
metralhadoras, os canhões, gases asfixiantes (os quais podiam ser evitados através das
máscaras de gás) e alguns novos explosivos.

 Também foram utilizados alguns novos aparelhos úteis, tais como o telégrafo e o telefone,
os quais serviam para a comunicação dos soldados.

 Os diferentes sectores foram desenvolvidos para ajudar nas inúmeras despesas militares e,
além disso, foram usadas algumas línguas globais para facilitar a comunicação entre os
países aliados.

A terceira fase: a entrada dos EUA

 Depois de uma fase de impasse, entramos na fase final da guerra. Esta fase ficou marcada
pela entrada dos Estados Unidos e pela saída da Rússia.

 No início do conflito os E.U.A. forneciam ao exército aliado, armamento, munições e


alimento. Contudo a 6 de Abril de 1917 após o ataque de submarinos Alemães a navios
Americanos, os E.U.A declararam guerra à Alemanha.

 A entrada do EUA no conflito, trouxe uma nova motivação aos soldados aliados e contribuiu
para desequilíbrios nas forças no campo da batalha devido ao grande poder financeiro e
militar dos Americanos.

Portugal na I Guerra Mundial

 A I Guerra Mundial trouxe consequências nefastas para o nosso país, fazendo desacreditar
o regime republicano. Estas fizeram-se logo sentir no início da Guerra, a moeda saiu de
circulação e houve uma grande subida de preços. Como se não bastasse, Portugal via-se
obrigado a participar na I Guerra Mundial, não só pela velha Aliança com a Inglaterra mas
também para defender as suas colónias que começavam a ser atacadas pela Alemanha.

 A participação na Guerra traria consequências irreversíveis para o nosso país, e disso


ninguém tinha dúvidas, mas era também importante ficar ao lado da Inglaterra nas decisões
pós-guerra, para poder preservar as suas colónias.

 A incursão de Portugal na Guerra ocorre em Fevereiro de 1916 em que Portugal apodera-


se dos navios alemães presentes nos seus portos. O nosso país junta-se aos aliados e em
Janeiro de 1917, milhares de soldados são enviados para a frente francesa.
 A 9 de Abril de 1918, em La Lys, os militares portugueses vêm-se esgotados e sem apoio
frente a oito divisões alemães, o insucesso era óbvio e milhares de militares foram mortos
ou feitos prisioneiros.

 A Guerra termina e o Tratado de Paz fora assinado e Portugal permaneceria com a posse
das suas colónias africanas, mas os danos provocados pela Guerra tinham sido
irreparáveis.

 Agravara-se a situação económica, e isso levaria a uma maior agitação social, devido ao
número de mortos, á falta de alimentos, à repressão de liberdades e ao ressurgimento de
algumas ideologias monárquicas.

O fim da guerra

 A 11 de Novembro de 1918, é assinado o Armistício: a Alemanha rende-se. Em Junho de


1919, é assinado o Tratado de Versalhes onde se traça um novo mapa político.

 Terminada a guerra, convocou-se para Janeiro de 1919, em Paris, uma conferência de paz
com o objectivo de celebrar acordos e tratados com os países vencidos. O mais importante
dos Tratados de Paz foi o Tratado de Versalhes, assinado no Palácio de Versalhes a 28 de
Julho de 1919 e imposta aos países derrotados. A Alemanha foi obrigada a assinar este
tratado e a aceitar cláusulas humilhantes, nomeadamente a redução das suas forças
armadas a um pequeno exército defensivo, abandono de todas as suas colónias a favor dos
Aliados, a restituição de Alsácia-Lorena à França e o pagamento de pesadas
indemnizações de guerra.

 De Versalhes resultou também a elaboração de um novo mapa político europeu. O Império


Austro-húngaro foi desmembrado dando lugar ao aparecimento da Checoslováquia, da
Hungria e da Polónia, saíram outros novos estados como a Jugoslávia, a Finlândia, a
Letónia, a Lituânia e a Estónia.

 Politicamente assistiu-se a um regime de democracia parlamentar - sistema político em que


o Parlamento, assembleia legislativa, onde se encontram representados as várias facções
políticas, é o órgão principal. O governo assume perante o parlamento as suas
responsabilidades.

 Da assinatura do tratado de Versalhes, para além do novo mapa político, determinou-se


também a criação da Sociedade das Nações (SDN), com sede em Genebra. Dela faziam
parte, inicialmente, os 32 países vencedores da guerra e os 13 neutrais. Este organismo
internacional propunha-se a:
 assegurar a paz, resolvendo conflitos entre os Estados-membros através do diálogo e da
diplomacia;
 promover a cooperação económica e cultural entre as nações.

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