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A supremacia europeia
· aumento demográfico
· desenvolvimento da ciência e da técnica (gás, electricidade, siderurgia, transportes
marítimos)
· alterações na economia e finanças (politicas protecionais, novos mercados, busca
de matérias-primas-novas condições económico-financeiras)
O caso português
· desde o início dos descobrimentos (1415, conquista de Ceuta), portugal foi ocupando
e colonizando diversos territórios.
· o Brasil tornou-se independente em 1822. ainda continuavam a ser portugueses:
-arquipélago dos Açores e da Madeira
-em África: angola, moçambique, Guiné-Bissau, cabo verde, S. Tomé e Príncipe
-na Ásia: Goa, Damão, Diu e Macau
· após a conferencia de Berlim, Portugal entra em conflito com a Grã-Bretanha, que
queria dominar uma faixa vertical de território entre o Cairo e a Colónia do cabo
· Portugal também envia exploradores para reconhecerem novos territórios em África
· a Grã-Bretanha lança um último aviso para Portugal abandonar os seus objectivos de
ligar na horizontal, Angola e Moçambique. Era o Ultimato Inglês de 1890. Portugal
cedeu e assinou um acordo que definia as fronteiras de Angola e Moçambique.
· para que Portugal tivesse coragem para não desistir, foi escrito, nesta época o Hino
Nacional.
6 Comenta as afirmações: 1 - "A Europa precipita-se para fora de si própria"; 2 - "A política colonial
é filha da política industrial"
1 - A Europa era um continente cheio de gente por isso a emigração era uma das suas
necessidades. Tinha também algumas necessidades económicas, a nível da indústria, como
matéria-prima, mão-de-obra barata, novos investimentos onde aplicar o seu capital e novos
mercados. Para satisfazer estas necessidades a Europa fez a "Corrida à África" (daí também o
interesse pelo continente africano).
2 - O grande desenvolvimento da indústria, na Europa, gera necessidades de mais matéria-prima,
mão-de-obra mais barata, novos investimentos e novos mercados. Por isso dá-se a Corrida à África
e recorre-se ao colonialismo, para ocupar os territórios e assim fazer a exploração económica, para
satisfazer as necessidades da Europa.
(REGIMES POLÍTICOS)
Distinguir os regimes políticos na Europa, antes da 1ª Guerra Mundial
A Europa no século XX, é uma Europa de contrastes políticos e económicos: existem países
que:
- adoptam uma democracia parlamentar liberal, desenvolvidos economicamente
(industrialmente)
- adoptam regimes autoritários (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) com uma
economia marcada/rural.
Desmilitarizar a margem esquerda do rio Reno (junta à fronteira com os países ocidentais,
nomeadamente França) e a margem direita num raio de 50 km
Ficar sem indústria de Guerra (que proporcionava desenvolvimento económico e mais
empregos)
Apelar ao desarmamento
Promover a cooperação económica, social e cultural entre os países
A supremacia europeia
Nos finais do século XIX e nos inícios do século XX, existia uma hegemonia económica
europeia, isto é, a economia mundial era dominada pela Europa.
Fora da Europa, verificava-se a ascensão económica dos EUA e do Japão, que, a pouco e
pouco, começavam a disputar o controlo dos grandes mercados mundiais com a Europa.
No início do séc. XX os E.U.A e o Japão emergiam como concorrentes sérios nos mercados
mundiais, colocando em causa a hegemonia europeia.
Foi desta forma que estas potências ocuparam novos territórios, procurando aumentar o
espaço colonial em África, na Ásia e na América. Estávamos perante uma política
expansionista com os seguintes objectivos:
reforçar o colonialismo - sistema de dominação política, económico e cultural exercida por
um Estado sobre uma ou mais colónias cujo objectivo é a exploração económica - através
da exploração de novas áreas e da intensificação do poder bélico;
impor o imperialismo - política de expansão e domínio territorial efectivo, civilizacional ou
económico de uma nação sobre outras - às nações mais fracas e subdesenvolvidas.
Para além das motivações económicas faladas, a corrida pela posse de novos territórios
teve ainda outras razões:
o reforço do poder militar e estratégico de cada potência, o que fazia crescer a competição
entre elas;
a ideia de superioridade da raça branca - racismo - que justificava a “missão civilizadora”
dos europeus em relação a outros povos que consideravam menos desenvolvidos, ou
mesmo inferiores;
a possibilidade de criar melhores condições de vida e combater a emigração europeia.
Nos finais do século XIX e inícios do século XX, o imperialismo europeu exerceu-se,
essencialmente, em África. A cobiça pelas matérias-primas neste continente levou ao
surgimento de alguns conflitos entre as potências europeias provocado pela redistribuição
das colónias já existentes e pela ocupação de novos territórios neste continente.
A Conferência de Berlim
A Conferência de Berlim, realizada entre Novembro de 1885 tinha por objectivo estabelecer
regras para a dominação colonial em África, partilhando-a pelos países europeus.
Ficou estabelecido que o controlo territorial se passaria a basear na ocupação efectiva dos
territórios, prevalecendo sobre o direito histórico. Por outras palavras, as colónias passaram
a pertencer ao país que as ocupava efectivamente e não ao país que as tinha descoberto.
Esta decisão tinha como objectivo ajudar o desenvolvimento das potências europeias.
Em consequência do que foi decidido, Portugal, para afirmar a sua presença em África,
começou a organizar expedições de carácter militar e científico. Em 1886, com a intenção
de formar um domínio que unisse Angola a Moçambique (colónias portuguesas), o governo
Português apresentou um mapa, na qual, a cor-de-rosa, se juntaram as duas colónias. Este
mapa ficou conhecido como “Mapa Cor-de-Rosa”.
Este projecto colidiu com os interesses da Grã-Bretanha que pretendia ligar por uma via-
férrea a Cidade do Cabo e o Cairo. Esta acabou por fazer um ultimato - exigência, feita por
um Estado a outro, sob a ameaça de guerra e com prazo marcado - a Portugal. Neste
documento exigia-se a retirada imediata das tropas portuguesas dos territórios ingleses sob
ameaça de cortarem as relações diplomáticas, podendo mesmo recorrer à força.
Perante a superioridade inglesa, Portugal cedeu ao ultimato inglês, o que não foi bem aceite
pela opinião pública e que contribui para agravar a crise política que já se verificava e que
culminaria com a queda da monarquia e implantação da república.
A Tríplice Aliança (a verde) e a Tríplice Entente (a cor-de-rosa) eram, assim, duas alianças
militares e políticas opostas.
Esta política de alianças manteve uma relativa estabilidade no equilibro europeu, mas não
evitou a corrida aos armamentos. Vivia-se nesta época um clima de paz armada, pois
qualquer incidente poderia comprometer esse frágil equilibrado.
Nos dois dias seguintes foram formadas as alianças militares sucedendo-se as declarações
de guerra. Em Agosto de 1914, a Alemanha movimentou-se e invadiu a Bélgica e
posteriormente a França. Iniciava-se assim a 1ª Guerra Mundial.
Os países inicialmente envolvidos na guerra pensaram que esta iria ser curta: os Aliados
(países da Tríplice Entente) contavam com a superioridade numérica dos seus efectivos; as
Potências Centrais (Tríplice Aliança) confiavam na superioridade técnica do seu
armamento. Numa primeira fase, os dois blocos confrontaram-se em três frentes:
a frente ocidental, do Mar do Norte até à Suíça;
a frente balcânica, do Mar Adriático ao Império Otomano (actual Turquia);
a frente leste, que se estendia do Mar Báltico até ao Mar Negro.
A I Grande Guerra prolongou-se de 1914 até 1918, arrastando consigo 8 milhões de mortos
e muita devastação. Dividiu-se em várias fases.
Para conservar as regiões ocupadas nas mais diversas frentes, os exércitos abriram
trincheiras: longas valas rodeadas por arame farpado onde os soldados se protegiam.
Esta nova fase era marcada por condições muito duras: os soldados tinham que viver
rodeados por más condições de higiene, ratos, lama, chuva e frio. Frequentemente,
estavam sujeitos a ataques de artilharia e de gases asfixiantes.
A guerra das trincheiras prolongar-se-ia até 1917. Ao longo deste período, os avanços
foram pouco significativos, mas travaram-se combates devastadores como a Batalha de
Verdun em 1916 que resultou em 600 mil mortos.
Durante a 1ª Guerra Mundial foram utilizados pela primeira vez novos tipos de transportes e
de armas. Quanto aos transportes, foram utilizados os tanques, os submarinos, os aviões e
automóveis para o transporte dos soldados. Quanto às armas, foram utilizadas as
metralhadoras, os canhões, gases asfixiantes (os quais podiam ser evitados através das
máscaras de gás) e alguns novos explosivos.
Também foram utilizados alguns novos aparelhos úteis, tais como o telégrafo e o telefone,
os quais serviam para a comunicação dos soldados.
Os diferentes sectores foram desenvolvidos para ajudar nas inúmeras despesas militares e,
além disso, foram usadas algumas línguas globais para facilitar a comunicação entre os
países aliados.
Depois de uma fase de impasse, entramos na fase final da guerra. Esta fase ficou marcada
pela entrada dos Estados Unidos e pela saída da Rússia.
A entrada do EUA no conflito, trouxe uma nova motivação aos soldados aliados e contribuiu
para desequilíbrios nas forças no campo da batalha devido ao grande poder financeiro e
militar dos Americanos.
A I Guerra Mundial trouxe consequências nefastas para o nosso país, fazendo desacreditar
o regime republicano. Estas fizeram-se logo sentir no início da Guerra, a moeda saiu de
circulação e houve uma grande subida de preços. Como se não bastasse, Portugal via-se
obrigado a participar na I Guerra Mundial, não só pela velha Aliança com a Inglaterra mas
também para defender as suas colónias que começavam a ser atacadas pela Alemanha.
A Guerra termina e o Tratado de Paz fora assinado e Portugal permaneceria com a posse
das suas colónias africanas, mas os danos provocados pela Guerra tinham sido
irreparáveis.
Agravara-se a situação económica, e isso levaria a uma maior agitação social, devido ao
número de mortos, á falta de alimentos, à repressão de liberdades e ao ressurgimento de
algumas ideologias monárquicas.
O fim da guerra
Terminada a guerra, convocou-se para Janeiro de 1919, em Paris, uma conferência de paz
com o objectivo de celebrar acordos e tratados com os países vencidos. O mais importante
dos Tratados de Paz foi o Tratado de Versalhes, assinado no Palácio de Versalhes a 28 de
Julho de 1919 e imposta aos países derrotados. A Alemanha foi obrigada a assinar este
tratado e a aceitar cláusulas humilhantes, nomeadamente a redução das suas forças
armadas a um pequeno exército defensivo, abandono de todas as suas colónias a favor dos
Aliados, a restituição de Alsácia-Lorena à França e o pagamento de pesadas
indemnizações de guerra.