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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Professor: José Lucas Pedreira Bueno

Aluna: Isabela Pissinatti

Data: 12/12/2017

Experiência e Aprendizagem sobre Currículo e Avaliação

Repensar as forma de ensino e de relação com os alunos é essencial para um professor


que esteja disposto a colaborar com a formação de seus estudantes. Aprender não é um
processo mecânico, no qual todos se comportam da mesma maneira; pelo contrário,
precisamos perceber a individualidade de cada aluno e ir contra os preceitos do
capitalismo, que prega o autoritarismo e a competitividade. Nenhum aluno é uma folha
em branco, todos já possuem um conhecimento próprio, que assimilado com o
conhecimento que o professor ensina gera um novo conhecimento, que passa ser a fusão
dos outros dois. Portanto, o papel do professor é dar a capacidade de pensar o mundo a
partir das experiências de cada um, e orientar os alunos no caminho da educação.

Para isso, existem diversos meios: um deles é ressignificar o erro, já que tantas vezes
este é usado como motivo para castigos e punições, que podem acabar traumatizando o
aluno e o impedindo de aprender da melhor forma. Outro âmbito que precisa ser
repensado é o da avaliação. Quando avaliamos, devemos elaborar instrumentos capazes
de diagnosticar a fonte do erro do aluno, para que possamos orientá-lo a superar este
erro. A avaliação não deve ter como objetivo a aprovação ou reprovação, e sim o
aprendizado. Ela precisa da intenção do professor de que o estudante se desenvolva
individualmente e coletivamente. E, da mesma forma, o estudante deve estar pró-ativo
na sua aprendizagem, deve ter o desejo de aprender. Além disso, a avaliação é
importante para o professor também, pois este pode analisar seu método de ensino e
pensar em novas formas de ministrar um conteúdo.

Muitas vezes, o autoritarismo entra como fator necessário para garantir um modelo
social interessado em uma educação mercantilizada e mecânica. Repensar o currículo se
torna fundamental para desconstruir essa visão de uma educação fria e conservadora. A
pedagogia libertadora nos mostra que é possível produzir um conhecimento através da
interação entre alunos e professores e, que para ensinar, precisamos dar sentido ao
conteúdo, o aluno precisa se identificar, perceber o significado do que está aprendendo.

Assim como o planejamento e a execução, a avaliação é um instrumento auxiliar dos


resultados, mas se não assumir a forma diagnóstica, ela não poderá estar a serviço da
proposta política. A prática do ensino de maneira errada ocorre porque se segue o que a
sociedade burguesa impõe, e isso deve mudar. A avaliação escolar como um ato
amoroso se manifesta de forma a acolher atos e ações como eles são, acolhe para
permitir que cada um seja o que realmente é em sua essência. A avaliação por si é um
ato de inclusão e integração, mas acaba sendo usada como forma de exclusão.
Infelizmente, nossas raízes culturais não nos permitem assim enxergá-la, porém somos
responsáveis para que tal situação se transforme.

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