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A história de uma conversão

Referência: 2 Reis 5.1-19

SERMÃO EM 2 REIS 5.1-19


TEMA: A HISTÓRIA DE UMA CONVERSÃO
DATA: 20.11.05
INTRODUÇÃO

1. Naamã, um homem de projeção.


· Ele era comandante de Ban-Hadade, rei de Damasco, capital da Síria.
· Era o ministro da guerra. Homem corajoso. Forte. Guerreiro. Famoso.
· Naamã era um homem famoso, porém leproso.
· Ele tinha grande prestígio político, mas era espiritualmente cego.
· Ele era leproso, e ainda assim orgulhoso.
2. Naamã, um homem honrado – v. 1

a) Honra militar – “Naamã, comandante do exército do rei da Síria… era ele herói de guerra”.
Ele era comandante em chefe das forças armadas da Síria. Ele era um herói nacional. Sua
farda estava cheia de condecorações. Seu nome ocupava as manchetes dos jornais de
Damasco. Ele o grande ídolo da nação. Era aplaudido nas praças. Seu nome era tema de
canções populares. Estava no topo da fama e da glória pessoa. Tinha atingido o mais alto grau
na carreira militar. Ele era o máximo.
b) Honra política – “Era grande homem diante do seu senhor”. Ocupava o primeiro escalão do
governo. Era o braço direito do rei. O homem de maior prestígio no palácio. O homem forte da
Síria. O responsável pelas vitórias militares e a mais estrela do seu país.
c) Honra popular – “E de muito conceito”. Naamã era um homem admirado, amado, aplaudido,
de sucesso e total aprovação popular. O povo o tinha em alta conta. Ele era um vitorioso. Seu
caminho era pontilhado de sucesso. O próprio Deus que ele não conhecia o abençoava em
suas esplêndidas vitórias.
3. Naamã, um homem abençoado – v. 1
· “… porque por ele o Senhor dera vitória a Síria”. Naamã era um idólatra, mas Deus já o
abençoava. Suas conquistas militares eram obra da providência divina. Deus já estava
trabalhando na vida desse homem ainda que ele não soubesse disso.
· Vamos ver a história da conversão desse grande herói de guerra:
I. UM GRANDE SOFRIMENTO – V. 1

· “… Porém, leproso”.
1. O sofrimento da doença – v. 1
· Naamã tinha sucesso público, mas fracasso pessoal.
· Naamã era um vencedor, um herói, um grande homem em público, mas no recesso do seu
lar, na intimidade, quando tira a armadura era um leproso.
· Talvez esse seja o retrato da sua vida: você também é um vencedor no seu trabalho, nos
seus estudos, na sua empresa. Você é reconhecido. Tem diplomas, sucesso financeiro. É
amado e prestigiado. Passou em todas as provas e concursos, mas você tem uma lepra dentro
de você. Sua lepra não é física, é espiritual.
· A lepra tinha cinco características:
a) A lepra separa – O leproso tinha que ser tirado da família, da sociedade e jogado numa
caverna ou numa aldeia de leprosos. O pecado separa você de Deus.
b) A lepra insensibiliza – A lepra deixa a pessoa insensível. Assim é o pecado. Ele endurece,
cauteriza, calcifica a alma.
c) A lepra deforma – A lepra deixa marcas e deformidades. Ela mutila e deixa cicatrizes
profundas. Assim é o pecado. Ele deixa marcas profundas na mente, na alma, no corpo.
d) A lepra contamina – A lepra é contagiosa. O pecado também contamina. Ele pega. Fuja de
más influências, de lugares perigosos.
e) A lepra mata – A lepra era uma doença incurável. O pecado é uma doença mortal.
2. O sofrimento da duplicidade – v. 1
· Naamã era um herói de guerra lá fora, mas dentro de casa era um leproso. No recesso do lar,
não podia abraçar sua esposa nem colocar seus filhos no colo. Lá fora um vencedor, em casa
um doente derrotado.
· Talvez esta é sua situação. Tem fama de um homem de Deus, piedoso, de uma mulher de
oração, de um jovem puro, mas dentro de seu lar, você é outra pessoa. Vive com máscara.
Vive de aparência. Na igreja tem cara de gente santa, mas dentro de casa, na rua você vive
alimentando seu coração de impureza. Lá fora um herói, dentro de casa, um leproso.
3. O sofrimento da impotência – 1

a) A medicina tem limitações (v. 7) – A lepra era como a própria morte, só Deus podia reverter
a situação. O rei de Israel rasgou suas roupas porque sabia que nenhum recurso da medicina
podia reverter àquela situação.
b) O dinheiro tem limitação (v. 5) – O dinheiro não compra tudo. O seu dinheiro pode lhe
comprar remédio, mas não saúde. Pode lhe comprar uma casa nova, mas não um lar. Pode lhe
dar conforto, mas não felicidade.
c) A política tem limitações (v. 5,7) – O poder político não resolve todos os problemas. O rei da
Síria pensou que podia resolver o problema da lepra com uma canetada. A agenda de Deus
não está nas mãos dos poderosos.
II. UM GRANDE EQUÍVOCO – V. 4-7

1. Pensar que Deus se submete à agenda dos poderosos – v. 5


· Naamã vai ao rei de Damasco. Este o manda com uma comitiva ao rei de Israel. Pensa que
as obras de Deus podem ser resolvidas com uma canetada por aqueles que estão
empoleirados no poder.
· Naamã tem grande prestígio político, mas é espiritualmente cego. Ela pensa que a fé é um
negócio, um comércio. Ela pensa que a religião é uma questão de relações públicas e que a
carta de um rei ao outro pode interferir na agenda de Deus.
· Naamã pensa que a carta do rei a outro rei vai lhe abrir o caminho da cura. Mas Deus não se
submete ao decreto dos poderosos. Ele é livre.
· O rei de Israel rasga as suas roupas. Só Deus pode curar. Só Deus pode salvar.
2. Pensar que as bênçãos de Deus podem ser compradas com dinheiro – v. 5,15,16
· Naamã levou 350 Kg de prata, muito ouro e dez vestes festivais. Mas a graça de Deus não
tem preço. A cura e a salvação não podem ser compradas com ouro ou prata.
· Eliseu não se impressionou com a riqueza da comitiva de Naamã. Depois que Naamã foi
curado, ele não aceitou os presentes de Naamã. Salvação não é um negócio. A graça de Deus
não é um produto. O evangelho não é uma mercadoria. A igreja não é uma empresa.
· O céu é de graça. As bênçãos de Deus não são vendidas. Os religiosos que comercializam o
sagrado são filhos de Geazi e não discípulos de Eliseu.
3. Pensar que no Reino de Deus as glórias humanas podem nos colocar em posição especial –
v. 9-12
· Naamã esperou que Eliseu saísse ao seu encontro com reverência, colocando tapete
vermelho para ele pisar. Ele queria ser honrado. Ele estava acostumado a ser estrela. Ele não
queria descer do seu pedestal.
· Mas Eliseu nem saiu de casa para recebê-lo. Mandou-lhe um recado. Não o bajulou. Naamã
ficou furioso ao não ser recebido com pompas.
III. UM GRANDE TESTEMUNHO – V. 2,3

1. Uma menina escrava pode ser usada por Deus para a salvação do homem mais poderoso
da Síria – v. 2,3
Ø Deus ama a todos, os poderosos, os reis, os ricos, os generais, os imperadores, os que
estão no trono com o cetro do poder nas mãos.
Ø Naamã adorava o deus Hinon. Ele era um homem idólatra, pagão. Politicamente inimigo de
Israel. Talvez hoje alguns pregadores dissessem para ele: 1) Você precisa primeiro queimar
suas imagens de Hinon; 2) Você precisa fazer uma oração de renúncia e rejeitar os pactos que
você fez.
Ø O milagre de Deus começou quando essa menina escrava se colocou nas mãos de Deus
para testemunhar. Para isso, ele venceu três barreiras:
a) Barreira da distância – Ela estava desterrada, exilada em terra estrangeira, pagã, na casa de
um idólatra, mas ali ela dá testemunho do seu Deus.
b) Barreira da discriminação – Aquela adolescente foi arrancada à força da casa de seus pais.
Talvez seus pais haviam sido mortos ou eram escravos. Foi levada como coisa e não como
pessoa. Era um objeto do seu patrão. Ela, porém, via-se a si mesma como uma embaixadora
do céu.
c) Barreira da inimizade – Naamã era símbolo da maior ameaça para o seu povo. Mas ela era
diferente de Jonas. Ela ama os próprios inimigos do seu povo e está pronta a abençoar a quem
a humilhou.
2. Os servos de Naamã podem ser seus sábios conselheiros – v. 13
Ø Naamã não consegue entender a simplicidade da graça de Deus. Novamente são seus
servos que o colocam de volta na estrada da cura.
Ø A ajuda de Naamã vem de fontes inesperadas: 1) uma menina escrava; 2) um profeta
hebreu; 3) um rio barrento; 4) uma ordem simples.
IV. UM GRANDE MILAGRE – V. 10,13,14

1. Realizado sem espalhafato – V. 10


· Eliseu não convoca um coral para recepcionar Naamã e sua comitiva. Não põe tapete
vermelho. Não coloca outdoor na cidade anunciando o dia de um grande milagre. Não põe no
jornal de Samaria a visita do general da Síria que seria curado de lepra. Eliseu não faz
propaganda do sobrenatural. Ele não toma o lugar de Deus.
· Naamã queria trombetas, uma cerimônia com ritos e pompas. Para ele tinha que ter
espetáculo. Estava preso a rituais e lugares.
2. Realizado depois de se descer do pedestal do orgulho – V. 13
· Naamã para ser curado tinha que descer do seu pedestal. Antes de curar a lepra de Naamã,
Deus queria curar o orgulho de Naamã. Só os humildes possuirão o Reino de Deus.
· A lepra de Naamã não estava apenas na sua pele, mas também no seu coração. Não só por
fora, mas também por dentro. Não só na sua carne, mas também no seu espírito.
· Naamã tinha que depositar aos pés de Deus os seus títulos, seus diplomas, suas medalhas,
seus troféus, suas insígnias, suas condecorações, suas façanhas e suas vitórias.
· A lepra apodrecia a carne de Naamã, ma não amolecia o seu coração. Por isso, ele precisa
primeiro ser curado do seu orgulho.
3. Realizado depois de se reconhecer a feiúra do pecado – v. 14
· Quando Eliseu mandou Naamã mergulhar no Jordão sete vezes, ele estava dizendo que
Naamã precisava tirar a armadura e mostra a sua lepra para todo mundo.
· Eliseu estava mostrando que não podemos ser curados sem admitir publicamente nossa
doença, nossa lepra. Você precisa se desnudar, tirar a máscara.
· Você precisa pôr um ponto final na sua vida dupla e admitir que você depende
desesperadamente da graça de Deus.
· NO Reino de Deus, os generais têm que se humilhar. O doutor tem que se arrepender. Os
poderosos precisam se curvar.
4. Realizado depois de crer e obedecer ao que Deus manda – v. 14
· Se Naamã não tivesse mergulhado 7 vezes no Jordão, teria voltado leproso para a Síria.
· Não basta uma obediência parcial. Se ele tivesse mergulhado apenas 6 vezes, seria do
Jordão ainda leproso.
· A fé obedece ao que Deus manda.
· Se você crer em Jesus, você será salvo. Quem tem a vida eterna (Is 1.18; Jo 5.24; At 16.31).
V. UMA GRANDE SALVAÇÃO – V. 14-19

1. Naamã foi completamente purificado – v. 14


· Ele sarou da sua lepra não porque a água do Jordão fosse milagrosa, mas porque se
humilhou e obedeceu à Palavra de Deus.
· Sua carne ficou limpa. Sua pele restaurada. Também, quando você crê em Jesus, a sua cura
é imediata. Você pode voltar para casa limpo hoje. Você pode voltar curado, liberto, perdoado.
Hoje Deus pode limpar a sua carne, a sua mente, o seu coração, as suas memórias. Hoje você
pode ficar livre da sua lepra!
2. Naamã rendeu-se ao único Deus vivo e verdadeiro – v. 15
· Naamã desiste de suas crenças pagãs. Ele abriu mão de suas convicções religiosas para
render-se ao Deus todo poderoso. Não há salvação fora de Jesus. Você precisa se curvar
diante do Senhor Jesus. Só há salvação nele. Só há perdão nele. Só ele é o caminho, a porta.
3. Naamã tomou a decisão de mudar radicalmente de vida – v. 17
· Naamã tem uma experiência profunda de conversão. Sua vida é transformada. Hoje é tempo
de você deixar os ídolos, o orgulho.
· Quem é convertido, demonstra gratidão
· Quem é convertido, torna-se um adorador!
· Quem é convertido muda o ponto nevrálgico da vida – A maior lepra de Naamã era o orgulho
(v. 11,12). Agora, ele revela humildade (v. 17). Exemplo: Zaqueu.
· Quem é convertido passa por uma mudança radical – Naamã disse: “Nunca mais”. Hoje pode
ser um divisor de águas na sua vida. É hora de nascer de novo. Ser nova criatura. Enterrar o
seu passado no Jordão de Deus, sair de lá limpo. O sangue de Jesus pode purificar você de
todo o pecado.
CONCLUSÃO

· Naamã chegou leproso e voltou curado.


· Naamã chegou perdido e voltou salvo.
· Naamã chegou idólatra e voltou adorando ao Deus vivo.
· Hoje, Deus quer fazer esse milagre em sua vida.

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