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1 - Amor: o ensino fundamental


aplicado na vida diária

Rolf J. Dietz

Amados, se Deus assim nos amou, também nós


devemos amar uns aos outros. (1 João 4.11)

 memorizar

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O amor deve determinar profundamente o nosso jeito de agir.
Em 1 João 4.9-10 Deus é colocado como a fonte e o exemplo do amor,
porque ele nos deu e enviou seu Filho.
O mandamento de amar ao próximo já existia no A.T. (Lv 19.18).
Quando os doutores da lei perguntaram a Jesus acerca do
mandamento mais importante, ele respondeu, citando o A.T.
(Mt 22.35-39).
Hoje temos um auxílio adicional. O amor é o fruto do Espírito Santo e
capacita os seguidores de Jesus a obedecer a vontade de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. (Gálatas 5.22)

Amor é sacrifício pessoal


Para entendermos o conceito bíblico “amor”, precisamos colocar de
lado a definição romântica desta palavra.
1 – Jesus pregava muitas vezes sobre isto, e deu a si mesmo como
exemplo de amor (Jo 13.34).
A vida toda de Jesus foi amor. Isto reconhecemos em tudo que ele fez
por nós: sua vinda a este mundo, seu trabalho e seu sofrimento.
Ele tomou sobre si:
 Deixou a glória e veio a este mundo (2Co 8.9).
 Andou por desertos, sofreu perseguições, tentações, sofrimento,
lágrimas, calúnias e a morte.
 Ajudou e apoiou pessoas, lhes mostrou o caminho, pregou e
ensinou a verdade.
Também os mandamentos de Jesus em relação a isso não são
românticos:
 Ajude e abençoe teus perseguidores (Rm 12.14).
 Ame teus inimigos (Mt 5.43-48; Lc 6.27-38).
 Ame o próximo como a ti mesmo.
 Também quando lemos 1 Coríntios 13, o amor bíblico perde o
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romantismo. Sugiro a ti, prezado discípulo, no texto abaixo trocar a
palavra “amor” pelo teu próprio nome, como um exercício:
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata
com leviandade, não se ensoberbece. 5 Não se porta com indecência,
não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 Não folga
com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. (1 Coríntios 13.4-7)

Amor não é um sentimento


O amor não se baseia em emoções, caso contrário Jesus não o
poderia ter ordenado. Jesus ordenou que devemos amar!
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu
vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. (João 13.34)
Não devemos confundir amor com emoções carinhosas e
aconchegantes. Estas emoções nunca são o fundamento do amor,
mas a consequência.

Amor é uma decisão


Não é possível amar sem o coração, caso contrário isso não seria
amor. Amar não é fácil, emoções mudam. Por isso o amor necessita
de um alicerce firme: uma decisão consciente de nos sacrificarmos
pelos outros. Os sentimentos serão resultado da mudança em nosso
jeito de pensar: conscientizar-se diariamente e decidir amar, honrar e
servir a Deus e ao próximo.
Amor é o contrário de egoísmo: esforçar-se pelo bem-estar dos outros
ao invés do próprio.

Amor tem dois lados


1 – O lado suave do amor:
Ser carinhoso e simpático são aspectos importantes do amor, como
respeitar e oferecer ajuda.
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos
em honra uns aos outros. (Romanos 12.10)
2 – O lado “duro” do amor:
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Quando analisamos o ensino bíblico acerca do amor, se evidencia
que o amor verdadeiro em certos atos nem sempre é suave:
Amar significa lutar pela justiça (2Tm 2.22), mostrar o caminho certo
(Jo 14.6), dizer a verdade (Jo 8.40), pregar o evangelho (Fp 1.27) e
convidar à conversão (Mt 18.3).
Estas tarefas muitas vezes não são benquistas. Eu experimentei
diversas vezes ser considerado “falta de amor” dizer a alguém a
verdade em particular, com respeito (Pv 9.8).
Amor mundano significa corresponder aos desejos e prazeres das
pessoas. Mas o amor divino se preocupa em identificar as verdadeiras
necessidades delas.

Agir
Se obedecemos o mandamento do amor ou não, não depende de
nossas emoções, mas de nossas ações!
E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes
fazei vós, também. (Lucas 6.31)

O novo mandamento de Jesus


Os mandamentos do A.T. exigiam mudanças exteriores, mas Jesus
pede mudança de nossas intenções, o que somente pode acontecer
pelo poder de Deus. Esta mudança interior nos capacita a preencher
não somente a lei escrita, mas muito além disso, a seguir a vontade
de Deus (Mt 5.20; 22.37-40; Rm 13.8).
Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso
testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta
palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Rm 13.9)
A força para amar vem de Deus. Ele é a fonte do amor e é o exemplo
e nos dá o poder de realizar o amor (1Jo 4.7-12).
Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e
qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. (1 João 4.7)
Se um discípulo de Jesus não consegue amar, isso demonstra que
algo está errado. Deus é amor e seus filhos devem viver o amor. Por

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isso, o amor é um critério que mostra, de quem somos filhos (1Jo 2.9-
10; 3.10+14-18).

Humildade e prontidão ao serviço


O que é humildade? Uma virtude cristã, reconhecer as próprias
fraquezas: modéstia.
Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um
considere os outros superiores a si mesmo. (Filipenses 2.3)
Nosso exemplo é Jesus (Fp 2.5-8). Ele se humilhou e serviu
conscientemente.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, (…) Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens; (Filipenses 2.5+7)
Também neste aspecto ele é nosso mestre. Humildade nos ajuda a
encontrarmos paz de espírito:
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
(Mateus 11.29)

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Tarefas
1 – Explique ao teu colega a diferença entre o significado mundano
da palavra “amor” e o significado bíblico dela.
2 – Relate alguns exemplos de amor verdadeiro, no sentido bíblico.
3 – Como a humildade se manifesta concretamente?

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