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É verdade Danielle, muito bem colocado.

Acho inclusive que a própria ética implica na necessidade de


eventuais desafios das normas pré-concebidas e aceitas, não por um ímpeto gratuito, mas para que ela
seja verdadeiramente válida para aquele que pratica a ação e para o outro. Assim acho que a
desconstrução pode ser igualmente percebida como uma ferramenta do processo ético e,
inevitavelmente, como você coloca, pressupõe o reconhecimento e acolhimento de perspectivas
múltiplas. Por mais que isso possa parecer complicado em sala de aula, acredito que não podemos mais
ignorar essa realidade. Vivemos, para o melhor e para o pior, em uma sociedade cada vez mais plural e,
consequentemente fragmentada. A uniformidade de códigos de condutas do passado, como na Idade
Média cristã, já não mais existe. Assim, penso, a capacidade de reflexão das pessoas, segundo critérios
consistentes e coerentes, é cada vez mais premente e difícil de alcançar. Assim a prática da filosofia (da
reflexão ética, por que não?), mesmo sem maiores pretensões intelectuais, é uma real necessidade para
a preservação do homem e da mulher em um ambiente de convívio social satisfatório.

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