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Introduçaã o
Jesus quero encontrar-Te. Guia-me pela tua
estrada.
“Os sumos sacerdotes e todo o Conselho procuravam um depoimento falso contra Jesus, a fim de o
condenarem aà morte.” (Mt 26,59)
Aceitar os Juízos
Escuta aquilo que te diz Jesus; “Os outros culparam-me e no fim fui condenado. O povo que
escutava as minhas palavras estava junto aos chefes políáticos e religiosos a condenar-me. Os meus
amigos e os apoá stolos fugiram. Haá pouco tempo, tinham imensa admiraçaã o por fim, maravilhavam-se
pelos milagres que realizava, empurravam-se para poder tocar-me e me asseguraram a sua fidelidade.
Mas agora estaã o todos contra mim e pedem a Pilatos a minha crucifixaã o. Apesar de tudo, Pilatos
queria libertar-me, mas a minha gente pressionou a condenar-me.”
As pessoas aà tua volta, ateá os teus melhores amigos te julgam. Mas isso naã o significa que seraá s
sempre culpado. Mesmo assim seraá s sempre julgado. Agora entenderaá s que afinal as pessoas naã o saã o
um apoio seguro. O uá nico apoio seguro e forte eá soá Deus. A Cruz liberta-te das pessoas aà s quais
confias e convida-te a apoiares-te em Mim. Quando as pessoas te julgarem, tu podes estar do meu lado
porque tambeá m eu fui condenado. Naã o te defendas quando as pessoas te julgarem, o juíázo retoá rico eá a
porta que te leva para um encontro comigo. Agora jaá ningueá m te poderaá condenar.
“Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Noá s o
reputaá vamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado.” (Is 53,4)
Aceitar a Quotidianidade
Eu podia defender-me ou podia considerar que algueá m me defendesse, poderia dizer: “Eu sou
inocente, porque devo sofrer?”. Mas naã o, peguei a cruz sem me lamentar. Cada momento da
tua vida eá uma cruz. Tu podes aceitaá -la ou recusaá -la, podes escapar ou podes confrontaá -la. Eu
carreguei-a sobre mim e tu podes encontrar-Me nela. A tua força naã o estaá no caminhar, a cada
momento tu estaá s diante a decisaã o de seguir-me ou naã o. Esta eá a segunda cruz, que apenas
alguns conseguem aceitar. Tantos procuram uma cruz excecional ou incomum mas a cruz estaá
no aceitar a quotidianidade da vida. Esta eá a tua vida e a tua cruz. Se a pegares receberaá s
tantas graças e a tua feá aumentaraá velozmente.
Caros Filhos, rezai particularmente pelo aceitar a doença e o sofrimento com amor, como
fez também Jesus.
Pai Nosso… Aveá Maria… Gloá ria…
“Procedei com amor, como tambeá m Cristo nos amou e se entregou a Deus por noá s como oferta e
sacrifíácio de agradaá vel odor.” (Ef 5, 2)
«Este menino estaá aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de
contradiçaã o; uma espada trespassaraá a tua alma. Assim haã o-de revelar-se os pensamentos de muitos
coraçoã es.» (Lc 2, 34-35)
Eu a Mãe, amo-vos a todos. Por isso vos peço, não permitais que o meu coração chore lágrimas de
sangue por aqueles que se perdem no pecado.
Pai Nosso… Aveá Maria… Gloá ria…
“Pelo contraá rio, alegrai-vos, pois assim como participais dos padecimentos de Cristo, assim tambeá m
rejubilareis de alegria na altura da revelaçaã o da sua gloá ria.” (1Pe 4,13)
Não tenhais medo de carregar a cruz. Pois o Meu Filho vos ajudará.
Pai Nosso… Aveá Maria… Gloá ria…
VI Estação - Verónica enxuga o rosto de Jesus
“E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: ‘Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus
irmaã os mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40)
Acolher os gestos de amor sem poder dar nada em troca
Todos me tiraram e todos me abandonaram. Eu estava sozinho na estrada da morte, entaã o Veroá nica se
aproximou com um pano e me enxugou o rosto. Mas sabes como eá que te poderaá s sentir quando
algueá m te fizer um gesto assim? Com comoçaã o e cheio de gratidaã o. Mas naã o tinha nada para lhe dar,
naã o tinha mais nada para aleá m das minhas dores e o meu sofrimento. Por isso dei-lhe a imagem do
meu rosto ensanguentado. EÉ uma cruz permitir que as pessoas te façam bem sem que tu tenhas a
possibilidade de retornaá -lo. Tem a coragem de fazer aquilo que eu fiz, permite-te ficares em deá bito
para com os outros. Naã o eá preciso recompensares tudo. Daá -te a ti mesmo como retribuiçaã o, aceitando
os dons que os outros teê m para te dar. Suportar esta vergonha eá uma porta que te leva ateá Mim. Assim
surge o encontro comigo e assim conheceraá s o Pai, porque nem a Ele poderaá s retribuir tudo aquilo
que te deu. Ele eá uma nascente que gratuitamente deixa escorrer a sua aá gua. Quando alcançares este
passo tornar-te-aá s filho do meu Pai. Toma tambeá m esta cruz de naã o poderes retribuir todo o amor de
Deus, seê como uma criança que experimenta toda a bondade do Pai e da Maã e.
Eu vos agradeço por todos os sacrifícios e chamo-vos ao maior que é o do amor. Sem amor não
podereis acolher nem a mim, nem a meu Filho. Sem amor não podereis dar testemunho da vossa
experiência aos outros.
Pai Nosso… Aveá Maria… Gloá ria…
“Todos os que me veê em escarnecem de mim; estendem os laá bios e abanam a cabeça. «Confiou no
SENHOR, Ele que o livre; Ele que o salve, jaá que eá seu amigo»”. (Sal 22, 8-9)
Recair
Jaá caíá uma vez. Todos me queriam ver forte e independente, mas caíá uma segunda vez. Eu sabia que a minha
Maã e ficaria chocada e que os meus inimigos ficariam ainda mais contra mim. Os meus amigos por desilusaã o se
afastam cada vez mais. A minha debilidade desgostava os outros e eles se perguntavam: “Mas este eá
verdadeiramente Deus?”. Eu tomei eta cruz, pois meu Pai queria mostrar que Ele estaá em mim, e que era mais
forte que todo o oá dio e todo o mal que depositavam sobre mim. Se cais pela primeira vez teraá s sempre uma
desculpa, mas se cais uma segunda vez todos pensam que naã o vales nada. Tu queres __ contra esta cruz, queres
justificar-te, mas isto afasta-te de Mim. Agindo assim naã o daá s testemunho de Mim mas de ti, pois queres apenas
mostrar a tua força. Tem conscieê ncia de que sempre cairaá s, mas que Eu sempre Te aliviarei. E depois te diraã o:
“Olha, precisou de ser ajudado.” Esta eá a seá tima cruz, admitir a tua fraqueza. Naã o tenhas medo de cair, mas
volta-te para Mim. Quando acolheres esta cruz encontrar-me-aá s porque o humano sofre a derrota, mas o
espirito venceraá .
Ele vos ama e por isso vos mete à prova. Oferecei sempre os vossos sofrimentos a Deus e vos preocupeis
com nada.
“Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusaleá m, naã o choreis por mim, chorai antes por
voá s mesmas e pelos vossos filhos; pois viraã o dias em que se diraá : ‘Felizes as esteá reis, os ventres que
naã o geraram e os peitos que naã o amamentaram. Haã o-de, entaã o, dizer aos montes: ‘Caí sobre nós!’ E às
colinas: ‘Cobri-nos!’ Porque, se tratam assim a aá rvore verde, o que naã o aconteceraá aà seca?»” (Lc 23, 28-
31)
“A minha vida mirrou-se na amargura, e os meus anos, em gemidos. A afliçaã o acabou com as minhas
forças; os meus ossos consumiram-se. Tornei-me objecto de escaá rnio para os meus inimigos, de
desprezo para os meus vizinhos e de terror para os meus conhecidos. Os que me veê em na rua fogem
de mim.” (SL 31, 11-12)
“Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo
que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas.” (Is 53,5)
Ser pregado à Cruz
Enquanto carregares a cruz teraá s a possibilidade de deixaá -la, mas uma vez que estaá s pregado a ela, jaá naã o podes
fugir. Ali sabes que a cruz eá o teu destino ateá aà morte. Aceitar isto eá difíácil. Tu gostarias de mandar fora as tuas
cruzes, mas ao mesmo tempo estaá s pregado a elas, porque estas saã o aquilo porque morreraá s. Os homens te
pregaraã o sobre a cruz. Assustas-te ou te abandonas completamente em Mim? Existem cruzes que naã o podes
evitar, tu bem te esforças para as evitares, mas naã o te serve de nada. Por isso deixa esta luta sem sentido e vem
ateá Mim. O morrer comigo significa a vitoá ria. Naã o tenhas medo. Naã o te deixes iludir pela hipoá tese de haver uma
outra possibilidade, as cruzes existiraã o sempre e quanto mais cedo as aceitares mais depressa chegaraá s aà
Ressurreiçaã o. Tu naã o estaá s soá pregado aà cruz, mas tambeá m a Mim e eu alegro-me por isso.
“Poreá m, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e aá gua.” (Jo
19,34)
Morrer na Cruz
Eu vou-me embora deste mundo, mas naã o vou do nada, vou viver num novo mundo. Atraveá s da morte
realizei a vontade de Pai, por isso disse enquanto morria “Pai nas tuas maã os entrego o meu espíárito!”.
Assim realizei o Seu desíágnio. Tu pensas que a morte seja o fim e por isso vives na anguá stia e recusas
pensar nela, mas enquanto naã o a acolheres sentiraá s nas tuas costas um grande peso. Mas quando a
aceitares, acolheraá s tambeá m a vitoria e assim chegaraá s ateá Mim. Enquanto naã o aceitares a tua morte,
Eu estarei longe de ti. Compreende que a estrada que te leva ateá Mim deve passar pela morte porque
esta destrui tudo aquilo que eá pecaminoso e todas as coisas mortais que estaã o em ti. Mas eu destruo a
morte, ela liberta-te de vaá rias cruzes, e Eu te liberto da morte. Pensa nesta morte de cruz como um
dom do Pai, se a recusas, recusas tambeá m o Pai e a Mim. A deá cima segunda cruz eá o cumprir-se da
vida na terra e o iníácio da verdadeira vida.
Caros filhos, oferecei sacrifícios pelas feridas que foram feitas no coração do meu Filho, que foi
ferido através de tantos pecados diferentes.
XIII Estação - Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de sua Mãe.
Caros Filhos, eu vos dou graças particulares vindas da cruz. Aceitai-as e recolhei-as.
Pai Nosso… Aveá Maria… Gloá ria…
XIV Estação - Jesus é colocado no sepulcro
“Em verdade, em verdade vos digo: se o graã o de trigo, lançado aà terra, naã o morrer, fica ele soá ; mas, se
morrer, daá muito fruto.” (Jo 12,24)
Jesus, tu aceitas-te o sofrimento com amor tornando-o um sofrimento libertador. Noá s te agradecemos
pela tua cruz, pelas tuas feridas, pelas tuas treê s horas de agonia. Te damos graças pelas tuas palavras
sobre a cruz, nas quais nos deste Maria como Maã e dizendo “Eis a tua Maã e” (Jo 19,27), nas quais nos
demonstras-te como perdoar dizendo “Pai perdoa-lhe porque naã o sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Nesta hora estamos diante da tua cruz trazendo-te e oferecendo-te todos os nossos sofrimentos: os da
famíália, da igreja e de todo o mundo. Noá s sabemos que Tu, Jesus nos salvaraá s. Maria, que amas junto aà
cruz reza connosco e por noá s. Atraveá s da cruz de Jesus, sinal de salvaçaã o e de cura, Deus nos liberta
das armadilhas do mal, atraveá s da cruz sinal de vitoá ria Deus liberta todos aqueles que estaã o
conquistados pelo mal, atraveá s desta santa cruz Deus nos quer dar todas as graças que necessitamos:
a graça da reconciliaçaã o e da paz, do amor, da feá e da cura. Atraveá s do sinal da cruz nos bendiga e nos
proteja sempre Deus Omnipotente, Pai, Filho e Espirito Santo. Ameá m.