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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBA

PSICOLOGIA

Fábio Anderson da Silva Ramalheiro

RA 6296

RESUMO LIVRO ÉTICA

ARAÇATUBA – SP

2018
Resumo - ÉTICA

Nas relações cotidianas entre indivíduos existem vários conflitos, tais como: devo
fazer isto?, devo falar isto?, devo cumprir o que prometi?, São varias coisas e a
grande questão é que se trata de problemas práticos nas relações efetivas entre
indivíduos que as escolhas de uma afetara nas relações das outras. As
consequências das escolhas não apenas afetam indivíduos, mas sim toda uma
comunicada, uma nação.

Diante disto temos, pois, de uma lado, atos e formas de comportamentos dos
homens que chamamos morais, e, do outro lado, juízos que aprovam ou
desaprovam moralmente os mesmos atos. Tanto os atos quanto os juízos morais
pressupõem certas normas que apontam o que se deve fazer. Diante de um conflito,
um individuo com a ajuda da norma que reconhece e aceita intimamente, o problema
de como agir de maneira a que sua ação possa ser boa, isto é, moralmente valiosa.
A ética poderá dizer-lhe, em geral, o que é um comportamento pautado por normas,
ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo comportamento moral, do qual faz
parte o procedimento do individuo concreto ou o de todos. Os homens, porém, em
seu comportamento prático-moral, não somente cumprem determinados atos, como,
as demais, julgam ou avaliam os mesmos; isto é, formulam juízos de aprovação ou
de reprovação deles e se sujeitam consciente e livremente a certas normas ou
regras de ação.

A ética revela uma relação entre o comportamento moral e as necessidades e os


interesses sociais, ela nos ajudará a situar no devido lugar a moral efetiva, real, de
um grupo social que tem a pretensão de que seus princípios e suas normas tenham
validade universal, sem levar em conta necessidades e interesses concretos. Por
outro lado, se a ética, quando trata de definir o que é o bom, recusa reduzi-lo àquilo
que satisfaz meu interesse pessoal, exclusivo, evidentemente influirá na pratica
moral ao rejeitar um comportamento egoísta como moralmente válido. A função
fundamental da ética é a mesma de toda a teoria: explicar, esclarecer ou investigar
uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. Por outro
lado, a realidade moral varia historicamente e, com ela, variam os seus princípios e
as suas normas. A ética é a explicação daquilo que foi ou é, e não uma simples
descrição. Não lhe cabe formular juízos de valores sobre a prática moral de outras
sociedade, ou de outras épocas, em nome de uma moral absoluta universal, mas
deve, antes, explicar a razão de ser desta pluralidade e das mudanças de moral; isto
é, deve esclarecer o fato de os homens terem recorrido a práticas morais diferentes
e até opostas.

A ética depara com uma experiência histórico social no terreno da moral, ou seja,
com uma série de praticas morais já em vigor e, partindo delas, procura determinar a
essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as
fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os critérios de
justificação destes juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de
diferentes sistemas morais.

A ética é a ciência da moral, isto é, de uma esfera do comportamento humano.

Ética e moral mantem uma relação que não tinham propriamente em suas origens
etimológicas. Moral vem do latim mos ou mores, “costumes” ou “costumes”, no
sentido de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábitos. A moral se refere,
assim, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem. Ética
vem do grego ethos, que significa analogamente “,modo de ser” ou “caráter”
enquanto forma de vidam também adquirida ou conquistada pelo homem. Assim,
portanto, originariamente, ethos e mos, “caráter” e “costume”, assentam-se num
modo de comportamento que não corresponde a uma disposição natural, mas que e
adquirido ou conquistado por hábito.

A ética tende a estudar um tipo de fenômeno que se verifica realmente na vida do


homem como ser social e constituindo o que chamamos de mundo moral; ao mesmo
tempo, procura estuda-los não deduzindo-os de princípios absolutos ou apriorísticos,
mas afundando suas raízes na própria existência histórica e social do homem.

O comportamento moral e próprio do homem como ser histórico, social e pratico isto
é, como um ser que transforma conscientemente o mundo que o rodeia. Que faz da
natureza externa um mundo a sua medida humana, e que, desta maneira transforma
a sua própria natureza. O comportamento não é algo eterno, mas algo que muda,
que se transforma durante a historia do homem. A Ética tem uma relação com outras
ciências como antropologia social e a sociologia. Os indivíduos nascem numa
determinada sociedade, na qual vigora uma moral efetiva que não é a invenção de
cada um em particular, mas que cada um encontra como dado objetivo, social. Ao
ver que a moral que é um conjunto de normas e regras destinadas as relações dos
indivíduos numa comunidade social dada, percebe-se que ela varia historicamente.
Podemos falar da moral da Antiguidade, da moral feudal própria da idade Media, da
moral burguesa na sociedade moderna, etc.

A moral só pode surgir e efetivamente surge quando o homem supera a sua


natureza puramente natural, instintiva, e possui já uma natureza social; isto é,
quando já e membro de uma coletividade. A moral vivida na sociedade muda
historicamente de acordo com as reviravoltas fundamentais que se verificam no
desenvolvimento social.

Uma nova moral, verdadeiramente humana, implicara numa mudança de atitude


diante do trabalho, num desenvolvimento do espirito coletivista, na eliminação do
espirito de posse, do individualismos, do racismo e do chauvinismo; trará também
uma mudança radical na atitude para com a mulher e a estabilização das relações
familiares.

A historia nos apresenta uma sucessão de morais que correspondem as diferentes


sociedade que se sucedem no tempo. Mudam os princípios e as normas morais, a
concepção daquilo que é bom e daquilo que é mau, bem como do obrigatório e do
não obrigatório.

O progresso histórico social cria as condições necessárias para o progresso moral.


O progresso histórico social afeta, por sua vez, de uma ou de outra maneira positiva
ou negativa os homens de uma determinada sociedade sob o ponto de vista moral.

Ética – Adolfo Sanches Vazquez

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