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(VERSÃO PROVISÓRIA)
(VERSÃO PROVISÓRIA)
III
Dedicatória
IV
Agradecimentos
V
O desenvolvimento do programa de trabalhos deste relatório de estágio deu origem à
seguinte publicação (ANEXO A):
VI
Resumo
A população-alvo deste relatório, residente em Vila Real, possui Diabetes Mellitus tipo
2 (DM2) e está incluída no Programa Diabetes em Movimento®, cumprindo todos os
critérios de inclusão no mesmo. Foram recrutados e analisados 3 grupos aderentes
ao Programa de exercício, com idades compreendidas entre os 50 e os 80 anos, a
quem foi pedido que, no final de cada sessão, registassem a sua presença e a
intensidade global do seu esforço, tendo como referência a Escala de Borg. Por outro
lado, os monitores, no final de cada sessão, registaram o total de participantes, bem
como os eventos adversos que ocorreram.
Aquando o encerramento do Programa foram recolhidos todos esses dados para uma
posterior análise estatística e apresentação de resultados. Concluiu-se que em média
foram 19,35 ± 6,31 utentes às sessões do programa e que a percentagem de adesão
média do mesmo foi de 57,12%. A intensidade média das sessões do Programa foi
de 12,54 ± 0,4 e os eventos adversos mais relatados foram: Tonturas - 16;
Hipoglicemias - 11; Quedas - 11; Cansaço – 5.
VII
Abstract
This report aims to: the description of the communitary Program Diabetes em
Movimento®; get to know the various types of exercise to promote healthy aging, or as
healthy as possible; understand the reality of elderly people with the disease, all the
problems associated with this and see which membership levels, the average intensity
and adverse events related to the exercise program. If there is a confrontation between
theoretical and practical information, resulting from a sufficient literary research and
experience as an intern in this program.
The target population of this report, resident in Vila Real, has Type 2 diabetes (T2DM)
and is included in the Program Diabetes em Movimento®, fulfilling all the criteria for
inclusion in it. They were recruited and analyzed 3 adherent groups exercise program,
aged between 50 and 80, who were asked, at the end of each session to register the
presence and the overall intensity of your effort, with reference Borg scale. On the
other hand, the monitors at the end of each session, registered total number of
participants as well as adverse events that occurred.
At the end of the program were collected all this data for a statistical analysis and
presentation of results. It was concluded that on average were 19.35 ± 6.31 users to
program sessions and that the percentage of average membership of it was 57.12%.
The average intensity of the sessions of the program was 12.54 ± 0.4 and the most
frequently reported adverse events were: Dizziness - 16; Hypos - 11; Falls - 11;
Tiredness - 5.
VIII
Índice geral
9
6.5. Algoritmo final das sessões ............................................................................. 43
7.1. Aquecimento.................................................................................................... 45
9. Resultados do programa..................................................................................... 81
CAPÍTULO III – Dor crónica em indivíduos com DM2: Influência do género, idade e
duração da diabetes .................................................................................................. 88
Resumo ..................................................................................................................... 89
1. Introdução ........................................................................................................... 91
2. Metodologia ........................................................................................................ 92
2.3. Procedimentos................................................................................................. 93
4. Discussão ........................................................................................................... 97
11
Índice de tabelas
12
Índice de figuras
FIGURA 7 - ESTAFETAS................................................................................................. 48
13
FIGURA 23 - PONTAPÉ EM PÉ ALTERNADO (POSIÇÃO INICIAL) ........................................... 55
16
Abreviaturas
DM - Diabetes Mellitus
AF - Atividade Física
ẋ – Média
dp – Desvio padrão
17
Capítulo I – Introdução
18
O presente relatório é o produto final dos últimos oito meses de experiência laboral,
de pesquisa científica bibliográfica e de reflexão em torno da problemática: “Existirá
influência do género, idade e duração da diabetes na dor crónica em indivíduos com
DM2?”, mas também o fruto de uma longa caminhada iniciada a 1 de outubro de 2015
com término a 31 de maio de 2016, no Programa Diabetes em Movimento®, em Vila
Real.
Este relatório de estágio aborda um dos problemas de saúde crónicos, mais comum
nas pessoas idosas – a diabetes (DM).1 Neste sentido, no segundo capítulo, é feito
um enquadramento teórico-prático sobre a problemática da diabetes, bem como o
papel do gerontólogo junto da população portadora desta doença crónica. São
também descritas as atividades desenvolvidas no Programa, bem como a
caraterização da população-alvo em estudo, seguindo-se a apresentação dos
resultados globais para a adesão dos utentes às sessões, para a intensidade global
de esforço de todas as sessões e para os eventos adversos.
A componente prática da unidade curricular de Estágio I e II realizou-se, como acima
referido, no Diabetes em Movimento®, no Pavilhão dos Desportos, sito na cidade de
Vila Real.
Inicialmente será apresentada uma breve caraterização da Instituição onde foi
realizado o estágio, bem como do concelho onde está inserida. O objetivo será
compreender melhor a sua realidade e funcionamento institucional, bem como o
contexto socioeconómico em que está inserido, a fim de conhecer o público-alvo,
promovendo uma maior relação com a população idosa e propiciar a
criação/adaptação de melhores respostas às necessidades de saúde da população.
Para uma boa intervenção prática é essencial um conhecimento teórico sobre a
problemática em questão e sobre as características comuns do público-alvo. Neste
sentido, neste mesmo capítulo, estarão abordados alguns autores que dissertaram
sobre o tema da DM e quais as suas teorias.
Segundo a literatura, as doenças crónicas são diversas e de longa duração, podendo
afetar qualquer um dos sistemas fisiológicos e, o facto do seu tratamento médico se
19
restringir apenas ao controlo dos sintomas, prejudicam verdadeiramente a vida dos
indivíduos.2
A DM, enquanto doença crónica, ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente
ou quando o organismo não é capaz de utilizar eficazmente a insulina produzida. 3 A
sua prevalência aumenta muito com a idade, atinge ambos os géneros e todas as
faixas etárias.3-5 Esta é considerada uma pandemia global, por ter prevalência tanto
nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. 6
A DM2, o tipo mais frequente7, surge, habitualmente, depois dos quarenta anos,
podendo ocorrer também noutras idades, apresenta-se, muitas vezes, como uma
patologia assintomática.3,5
Esta doença é responsável pela perda de anos potenciais de vida nos seus portadores
e revela-se como dispendiosa e debilitante. Possui uma alta morbilidade e
mortalidade, ainda que com o aumento da esperança de vida, a pessoa portadora
desta síndrome vê as suas complicações aumentarem, caso não hajam cuidados
específicos.8 Assim sendo, é importante apostar em programas específicos de
educação e que visem fomentar a prática desportiva para esses indivíduos,
incentivando a uma vida ativa e saudável. Sendo de extrema importância a
intervenção de uma equipa multidisciplinar nestas práticas para arranjar estratégias
que promovam o controlo metabólico do utente 9, o gerontólogo deve acompanhar,
avaliar, prevenir e promover este envelhecimento saudável.10
20
variáveis em conjunto nos idosos com DM2 e pelo caráter de análise da dor ser de
cariz subjetivo.
Este estudo tem como principais objetivos: caracterizar a dor crónica e a sua
prevalência em indivíduos com DM2 e analisar a influência do género, idade e duração
da DM2 na dor crónica. Para isso, foi utilizado como instrumento de investigação,
sobre a forma de questionário o Brief Pain Inventory (BPI) e os seus dados foram,
posteriormente, analisados através do software IBM SPSS Statistics 23®.
21
Capítulo II - Enquadramento teórico- prático
22
1. Caraterização do meio envolvente
Vila Real é o concelho que alberga o distrito com o mesmo nome, localizando-se na
Região Norte e sub-região do Douro. Sendo constituído por 20 freguesias (Abaças,
União das Freguesias de Adoufe/Vilarinho de Samardã, Andrães, Arroios, União das
Freguesias de Borbela/Lamas de Ôlo, Campeã, União das Freguesias de
Constantim/Vale de Nogueiras, União das Freguesias de Nogueira/Ermida, Folhadela,
Guiães, União das Freguesias de São Tomé do Castelo/Justes, União das Freguesias
de Mouçós/Lamares, Lordelo, Mateus, Mondrões, União das Freguesias de Vila Real,
Parada de Cunhos, União das Freguesias de São Miguel da Pena/Quintã/Vila Cova,
Torgueda e Vila Marim), possui uma área total de 377 Km2.
Esta cidade situa-se a cerca de 450 metros de altitude, sobre a margem direita do Rio
Corgo, um dos afluentes do Douro, situando-se num planalto envolvido por altas
montanhas, em que avultam as Serras do Alvão e do Marão. Situa-se a cerca de 85
quilómetros do Oceano Atlântico, que lhe fica a Oeste; a 15 quilómetros do Rio Douro,
que lhe corre a Sul, e, para Norte, cerca de 65 quilómetros da fronteira da Galiza,
Espanha.
Conta com uma população de 50.501 habitantes, segundo os resultados dos Censos
de 2011, disponibilizados pelo INE, o que quando comparados aos dados fornecidos
pelos Censos de 2001, onde a população total era de 50.055, nos leva a concluir que
se registou um aumento demográfico nos últimos 10 anos. Segundo a mesma fonte,
em 2015, a população residente encontrava-se distribuída por escalões etários da
seguinte forma: 0 a 14 anos – 6.891; 15 a 64 anos - 33.905 e 65 anos ou mais – 9.706.
23
A nível de desporto e lazer, a população do concelho têm ao seu dispor diversas
associações culturais, sociais e desportivas, adequadas para as diversas faixas
etárias.
2. Caraterização da Instituição
O Diabetes em Movimento® fica situado no Pavilhão dos Desportos de Vila Real. Este
é o equipamento desportivo de referência do município, com um recinto moderno de
caráter polivalente, dotado de várias valências e de treino de diversas modalidades
praticadas nesta cidade. Este fica situado na Avenida Cidade de Orense, é servido
pela rede de transportes da cidade “Urbanos”, e possuí mesmo ao lado o Terminal
Rodoviário, uma base logística das múltiplas empresas de transporte de passageiros
que operam na região.
25
uma sala de imprensa, um auditório, casas de banho e outras salas. O Pavilhão dispõe
de acesso via escadas e via elevadores.
2.1.1. População-Alvo
- Não fumador;
26
3. Diabetes Mellitus
A DM é uma doença crónica cada vez mais frequente na sociedade, que ocorre
quando o corpo não produz insulina suficiente ou não é possível utilizar a mesma,
sendo que a sua prevalência aumenta muito com a idade e atinge ambos os géneros
e todas as faixas etárias.3-5
Devido à sua prevalência tanto nos países desenvolvidos como nos países em
desenvolvimento, é considerada uma pandemia global.6
Esta doença é diagnosticada quando se observam elevados níveis de glicemia, ou
seja, quando se verifica uma grande concentração de glicose no sangue. Ela é
produzida no pâncreas, que tem como função o transporte da glicose da corrente
sanguínea para as células do organismo.5
A DM é desencadeada quando o pâncreas produz quantidades insuficientes de
insulina para atender às necessidades do organismo, ou quando o pâncreas produz
insulina, mas as células são incapazes de utilizá-la eficazmente (resistência
insulínica). Logo, a falta de insulina ou a sua ineficácia, em pessoas com DM, indica
que a glicose permanece em circulação no sangue. A sua presença em níveis
elevados (conhecida como hiperglicemia) origina danos nos diversos tecidos do
corpo, levando ao desenvolvimento de incapacitantes e fatais complicações para a
saúde.5
Em suma, a DM é uma doença crónica degenerativa caracterizada por
anormalidades endócrino-metabólicas, incluindo elevada glicemia em jejum
(hiperglicemia) e elevação das concentrações de glicose sanguínea pós-prandial,
devido a uma menor sensibilidade insulínica nos tecidos alvo e/ou por reduzida
secreção de insulina.11
3.1. Classificação
27
• Diabetes tipo 1: resulta de uma deficiência completa de insulina por destruição
auto-imune das células β produtoras de insulina no pâncreas.
A destruição das células pancreáticas é muito variável, sendo mais célere durante a
infância e mais lenta em adultos. Depois dos 40 anos, há um aumento de glicose em
jejum de cerca de 1 mg/dL pré-prandial e pós-prandial de 8 mg/dl por década, aumento
este explicado pela mudança na composição corporal (aumento da adiposidade e
diminuição de massa magra).12
3.2. Sintomas
A DM2 tem como sintomas: micção frequente; sede excessiva; perda de peso; visão
turva e ainda, em situações mais graves provoca cetoacidose, letargia, coma
hiperosmolar e, na ausência de tratamento, a morte.5
Esta patologia, para que possa ser controlada, exige do doente uma adaptação do
seu estilo de vida, tendo em conta uma alimentação equilibrada, o exercício que se
faz diariamente e a redução da obesidade.3
28
3.3. Fatores de risco
Ainda não há conhecimento exato das causas para o aparecimento desta doença,
contudo há conhecimento de vários fatores de risco, tais como: o excesso de peso,
obesidade, sedentarismo, alimentação não equilibrada, envelhecimento, resistência à
insulina, etnia, história familiar de diabetes, antecedentes de diabetes gestacional e
idade avançada.3,5
3.4. Complicações
Com o passar dos anos, as pessoas com DM podem vir a desenvolver várias
complicações em diversos órgãos, verificando-se que cerca de 40% dessas pessoas
vêm a ter complicações tardias graves da sua doença.14
A diabetes mellitus apresenta complicações crónicas que podem ser do foro vascular
e não vascular.
29
origem a complicações macrovasculares, tais como, a hipertensão arterial, doença
cardiovascular (enfarte agudo do miocárdio), doença cerebrovascular (acidente
vascular cerebral) e doença vascular periférica (membros inferiores) que conduzem
frequentemente a amputações.18
A neuropatia diabética dolorosa é um dos tipos de dor bem conhecidos 21, esta
constitui-se como uma doença debilitante, ocorrendo em cerca de 50% dos pacientes
com DM.22 Os pacientes com DM têm maior prevalência de dor musculo-esquelética
do que a população em geral.23,24
3.5. Prevenção/Tratamento
A forma de prevenir ou tentar reduzir os danos causados por esta doença consiste em
fazer um controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos (gorduras no
sangue), bem como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis, como por
exemplo, retina, rim e coração.
31
farmacológica, que consiste na educação para a saúde, onde se transmita a
importância da prática regular de exercício físico e a importância de uma terapêutica
alimentar.25,26
Muitas vezes este primeiro passo é suficiente para manter a DM controlada, mas
quando não se consegue controlar, apesar do diabético cumprir estas regras, é
necessário fazer o tratamento com comprimidos e, em certos casos, utilizar insulina.
A International Diabetes Federation (IDF)5 fez uma previsão a nível mundial para 2015,
onde refere que 415 milhões de individuos, com idades compreendidas entre os 20 e
os 79 anos, teriam DM, e em 2040, seriam 642 milhões. Já o Observatório Nacional
da Diabetes (OND)3 , no ano de 2014, estimou a existência de 387 milhões de pessoas
com DM, no mundo. A previsão é de que em 2035 este valor subirá para 592 milhões.
É de salientar que o número de pessoas com DM2 está a crescer em todos os países.
32
Ainda a nível mundial, a maior parte de pessoas com DM tem idades compreendidas
entre os 40 e os 59 anos.5 Não menos importante é de referir que 179 de milhões de
pessoas com DM desconhecem que possuem esta doença3 e para a IDF5 193 milhões
de pessoas com DM não são diagnosticadas e, portanto, estão em maior risco de
desenvolver complicações. A estimativa da IDF5, relativamente a 2015, diz-nos que
um em cada onze adultos teria DM; a previsão para 2040 refere que um individuo em
cada dez terá DM e um em cada dois adultos com diabetes não será diagnosticado.
3.7. Mortalidade
33
tecidos do organismo, levando a situações genericamente denominadas como
complicações crónicas da DM.
Segundo a IDF, a nível mundial, a DM2 é a doença com a taxa de mortalidade mais
elevada, notando-se que 5 milhões de pessoas adultas morreram, comparativamente
a outras doenças entre as quais Sida (1,5 milhões), tuberculose (1,5 milhões) e
malária (0,6 milhões).5
A Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu que a DM é uma doença crónica,
debilitante, dispendiosa, associada a complicações graves, o que representa grandes
riscos para as famílias, para os Estados Membros e para o mundo inteiro.14
34
4. Importância do exercício físico no idoso portador de DM2
Mendes et al.30 referem que os programas de exercício para pessoas com DM2 devem
incluir exercícios aeróbicos e de resistência combinada, complementando com
exercícios de flexibilidade, sendo aconselhado um mínimo de 150 minutos por semana
de exercício aeróbio a uma intensidade moderada a vigorosa, complementados por
um mínimo de 2 sessões semanais de exercício resistido.
36
Mendes et al.41,42, referem que os programas de exercício para pessoas com DM2
devem incluir exercícios aeróbicos e de resistência combinada complementados por
exercícios de flexibilidade. Nas recomendações de exercício aeróbio e de resistência,
a intensidade deve variar entre moderada a vigorosa43, ou seja, no exercíco aeróbio,
poderá ir de uma intensidade moderada – que representa 12-13 pontos numa escala
de perceção do esforço variável de 6-20 pontos – a uma intensidade vigorosa - de 14-
17 pontos, nessa mesma escala de esforço percebido.42,44 Contudo, o programa foi
delineado para ter uma intensidade de exercício moderada, tendo em conta que esta
população não fez qualquer tipo de prova de esforço e dadas as possíveis
comorbilidades associadas à DM2.
Assim sendo, os efeitos dos programas de exercício físico regular, que são
desenvolvidos de acordo com as recomendações para indivíduos com DM2 (aeróbico,
resistência e flexibilidade)38 têm uma relação com os principais componentes da
aptidão física, que parece estar bem estabelecida.45-48
37
Figura 1 - Escala de Borg
38
emergência constituída por: monitores de glicemia capilar com respetivas tiras teste e
lancetas de punção; monitor digital de pressão arterial; hidratos de carbono de
absorção rápida e kit de glucagon; ligaduras e diverso material de desinfeção e
tratamento de feridas superficiais. Nas arrecadações do material desportivo está ainda
um pequeno frigorífico com gel de frio para crioterapia.
5.1. Logística
5.2. Material
39
6. Plano de estágio
Este programa foi delineado para ter a duração de 8 meses, com começo em outubro
até fim em maio, com pausa no Verão (junho, julho, agosto e setembro) e para aplicar-
se de forma cíclica durante todos os anos escolares.
40
16h00 ás 17h30), no Pavilhão Desportivo de Vila Real. Se algum destes dias coincide
com algum feriado municipal ou nacional, ou nos dias 24 e 31 de dezembro, estas
sessões não são concretizadas.
6.2. Calendarizações
As sessões de exercício são constituídas por cinco fases, seguindo-se pela seguinte
ordem: Aquecimento; Exercício Aeróbio; Exercício Resistido; Exercício de
Agilidade/Equilíbrio; Retorno à Calma/Flexibilidade.
41
por todos os utentes, sendo que o tempo de execução do movimento e o tempo
restante são controlados pelo líder da sessão ou do exercício);
o exercício agilidade/equilíbrio é diferente;
o exercício de retorno à calma/flexibilidade é sempre igual, com uma sequência
de alongamentos estáticos e dinâmicos efetuados com o apoio de cadeiras (10
segundos posição estática e alongamento dinâmico durante 10 repetições).
Cinco planos de exercício diferentes foram preparados, cada um deles com diferentes
exercícios aeróbicos, resistidos e de agilidade/equilibrio, sucessivamente aplicados
sempre para induzir o estímulo da variabilidade.
Duração Nº de Circuitos
Semanas 1 - 4 1
Semanas 5 - 8 2
Meses 3 - 4 3
Meses 5 - 8 4
A progressão deste foi mais rápida no grupo que estava pelo segundo ano no
programa, pois desde início foi verificado que estes utentes tinham maior aptidão
física, comparativamente aos restantes.
Este tópico será mais aprofundado, com imagens explicativas, no ponto 7. Descrição
das Atividades Realizadas.
42
6.4. Algoritmo do início das sessões
43
5º Arrumar estrado + cadeiras + coluna de som;
As sessões de exercício são constituídas por cinco fases, que foram aplicados,
sucessivamente e rotativamente, em 5 planos de sessão (A, B, C, D, E) para cada um
dos grupos, seguindo-se pela seguinte ordem:
44
7.1. Aquecimento
45
Plano A
Plano B
46
Figura 4 - Marcha das bolas
Plano C
47
Plano D
Figura 7 - Estafetas
48
Plano E
Os exercícios físicos resistidos são exercícios mais lentos com carga, tais como a
musculação com pesos e aparelhos específicos, ou exercícios sem carga onde a
resistência é imposta pelo próprio corpo.53
Esta prática gera grandes benefícios em indivíduos portadores de DM, pois melhora
a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, bem como melhora a força muscular,
proporciona o ganho de flexibilidade e diminui os fatores de risco cardiovasculares.54
49
Os exercícios com pesos são fundamentais nos indivíduos portadores de DM, pois
contribui para o aumento da massa muscular, o que leva a uma maior quantidade de
tecido captador de glicose, mesmo em repouso.55
Plano A
50
Figura 11 - Flexão da perna alternado (posição inicial)
51
Figura 14 - Press militar (posição final)
52
Figura 17 - Flexão do antebraço (posição inicial)
53
Figura 20 - Adução da coxa (posição final)
Plano B
54
Figura 23 - Pontapé em pé alternado (posição inicial)
55
Figura 26 - Remo horizontal (posição inicial)
56
Figura 29 - Coxa para trás alternado (posição final)
57
Figura 32 - Rotação do tronco alternado (posição inicial)
58
Plano C
59
Figura 38 - Apertar bola com joelhos (posição final)
60
Figura 41 - Agachamento (posição inicial)
61
Figura 44 - Tricípites a uma mão (posição final)
62
Plano D
63
Figura 50 - Elevação do joelho alternado (posição inicial)
64
Figura 53 - Tricípites a duas mãos (posição final)
65
Figura 56 - Elevações laterais (posição inicial)
66
Figura 59 - Pontapé sentado alternado (posição final)
Plano E
68
Figura 65 - Encolhimento de ombros (posição final)
69
Figura 68 - Flexão antebraço elevada (posição inicial)
70
Figura 71 - Voos (posição final)
Este tipo de exercícios são essenciais para aumentar o bem-estar quotidiano do idoso,
facilitando a execução das suas tarefas diárias. O desenvolvimento da agilidade por
parte destes indivíduos irá facilitar a capacidade de realizar movimentos corporais
rápidos, com mudanças de direção ou de altura, nos quais normalmente ocorrem
acelerações e desacelerações.57
71
Plano A
Plano B
72
Figura 73 - Jogo das Caixas
Plano C
73
Plano D
Plano E
Duas a três equipas em fila, lado a lado; a bola começa nos primeiros
participantes da fila; passar a bola para trás de acordo com o passe indicado
pelo monitor: pela esquerda; pela direita; por baixo das pernas; por cima da
cabeça; quando a bola chegar ao ultimo da fila, este desloca-se para a frente
da fila e repete, até este voltar a ser o ultimo da fila; realizar uma série por cada
tipo de passe.
74
Figura 76 - Lagarta
Os exercícios devem ser praticados a uma amplitude de movimento que não cause
dor, devem ser lentos e seguidos de alongamento estático.56
76
Figura 81 - Coçar as costas
77
Figura 84 - Cristo
A intervenção deste profissional tem de ser pautada pelo facto de ver o idoso como
um todo, como um ser com identidade própria, que tem de ser respeitado na sua
singularidade, na sua privacidade, nos seus hábitos e rotinas, não o julgando,
78
tomando consciência dos seus sentimentos e valorizado a sua história e percurso de
vida, os seus problemas e as suas fragilidades.58
No fundo, a estagiária era responsável quando entrava na sessão (20 minutos antes
da hora) pelo cumprimentar dos funcionários e levantamento da chave dos armários
na recepção, pela deslocação do material para o espaço e sua distribuição, o
cumprimentar dos utentes que chegavam, colocação e separação das folhas de
presença dos utentes e monitores e plano de sessão na mesa, recolha do material
quando não mais utilizado e sua arrumação, controlo dos aniversários, controlo das
presenças e respetivas notas de esforço da Escala de Borg. Era dada atenção aos
utentes antes, durante e após as sessões, sempre que necessário. Estes papeis
muitas vezes, se necessário, eram partilhados com os colegas. Quando foi necessário
fazer medição da glicemia capilar e da pressão arterial aos utentes, a estagiária ou
outro colega foram capazes de o realizar, tendo havido uma educação prévia para tal.
Também foi feito o controlo da utilização das credenciais dos utentes, bem como da
79
glicemia à chegada dos mesmos e se o calçado que traziam era apropiado à
participação nas sessões.
O gerontólogo, tal como qualquer outro profissional ligado à saúde, têm como função
consciencializar os indivíduos para a importância de um envelhecimento saudável,
incentivando a hábitos e atitudes saudáveis e benéficas60, que contribuam para a
autonomia da pessoa idosa, fortalecendo a relação saúde-doença por intermédio do
exercício físico.61
80
Para isto, é importante fomentar a consciência e a participação dos idosos em
programas comunitários para a sua faixa etária60 que promovam um envelhecimento
ativo e saudável, cabendo a estes profissionais a tarefa de ser meio de comunicação
que transmitam aos idosos as informações pertinentes aos benefícios dos programas
de AF.62
Por vezes, a falta de definição nas políticas públicas e de programas para a promoção
do envelhecimento ativo e saudável faz com que frequentemente os profissionais da
área gerontológica desenvolvam estratégias paliativas e descontinuadas, tais como
atividades físicas sem planeamento ou ministradas por profissionais não capacitados
e desqualificados para o trabalho com idosos. Assim sendo, é fundamental criar e
fortalecer programas em geral, e especificamente de AF para idosos.62
9. Resultados do programa
81
exercício atribuídas pelos mesmos, segundo a Escala subjetiva de esforço de Borg50
e todos os eventos adversos.
Grupo A - 51,60%;
Grupo B - 60,09%;
Grupo C - 59,66%.
= 57,12%
12,54 ± 0,41.
Tonturas: 16 - 34,04 %
Hipoglicemias: 11 - 23,40%
Quedas: 11 - 23,40%
Cansaço: 5 - 10,64%
Suores: 2 - 4,26%
Sensação de cabeça pesada: 2 - 4,26%
Dor no Peito: 1 - 2,13%
Dor de cabeça: 1 - 2,13%
Falta de ar: 1 - 2,13%
Hemorragia nasal: 1 - 2,13%
Náuseas: 1 - 2,13%
Sensação de corpo pesado: 1 - 2,13%
Dor muscular: 1 - 2,13%
Vómitos: 1 - 2,13%.
83
10. Reflexão final
No início, considero a minha participação um pouco tímida, pois tinha um papel mais
secundário e de gestão. Nesta fase de adaptação fui monitorizando a participação dos
utentes dando feedbacks. Com o decorrer do tempo, fui adquirindo um papel mais
ativo, começando a liderar as sessões com normalidade.
Senti também uma motivação generalizada por parte dos utentes, revelando, boa
disposição e simpatia. Quando se verificava alguma quebra nesta motivação, eu ou
os meus colegas dialogávamos com os mesmos, por forma a reverter a situação.
No que concerne aos objetivos gerais traçados inicialmente pelo projeto, considero
que foram atingidos na sua generalidade.
Algumas vezes as sessões foram realizadas noutros locais por ocupação do pavilhão
(Parque Corgo e piso 1 do átrio do pavilhão) no entanto, apesar desta mudança, os
utentes em geral revelaram sempre a mesma motivação. É de referenciar que houve
uma ou outra situação em que os utentes ficaram desmotivados com as condições do
espaço da sessão, pois este tinha demasiado material exterior à mesma e que
causaram alguns constrangimentos à plena execução da sessão. Na qualidade de
84
monitora senti dificuldades em gerir tal situação, pois o espaço estava desorganizado,
mesmo assim resolvi a mesma adaptando o espaço em consonância com o plano de
sessão.
Futuramente, considero que devíamos realizar eventos mais diferenciados, dado que
os utentes no início referiram que os exercícios eram um pouco repetitivos, embora
existam cinco planos de sessão rotativos e algumas atividades tenham sido
modificadas. Com o tempo verificou-se que certos exercícios tinham muitos eventos
adversos ou que nem todos os utentes cumpriam os critérios de êxito. Para colmatar
essas situações, alteramos as regras e mesmo assim quando não funcionaram
tiramos definitivamente a atividade sendo substituída por outra. Assim sendo,
procurou-se sempre selecionar estratégias e atividades que fossem motivadoras e
estimulassem os utentes, respeitando as suas diferenças e as suas aptidões,
procurando sempre inovação e criatividade.
Sendo a motivação dos utentes essencial para o sucesso deste tipo de Programas, é
fundamental sublinhar alguns dos estudiosos da motivação. Na linha que define a
motivação como uma força interna e externa,Samulski64, defende que a motivação se
caracteriza como um processo intencional, ativo e dirigido a uma meta, o qual depende
da relação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos). Noutra
corrente, que considera apenas a motivação interna, Davidof65, acredita na motivação
referente a um estado interno e resultante de uma necessidade que ativa ou desperta
comportamentos, dirigidos ao cumprimento da necessidade ativante. Todavia, a
motivação pode ser originada externamente, conduzindo a uma necessidade interna
de dirigir o comportamento. Para Maggil66 motivo é determinado como alguma força
interior, impulso, intenção, etc. que leva um individuo a fazer algo ou agir de certa
forma. Todo o comportamento é motivado e impulsionado por motivos.67
85
Outra variável que parece ter influência na motivação é a confiança no profissional. A
atenção, os incentivos, a confiança e o monitoramento efetivo aparecem com
destaques, confirmado pelos estudos de Cohen- Mansfield68, que valorizaram não só,
a prática pedagógica, como também a competência do profissional, na prescrição e
monitoramento do exercício, para levar o idoso à autonomia com qualidade e
segurança.67
Neste sentido, e de forma a ir ao encontro dos objetivos dos utentes e sempre focados
nas suas metas, na fase inicial do estágio curricular, houve um período de reuniões
com os utentes, o que permitiu aos mesmos conhecer as especificidades do programa
e a sua posterior adesão. A organização das sessões de exercício foi estabelecida
através da elaboração de planificações, onde para cada sessão foi atribuído um plano
diferente, designados por A, B, C, D e E, que tiveram aplicação sucessiva e rotativa,
segundo as calendarizações estabelecidas.
87
CAPÍTULO III – Dor crónica em indivíduos com DM2: Influência do género, idade
e duração da diabetes
88
Resumo
Resultados: 75 % dos utentes referiram ter dor. Foram verificadas diferenças para a
intensidade mínima de dor e para a intensidade média de dor entre os géneros (valor
de significância 0,05); há ainda diferenças na intensidade mínima de dor na duração
da DM2. Também foram encontradas diferenças a nível da interferência da dor na
disposição e no trabalho normal, para a variável idade. Entre as variáveis categóricas
dor e duração da DM2, verifica-se que os indivíduos que têm maior duração da DM2
relatam maior percentagem de prevalência de dor.
89
Abstract
Objectives: Chronic pain, often associated with aging, is one of the main complaints of
individuals with DM, interfering with quality of life thereof. This study aims to
characterize chronic pain and their prevalence in individuals with middle-aged and
elderly T2DM and analyze the differences between gender, age and duration of T2DM
in chronic pain.
Results: 75% of users reported having pain. Differences were found for the minimum
intensity of pain and average pain intensity between the genders (value of significance
0,05); there are still differences in the minimum intensity of pain in the duration of
T2DM. They also found differences in pain interference level in the layout and normal
work, for the age variable. Between categorical variables pain and duration of T2DM,
it appears that individuals who have longer duration of T2DM reported higher
percentage of prevalence of pain.
90
1. Introdução
Dor pode ser definida como uma experiência ou uma sensação subjetiva e pessoal,
associada a uma lesão real ou potencial nos tecidos, podendo a sensação dolorosa
iniciar em qualquer parte do corpo ou no sistema nervoso central.73 A perceção de dor
é caraterizada como uma experiência multidimensional, com aspetos sensoriais,
afetivos e comportamentais, variando tanto na qualidade como na intensidade
sensorial.74
A dor pode classificar-se como aguda ou crónica, sendo que a primeira, de curta
duração, está associada à lesão do organismo e desaparece com a cicatrização da
lesão. Por sua vez, a dor crónica, considerada um evento complexo de natureza
biopsicossocial, é persistente ou recorrente e não está forçosamente relacionada a
uma lesão no organismo, podendo ser ainda definida como uma experiência sensorial
e emocional desagradável e causada por injúria real ou potencial de um tecido.75
Grande parte da população com mais de 65 anos padece, no mínimo, de uma doença
crónica76,77, sendo frequente que tenha duas ou mais1, que poderão diminuir a sua
autonomia colocando como grande desafio social o dar mais qualidade aos anos de
vida.
Segundo a WHO78, as doenças crónicas mais prevalentes nos idosos são a diabetes,
a hipertensão arterial, cancro, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva
crónica, doenças músculo-esqueléticas, doenças mentais e diminuição da visão.
91
Relativamente à DM, esta é uma doença crónica degenerativa caraterizada por
anormalidades endócrino-metabólicas, incluindo elevada glicemia em jejum
(hiperglicemia) e elevação das concentrações de glicose sanguínea pós-prandial,
devido a uma menor sensibilidade insulínica nos tecidos alvo e/ou por reduzida
secreção de insulina.11 Trata-se de uma doença crónica cada vez mais frequente na
sociedade, que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não é possível
utilizar a mesma, sendo que a sua prevalência aumenta muito com a idade e atinge
ambos os géneros e todas as faixas etárias.3-5
Esta doença é responsável pela perda de anos potenciais de vida nos seus portadores
e revela-se como dispendiosa e debilitante. Possui uma alta morbilidade e
mortalidade, ainda que com o aumento da esperança de vida, a pessoa portadora
desta síndrome vê as suas complicações aumentarem, caso não hajam cuidados
específicos.8 Neste sentido é considerada uma pandemia global, por ter prevalência
tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. 6
Quanto à sua prevalência da dor crónica, em estudos que envolvem idosos, é bastante
diversificada, dependendo das características da população em estudo e da
metodologia utilizada.72
2. Metodologia
2.1. Desenho do estudo
92
uma análise analítica da influência das variáveis idade, género (masculino vs.
feminino) e duração da DM2.
2.2. Participantes
Foi avaliada uma amostra de 48 pessoas com DM2 (30 mulheres, 18 homens; 63,21
± 7,18 anos) candidatas ao programa Diabetes em Movimento ® em Vila Real.41 O
recrutamento foi realizado no Agrupamento de Centros de Saúde Douro I – Marão e
Douro Norte, e no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
2.3. Procedimentos
2.3.1. Variáveis
93
2.3.2. Instrumentos
Para caraterizar a amostra relativamente à variável dor, foi utilizado sobre a forma de
questionário, o Inventário Resumido da Dor – BPI (ANEXO D). Este foi traduzido81,
adaptado e validado para a população portuguesa. É composto por 15 itens que
avaliam a existência, severidade, localização, interferência funcional, estratégias
terapêuticas aplicadas e eficácia do tratamento da dor. Inclui um item dicotómico para
verificação da existência de dor; um item para situar a mesma através do
assinalamento das áreas de dor num diagrama representativo do corpo humano; uma
escala de severidade da dor composta por quatro itens (máximo, mínimo, em média
e neste momento) com escalas numéricas de classificação (de 0 a 10); um item para
registo das estratégias terapêuticas aplicadas; um item que calcula em termos
percentuais a eficácia dos tratamentos aplicados e, por fim, uma escala de
interferência funcional formada por sete itens com escalas numéricas de classificação
(de 0 a 10) que avaliam a interferência da dor nas atividades gerais, humor,
mobilidade, trabalho, relações pessoais, sono e prazer de viver.81 A sua aplicação
decorreu de 2 a 7 de Novembro de 2015 no Pavilhão desportivo de Vila Real.
3. Resultados
Tabela 2 - Resultados das estatísticas de frequência da percentagem de prevalência de dor por género, idade e
duração da DM2
Tabela 3 - Resultados das estatísticas de frequência da percentagem de prevalência de tratamento por género,
idade e duração da DM2
A média de idades dos sujeitos quando recrutados foi de 63,21 ± 7,18 e a DM2 havia
sido diagnosticada em média há 5,48 ± 4,24 anos (tabela 4).
Tabela 4 - Resultados das estatísticas descritivas das variáveis idade e duração da DM2
Variáveis m ± dp
Tabela 5 - Resultados das comparações das médias, através do teste T de Student, das diferentes variáveis da
dor por género, idade e duração da DM2
ẋ ± dp ẋ ± dp ẋ ± dp
Máximo 5,36±2,20 6,56±1,98 ,116 6,24±2,30 6,13±1,85 ,885 5,89±2,1 6,50±2,0 ,389
de dor 4 7
Mínimo 1,64±1,50 3,08±1,98 ,038 2,48±2,27 2,87±1,41 ,560 2,00±1,3 3,28±2,2 ,047
de dor 3 7
Média de 3,27±1,56 4,92±2,00 ,021 4,43±2,20 4,40±1,77 ,967 3,94±1,8 4,89±2,1 ,161
dor 3 1
Dor no 1,09±1,38 2,20±2,74 ,116 2,24±2,43 1,33±2,44 ,279 1,89±1,8 1,83±2,9 ,947
momento 4 8
Atividade 4,45±2,81 5,12±3,67 ,596 5,76±2,88 3,73±3,81 ,077 5,28±3,2 4,56±3,5 ,532
geral 9 7
Disposiç 4,18±3,63 4,60±3,98 ,768 5,62±3,38 2,87±3,94 ,031 4,72±3,8 4,22±3,8 ,701
ão 9 6
Andar a 4,18±3,74 4,16±3,71 ,987 4,81±3,87 3,27±3,26 ,217 4,39±3,8 3,94±3,5 ,721
pé 4 7
96
Trabalho 4,55±2, 88 4,88±3,86 ,799 5,76±3,05 3,40±3,83 ,047 5,50±3,2 4,06±3,8 ,227
normal 2 0
Relações 2,64±3,11 2,08±3,14 ,626 2,62±3,15 1,73±3,04 ,405 2,94±3,4 1,56±2,6 ,182
4 2
Sono 3,27±3,74 4,04±3,71 ,572 3,90±3,54 3,67±3,99 ,851 4,00±3,7 3,61±3,7 ,756
6 0
Prazer 3,18±2,68 3,72±3,52 ,654 4,00 ±3,07 2,93±3,52 ,340 3,56±3,0 3,56±3,5 1,00
de viver 5 4 0
Tabela 6 - Resultados das diferenças através do teste de Qui-quadrado, entre as variáveis género e dor, género e
tratamento, idade e dor, idade e tratamento, duração da DM e dor, duração da DM e tratamento.
Duração da
Género e dor Género e Idade e dor Idade e Duração da DM e
tratamento tratamento DM e dor tratamento
4. Discussão
Este foi um estudo que visou investigar as diferenças entre género, idade e duração
da DM na dor crónica em indivíduos com DM2 que habitam em Vila Real, aderentes
ao programa Diabetes em Movimento®.
Setenta e cinco porcento dos utentes reportaram dor. Verificaram-se diferenças para
a intensidade mínima de dor e para a intensidade média de dor entre os géneros (a
97
intensidade destas é superior nas mulheres); há ainda diferenças na intensidade
mínima de dor na duração da DM2, esta apresenta uma média superior para a maior
duração da DM2. Também encontraram-se diferenças a nível da interferência da dor
na disposição e no trabalho normal, para a variável idade (a intensidade destas é
superior nos utentes de meia-idade). Quanto às variáveis dor e duração da DM2,
existem diferenças, que revelam que os indivíduos que têm maior duração da DM2
relatam maior percentagem de prevalência de dor.
O método utilizado para avaliação da dor foi o BPI, este é um questionário rápido e
simples, com uma perspetiva multidimensional87-90 de boas propriedades
psicométricas88-92, e com uma crescente utilização em contexto clínico e de
investigação.81 Como mostram as evidências, é um instrumento válido na deteção,
acompanhamento e caracterização da dor87,92, podendo a sua qualidade e importância
ser demonstradas pelas várias versões validadas93-103 e por este ser recomendado
por vários grupos na área da medição e avaliação da dor.81,91
Os aspetos positivos deste estudo são o facto de ser um programa de terreno, com
reduzidos custos de aplicação, simples e rápido de aplicar e de ser altamente
replicável em outras instituições (lares, centros de dia, projetos comunitários, etc).
98
O presente estudo apresentou algumas limitações, como o tamanho restrito da
amostra (48 utentes), o facto de o mesmo ser apenas transversal e de se verificar
distribuição desigual entre géneros. O facto de existem vários questionários para a
mensuração e avaliação da dor, mas nenhum específico para a população idosa,
também poderá ser considerado uma limitação.104,105
Os idosos relutam referir a dor devido à crença de que esta é parte natural da idade
avançada, porque a aliam a doenças graves, ou até mesmo, à morte. No entanto, há
motivos que contribuem para que estes não mencionem a ocorrência de dor, como o
medo de submeterem-se a métodos diagnósticos, ao uso de medicamentos com
efeitos indesejáveis, ou como receio de perda da autonomia e da independência. A
identificação da dor nos idosos é também dificultada devido a défices sensoriais ou
cognitivos.105,106
Futuramente, para colmatar estes aspetos menos positivos, seria importante numa
próxima intervenção deste estudo: intervir junto dos utentes para serem o mais fiéis
possível ao que sentem, transmitindo-lhes que se trata apenas de um estudo, que
quanto mais verdadeiras forem as respostas mais realistas serão as conclusões, e
que em nada terá consequências para os mesmos; tornar a amostra o mais
abrangente possível, alargando este estudo à comunidade portadora da doença;
aplicar este questionário em dois momentos de avaliação (antes das sessões do
Programa de exercício iniciarem e no final) e comparar a influência do exercício físico
em todas estas variáveis, de forma a não ser um estudo tão limitado no espaço e nas
variáveis estudadas.
Nao foram encontrados estudos sobre a prevalência de dor crónica nas variáveis
género, idade e duração da DM2 em conjunto, nem sobre dor crónica e duração da
DM2. Frequentemente outros estudos falam de outras variáveis que não estas.
99
5. Conclusões
Este estudo revelou que os utentes com DM2, em geral apresentam uma alta
percentagem de prevalência de dor. Os indivíduos com maior duração da doença
relatam maior percentagem de prevalência de dor. A intensidade mínima e média de
dor tem uma maior prevalência no género feminino, bem como a intensidade mínima
de dor é mais prevalente quanto maior a duração da DM2. A interferência da dor na
disposição e no trabalho normal, tem maior prevalência para os utentes de meia-
idade.
100
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110
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
Escola das Ciências da Vida e do Ambiente
Departamento de Ciências do Desporto, Exercício e Saúde
ANEXOS
111
ANEXO A
112
113
114
115
ANEXO B
Proposta de Admissão
116
117
ANEXO C
Calendarizações
118
119
120
121
122
123
124
125
126
ANEXO D
127
128
129
130