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31. “Contemplando uma cascata, acreditamos ver nas que está me esperando pro jantar /E me beija com a
inúmeras ondulações, serpenteares, quebras de ondas, boca de café Todo dia eu só penso em poder parar/ Meio
liberdade da vontade e capricho; mas tudo é necessi- dia eu só penso em dizer não / Depois penso na vida
dade, cada movimento pode ser calculado matemati- pra levar / E me calo com a boca de feijão” (Cotidiano -
camente. O mesmo acontece com as ações humanas; Chico Buarque)
poder-se-ia calcular antecipadamente cada ação, caso
As duas letras podem ser associadas a ideias dos filó-
se fosse onisciente, e, da mesma maneira, cada pro-
sofos gregos Heráclito e Parmênides, que viveram no
gresso do conhecimento, cada erro, cada maldade.”
século VI. a.C. Assinale a alternativa que apresenta, cor-
(NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano.
retamente, a ideia destes filósofos.
Um livro para espíritos livres. São Paulo: Cia das Letras,
2006.) A) Parmênides defendia que o ser é único, mutável
A partir desta citação de Nietzsche, o livre arbítrio pode e imóvel.
ser considerado um erro, pois: B) Heráclito defendia a ideia de um mundo con-
tínuo, em constante movimento, onde nada per-
A) Os homens foram considerados livres para
manece idêntico a si mesmo.
poderem ser julgados, ser punidos.
C) Heráclito afirmava que o nosso conhecimento
B) Os seres humanos, por não terem dignidade,
sensitivo das coisas nos dá uma ilusão do movi-
não são capazes de alcançar o sentido do livrear-
mento, uma aparência.
bítrio.
D) Heráclito afirmava que mesmo que o homem en-
C) Os sacerdotes à frente das velhas comunidades,
tre em um rio mais de uma vez, a essência não é
não desejaram criar para si o direito de impor
modificada.
castigos ou passar para Deus este direito.
E) Parmênides defendia a divisão do universo em
D) Apesar da doutrina da vontade ter sido inventada
dois pólos, ou seja, do “ser” e do “não-ser”.
com o objetivo da punição, a Igreja conseguiu re-
tirar esta culpa sobre o homem. 33. “O aparecimento da polis constitui, na história do
E) Os teólogos, que partem do conceito de “or- pensamento grego, um acontecimento decisivo. Cer-
dem moral do mundo”, já não “continuam a em- tamente, no plano intelectual como no domínio das
pestear” a ideia de inocência do vir a ser ligado àinstituições, só no fim alcançará todas as suas conse-
culpa e ao castigo. quências; a polis conhecerá etapas múltiplas e formas
variadas.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pen-
32. Leia com atenção os trechos das músicas abaixo:
samento grego. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil
“Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um S.A., 1989.)
dia/ Tudo passa/ Tudo sempre passará/ A vida vem em
ondas/ Como um mar/ Num indo e vindo infinito Tudo Segundo Vernant, o advento da polis inaugura uma
que se vê não é/ Igual ao que a gente/ Viu há um segun- importante invenção que, por ela, a vida social e as
do/ Tudo muda o tempo todo/ No mundo Não adianta relações entre os homens tomaram uma nova forma
fugir/ Nem mentir/ Pra si mesmo agora/ Há tanta vida e contribuiu para o nascimento da filosofia. Assinale
lá fora/ Aqui dentro sempre/ Como uma onda no mar/ a alternativa que apresenta esta invenção destacada
Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar” pelo autor como preeminente e por excelência sobre
(Como uma onda - Lulu Santos e Nelson Motta) todos os outros instrumentos de poder surgidos com a
polis:
“Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às seis
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual /E me A) A redação das leis, que ao escrevê-las retira-se a
beija com a boca de hortelã Todo dia ela diz que é pra autoridade privada dos basileis, cuja função era
eu me cuidar /E essas coisas que diz toda mulher /Diz dizer o direito.
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II - A “repetição criativa” deve ter lugar no ensino e na istério do homem exterior. Eu, homem interior, dotado
aprendizagem. de uma alma, soube disso por meio dos sentidos de
meu corpo."
III - O que a filosofia repete é um conhecimento deter-
minado e não a alteração da continuidade do que “se V - Alguns, com efeito, acreditaram que Deus fosse um
diz”. corpo. Mesmo que defendamos que todos entendem a
palavra “Deus” neste sentido, isto não significa que rep-
IV - O professor precisa criar as condições para que os
resentem a existência desta coisa como real e não como
alunos consigam, por si mesmos, desenvolver a identi-
apenas uma representação mental." Correspondem ao
dade do interrogar e da vontade saber.
pensamento de Santo Agostinho, o que se afirma ape-
A respeito dessas afirmativas, assinale a opção correta. nas em:
II - Parece-nos que a existência de Deus é evidente. Com IV - ser responsável, ou seja, reconhecer-se como autor
efeito, denominamos verdades evidentes aquelas cujo da ação, independente dos efeitos e as consequências
conhecimento está em nós naturalmente, como é o dela sobre si e sobre os outros, sem responder por elas.
caso dos primeiros princípios."
V - ser livre, ou seja, ser capaz de oferecer-se como
III - Vi claramente que todas as coisas boas podem, en- causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações.
tretanto, se corromper, e não se poderiam corromper Autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de con-
se fossem sumamente boas, nem tampouco se não duta. Das condições citadas acima, estão corretas, se-
fossem boas. Se fossem absolutamente boas seriam gundo Chauí:
incorruptíveis, e se não houvesse nada de bom nelas,
A) I, III e IV.
não poderiam se corromper."
B) II, III e IV.
IV - Não somos Deus, mas foi Ele quem nos criou. O C) II e V.
homem interior conheceu esta verdade através do min- D) II e III e IV.
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KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo, Abril E) Afirmativas II e III.
Cultural, 1979. (Col. Os Pensadores)
Três importantes correntes filosóficas foram apontadas 43. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na área
nos excertos acima. Estas buscam entender de onde de Ciências Humanas e Sociais aplicadas, é integrada
se originam o conhecimento, as ideias, os conceitos e pela Filosofia, Geografia, História e Sociologia. Esta
as representações. Assinale a alternativa abaixo que propõe a ampliação e o aprofundamento de conheci-
apresenta, respectivamente, os excertos e as correntes mentos essenciais desenvolvidos no ensino fundamen-
filosóficas representadas. tal até o 9º ano. Organizado de maneira a tematizar e
problematizar, no ensino médio um dos seus temas é:
A) I. Apriorismo II. Empirismo III. Racionalismo
“indivíduo, natureza, sociedade, cultura e ética”. Sobre
B) I. Racionalismo II. Empirismo III. Apriorismo
este TEMA, a BNCC, prevê:
C) I. Racionalismo II. Apriorismo III. Dogmatismo
D) I. Empirismo II. Apriorismo III. Racionalismo
E) I. Racionalismo II. Empirismo III. Dogmatismo I - Uma relação com a questão que a tradição socrática
introduz: o que é o ser humano?
42. “As proposições fatuais são, pois, o fundamento
de todo saber, mesmo que elas precisem ser abandon-
adas no momento de transição para afirmações gerais. II - A análise, compreensão e comparação de diferentes
Estas proposições estão no início da ciência. O conheci- sociedades, sua cultura material, sua formação e de-
mento começa com a constatação dos fatos.” SCHLICK, senvolvimento no tempo e no espaço.
Moritz. Sentido e Verificação. São Paulo: Abril Cultural,
1973. (Coleção Os Pensadores) A citação acima compõe III - Aprender a viver em sociedade submetendo-se a
ideias de um grupo de cientistas que marcou a filosofia processos de socialização, ou seja, processos de incor-
da ciência, conhecido como Círculo Viena. A partir das poração e internalização de valores, papéis e identi-
ideias defendidas por este grupo de cientistas de diver- dades.
sas áreas, leia as afirmativas abaixo.
I - Ficou acordado que a filosofia e a teologia não po- IV - O entrelaçamento entre questões sociais, culturais
diam ostentar validade cognoscitiva, pois não havia e individuais possibilita o aprofundamento, no ensino
uma ligação interdisciplinar entre elas. médio, da discussão sobre ética.
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45. Leia com atenção o trecho e observe a imagem Filósofos franceses, como Michel Focault, Jacques Der-
abaixo: rida e Gilles Deleuze, ao dedicarem seus estudos à
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história da filosofia, da sociedade, da ciência, das artes a Matrix. Uma inteligência artificial que destruía a
e das técnicas, afirmaram que a razão é histórica, de- inteligência humana, porque, para se manter, sug-
scontínua e muda temporalmente. Assinale a afirma- ava a energia gerada pelo sistema nervoso central
tiva que contenha a corrente filosófica que influenciou dos humanos. Chauí (2010), em seu livro Convite à
estes filósofos a enxergarem a história desta forma. Filosofia, estabeleceu um paralelo entre Neo e o filó-
sofo Sócrates. A partir desta comparação, pode-se afir-
A) Naturalismo
mar que: Sócrates costumava dizer que um espírito
B) Racionalismo
interior o movia, o instigava, diferente do que aconte-
C) Estruturalismo
ceu com o personagem Neo.
D) Empirismo
E) Apriorismo A) Os combates travados por Neo não podem ser
47. O filósofo inglês Francis Bacon (1561 - 1626), desen- considerados de caráter mental ou de pensa-
volveu uma teoria conhecida como a teoria dos ídolos. mento, diferente de Sócrates, que enfurecia os
Segundo ele, existem tipos de ídolos ou de imagens que poderosos de Atenas.
contribuem para formação de opiniões cristalizadas B) O papel do oráculo no filme, assim como o
e preconceitos, que dificultam o alcance do conheci- oráculo de Delfos possibilitou a Neo e a Sócrates,
mento da verdade. respectivamente, a compreensão da imanência.
C) Sócrates, acreditava que um espírito interior o
A partir dos tipos de ídolos apresentados por Bacon, levava a seguir as aparências e por meio delas
assinale a alternativa que contenha o tipo que melhor procurar a verdade das coisas.
se relaciona com a imagem abaixo: D) Filho de parteira, Sócrates, se via como alguém
que ajudava no nascimento das almas, auxil-
iando as mentes a libertarem-se das aparências.
No filme Matrix (1999), o personagem Neo (Keanu Pitágoras (570 - 495 a.C) apresentou um posiciona-
Reaves) era visto como o escolhido e capaz eliminar mento que relacionava o filósofo e as pessoas que com-
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A) III; IV
B) IV
C) I; II