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COLLECÇÃO
LEGISLAÇÃO PORTUGUEZA
DEs D E A ULTIMA co M PILAÇÃo D As
O RDENAÇOES,
R E D E G ID A
PELO D Es EM BAR G A D O R
ANTONIO DELGADO DA SILVA,
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L I S B O A:
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NA TY PO GRAFIA MA IGR E N S E.
ANNO l 830.
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Dec. dº 14 de Jul -
de 1679.
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I N D I C E.
A N N O D E 175 0.
A N NO D E I 7 5 2.
ANNO DE 1 7 8 3.
Janeiro 8 Decreto declarando o Conselho da Fazenda Jui
zo privativo sobre Presas
Março 24 Assento para se continuar em os mesmos autos
a execução da sentença depois de liquidada...
30 Alvará para se pagar aos Correios hum por cen
to pelas remessas...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Crime. . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • } 66
Setembro - 4 Decreto para o Procurador da Fazenda ser ou
vido nas Causas da Patriarcal, que se trata
rem na Casa da Supplicação............... 167
6 Alvará de confirmação dos Privilegios dos Cor
tadores, e Esfoladores..................... •
167
Outubro 2 Alvará fazendo caso de devassa a publicação de
Satyras, e Libellos famosos........ I 68
Novembro 5 Decreto para se sentenciar dentro de hum mez,
em o Juizo da Coroa, huma Causa de reivin
dicação..... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • } 69
12 Alvará approvando,
rendimento da pesca das Baleas............. l 69
28 Decreto regulando as épocas das sahidas das
Frotas do Brazil. -. . . . . . . . . . . . . ........... • I 73
29 Alvará declarando o Regimento da Alfandega
do Tabaco de 16 de Janeiro de 1751......... |172
Dezembro 10 Portaria da Junta dos Tres Estados com a Re
solução de 17 de Novembro deste anno ácer
ca do cabimento das Tenças............... I 76
29 Alvará de Regulamento dos Ordenados dos Ve
dores, Conselheiros, e Oficiaes da Fazenda. " 176
VI 1754
A NNO DE 1 754.
A N N o D E 17:5.
Janeiro Portaria da Junta dos Tres Estados com a Re
solução de 16 de Dezembro de 1754......... 346
25
Alvará declarando o Capitulo VI., e X, da Lei
de 3 de Dezembro de 1750 ácerca da cobran
ça dos Quintos........................... 346
25 Alvará sobre a partida, e tornaviagem das Fro
tas do Brasil............................. 347
Fevereiro Decreto para que na Meza dos Aggravos da Ca
sa da Supplicação se decidão as questões ácer
ca da antiguidade dos Ministros............ 349
VIII 1755
">
400
Alvará isentando de direitos as madeiras vindas
do Brasil em embarcações Portuguezas...... 401
Decreto regulando o Plano das Praças e Casas
de Lisboa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 |
Dezembro Decreto prohibindo o alterar o preço do aluguer
das Casas em Lisboa................. • • • • • 402
Alvará prohibindo o irem Commissarios volantes
ao Brasil................ • • • • • • • • • • • • • • • • • 404
|0 Edital para que as peças que se encontrarem
no incendio do Terremoto irem para o Depo
sito Geral. . . . . . . . . . . ..................... 406
30 Edital prohibindo levantarem-se casas em Lis
boa sem finalizar o Tombo, e medição das
incendiadas..................... • • • • • • 406
1756 IX
A NNO DE 1 75 6.
A N N O D E 1757.
502
14 Decreto declarando que á Junta do Commercio
pertence decidir, se as fazendas são, ou não
prohibidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 502
15 Alvará prohibindo suspender-se a viagem de Na
vios principiados a carregar, por embargos,
ou pinhoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 503
|6 Carta Regia isentando de direitos o pão que en
tra de Castella........................... 504
19 Decreto regulando a fórma da arrecadação dos
direitos do Carvão, e Lenha............... 505
20 Edital prohibindo a exportação de Courama
verde......... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 506
22 Decreto estabelecendo ao Juiz da Balança da Al
fandega de Lisboa novo Ordenado alem do
que leva pelo Alvará de 29 de Dezembro de
1753. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 506
25
propriedades para as Obras de Agoas-Livres. $07
Maio Directorio para as Povoações dos Indios do Pa
rá, e Maranhão.......................... 507
Resolução prohibindo varios generos estrangei
ros: N. B. Vai no Edital de 24 do corrente.
Alvará ampliando a Lei dos Depositos; e para
os não haver na mão dos particulares........ 530
12 Alvará prohibindo o apenarem-se, ou embarga
rem-se os materiaes necessarios para obras... 53I
|6 Alvará permittindo entrar com fundos vincula
dos nas Companhias de Commercio......... 533
24 Edital com Resolução de 3 do corrente mez... 533
Junho lO Alvará declarando a preferencia das soldadas
dos Marinheiros entre os mais credores dos
534
10 Alvará facultando á Junta do Commercio a no
meação de Meirinho, e Escrivão da sua
Vará. . . . , • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
XII 1757
Outubro 24
Decreto para as peças de seda fabricadas no
Reino serem selladas na Alfandega, e livres
de direitos...................... • • • • • • • • • 557 |
26 Alvará ácerca da terça dos Denunciantes de fa
zendas de contrabando.................... 558
29 Decreto para se levantarem no Algarve cinco
Companhias de Dragões............ • • • • • • • 559
Novembro Alvará ácerca dos arrendamentos por dez, e fº
II) alS BI)I1OS. . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • 560
12 Alvará mandando preferir na carregação das fro
tas os navios fabricados no Brasil........... 561
|4 Alvará ampliando os §§. 5. 6. e 7. do Cap. XVII.
uos Estatutos da Junta do Commercio sobre
os Contrabandistas...................... • 562
|3 Decreto ácerca da medição do Sal, que se car
rega para o Brasil........ • • • • • • • • • • • • • • • • • 566
19 Decreto para que aos Estrangeiros vagabundos,
e desconhecidos se não dê licença, para ven
derem pelas ruas......................... $ 67
2l Decreto para que o dinheiro que vem do Brasil
nas Frotas ir em Cofres á Casa da Moeda... 569
Dezembro 13 Estatutos dos Mercadores de Retalho......... 570
}6 Alvará approvando os Estatutos dos Mercadores
de Retalho........................ . . . . . . . 580
16 Decreto nomeando Intendente, Deputados, Pro
curadores, e Escrivão para a Meza do Bem
Commum..................... • • • • • • • • • • •
A NNO DE 1 7 5 8.
A N N O D E 1759.
}
Março Decreto derogando o de 14 de Setembro do an
no antecedente, para se poderem exportar
até setecentas caixas de assucar............ 648
12 Decreto ácerca das Capatazias, e homens do
trabalho da Alfandega do Tabaco, e do As
14 Decreto mandando edificar casas para teares de
seda no sitio das Agoas-Livres.............
28 Alvará declarando o de 14 de Abril de 1757
ácerca dos preços dos fretes dos couros vin
dos do Brasil...................... . . . . . . .
Abril Decreto isentando do direito do hum por cento
os cabedaes da Thesouraria Geral da Cruza
da remettidos do Ultramar................. 6 62
ll Alvará creando a Cidade de Aveiro: N. B. Vai
incluido na Lei de 25 de Julho deste anno.
19 Estatutos da Aula do Commercio confirmados
pelo Alvará de 19 de Maio deste anno: N. B.
Fão juntos ao Alvará.
20 Edital ácerca da reedificação da Cidade de
Lisboa........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
ANNO DE 1760. #
A N N O D E 176 1.
17 ''; }
Lei regulando os Dotes das Filhas das Pessoas }
A NNO DE I 7 62.
Janeiro $
Alvará concedendo ás Embarcações Portugue
zas que forem carregar sal a Setubal, o pode
rem ali desembarcar as fazendas, que qui
ZGSSCII) . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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ANNO D E 1750.
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem, que sen
do-me presente não bastavão para congrua sustentação dos Desembarga
dores do Paço, Casa da Supplicação, e do Porto, e mais Ministros de
Justiça os ordenados, e emolumentos, que em diversos tempos lhes fo
rão taxados, pela carestia, a que tem subido todos os generos ; e por
convir ao serviço de Deos, e Meu, e bom despacho das partes, que os
referidos Desembargadores, e Ministros tenhão o necessario para se tra
tarem decentemente , e com independencia : Hei por bem que do pri
meiro de Janeiro deste anno de mil setecentos e sincoenta em diante se
jão os ordenados, e emolumentos na fórma seguinte.
Os Desembargadores do Paço haverão de seu ordenado quatrocen
tos mil réis, e cincoenta pelas assignaturas dos papeis; em que se pro
hibe outro algum emolumento ; e cada hum que for Juiz, ou assignar,
levará das revistas nove mil e seiscentos: das Cartas de legitimação de
filhos adulterinos, sacrilegos, e incestuosos, tres mil e duzentos réis, e
dos filhos puramente naturaes mil e seiscentos réis: dos Supprimentos de
idade quatrocentos réis: das licenças para espingardas, ou outras armas,
oitocentos-réis: das Provisões para prova de direito commum, appellar,
ou aggravar , e commissões em fórma , duzentos e quarenta réis : das
Emancipações , trezentos réis : das Provisões para terras coimeras, e
Privilegios para se não imprimirem livros, ou outros inventos, oitocen
tos réis; das Provisões para os Clerigos possuirem bens em reguengos,
mil e duzentos réis; e para os comprarem para si, na fórma da Lei,
quatrocentos réis: da dispensa da Lei para as Igrejas possuirem bens de
raiz, mil e seiscentos réis : das Cartas de administração de Capellas,
mil e seiscentos réis: dos Alvarás de fiança, e suas reformações, e das
Cartas de Seguro, quatrocentos reis : das Cartas de Oficios, e Confir
mações dos appresentados pelos Donatarios, seiscentos réis : dos Provi
mentos para as serventias, cento e vinte: das Cartas para Escrevente,
2 1750
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dados, cincoenta réis; das Vestorias o mesmo, que os Desembargadores
de Aggravos; das Inquiridorias de testemunhas, a requerimento de Par ºlá
te, cincoenta réis por cada huma; das Sentenças de absolvição de ins ##
tancia, Artigos de habilitação, Declinatorias, Justificações, e Excep #
ções, que se lhe fazem conclusas, levarão a mesma assignatura, que #Vºtº
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1750 9
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EU ELREI Faço saber aos que este Meu Alvará virem , que tendo
consideração ao que Me representou o Correio Mór do Reino para efei
to de lhe haver de crear no seu Oficio hum Meirinho, e Escrivão, pa
ra que estes com mais diligencia e brevidade de que , a que se experi
mentava nos Oficiaes do Geral, podessem fazer todas as diligencias per
tencentes ao seu Oficio, e executar as ordens , que o Supplicante pelo
seu Tenente mandar passar, e para haverem de ser prezos, quando por
sua omissão , e negligencia o merecerem , os Tenentes assistentes de
todas as terras, Oficiaes dos Correios, Mestres de Postas, seus Posti
lhões , Pioens, Correios, e todas as mais pessoas de sua Jurisdicção,
para que assim com mais satisfação , e eficacia se satisfizesse ao Meu
Real Serviço, e ao bem commum das partes : E visto seu requerimen
to, resposta do Meu Procurador da Corôa, informações, que se mandá
rão formar pelos Desembargadores Luiz Borges de Carvalho, e Gonçalo
José da Silveira Preto , e o mais que Me foi presente em Consulta do
Meu Desembargo do Paço: Sou Servido crear os dous Oficiaes de Mei
rinho e Escrivão, que o Supplicante pede: E Hei por bem conceder-Lhe
faculdade, e jurisdicção a elle Correio Mór, e a seus Successores no di
to Officio, para poderem nomear o tal Meirinho, e Escrivão, não poden
do estes fazer outra alguma diligencia mais do que as que pertencerem
ao expediente do Oficio do Correio Mór, sendo pagos de seus ordena
dos pela fazenda do mesmo Supplicante: E outro sim; Hei por bem, que
as pessoas mandadas por elle prender , ………… delle a Mim na mes
1O 1750
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•
Pou justas razões, que me forão presentes: Hei por bem, que o Des
embargador Ignacio da Costa Quintella , na fórma da Commissão, que
Fui Servido dar-lhe sobre a casa do Marquez de Louriçal, sentenceie
no termo prefixo de tres mezes todas as dependencias, que correm en
tre o dito Marquez, e Agostinho da Silva, sobre o arrendamento de hu
m a casa, que servio de Opera com outras adjacentes , procedendo logo
a sequestro em todos os rendimentos das mesmas casas, de sorte, que
no mesmo termo acima declarado, se execute a Sentença, que tem ha
vido , e as mais, que houver ; e se o dito Agostinho da Silva impedir
calumniosamente a execução , será preso, até que se finalize na fórma
da Lei. O Duque Regedor, o tenha assim entendido, e o faça cumprir,
sem embargo de qualquer Lei , ou Ordem em contrario. Lisboa 21 de
Fevereiro de 1750. = Com a Rubríca de Sua Magestade.
Regist. na Casa da Supplicação no Livro XIV, dos De
cretos a fol. 59 vers.
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rá mais visinho, o que não póde ter lugar aonde ha Relação, e mais =tº
quando, não obstante a dita Folhinha das Alçadas, sempre assim se pra
ticou, e actualmente conhece o dito Juiz da Chancellaria das suspeições
postas aos Escrivães, e com maior razão o deve ser tambem do Juiz, e
assim se determinou. Porto 9 de Junho de 1730. Como Governador, =
Emauz. = Barrozo. = Santhiago. = Barreto. = Menezes. = Doutor
Dias. = Machado. = Torres. = Azevedo. = etc.
•
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Regist,
Livro na
das Chancellaria Mór edaimpr.
Leis, a fol. 153, Córte, e Reino no
avulso. •
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Terras lhe deve nomear substituto, por não haver sobre esta prerogati
va clausula alguma expressa em as suas doações: Sou Servido fazer-Lhe
no caso, que por ellas lhe não pertença , nem ao seu Conselho a referi
da prerogativa, mercê especial della, para que daqui em diante se lhe
não dispute a faculdade de poder o mesmo Conselho nomear quem sirva
de Ouvidor das Terras nos impedimentos do Proprietario: E por quanto
na referida dúvida , e com a incerteza da sua Jurisdicção, não podia
validamente nenhum dos dous Ouvidores, que se nomeárão exercitar
acto algum judicial: Hei por bem attendendo á utilidade pública, e erro
commum, validar tudo o que obrou o Ouvidor nomeado pelo Duque Re
gedor; e Ordeno, que o Chanceller da sua Casa, passe pela Chancella
ria, todos os papeis, que se achão impedidos pelo referido defeito: E á
Rainha Minha Mãi e Senhora mandei fazer presente esta Resolução, que
o Duque Regedor terá entendido, e fará executar pela parte, que lhe !
toca. Lisboa 25 de Agosto de 1750. = Com a Rubríca de ElRei.
* }kº42"?k=}
EU ELREI Faço saber aos que este Regimento virem , que tendo
consideração a ser conveniente, que os Escrivães de Minha Camera d'an
te os Desembargadores do Paço sejão provídos de sallarios competentes,
quaes não são os que em outros tempos lhe forão conhecidos, mandei ver
esta materia pelos mesmos Desembargadores do Meu Conselho; e porque
me consultárão ser congruentes os sallarios abaixo declarados: Hei por
bem , que os ditos Escrivães os possão levar daqui em diante na fórma
seguinte.
Quanto aos Escrivães da Mesa, e repartição das Justiças.
Levará de cada huma das Cartas, que se passarem aos Juizes de
Fóra da primeira intrancia, mil e duzentos réis.
Das que se passarem aos Juizes de Fóra das Cabeças das Comar
cas, mil e seiscentos réis.
Das Cartas de Ouvidores, e Auditores geraes, que não tiverem
outro predicamento, pelo qual se haja de regular o sallario, levará dous
mil e quatrocentos réis. •
# ºk…>…ºk-+
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem: Que ten
do consideração a se Me representar pela Meza do Meu Desembargo do
Paço, que para evitar-se os grandes damnos, que em todas as terras destes
einos commettem os damninhos, e formigueiros, será conveniente que
contra os sobreditos se proceda, perguntando-se por elles nas Devassas
geraes do mez de Janeiro: Hei por bem Mandar que nas sobreditas De
vassas, que todos os Juizes das terras destes Reinos, e Ilhas adjacentes
devem tirar todos os annos no mez de Janeiro, se pergunte pelos damni
nhos, e formigueiros, contra os quaes se procederá a arbitrio dos Julga
dores, com as penas que pelos casos merecerem: e para este efeito se
accrescentará este Capitulo aos que estão declarados na Ordenação pa
ra as taes Devassas; e isto mesmo se observará nesta Cidade pelos Cor
regedores dos Bairros della: e esta mesma Lei Mando se cumpra, e
guarde, como nella se contém. E Ordeno ao Regedor da Casa da Sup
plicação, Governador da Casa do Porto, e a todos os Desembargadores
das ditas Casas, Governadores, Provedores, Ouvidores, Juizes, Justi
I750 19
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará com força de Lei virem,
que, tendo consideração ás repetidas súpplicas, com que os Póvos de
Minas Geraes me tem representado que em se cobrar por Capitação o Di
reito Senhoreal dos Quintos recebem molestia, e vexação, contrarias ás
pias intenções, com que ElRei meu Senhor, e Pai, que santa Gloria
haja, houve por bem permittir aquelle methodo de cobrança, em razão
de lhe haver sido proposto como o mais suave: E desejando não só alli
viar os referidos Póvos na aflicção, que Me representárão, removendo
delles tudo o que póde causar-lhes oppressão , mas tambem soccorrellos
ao mesmo tempo de sorte, que experimentem os efeitos da Minha Real
Benignidade; do Paternal amor, com que ólho para o bem commum dos
meus fiéis Vassallos ; e do desejo, que tenho, de fazer mercê aos que
concorrem com os seus fructuosos trabalhos para a utilidade pública do
Meu Reino, sendo entre os benemeritos delle dignos de huma distincta
attenção os que se empregão em cultivar, e fertilizar as referidas Minas:
Fui Servido deputar algumas pessoas do Meu Conselho, para que, ven
do, examinando, e combinando attenta e favoravelmente todos os doze
methodos de arrecadação do referido direito que para ella forão estabele
cidos desde o Alvará do mez de Agosto de 1618 até agora, me propuzes
sem entre todos os ditos methodos aquelle que se achasse que era mais
benigno, e mais distante de tudo o que póde ser, ou parecer extorção,
ainda preferindo a tranquillidade, e o commodo dos ditos Póvos ao maior
interesse do Meu Real Erario. E porque entre todos os sobreditos me
thodos se achou que o mais conforme ás circumstancias do tempo presen
te , e ás Minhas Reaes Intenções, foi o que os Procuradores dos ditos
Póvos de Minas propuzerão, e oferecêrão em 24 de Março de 1734 ao
Conde das Galvêas André de Mello; e que, sendo por ele acceito, foi
praticado desde então até o tempo, em que a Capitação teve o seu prin
cipio: Hei por bem annullar, cassar, e abolir a dita Capitação, para
que cesse inteira, e absolutamente desde que esta Lei for publicada nas
Cabeças das Comarcas das Minas onde será feita a sua publicação logo
que a ellas chegar, sem demora alguma: E Sou Servido excitar, e res
tabelecer o dito methodo proposto pelos referidos Póvos em 24 de Março
de 1734 reintegrando-o ao mesmo estado, em que se achava quando foi
suspendido pela Capitação, confirmando-o com a Minha Authoridade Re
gia, e estabelecendo-o por esta Lei geral, modificado com tudo em be
neficio dos mesmos Póvos, que o oferecêrão, pela maneira que será ex
pressa nos Capitulos seguintes. +
C A P I T U L O I.
ele ameaça ao commum dos Póvos, haverá tambem em cada huma das
ditas Casas de Fundição hum livro de Registo, no qual fiquem lançadas
todas as ditas Guias, antes de se entregarem ás partes.
4, Eetes Registos se repartirão em todos os lugares, em que os tem
os Contratadores das Entradas, sendo obrigadas todas as pessoas, que
passarem por elles, a tirarem nova Guia, com que se apresentarão nas
Casas de Moeda do Rio, Bahia, e Lisboa. Em cujas Casas haverá ou
tro livro de Registo, no qual se lancem por memoria as entradas das re
feridas barras, para que todos os annos se possão conferir, e se possa
examinar por este meio, se ha barras falsas. E os Intendentes respecti
vos, como tambem os Vice-Reis do Brasil, e Governadores do Rio, e
das Minas, darão em todas as Frotas conta no Conselho Ultramarino com
o theor das ditas conferencias.
5 Estabeleço, e Mando, que as ditas Guias, e Registos se fação, e
entreguem ás partes pelos respectivos Intendentes, e seus Oficiaes, sem
salario algum ; sob pena de suspensão dos seus Officios contra os trans
gressores, que levarem qualquer emolumento, por minimo que seja. E
esta suspensão será de seis mezes pela primeira vez; de hum anno pela
segunda; e pela terceira incorrerão os transgressores em perpétua priva
ção dos seus Officios. •
C A P I T U L O VI.
D
26 1750
#
C A P I T U L O VII. R.: 1
C A P I T U L O VIII.
• E para obviar ainda mais os ditos contrabandos, hei por repetidas
nesta Lei todas as prohibições, que até agora se estabelecêrão contra os
que entrão nas Minas, ou dellas sahem por atalhos, ou caminhos parti *--*
## !
culares. Ordenando de mais que toda a pessoa, que for achada com Ou
li#
ro em pó, que exceda hum marco, seguindo algum caminho diverso da
quelles, onde se achão, e acharem estabelecidos os Registos do contra
to das entradas, seja havido por desencaminhador, e condemnado como
tal na sobredita fórma ; salvo , se apresentar Guia da Intendencia do
Lugar, donde sahio com Ouro em pó, pela qual conste que teve legiti
ma causa para se extraviar contra o estabelecido nesta Lei. *#
#
C A P I T U L O IX. km.
#->
C A P I T U L O X.
• A
Hel por bem, que o Regedor das Justiças, vença de ordenado cada
hum anno oitocentos mil réis, que lhe começárão a correr do primeiro
de Janeiro do presente anno, e serão pagos pela mesma Repartição,
porque até agora se lhe pagava o ordenado, que tinha, que fica inclui
do nos ditos oitocentos mil réis. Lisboa 11 de Dezembro de 1750. = Com
a Rubríca de Sua Magestade.
\
29
ANNO DE 1751.
3 Pagará mais cada huma das ditas arrobas, por proes, e precalços
dos Ministros, e Officiaes das Alfandegas; a saber: Para o Provedor da
Alfandega do dito genero hum real, que Sou servido conceder-lhe de no
vo a titulo de Tara: Para o Provedor da Alfandega do Assucar hum real,
ficando abolidos os dez réis, que até agora cobrou de cada rolo: Para os
Escrivães do mesmo Provedor hum quarto de real, tambem abolido o que
atégora recebêrão de Tara: Para o Feitor da dita Alfandega tres quar
tos de real: Para o Escrivão das marcas da mesma hum quarto de real,
abolida tambem a outra Tara, que actualmente percebe: fazendo em tu
do estes proes, e precalços, mais tres réis e hum quarto de accrescimo.
4 Item além do referido, cada arroba de Tabaco, que entrar na Al
fandega, e della sahir, pagará mais de salarios ás companhias, que cos
tumão conduzir este genero; a saber: desde o Barco até o Armazem cin
coréis por entrada, e desde o Armazem até o Barco indo por agoa, ou
até a porta indo por terra, cinco réis por sahida ; bem visto que o Ta
baco em nenhum destes dous casos poderá sahir da Alfandega, sem que
os conductores o levem pela balança, onde ha de ser pesado na maneira
abaixo ordenada : e pelo trabalho do peso vencerão tambem os pesado
res
maismeio
dez real
reis de cada por
e meio arroba, que for á balança, fazendo estes salarios
arroba. •
C A P I T U L O II. . .
res de fraudes taes, que requeirão as outras mais severas penas, que
se lhe imporão cumulativamente conforme a Lei do Reino, e Regimen
to da Fazenda.
3 A totalidade de número de arrobas e arrateis que tiver cada par
tida de Tabaco, computada na sobredita fórma , será declarada no li
vro da sahida, e nella computada para pagar os Direitos que dever nes
ta conformidade. , *
} C A P I T U L O IV.
C A P I T U L O V.
C A P I T U L O VI.
mo, debaixo das penas, que ao diante serão estabelecidas. Porém ficará
livre aos Lavradores, e compradores do Tabaco inferior, ou da terceira
qualidade, poderem gastallo na terra, ou embarcallo para a Costa de A
frica, como bem lhes parecer, na conformidade do que se acha ordena
do pelo
dens do Regimento da Junta da Administração do Tabaco, e pelas or
Conselho Ultramarino. •
C A P J T U L O VII.
l Por Me ser presente que os Fretes do Brazil para este Reino, por
hum abuso contrario á razão, e ao interesse do Commercio, se encare
cêrão em repetidas occasiões com tal exorbitancia, que o valor dos ge
neros não podia sofrer o custo do transporte, Ordeno que daqui em di
ante nenhum Mestre de Navio ouse pedir, ou receber por frete do Ta
baco de qualquer dos Pórtos do Brazil para este Reino, preço algum,
que exceda a trezentos réis arroba, ou a dezaseis mil e duzentos réis por
tonelada de cincoenta e quatro arrobas. Este preço ficará porém livre e
líquido a favor do Navio, a cujo fim já fica transferido no genero o Di
reito, que antes se pagava na Alfandega desta Cidade a respeito do cas
co. E os que levarem fretes maiores dos assima taxados, perderão toda
a importancia do transporte, que fizerem, a favor da pessoa, a quem
extorquirem a dita maioria. E ficarão sujeitos ás mais penas que mere
cerem, segundo a gravidade da maior culta, em que forem incursos.
em2 diante
O mesmo ordeno,
a respeito dos que se do
fretes observe tambem inviolavelmente daqui
Assucar. •
vios, que houverem levado carga deste Reino para o mesmo Porto, on
de concorrer o Navio, que se achar que nelle entrou de vasio, ou em
lastro, sob pena de que toda a importancia dos fretes, que este ultimo
Navio receber, cederá a favor dos Mestres dos outros Navios, a quem
direitamente pertencia a carga, ou daquelles que o denunciarem, e se
habilitarem na causa desta pena, com o direito de que os seus Navios
levarão carga para o Porto, onde a carregação se achar feita.
3 Semelhantemente os Navios pertencentes á Praça da Cidade do
Porto, que navegarem para os Pórtos do Brazil, não tomarão nelles car
ga pertencente a esta Cidade de Lisboa, senão depois de haverem sido
carregados os Navios da mesma Cidade de Lisboa: nem pelo contrario
os Navios poderão receber carga para o Porto, senão depois de se acha
rem carregados os Navios pertencentes á dita Cidade do Porto, tudo de
baixo das mesmas penas assima ordenadas.
Pelo que: Mando ao Presidente da Junta da Administração do
Tabaco, e Deputados della, que ora são, e aos que ao diante forem ,
cumpräo, e guardem este Regimento, e o fação inteiramente cumprir e
guardar assim pelos Ministros e Oficiaes da sua Repartição, como por
todos os mais do Reino, como nelle se contém. E Mando que depois de
ser por Mim assignado, se imprima, para que seja notorio a todas as pes
soas, a quem tocar a sua observancia. E o mesmo Regimento Hei por
bem que tenha força e vigor de Lei, sem embargo de quaesquer Leis,
ou Ordenações que o encontrem, que por este derogo, como se de cada
huma dellas fizera expressa menção; e quero que valha, como se fosse
Carta passada pela Chancellaria, posto que por ella não passe, sem em
bargo das Ordenações do Livro segundo titulo trinta e nove, quarenta,
e quarenta e quatro, que dispoem o contrario. Lisboa a 16 de Janeiro
de 1751. (1) = Com a Assignatura de Sua Magestade.
Impresso avulso.
} # …>, ºk #
para fóra, ou para levarem as Partes para suas casas o referido genero,
não sómente se lhes dará Despacho na sobredita fórma, e não sómente
se lhes darão a Tara, e favor abaixo declarados; mas tambem se lhes a
baterão de mais dez tostões de premio em cada caixa na conta dos Bi
lhetes; e se lhes darão mais seis mezes de espera para o pagamento dos
Direitos, além do espaço, que tiverem para o mesmo efeito os mais Des
pachadores. Pelo que pertence ao favor das Taras se praticará o mesmo,
que ate agora se praticou, abatendo-se de cada cinco arrobas huma em
beneficio dos Despachadores; ou estes despachem os Assucares para o
consumo do Reino, ou para o extrahirem delle para os Paizes Estrangei
ros. Pelo que pertence aos Direitos, os Assucares, que se despacharem pa
ra o consumo destes Reinos, pagarão por cada arroba do Branco, limpa
da Tara, o mesmo cruzado, que pagárão até agora; e por cada arroba
do Mascavado dous tostões, na conformidade da Lei de treze de Setem
bro de mil setecentos e vinte e cinco; excepto o Donativo, que cessara
inteiramente desde a publicação do presente Decreto. Porém o Assu
car, que se despachar para fóra, constando por ligitimo modo, que he
extrahido para qualquer Paiz estrangeiro, se dividirá na conta por cabe
ça em duas partes iguaes, ou ametades, depois de ser abatida a Tara
assima ordenada. Huma das ditas ametades pagará o Direito na mesma
fórma, em que o pagar o Assucar, que for despachado para o con
sumo do Reino: A outra ametade, que restar, se dará aos Despachado
res livre de todo o encargo a favor do Commercio, o qual gozará deste
beneficio quanto ao preterito desde o dia doze de Agosto do anno pro
ximo passado; e quanto ao futuro até que Eu seja servido dar sobre esta
matereria outras mais amplas providencias. Pelo que pertence aos Fre
tes dos Navios, que transportão do Brazil este genero, Sou servido or
denar, que a respeito delle se observe em tudo, e por tudo o mesmo,
que tenho estabelecido a favor do Tabaco, e sua navegação pelo Capi
tulo setimo do Novo Regimento da Alfandega deste segundo genero,
desde o §. Primeiro até o §. Final inclusivè. Frºm os seiscentos réis de
cada caixa, que até agora pagárão os Donos dos Navios do preço, que
recebião dos Fretes, ficarão daqui em diante transferidos no genero a
cargo dos que o despacharem para se haver delles nos termos, e nos ca
sos em que pagarem os mais Direitos assima declarados. Pelo que per
tence aos primeiros preços no Brazil, sendo certo, que todos os sobredi
tos favores nos Despachos, Direitos, e Fretes, se farião inuteis se o As
sucar se não podesse achar no agro, com tal proporção no custo, que o
Lavrador ganhasse em o fabricar, e o Homem de negocio achasse a sua
conta em o extrahir; estabeleço, que daqui em diante na Bahia de to
dos os Santos, nem cada arroba de Assucar branco fino possa exceder o
valor de mil e quatrocentos réis; nem do Branco redondo o valor de mil
e duzentos réis; nem do Branco batido o valor de novecentos réis; nem
do Mascavado macho o valor de seiscentos réis; nem do Mascavado ba
tido o valor de quinhentos réis; nem do Mascavado broma o valor de
quatrocentos réis; livres, e liquidos para os Lavradores. Os Assucares
do Rio de Janeiro, Pernambuco, e Maranhão, serão vendidos ao mes
mo respeito, com a diferença de cem réis de menos por arroba em todas
as qualidades, e preços assima estabelecidos. Tudo isto sob pena de que
as pessoas, que excederem os sobreditos preços, em qualquer dos refe
ridos Estados, depois de ser passado hum anno, contado do dia da Pu
licação, que nelles se fizer deste Decreto, incorrerão nas mesmas pe
mas estabelecidas pelo Capitulo sexto, §, segundo do Novo Regimento da
40 • I75 |
Impresso avulso.
# %vo…?: #
C A P I T U L O T.
C A P I T U L O II.
Hei por bem, que em cada huma das Casas da Fundição, além
do Intendente, Fiscal, Meirinho, e seu Escrivão, nomeados na Lei,
que para arrecadação dos Quintos do Ouro Mandei publicar em tres de
Dezembro do anno proximo passado de 1750, haja de mais hum Thesou
reiro, hum Escrivão da sua receita, hum Escrivão da Intendencia, ou
tro das Fundições, dous Fundidores, ou hum com seu Ajudante, hum
42 1751
Ensaiador com seu Ajudante, para que assim se faça com mais seguran
ça a arrecadação da Minha Real Fazenda, e se expeção as Partes com
maior brevidade.
C A P I T U L O III.
Dos Intendentes.
§. 26. Para o caso em que venha a succeder, que algum Fiscal seja
suspenso na sobredita fórma, as respectivas Camaras farão sempre elei
ção dos dous, que hão de servir nos seis mezes successivos a ella, para
que o que estiver immediato a entrar, possa substituir o que for suspen
46 1751
Dos Fiscaes.
C A P I T U L O V.
Dos Thesoureiros.
Do Escrivão da Intendencia.
C A P I T U L O IX.
Dos Fundidores.
Dos Ensaiadores.
C A Fºº I T U L! O. XII,
C A P I T U L O XIII.
Dos Cofres.
Das Escovilhas.
zão delles, nem do trabalho se lhes leve cousa alguma; em justa recom #Meu C
pensação desta despeza: Hei por bem declarar, que o producto das Es #Lia,
covilhas pertence á Minha Real Fazenda. #Nykaç;
§. 2. A importancia destas Escovilhas se carregará em receita aos lº, para
Thesoureiros, com distincção e separação do producto dos Quintos, e =\s? As
com a mesma distincção se metterá nos Cofres; e quando se remetter # Dis
o Ouro delles, virá tambem o procedido das mesmas Escovilhas com dif
ferença, para se conhecer que he procedido dellas.
§. 3. Quando a experiencia e conhecimento prático mostre que ha
necessidade de mais providencias das que se expressão neste Regimen
to, assim para a conveniente arrecadação dos Quintos, como para a se
gurança, expedição, e commodo dos particulares, os Governadores, e
Intendentes respectivos, mo farão logo presente, havendo-se nesta par
te com o prompto cuidado, que muito lhes recommendo.
Este Regimento se cumpra e guarde inteiramente, como nelle se
contém, não obstante quaesquer outras Leis, Regimentos, ou Resolu
\,…
… iria
ções em contrario, que hei por derogados para este efeito, como se del
&# Mçºs
les fizesse expressa e individual menção. Pelo que Mando ao Meu Con filº em
selho Ultramarino, Vice-Rei, Governadores, e Capitães Generaes do
Estado do Brasil, Ministros, e mais Pessoas dos Meus Reinos, e Do #
# Ofi
minios, que o cumprão e guardem , e o fação inteiramente cumprir e ("l C00
guardar, como nelle se contém; e ao Desembargador Francisco Luiz da
Cunha e Ataide do Meu Conselho, e Meu Chanceller Mór do Reino, #0 d.
Mando que o faça publicar na Chancellaria, e o faça imprimir e regis * # Tºt
tar nos lugares, onde se costumão fazer semelhantes registos, e enviar ## !
ás partes costumadas: e este proprio se lançará na Torre do Tombo. Es #*#
criptoeem Lisboa a 4 de Março de 1751. = Com a Assignatura de El *# )
Rei, a do Ministro. - •
####
*s,
Regist, na Chancellaria Mór da Córte, e Reino no "intº
Divro das Leis, a fol. 164, e impr. avulso. #, A
# titut
###
# #vo"# *#
# #*<>"+--+
+--|#*Cººk # /*
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará em fórma de Lei virem,
que tendo consideração aos inconvenientes, que resultão de se praticar
na Relação, e Casa do Porto o Assento, que nella se tomou em quinze
de Julho de mil seiscentos setenta e cinco sobre a Ordenação Livro 5.
Tit. 23. no principio: Hei por bem Mandar que daqui em diante se ob
serve na dita Relação, e seu districto o mesmo, que se pratíca na Casa
da Supplicação, e que nem por dezoito dias se conceda Carta de seguro
para caucionar; porque segundo a dita Ordenação, que inteiramente se
deve guardar, a caução, com que os Réos podem ser relaxados da Ca
dêa, se deve arbitrar, e prestar estando elles realmente prezos, e não
podem de outra maneira ser ouvidos; e para este mesmo efeito Sou ser
vido revogar, e abolir o dito Assento: Pelo que Mando ao Regedor da
(1) Vid. Alv. de 24 de Novembro de 1645.
54 175 |
*-+…+-+
C A P I T U L O II.
Dos Inspectores.
1. Os Inspectores serão na Bahia, e no Rio de Janeiro os dous In
tendentes geraes do Ouro, que Fui Servido crear de novo pela Lei que
mandei publicar em tres de Janeiro do anno passado de mil setecentos,
e cincoenta; e em Pernambuco, e no Maranhão os dous Respectivos Ou
vidores, os quaes todos servirão debaixo do juramento dos seus cargos.
Haverá mais em cada Meza hum homem de nogocio dos que costumão
comprar Assucares, ou Tabacos para remetter a este Reino: e hum See
nhor de Engenho, ou Lavrador de Tabaco dos que costumão mandar fa
bricar hum, ou ambos estes dous generos; aos quaes será dado juramenr
to pelos referidos Inspectores Letrados ao tempo da posse. , ,
2. Os quatro Intendentes Ministros de letras serão invariaveis em
quanto occuparem as respectivas Intendencias, e Ouvidorias assima der
claradas.
vido E servirão
Mandar com os mesmos ordenados, que a seu favor Fui Ser
estabelecer. •
*# #t <>$ #
# #ºcººk \}
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará com força de Lei virem,
que , sendo-Me presente que depois da promulgação da Pragmatica de
vinte e quatro de Maio de mil setecentos quarenta e nove, se tem acha
do na prática della alguns inconvenientes tão dignos da Minha Real At
tenção, como forão esterilizarem-se diferentes obras das fabricas destes
Reinos, e faltarem assim os empregos ao util, e necessario trafico dos
Artifices, e pessoas que delle se costumavão sustentar : Considerando
que semelhantes Leis forão sempre susceptiveis de todas as declarações,
modificações, e limitações, que a experiencia mostra necessarias para a
maior utilidade pública, em que consiste o seu essencial objecto: E pro
curando promover o bem commum de Meus Vassallos, e facilitar os meios
de viverem do seu util trabalho aos que a elle louvavelmente se appli
(1) Vid. o Alvará de 15 de Julho de 1775. H
2
|
60 1751 •
rão contra as ditas pessoas em todos os casos em que forem achadas com
fazendas (ainda das que acima lhe permitto vender) debaixo de capotes,
ou mantos, ou em outro lugar fóra dos referidos fardos que trouxerem ás
costas, ou cabeça descubertos, e públicos.
- Este Alvará se cumprirá tão inteiramente como nelle se contém.
Pelo que Ordeno ao Duque Regedor da Casa da Supplicação, Governa
dor da Casa do Porto, Vice-Reis, e Capitães Generaes, Governadores
destes Reinos, e mais Dominios, que o fação guardar inteiramente. E
Mando ao Desembargador Francisco Luiz da Cunha e Ataide do Meu
Conselho, Chanceller Mór do Reino, que o faça publicar na Chancella
ria, e enviar as copias delle pelas Comarcas; e se registará nos livros da
Mesa do Desembargo do Paço, Casa da Supplicação, e Relação do Por
to, e nos mais Tribunaes desta Minha Corte, onde semelhantes Leis se
costumão registar. Dado em Lisboa aos 21 de Abril de 1751. = Com a
Assignatura de ElRei, e a do Ministro.
Regist, na Chancellaria Mór da Corte, e Reino no
Livro das Leis a fol. 7., e impr. na Oficina de
Antonio Rodrigues Galhardo.
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará com força de Lei virem,
que sendo-Me presente em Consultas da Meza do Desembargo do Paço,
do Conselho da Fazenda, e do Senado da Camara, as successivas que
bras, com que tem faltado de credito os Thesoureiros dos Depositos da
Corte, e Cidade, com grave escandalo da fé pública, e com intoleravel
jactura do Commercio interior dos Meus Reinos; sem que bastassem as
diversas providencias que se tomárão em diferentes tempos para obviar
a estas grandes desordens: E desejando com estes justos motivos occor
rer em beneficio commum dos Meus Vassallos a hum mal de tão perni
ciosas consequencias: Sou Servido extinguir para sempre, como se nun
ca houvessem existido, ou dous Officios de Depositario da Corte, e Ci
dade, e crear, e estabelecer no lugar delles para a guarda, e direcção
dos referidos Depositos a Administração abaixo declarada; e dar-lhe pa
ra o seu estabelecimento, e governo o Regimento conteúdo nos Capitu
los seguintes.
C A P I T U L O I.
C A P I T U L o IV.
1 Para maior clareza, e facilidade das sobreditas conferencias, e ba
lanços, haverá em cada Cofre tres Livros separados: A saber: hum Li
1751 65
C A P I T U L O V.
a huma unica verba posto que sejão muitos os Exequentes que requei
rão a entrada , ou sahida dos Depositos , ou as penhoras, e embargos
que nelles se fizerem, se estes forem requeridos contra hum mesmo Réo
executado por huma só acção em que concorrão diferentes litis consor
tes, ou diversas partidas. •
*k-kton% #
# >$1<>#---+
EU ELREI Faço saber, aos que este Regimento virem que tendo
consideração, a que os Oficiaes que servem com o Guarda Mór de Meus
Pinhaes de Leiria, estavão sem Regimento, sem saberem as obrigações,
a que cada hum devia acodir, e ainda o mesmo Guarda Mór usava do
que lhe foi dado na era de mil e quinhentos e vinte, o qual além de di
minuto se acha alterado com o decurso de tantos annos: Fui Servido
Mandar fazer este novo Regimento, não sómente para o Guarda Mór,
e seus Oficiaes, mas tambem para o Superintendente da fabrica da ma
deira da Marinha, seus Oficiaes, e mais pessoas, que tem emprego na
dita fabrica, no qual se dá fórma para o bom governo, e boa arrecada
ção de Minha Real Fazenda, conservação, e augmento de Meus Pinhaes,
que Mando se cumpra, e dê á sua devida execução assim, e da manei
ra que nelle se contem.
§. 25. Toda a pessoa de qualquer qualidade, que seja, que for com
prehendida em cortar páo de algum dos Meus Pinhaes, pagará pela pri
meira vez cinco mil réis, e pela segunda dez mil réis; e sendo porém
páo Real capaz de servir nas Minhas fabricas, pagará pela primeira vez
vinte mil réis, e pela segunda quarenta mil réis, e dous annos de degre
do para a Africa, e em todo o caso perderá as alfaias, os Bois, e os
carros, que forem achados no Pinhal carregando madeira; tudo applica
do na fórma assima dita. E Mando que se dê por provado o delicto to
das as vezes, que se acharem dentro do Pinhal os Bois sem campainhas,
ou com ellas prezas. |-
§. 26. O Guarda Mór por nenhum caso poderá applicar, nem fazer
mercê das madeiras, que forem reprezadas aos Denunciantes, antes man
dará que, por inuteis que sejão, se restituão á custa dos transgressores
na fabrica do Engenho, aonde o Escrivão della as carregará em receita
ao Recebedor, para as vender com as mais do seu recebimento.
27. Tanto que ao Guarda Mór se lhe apresentar mandado do Vé
dor da Minha Fazenda com relação da madeira, que se ha de cortar, e
entregar ao Feitor da Pedreneira, o fará logo registar, e autuar, e as
signando o sitio, em que se ha de fazer o córte, que será o destinado
na vestoria geral, mandará passar outro para se fazer o dito córte com
dia certo.
§ 28. Quando porém Eu for servido fazer Mercê a pessoas particu
lares de alguma madeira, fará o Guarda Mór registar, e autuar o mandaº
72 • 175I
§. 29. O Guarda Mór nomeará hum Couteiro, que assista aos lavra
mentos das madeiras, ou sejão para as Reaes Fabricas, ou para parti
culares, não consentindo que entrem os homens de machada no Pinhal,
sem que assista o Couteiro aos ditos lavramentos.
§. 30. E fazendo Eu mercê a alguma pessoa de alguns páos, e que
rendo esta abri-los em madeira , nunca o Guarda Mór lhe dará licença
para a serrar dentro dos Pinhaes, nem em terras da Coitada, mas será
obrigada a hir serralla dentro dos muros do engenho por serras de mão
á sua custa salvo Eu expressamente mandar que se serre no moinho.
§. 31. Os páos encostados que até agora com errada intelligencia a
titulo de bicadas se entregárão ás pessoas , a quem Eu fazia mercê de
alguns páos, os quaes ao cahir na occasião do córte derribavão outros,
e os encostavão: Mando que os taes páos assim encostados, ou derriba
dos se aproveitem no Engenho para a Minha Real Fazenda, não levan
do as ditas pessoas, mais que o número de páos concedidos nos man
dados. •
§. 32. O Guarda Mór não dará licença, para se cortarem páos para
madeira de consumo, sem que primeiro se informe, se estão aproveita
das as bicadas, os páos cahidos no chão , e os que se cortarem para a
tirada de outros; e só depois de todos estes aproveitados, dará licença,
para que se cortem, os que forem necessarios para o consumo com tan
to que sejão de cogumello inuteis para as Reaes Fabricas, e por des
baste. \ |
§. 33. O Guarda Mór tirará todos os annos em Janeiro huma devassa
do procedimento dos Officiaes, perguntando pelos Capitulos deste Regi
mento, e procederá contra os culpados, e no caso que o Guarda Mór es
teja ausente, ou legitimamente impedido, Mando que sirva em seu lu
gar o Corregedor de Leiria.
§. 34. Mando que o Alcaide, Meirinhos, e Escrivães, e mais Ofi
ciaes de Justiça da Cidade de Leiria, e sua Comarca cumpräo as ordens
do Guarda Mór, e lhe assistão em tudo, que por elle lhe for ordenado a
bem de Meu serviço, pena de prizão, a que procederá o Guarda Mór,
e ás mais, que lhe parecerem justas.
§. 35. Havendo no Pinhal algum incendio , mandará o Guarda Mór
tocar o relogio da Cidade, e fará avizo ao Corregedor da Comarca, Juiz
de Fóra, e Capitão Mór, para que com toda a pressa lhe assistão com
tudo, o que for necessario, para se apagar o fogo , e do contrario que
observarem Me dará parte, para lho estranhar, como Me parecer justo,
assistindo em todo o caso o dito Guarda Mór , e o Superintendente da
Fabrica com seus Officiaes deixando nella , os que forem precisos para
sua guarda, e extincto o fogo mandará tirar o referido Guarda Mór hu
ma exacta devassa dos delinquentes, para proceder contra os que forem
culpados. •
- " … | - - - - 1}
{
1751 77
§ 17. - Da mesma sorte se farão os das rematações dos sepos dos páos
cortados para Pez, a que não assistirá o Feitor da Pederneira, mas sim
o Recebedor da Fabrica, e declarará tambem o Escrivão a importancia,
porque se rematão, e o tempo, em que ha de fazer entrega do dinheiro
o Rematante, o qual assignará o dito termo com o seu fiador , que será
reconhecido, e acceito pelo Recebedor, a quem o dito Superintendente
mandará carregar em receita todo o dinheiro que receber do Rematante,
fazendo-lhe passar conhecimento em fórma para sua descarga. -
Regimento do Recebedor.
que para o mesmo efeito receber dos Almoxarifes da Ribeira das Náos,
a quem dará conhecimento em fórma para as suas contas.
§. 3. Da mesma fórma se lhe ha de carregar em receita todas as fal
cas, ou vigas de pinho, taboas, barrotes, ripas, cerneiras, e costeiros;
que produzirem as bicadas dos córtes, que se fizerem, páos cahidos por
tormenta, e dos que se derem a particulares, e os tocados de cocumel
lo, que se cortarem no Pinhal, depois de se tomarem em lembrança no
livro de ementa, como se declara nos Capitulos 5 e 6 do Regimento do
Escrivão. •
duzia — — — — — — — — — — — — — — — — *{550
Solho de 15 palmos, a duzia - Á685
Solho de 18 palmos, a duzia - 8825
Solho de 21 palmos, a duzia - 3960
Solho de 24 palmos, a duzia - 13100
Solho de 12 palmos de comprido, e palmo e meio de largura,
duzia - - - - -
Solho de 15 palmos, a duzia —
Solho de 18 palmos, a duzia — — —
- - - - •
—
•
— —
• •
•
• • •
: 13200
1 3 500
13800
Solho de 21 palmos, a duzia - - - - - - - - - 23100
Solho de 24 palmos, a duzia - - - - - - 23400
Couceiras de 12 palmos de comprido, a duzia - - - 1,5680
Couceiras de 15 palmos, a duzia — — — — — — — 23100
Couceiras de 18 palmos, a duzia — — — — — — — 23520
Couceiras de 21 palmos, a duzia — — — — — — — 2,3940
Couceiras de 24 palmos, a duzia — — — — — — — 3,5360
Molduras de 12 palmos, a duzia - 1 3200
Molduras de 15 palmos, a duzia - l 3 600
Molduras de 18 palmos, a duzia - 13800
. Molduras de 21 palmos, a duzia — 23 100
Molduras de 24 palmos, a duzia - 2,3400
Forro de 12 palmos, a duzia - - 23 500
Forro de 15 palmos, a duzia - - 3625
Forro de 18 palmos, a duzia - #3750
Forro de 21 palmos, a duzia - g3875
Forro de 24 palmos, a duzia - 13000
Barrotes de 15 palmos, a duzia 3600
Barrotes de 20 palmos, a duzia 13200
Barrotes de 25 palmos, a duzia 1 3800
Barrotes de 30 palmos, a duzia 2,5400
Ripas de 12 palmos, a duzia - 3 100
Ripas de 15 palmos, a duzia - 23 120
Ripas de 18 palmos, a duzia - 3 140
Ripas de 21 palmos, a duzia - 4 160
Ripas de 24 palmos, a duzia - 3200
Madeiras de Cerne.
}
8]
3060
Ditos de 15 palmos, a duzia a - 3080
Ditos de 18 palmos, a duzia a - 3 100
Ditos de 20 palmos, a duzia a - 3 120
82 1751
3080
eu Escrivão fiz esta receita, que comigo assignou, e porá verbas nos li
vros de ementas á margem dos assentos, que tiver feito de taes falcas,
e madeiras, em que declare ficarem-lhe carregadas em receita em seu
livro della a folhas tantas.
§. 7. Terá outro livro, que ha de servir, para se tomar em lembran
ça todas as madeiras, que o Recebedor vender, o que fará em titulos se
parados conforme as suas qualidades na fórma seguinte.
Vendeo o Recebedor tantas duzias de taboas de tal qualidade, ou
comprimento, ou barrotes, ripas, cerneiros, ou costeiros, que a preço
de tanto, importa tanto, cujo assento assignará o dito Escrivão com o
Recebedor, sahindo á margem delle com a sua importancia, dando guia
á parte, que a comprar, para a conduzir com segurança, e lhe não ser
tomada por perdida. -
§. 10. Da mesma sorte fará os das rematações dos sepos dos páos cor
tados para o Pez, a que ha de assistir o Recebedor da Fabrica, e não o
Feitor da Pederneira; e declarará nos termos, que fizer o preço, porque
se rematão, e o tempo, em que o Rematante ha de fazer entrega do di
nheiro, o qual assignará com o seu Fiador na fórma assima, que tambem
terá reconhecido, e aceito pelo Recebedor, a quem carregará em recei
ta todo o dinheiro, que receber do Rematante, passando-lhe conhecimen
to em fórma della para sua descarga.
§. 11. No fim de cada tres mezes fará huma folha dos ordenados do
Superintendente, seu, e do Recebedor, para por ella serem pagos, em
que todos assignarão, de como recebêrão o seu pagamento; e fará da sua
importancia hum termo no livro da despeza em titulo separado, declaran
do, que o Recebedor dispendeo a quantia de tanto, pelo pagamento,
que fez dos ordenados do Superintendente, Escrivão, e Recebedor da
Fabrica em os tres mezes de tantos até tantos, como consta da folha dos
ditos ordenados, em que todos assignárão, e vai a linha do dito Rece
bedor. ?
|-
1751 • 85
§. 14. Terá em cada hum anno, além de seu ordenado, seis mil e
quatrocentos réis por huma vez sómente para o papel, que lhe for pre
ciso para o expediente do seu oficio, os quaes serão levados em conta
ao Recebedor por termo separado feito em seu livro de despeza.
Regimento do Mestre da Fabrica, e Engenho.
§. 1. O Mestre ha de estar á ordem do Superintendente, Recebe
dor, e Escrivão da Fabrica, e será pessoa, que tenha conhecimento de
tudo, quanto he preciso para o Engenho serrar com facilidade toda a cas
ta de madeira, e que saiba introduzir as serras á proporção das falcas,
especulando os desconcertos mais interiores do mesmo Engenho, dos
quaes dará conta ao Recebedor, para o fazer presente ao Superinten
dente.
§ 2. Deve assistir actualmente no Engenho, e zelar os Oficiaes não
sómente, para que se não descuidem das suas obrigações, mas para ver,
se trabalhão, como deve ser em modo, que não tenha o Engenho pre
juizo.
§. 3. E porque o Mestre tem obrigação de procurar que se não le
vem ordenados, ou jornaes indevidamente, achando alguns carpinteiros,
ou Oficiaes, que por preguiça, ou falta de sciencia não são capazes;
dará conta ao Recebedor, para que informando o Superintendente da in
capacidade delles os despeça, ou suspenda.
§. 4. Ha de ter todo o cuidado, em que o Engenho ande sempre lim
po, e concertado, como tambem as tercenas, e mais officinas do dito
Engenho, dando parte ao Recebedor dos concertos, que forem necessa
rios com relação, do que for preciso para elles, para ser presente ao Su
perintendente. - (
Guiné, e India, e hirá ter com o Guarda Mór dos Pinhaes, para deter
minar o dia, e o sitio, em que se ha de fazer o dito córte, ao qual de
ve assistir pessoalmente. •
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Impresso avulso.
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quaes deve ser confiscado: a cujo fim Ordeno a todos os Oficiaes de Jus
tiça destes Reinos, que sendo requeridos pelos mesmos denunciantes dem
logo as necessarias buscas nos lugares, que por elles lhe forem aponta
dos, na mesma fórma, que se pratíca com o Tabaco; sobpena de sus
pensão até nova mercê Minha contra os que ou recusarem fazer as ditas
175] • 97
*
mente: o qual Mando que valha, e tenha força de Lei, não obstantes #
quaesquer outras Leis, Regimentos, Compromissos, Posturas, ou Or #
dens em contrario, que para este efeito sómente Hei por derogadas, co #
mo se dellas fizesse expressa menção. E tambem que este sempre se ob V\,
serve, posto que o seu efeito haja de durar mais de hum anno, como se *#
fosse Carta passada pela Chancellaria, ainda que por ella não passe sem #
embargo das Ordenações do Livro segundo, Titulo trinta e nove, qua "It
renta, e quarenta e quatro, que dispoem o contrario. Lisboa em 14 de #*
Julho de 1761. (1) = Com a Rubríca de Sua Magestade. ta[.
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Regist. no Conselho
liv. 19., e impressodaavulso.
Fazenda a fol. 277. vers. do
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a!
Sesos-Me presente em Consulta do Desembargo do Paço, que fazem
do transacção e amigavel Composição Dona Catharina Leonor de Mene
zes com seu Sobrinho José Antonio de Brito e Menezes por Escritura
pública, pela qual lhe largou todos os bens, e Morgados que possuia,
reservando para seus alimentos cincoenta mil réis cada mez, que elle lhe
satisfaria em dinheiro de contado; cinco porcos, tres marrãs, e tres du
zias de gallinhas pelo carnaval de cada hum anno, e moio e meio de tri
go, que pagaria de ordenado ao seu Procurador João Marques de Deos
Prisbitero do Habito de São Pedro em cada hum dos annos da Vida da
dita doadora, e por sua morte, lhe mandaria dizer quatrocentas Missas;
e tendo o dito contrato reciproco efeito por mais de tres annos, se le
vantará o mesmo seu Sobrinho com os alimentos reservados sem lhe pa
gar muitas mezadas e pitanças vencidas, e pelas que futuramente se ven
cessem, lhe pozera a Escritura em Juizo perante o Corregedor do Civel
da Corte o Desembargador Antonio José da Fonceca Lemos por assigna
ção de dez dias, e formando ele os seus embargos, o dito Ministro os re
cebêra sem condemnação, fundado em hum grande número de recibos,
que ajuntou com elles, que ainda não chegavão a cubrir a divida ven
cida, e sem o condemnar nos alimentos que se hião vencendo, fican
do ella distituida de todo o remedio, e sem outros bens, ou rendas
de que possa subsistir, nem ter com que suprir os gastos da demanda:
Sou Servido Ordenar, que esta Causa se sentencei a final no preciso ter
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EU ELREI Faço saber, aos que este Alvará de Lei virem, que
tendo consideração a que as penas estabelecidas na Lei do Reino contra
os que tirão presos do poderº da Justiça, nem podem ser em parte exe
cutadas, nem tem sido bastantes a impedir a escandalosa liberdade,
com que tantas vezes se commettem estes dilictos; como tambem, a que
sendo este igualmente ofensivo do Meu Alto, e Real respeito, e da boa
ordem, e administração da Justiça, não deve ser diferentemente casti
gado em attenção á graduação, e diversa qualidade dos Ministros, e Of
ficiaes, de cujo poder se tirão os prezos: Querendo sobre este materia
dar huma providencia, que possa proporcionar-se, e igualar a pena, e
evitar com temor della que se repita hum crime de tão máo exemplo, e
prejudiciaes consequencias: Sou Servido determinar que geralmente, e
em todo o caso, em que toda a pessoa de qualquer qualidade, preemi
nencia, estado, e condição que seja, tirar prezo de poder de Justiça, ou
der para este efeito ajuda, e favor, se for peão, seja irremisivelmente
açoutado, e condemnado por dez annos para as Galés; sendo nobre, se
ja degradado por dez annos para Angola; praticando-se esta pena sem
diferença alguma, nem respeito á qualidade dos Ministros, e Oficiaes,
que levarem os prezos. E Mando aos Regedores da Casa da Supplicação,
e Governador da Casa do Porto, e aos Desembargadores das ditas Rela
ções, e a todos os Corregedores, Ouvidores, Juizes, Justiças, Oficiaes,
e pessoas destes Meus Reinos, e Senhorios, cumpräo, e guardem este
Meu Alvará de Lei, como nelle se contém; e para que venha á noticia
de todos, e se não possa allegar ignorancia, Mando ao Doutor Francis
co Luiz da Cunha de Ataide do Meu Conselho, e Chanceller Mór do
Reino o faça publicar na Chancellaria, e enviar a copia dele sob Meu
Sello, e seu signal a todos os Corregedores, º#…2
das Comarcas,
1oo 175 |
e aos das terras dos Donatarios, em que os Corregedores não entrão por
correição; e se registará nas partes, em que semelhantes se costumão
registar; e este proprio se lançará na Torre do Tombo. Dado em Lis
boa a 28 de Julho de 1751. = Com a Assignatura de ElRei, e a do
Marquez Mordomo Mór Presidente.
Regist. na Chancelaria Mór da Corte, e Reino no
Livro das Leis a fol. 15, e impr. avulso.
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# #L@º # \:
Impresso avulso.
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará com força de Lei virem,
que sendo-Me presente que a divisão dos Territorios do Reino do Algar
ve, da Provincia do Além-Tejo, e das Comarcas de Santarem , e de
Setubal impedem a prizão, e facilitão a impunidade dos Delinquentes,
que tem commettido os escandalosos roubos , que grassão na dita Pro
vincia ; animando-se os Réos de tão de testaveis crimes, não só com a
esperança de passarem do districto, em que commettem hum roubo, a
outro districto, onde não tem ainda delinquido, mas tambem com as de
moras, e formalidades, que passão, em quanto as Justiças se deprecão
reciprocamente: Sou servido Ordenar que nesta especie de delictos seja
cumulativa a jurisdicção Criminal de todos os Juizes, e Ministros dos so
breditos Territorios ; de sorte que huns possão prender os Réos no dis
tricto dos outros, e na mesma fórma tomar Querelas , e formar Devas
sas; havendo-se todo o Reino do Algarve, Provincia de Além-Tejo, e
Comarcas de Santarem , e de Setubal por foro do delicto em ordem aos
referidos fins; pois que os Processos se não podem instruir, e julgar se
não na Casa da Supplicação pela Commissão , que Tenho estabelecido
para o dito efeito. Outrosim sou servido dar plena liberdade, em quan
to Eu não mandar o contrario, a todos os Particulares do sobredito Rei
no, Provincia, e Comarcas, para lançarem mão não só dos Delinquen
tes, que por taes forem conhecidos, mas tambem das Pessoas desconhe
cidas, que se fizerem suspeitosas, para que levando-as seguras aos Ma
gistrados dos Lugares mais visinhos, examinem estes promptamente o
merecimento dos Presos; de sorte que achando-lhes culpas formadas, os
remettão á sobredita Commissão; e achando que são meros Vadios, Me
dem conta. E para que estas providencias tenhão o seu prompto, e cum
prido efeito em beneficio do socego público, Sou tambem servido Orde
nar, que ellas se pratiquem , pelo que pertence aos sobreditos crimes,
não obstantes quaesquer Leis, e Privilegios contrarios, e que este va
lha, posto que seu efeito haja de durar mais de hum anno, como se fos
|102 1751
se Carta passada pela Chancellaria, ainda que por ella não passe. E es
te se registará nos livros do Desembargo do Paço, nos da Casa da Sup
plicação, e onde mais se costumão registar semelhantes Leis. Belém em
14 de Agosto de 1751. = Com a Assignatura de ElRei, e a do Ministro.
Regist. na Secretaria de Estado dos Negocios do Rei
no no Livro dos Decretos, e Alvarás a fol. 177, e
impr. avulso.
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Faço saber, aos que este Regimento virem , que tendo consideração a
Me representarem os Póvos da parte do Sul do Estado do Brasil, que
por ficar em tanta distancia a Relação da Bahia, não podem seguir nel
la as suas Causas, e Requerimentos, sem padecer grandes demoras,
despezas, e perigos, o que só podia evitar-se, creando-se outra Relação
na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que os ditos Póvos se of
ferecião a manter á sua custa, Fui servido mandar vêr esta materia no
Concelho Ultramarino, e no Meu Desembargo do Paço, que se confor
márão no mesmo parecer; e por desejar, que todos os Meus Vassallos se
jão provídos com a mais recta, e mais prompta administração da Justi
ça, sem que para este efeito sejão gravados com novos impóstos, Hou
ve por bem de crear a dita Relação, á que Mando dar este Regimento,
de que foi encarregada a dita Mesa do Desembargo do Paço, para sé
ordenar pelo modo, e fórma mais conveniente; fazendo-se por conta da
Minha Fazenda, e das despezas da dita Relação, as que forem necessa
rias para a sua creação, e estebelecimento.
T I T U L O I.
Do Governador da Relação.
T I T U L O III.
. Do Chanceller da Relação.
36 A ele pertence por bem deste cargo conhecer das suspeições, que
se puzerem ao Governador, Ministros, e Oficiaes da Relação, assim co
mo por ser tambem Juiz da Chancellaria ha de conhecer de todas as sus
peições, que se puzerem a todos os outros Ministros, e Oficiaes da Cida
de de São Sebastião do Rio de Janeiro dentro della sómente; e para o des
pacho das suspeições, que se puzerem ao Governador, que deve não es
tar presente, nomeará o Chanceller os dous Adjuntos que lhe parecer;
porque para o despacho de todas as outras suspeições lhe serão nomeados
pelo Governador os seus Adjuntos.
37 E quando as suspeições forem postas ao mesmo Chanceller como
Juiz das que se houverem posto contra as pessoas assima ditas, se toma
rá logo assento entre os dous Adjuntos, e hum Desembarhador mais,
que o Governador nomear para que se proceda na fórma da Ordenação
Livro 1.° tit. 2. § 8." tit. 4º §. 5.º e tit. 14, §, 3.°
38 Porém quando o Chanceller houver de julgar outros feitos, assim
como o ha de fazer, por ser Juiz da Chancellaria, e lhe forem postas sus
peições, nomeará o Governador outro Desembargador que faça proces
sar, e despachar as mesmas suspeições.
39 E para se evitarem muitas dúvidas, que podem occorrer, Sou ser
vido, que sendo postas as suspeições a algum Desembargador, ou outro
Ministro, senão commetta o feito a outro algum, e fique suspenso intei
ramente o conhecimento delle: tendo-se entendido, que o despacho das
suspeições se deve terminar em trinta dias, e que estes serão improro
gaveis, sem embargo da Ordenação em contrario.
40 Porém se as suspeições forem postas a algum oficial que no feito
«escreva, o commetterá o Governador a outro, em quanto durar o conhe
cimento da suspeição, e este mesmo continuará o processo, se a suspei
qão se julgar contra o recusado, para o que ficará em seu vigor o termo
de quarenta e cinco dias que a Ordenação concede.
4i O mesmo Chanceller, como Juiz da Chancellaria, conhecerá por
acção nova dos erros de todos os Oficiaes de Justiça da Cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro, e quinze legoas ao redor; e por appellação
conhecerá tambem dos erros de todos os outros Oficiaes de Justiça do
districto da Relação, e a todos elles passará as gº de seguro nos ca
108 • 1751
sos que por direito se puderem conceder, dando-as para si aos Oficiaes
da Relação, e Cidade, e quinze legoas ao redor, e para os Ministros
das terras aos outros culpados nos mesmos delictos, e deste Juizo senão
poderá declinar para outro por privilegio algum, posto que seja incorpo
rado em direito. |-
T I T U L O IV.
T I T U L O VIII.
T I T U L O IX.
111 O Guarda Mór, além do mais, que por este Regimento lhe es
tá encarregado, terá cuidado dos Feitos, petições, e mais papeis, que
forem á Relação, ou nella ficarem; e servirá tambem de Distribuidor
de todos os Feitos, Crimes, e Civeis, que á Relação vierem; guardan
do em tudo os Regimentos, que são dados, aos que servem estes Ofi
cios na Casa da Supplicação.
112 Elle passará os Alvarás de fiança, e perdões, e todas as Cartas,
em que assignar o Governador, ou se houverem de expedir immediata
mente pela Relação.
T I T U L O XII.
119 Haverá hum Inquiridor dos Feitos Crimes, e outro dos Civeis.
120 E assim mais haverá hum Carcereiro; e todos estes Oficiaes usa
rão dos Regimentos dados, ou que ao diante se derem, a outros taes da
Casa da Supplicação, em quanto se lhe poderem applicar, assim quanto
aos emolumentos, como a respeito das obrigações de seus Oficios.
/*
175| |119
\,
Pelo que: Hei por bem, que este Regimento se guarde, e cum
pra na fórma, e maneira nelle declarada; e que delle se use, sem em
bargo de quaesquer outros Regimentos, Leis, Provisões, ou costumes
em contrario; porque todos Hei por derogados, como se delles fizera ex
pressa menção; e que este se registe nos Livros desta Relação, e Chan
cellaria della, como tambem nos Livros da Camara da Cidade de São Se
bastião do Rio de Janeiro, aonde se guardará o proprio, e nos das mais
Camaras do districto da mesma Relação a que se enviarão cópias authen
ticas; sendo primeiro registado nos Livros do Desembargo do Paço,
Conselho Ultramarino, e Casa da Supplicação; e assim Mando ao Go
vernador, Chanceller, e mais Ministros desta Relação, e a todos os mais
Governadores, Ouvidores, e Justiças das Comarcas respectivas, que o
cumpräo, e fação cumprir inteiramente. Dado em Lisboa aos 13 de Ou
tubro de 1751. = Com a Assignatura de ElRei, e a do Ministro.
\ Com o qual mandei passar esta Carta, pela qual vos Ordeno, que
tanto que a receberes a façaes registar nos livros ....... . . . . . Para
constar o que no dito Regimento Ordeno, o qual Mando se cumpra, e
guarde muito exactatamente, como nelle se contém; e por Decreto Meu
de vinte de Fevereiro do presente anno Ordenei ao Meu Conselho Ultra
marino o mandasse á dita Relação do Rio de Janeiro, e a todos os Go
vernadores, e Ministros do Ultramar, e onde mais convier, tendo o de
vido cuidado, em que o mesmo Regimento se execute. •
Pelo que, pela parte que vos póde tocar o executareis, e fareis
executar, sem dúvida alguma, e sem embargo de quaesquer Leis, Or
denações, ou Regimentos em contrario, e especialmente da Ordenação
do livro 2." tit. 39. e 40. — ElRei nosso Senhor o mandou pelo seu re
ferido Decreto, e por aviso do seu Secretario de Estado da Marinha, e
Conquistas Diogo de Mendonça Corte Real; e pelos seus Concelheiros
do Concelho Ultramarino abaixo assignados. Antonio de Cubellos Perei
ra a fez em Lisboa aos 14 de Março de 1652.
Impresso avulso.
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(1) Se o Diploma embargado não tem surtido o seu efeito, suspendem os embar
go., aliás não segundo Mendes a Castro Arest. 2.° n. 1. ad fin. Themud. p. 3." q
19. Cab. p. 1." Dec. 112, n.° fin. » e outros Praxistas.
123
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A NNO D E 1752. :
EU ELREI Faço saber aos que este Alvará virem, que sendo util, e
necessario, que as Praças deste Reino se reparem, e fortifiquem, ap
plicando-se as contribuições, com que os Meus fiéis Vassallos me assis
tem para tão indispensavel despeza, com huma administração regulada,
e tal, que, mediante ella, se convertão todas as ditas contribuições no
bem commum, que resulta da segurança da Marinha, e das fronteiras,
sem a dependencia de accrescentar, nem ainda com tão justos motivos,
novos gravames aos Póvos, que o Meu Regio, e Paternal animo procura
antes aliviar em quanto he possivel; Sou servido de ordenar, que daqui
em diante se observe a este respeito o seguinte:
I. As obras, que consistem na reparação daquellas ruinas, que o tem
po costuma fazer ordinariamente nas Fortificações, nos Corpos de Guar
da, e nos Quarteis de Infanteria, e de Cavallaria, tendo a consignação
de vinte e sete contos de réis annuos para se dividirem pelas diferentes
Provincias do Reino , pertencem á inspecção dos Governadores das Ar
mas na conformidade do Titulo sexto do Novo Regimento da Receita , e
despeza da Junta dos Tres Estados, que derogou todas as precedentes
constituições. E ordeno que a este respeito se observe daqui em diante o
contheudo no sobredito Titulo desde o paragrafo primeiro até o paragrafo
sexto inclusivè pelo que respeita a terem os sobreditos Governadores das
Armas a inspecção das referidas obras na maneira abaixo declarada.
II. Os mesmos Governadores das Armas, ou quem seus cargos ser
vir, nomearão no fim de cada anno dous Engenheiros, os quaes acom
panhados do Védor geral na Corte, e nas Praças onde houver Védorias,
e nas outras Praças acompanhados de hum Commissario de mostras visi
tem todas as Fortificações, Corpos de guarda, Quarteis, Hospitaes, e
casas pertencentes ás Védorias, examinando, e autuando o estado, em
que se achão, e os reparos, de que necessitão para se conservarem. No
124 1752
caso de acharem alguma ruina, que não seja causada por culpa dos Of
ficiaes, que governarem cada hum dos sobreditos edificios, darão conta
ao respectivo Governador das Armas para a mandar logo reparar antes
de crescer de sorte, que obrigue a maiores despezas. Se porém acharem
que a tal ruina foi feita, ou causada por algum dos sobreditos Oficiaes,
o Védor geral, ou Commissario de mostras mandarão logo fazer hum au
to; declarando nelle a ruina que achárão; as circumstancias, e medidas
della; e a despeza, que se poderá fazer no seu reparo ; o qual auto se
remetterá ao Governador das Armas, que Me dará conta com elle para
determinar o que for servido, segundo a exigencia do caso.
III. Antes de se arrematar qualquer reparação, que seja necessario
fazer-se nos sobreditos edificios , ordenarão os Governadores das Armas
aos Engenheiros, que destinarem para directores da obra, que fação hum
papel de apontamentos, no qual descrevão com toda a especificação as
ruinas, que houver com todas as suas circumstancias, e medidas , e
com a declaração dos lugares do edificio, onde as mesmas ruinas estive
rem, repetindo o sobredito papel em tres cópias authenticas; huma para
ficar ao General; outra para se incorporar no acto de arrematação, que
se fizer na Védoria; e outra para se entregar ao Empreiteiro para o seu
governo. /
3k #«…>, ºk #
Faço saber aos que esta Lei virem, que tendo consideração á utilidade
pública, que resulta de se cultivar nos Meus Dominios toda a Seda, que
elles podem produzir em beneficio da manufactura deste genero, que
Houve por bem Mandar conservar, e ao interesse que ao bem commum
se póde seguir de que se augmente a sobredita Fabrica: Hei, por bem
Ordenar que todas as pessoas, que lavrarem dez arrates de Seda em ra
ma, ou d’ahi para cima, a possão livremente vender, sem que della, e
da terra, em que voluntariamente houverem plantado tantas Amoreiras,
que produzão pelo menos a dita quantidade de Seda, sendo huma só ter
ra, paguem siza, dizima, portagem, quatro e meio por cento, nem ou
tro algum Tributo velho, ou novo, assim nas Alfandegas, como fóra
dellas. As Pessoas que lavrarem huma arroba de Seda em rama, ou d’a-
hi para cima, e seus filhos, #…, que occuparem na dita cultu
ra, gozarão, além da referida isenção, dos Privilegios, que pela Orde
nação do livro segundo, titulo cincoenta e tres, são concedidos aos ca
zeiros encabeçados dos Fidalgos; sendo tambem excusos de servirem con
tra suas vontades nas Companhias das Ordenanças, dos Auxiliares, ou
ainda pagas, posto que seja em tempo de guerra, que Deos não permit
ta. Os que lavrarem tres arrobas de Seda, e d’ahi para cima, se forem
mecanicos, ficarão habilitados nas suas Pessoas, e nas de seus filhos, e
descendentes, para servirem todos os empregos das Cidades, e Villas do
Reino, que requerem nobreza; e se forem nobres, poderão recorrer a
Mim, que lhes farei mercês proporcionadas á utilidade pública, que con
siderar nos seus serviços, acrescentando as suas nobrezas. E os que la
vrarem menos de dez arrates de Seda em rama, em qualquer quantida
de que seja, sempre a poderão vender livre de Direitos do referido ge
nero, posto que não gozem das mais franquezas assima ordenadas.
Estes Privilegios lhes guardarão inteiramente todos os Ministros
de Justiça, Fazenda, e Guerra de Meus Reinos, e será Conservador
delles o Ministro, que o for da dita Fabrica da Seda na Cidade de Lis
boa; e nas Provincias os Corregedores das Comarcas, procedendo con
tra quem os quebrantar do mesmo modo que pela Ordenação livro segun
do, titulo cincoenta e nove, paragrafo quatorze procede o Corregedor
da Corte contra os que quebrantão, ou não guardão os Privilegios dos Des
embargadores. Porém para que estes Privilegios lhes compitão fará cada
hum dos Lavradores de Seda tomar razão, e registo na Camara respe
ctiva em hum Livro numerado, e rubricado que para este efeito Mando
que haja, de todas as Amoreiras que tiver, e da Seda que cada human
no lavrar da sua cultura, para se conhecer a quantidade a que chega, e
com Certidões authenticas dos Vereadores, e Escrivães das Camaras,
porque conste do pezo da Seda, apuradas pelos Corregedores das Comar
cas, se lhes guardarão os respectivos Privilegios que lhes são concedidos
nesta Lei. Bem entendido que todos os concedidos aos Lavradores de
menor quantidade, e pezo, competem aos de quantidade maior, e não
pelo contrario. Os mesmos Escrivães das Camaras, dos districtos passa
rão guias assignadas pelos Vereadores de todas as Sedas, que delles sa
hirem para a Cidade de Lisboa, ou para outra qualquer do Reino, de
clarando nellas se vem por conta dos mesmos Lavradores, ou se vem já
compradas, e por quem : para assim gozarem da liberdade dos Direitos
que nesta Lei lhes vai concedida, e para se evitarem os descaminhos des
1 e genero. E achando-se nas Alfandegas, e Casas, em que se dá entra
da, menos Seda do que aquella que constar das referidas guias, se repu
tará desencaminhada a que faltar, para ser pºiº o valor della a favor
I30 1752
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Reino de que foi desannexado, muito menos deve haver de ser hum da Casa }
da Supplicação, e não o outro, que mella tem igual exercicio: Sou Servido
determinar, que o dito lugar seja hum dos do número da Casa da Sup
plicação, occupando-se com elle hum dos lugares Extravagantes que pa
ra este efeito, Hei por bem supprimido, ficando o Ministro que nelle es }
tava em lugar supranumerario, em quanto o não houver ordinario: Hei
outro sim por bem, que o Desembargador Gonçalo José da Silveira Pre
to, do Meu Conselho que actualmente he Procurador da Fazenda do Ul
tramar, conserve na mesma Casa da Supplicação a antiguidade, que ti
nha como Desembargador dos Aggravos ao tempo em que foi despacha
do para o Conselho da Fazenda como senão tivesse sahido da dita Casa.
O Duque Regedor o tenha assim entendido e o mande executar. Lisboa
28 de Março de 1762. = Com a Rubrica de Sua Magestade.
Regist. na Casa da Supplicação no Livro 14. dos
ecretos a fol. 109 vers.
#=$<<>$=$
TE U ELREI Faço saber aos que este Meu Alvará de Lei virem, que
por Me ser presente, que algumas pessoas para descobrirem o segredo
das devassas, ou por alguns outros motivos menos justos, abervão desus
2
132 1752
# #*<>"# %
EU ELREI Faço saber aos que este Regimento virem, que conside
rando o que Me representou o Conselho da Fazenda em Consultas de
vinte e sete de Outubro de mil setecentos quarenta e nove , e de nove
de Outubro de mil setecentos cincoenta e hum, a respeito da má arre
cadação, que havia na cobrança, e despeza das Sizas pelos Almoxarifes
delas: Fui servido mandar fazer este Regimento para com elle evitar as
desordens, que atégora se tem experimentado, e reduzir esta arrecada
ção a methodo, em que experimentem os filhos das folhas os seus paga
mentos promptos, e que com facilidade se dem as contas destes recebi
mentos. -
1 Sou servido que daqui em diante haja nesta Corte hum Thesourei
ro geral das Sizas com seu Escrivão para o recebimento dellas de todo o
Reino, o qual será Executor geral das suas Receitas.
2 O Thesoureiro geral terá de ordenado em cada hum anno setecem
tos mil réis, sem que possa ter outro emolumento, propinas, ou ordina
rias, não só da Minha Real Fazenda, como tambem das partes por titu
lo algum, nem ainda o de que falla o Regimento da Fazenda, que hei
por derogado nesta parte: e fazendo-o pelo contrario, se lhe dará em cul
pa, sendo a pena arbitraria; e o seu Escrivão terá duzentos mil réis de
ordenado, e oitenta réis de cada conhecimento, que fizer, com as mes
mas clausulas acima declaradas.
3 Hei por bem extinguir todos os Almoxarifes, e Executores das Co
marcas, Cidades, e Villas destas cobranças neste Reino , e no do Al
garve: e por fazer mercê a algum proprietario, que haja sem culpa, e
que tenha quitações: Sou servido que se lhe pague em sua vida sómen
te, o ordenado, que leva na folha ; e ordeno que do primeiro de Julho
deste anno em diante se abstenhão todos dos exercicios dos ditos Oficios,
ainda aquelles que os estiverem servindo por titulo assignado pela Minha
Real Mão, ou dos Senhores Reis destes Reinos Meus Predecessores; por
que por este Regimento lhes hei por extinctas suas Cartas, Alvarás, ou
Provimentos, para que não possão mais exercitallos, por lhes haver por
extinctas as mercês, com que nellas se conservavão."
4 Para que a arrecadação da dita contribuição nos césse; e se conti
nue como até o presente se fazia, e Meus Vassallos recebão com prom
ptidão ao tempo dos seus vencimentos as quantias, que Eu, e os Reis
Meus Predecessores lhes applicarão nas folhas daquelles rendimentos, as
sim em ordenados, como em juros, ou tenças: Hei por bem que as Ca
meras destes Reinos nas cabeças das Comarcas elejão todos os annos hum
Recebedor, que arrecade as mesmas Sizas dos mais Recebedores dos Ra
mos de cada huma das Comarcas ; e os Recebedores assim eleitos, te
rá cada hum o ordenado, que vai declarado na relação junta, e assigna
da pelo Secretario de Estado Diogo de Mendonça Corte Real, que será
incorporada neste Regimento como parte delle.
5 Os Recebedores eleitos todos os annos, como acima fica disposto,
serão afiançados pelos Vereadores, que os elegerem, ficando seus bens
obrigados a qualquer falencia do Recebedor; e morrendo alguns dos Re
cebedores, serão logo eleitos outros pelas Cameras respectivas, as quaes
requererão sequestros nos bens do Recebedor defunto ao Provedor da Co
Imarca, até se dar por quite o seu recebimento pelo mesmo Provedor.
134 1752
Relação dos Ordenados, que hão de ter em cada anno os Recebedores das
Sizas deste Reino, e do Algarve, que forem nomeados, e approva
dos pelas Camaras respectivas. \
(1) Pela Lei de 22 de Dezembro de 1761 foi alterado em parte, e em parte revo
gado este Alvará. *
I752 137
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gos, ponderando-se a Ordenação Liv. 3.º Tit. 79. § 6., e a Ord. Liv.
S
188 1752
5.° Tit. 126, § 7., e as Doutrinas, que os Doutores referem, sobre pas
sarem, ou não passar em causa julgada as sentenças proferidas em cau
sas crimes, pelo que respeita a pena pública, em que se comprehende
a de degredo, se assentou, que os condemnados nesta qualidade de pe
na, tenhão, ou não tenhão parte mais, que a Justiça, poderão embar
gar, ainda depois de passados os 10 dias, assim nos proprios autos, co
mo na Chancellaria, e ainda na execução, huma só vez, se lhe não com
petir restituição, por virtude da qual possão conforme a Direito ser ad
mittidos com segundos embargos. Porém, que se o condemnado tiver
consentido na Sentença por actos positivos, ordenados para a sua execu
Qão, como tirar Sentença do processo para registar na culpa, e ser rela
xado da prisão, ou tomar o pregão, ou requerer Carta de Guia para ir
cumprir o degredo, e outros semelhantes, não poderá allegar embargos,
ainda que sejão primeiros: e para que assim se observe, serião obriga
dos os Escrivães a informar aos Ministros Criminaes, quando concede
rem vista para embargos, se os condemnados tirárão Sentença, e o Es
crivão dos degradados nas Audiencias será obrigado dar bilhete aos Es
crivães dos livramentos, declarando os réos condemnados, a que passou
Carta de Guia para cumprirem o degredo, e estes farão termo nos au
tos dos mesmos livramentos, declarando o dia, mez e anno, em que lhe
deo o Escrivão dos degradados aquelle bilhete; e nesta fórma se mandou
se observasse. Porto, era ut supra. Como Governador = Emauz. = Bar
roso. = Santhiago. = Machado. = Barreto. = Figueiredo. = Doutor
Sá. = Vasconcellos. = Lobo, &c. +
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EU ELREI Faço saber os que este Alvará virem, que sendo-Me pre
sente o grande prejuizo, que resulta assim aos Lavradores, como aos Mo
radores desta Cidade de nella se vender a palha por pannos sem pezo,
que certa, e determinadamente mostre a quantidade, que se vende, ou
compra; ficando na vontade dos conductores o prejudicarem, ou aos La
vradores que a vendem, ou aos Moradores que a comprão: sem que bas
tem o cuidado, e a providencia, que cabe no Senado da Camara, para
evitar os referidos inconvenientes: sendo-Me outro sim presente a que
bra, que tem as palhas depois de postas em palheiros, e não ser por esta ra
zão justo que se vendão por todo o anno pelo preço taxado no tempo das
colheitas: E considerando tambem o grande prejuizo, que resulta ao pú
blico, de se atravessarem as palhas, fazendo-se dellas armazens particu
lares, donde pelo discurso do anno se vendem ao Povo por grandes pre
ços: Sou servido Ordenar o seguinte.
I. Cada hum dos pannos de palha, que se venderem terá sempre qua
tro arrobas perfeitas, incluido o pezo do mesmo panno, em que he con
duzida; ou cento e vinte arrates livres para o comprador.
II. Posto que o referido pezo se ha de fazer sem intervenção de ou
tra alguma pessoa, que não seja o comprador, e vendedor, ou as pes
soas; a quem eles commetterem a compra, ou venda: com tudo, para
maior expedição das partes, o Senado da Camara fará entregar a cada
I752 • 139;
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem, que sen
do-Me presente que a ultima calúmnia, com que os Réos condemnados
em causas civeis costumão embaraçar as sentenças , e levallas, com o
pretexto de erros nas contas das custas, ao Juizo da Chancellaria, não
só com notorio abuso da Ordenação liv. 1. tit. 14. §. 2. , mas contra a
utilidade pública , que em grande parte consiste na prompta execução
das sentenças: e considerando o prejuizo dos crédores, e por Pedir a boa
administração da Justiça, se remova inteiramente o dito abuso: Hei por
bem, que a expedição, e execução das sentenças se não suspenda com
sobre estes, se
o pretexto de erros de custas ; e que, havendo questão
reserve a decisão della, e cobrança das ditas custas para depois de se
146 1752
acabar a execução das sentenças, quanto ao principal. Pelo que Mando
ao Regedor da Casa da Supplicação, Governador da Casa do Porto, Des
embargadores das ditas Casas , Governadores , e Desembargadores das
Relações das Conquistas, e a todos os Corregedores, Provedores, Ouvi
dores, Juizes, e mais Justiças destes Mens Reinos, e Senhorios, cum
prão, e guardem este Meu Alvará de Lei, como nelle se contém. E ao
Doutor Francisco Luiz da Cunha de Ataide, do Meu Conselho, e Meu
Chanceller Mór, o faça publicar na Chancellaria , e enviar o traslado
delle sob Meu Sello, e seu signal, a todos os Corregedores das Comar
cas destes Reinos, e Ilhas adjacentes, e aos Ouvidores das Conquistas,
e terras dos Donatarios, em que os Corregedores não entrão por Correi
ção, para que o fação publicar nas suas Jurisdicções. E se registará nos
Livros do Desembargo do Paço, Casa da Supplicação, e da Relação do
Porto, e nas mais partes, onde semelhantes Alvarás se costumão regis
tar; e este proprio se lançará na Torre do Tombo. Dado em Lisboa aos
18 de Outubro de 1752. = Com a Assignatura de ElRei, e a do Mar
quez Mordomo Mór P.
Regist. na Chancellaria Mór da Corte, e Reino no Li
vro das Leis, a fol. 32 vers., e impr. na Oficina de
Antonio Rodrigues Galhardo.
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem , que sen
do-Me presente que alguns Ministros, por se lhes dilatar o cumprimen
to das Avocatorias, ou Precatorios, porque pertendem lhes sejão remet
tidos, ou trazer perante si alguns autos, que pendem em outros Juizos,
tem rompido no excesso de os fazer tirar violentamente dos Cartorios dos
Escrivães, em que corrião, ofendendo com este procedimento não só o res
peito dos Juizes, perante quem servem os Escrivães, a que pelo referi
do modo se extrahem os autos, mas a fórma, que as Leis prescrevêrão
para se avocarem, ou pedirem autos dos Juizos, em que pendem, e a
determinação do assento da Relação de vinte e nove Maio de mil sete
centos sincoenta e hum: e desejando atalhar tão prejudicial, e escanda
loso abuso : Hei por bem, que nenhum Ministro, de qualquer qualida
de, ou graduação que seja, e ainda o Contador Mór, mande com pre
texto algum tirar autos dos Cartorios dos Escrivães dos Juizos, em que
penderem ; e no caso de lhes serem necessarios, ou para negocio do Meu
Real Serviço, ou por entenderem lhes pertence privativamente o conhe
cimento das causas, que em outros Juizos se tratão, os peção por Car
ta a vocatoria, ou Precatorio, na fórma determinada na Lei, e Regimen
to dos Contos; e não se cumprindo as ditas Cartas, e Precatorios, dei
xem usar as partes dos meios competentes; e não podendo estes ter lu
gar, se recorra a Mim, abstendo-se de todo, e qualquer procedimento
contra os Escrivães dos pertendidos autos, por se achar prohibido por
Decretos Meus , ainda aos Tribunaes, o proceder contra os Oficiaes
alheios em competencias de jurisdicção. E succedendo o caso, que se
não espera, de se contravir ao sobredito, ficará o transgressor, por esse
mesmo feito, suspenso do lugar, que servir até mercê Minha. Pelo que
Mando aos Presidentes dos Tribunaes respectivos, Regedor da Casa da
*
1752 147
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EU ELREI Faço saber a todos os que este Alvará com força de Lei
virem, que sendo-Me presente a dúvida, que tem havido nas Minas so
bre a fórma de se fazerem os pagamentos das dividas pertencentes á Mi
nha Real Fazenda, e tambem as ordens, que interinamente se tem dado
sobre esta materia; e querendo remover todo o embaraço, que haja a es
te respeito, pelo modo mais favoravel aos meus Vassallos , e mais con
forme ás resoluções de Direito, praticando igualmente a Real clemencia,
com que attendo aos moradores das Minas: Sou servido determinar, que
nos Contratos Reaes, ajustados por quantias de arrobas, e oitavas de
Ouro, que se houverem de satisfazer dentro no districto das Minas, on
de he permittido correr Ouro em pó, se receba a satisfação, e paga da
mesma fórma , que foi estipulada, e na mesma especie, e quantidade
promettida no termo de arrematação , sem que os Contratadores sejão
obrigados a fundir, e quintar o dito Ouro ; porém tanto que elle entrar
na Provedoria , o Provedor da Fazenda o mandará logo á Casa da Fun
dição reduzir a barra, tirando-se o quinto ; porque em favor, e benefiº
cio dos Póvos encabeçados, Hei por bem sujeitar o Ouro, que me per
tence , a esta satisfação, a que não estava obrigado ; o que porém se
não praticará nas Minas, em que se não tiver feito semelhante ajuste
com os Póvos. •
trina, mas porque de novo assim o resolvo, e estabeleço, para que não
haja
cego,embaraço,
que deve ehaver
dúvida,
entreque
os perturbe o Commercio, a união, e o so
Meus Vassallos. • •
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem , que sen
do-Me presente , que o outro Alvará, que com a mesma força foi pu
blicado em onze de Novembro proximo passado na Chancellaria Mór da
Corte, e Reino, sobre a fórma de se fazerem no territorio das Minas Ge
raes com Ouro em pó os pagamentos das dividas pertencentes assim á
Minha Real Fazenda, como aos particulares; sahio da estampa com al
(1) Vid. o Alvará de 21 de Dezembro deste anno,
1752 149
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará virem, que tendo consi
deração ás representações, que o Correio Mór do Reino, e os seus As
sistentes nelle, Me fizerão sobre o Regimento de cinco de Junho do an
no proximo passado, em que dei nova fórma á arrecadação das Sizas; e
ao prejuizo, que os sobreditos Me representárão, que se lhes seguiria
de tomarem sobre si o perigo das remessas, sem algum emolumento, que
fosse compensativo destes riscos; ao mesmo tempo, em que de todo o
dinheiro, que até agora transportárão os seus Estafetas, levárão sempre
por inveterado costume hum por cento de conducção: Hei por bem de
clarar o dito Regimento; ordenando, que o referido hum por cento seja
pago aos sobreditos pelo Thesoureiro Geral de todo o dinheiro, que pe
los Correios vier ao seu cofre, descontando-o aos Filhos da Folha, que
voluntariamente quizerem cobrar em Lisboa as suas respectivas porções.
I52 1753
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Poa quanto, com o motivo do grande prejuizo, que resultava assim aos
Lavradores do Riba-Téjo, como aos moradores desta Cidade, das Tra
vessias, que se fazião nas Palhas, e Cevadas das Lezirias, Mandei ex
citar a observancia das Leis estabelecidas sobre esta materia, acrescen
tando algumas conformes ao presente tempo; e dando outras providen
cias mais amplas, entre as quaes se comprehendeo a de que os Ministros
executores das sobreditas Leis, e ordens, que constão da Relação, que
baixa com este além das Contas, que dessem pela Meza do Desembargo
do Paço, serião obrigados a dallas tambem na Minha Real Presença no
fim de cada dous mezes pelo Secretario de Estado Sebastião José de Car
valho e Mello; apontando particularmente quaesquer meios que lhes pa
recessem mais convenientes; assim para a averiguação das culpas, como
para a prizão dos criminosos, que houvesse; e que sem Certidão do mes
mo Secretario de Estado, pela qual constasse, que havião cumprido com
a execução das ditas ordens, se lhes não poderião mandar passar Certi
dões de correntes: Sou Servido Ordenar, que os sobreditos Ministros
em quanto não apresentarem as referidas Certidões, de que bem cum
prírão as ordens, que lhes Mandei expedir pelo dito Secretario de Esta
do, não possão ser julgados por habeis, para requererem na Minha Real
Presença. O Duque Regedor o tenha assim entendido, e faça executar
pela parte que lhe toca. Lisboa 22 de Junho de 1753. = Com a Rubri
ca de Sua Magestade.
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Sesºs-Me presente, que os filhos das pessoas, que em sua vida serví
rão os oficios e ministerios, para que se requer a propria industria, ar
te e experiencia pessoal, como são Pilotos do Alto e das Barras, Patrões,
Marinheiros, Architectos, Mestres de Oficios e outros desta semelhan
ça, costumão depois da morte de seus pais pedir Cartas dos mesmos of
ficios e ministerios, sendo aliás imperítos delles, e se tem mandado pas
sar a muitos , de que resulta detrimento grave ao Meu serviço , e bem
público : Hei por bem declarar em todos e quaesquer oficios e ministe
rios, assim maritimos, como terrestres, para que se requer a propria in
dustria, arte e experiencia pessoal, ou sejão liberaes , " ou mechanicos,
não tem lugar o costume do Reino, e com a morte das pessoas, que os
servirem em dia pela sua pericia, ficão totalmente vagos, para livremen
te se proverem nas pessoas mais peritas e experimentadas, que os per
tenderem ; sem que os filhos dos proprietarios tenhão direito algum de
os pedirem : praticando-se o mesmo nestes oficios, que se observa nos
Contos do Reino e Casa, salvo pelo proprio merecimento, arte, indus
tria e experiencia, com que serão admittidos em concurso. Pelo que or
deno, que mais se não passem cartas, por costume do Reino, de taes
oficios aos filhos dos proprietarios, nem para este fim se admittão a jus
tificar no Juizo das Justificações do Reino; nem se acceitem petições de
graça para se me consultarem sobre esta materia, por quaesquer causas
de equidade, que se representarem : e as pessoas, que já estiverem en
cartadas por semelhante modo, sejão logo mandadas examinar nas Re
partições, a que pertencer; e achando-se imperítos e inha beis para pes
soalmente exercitarem os oficios e ministerios, em que estiverem encar
tados, sejão privados delles, e recolhidas as Cartas, que se desnotarão
em seus Registos : e os oficios serão provídos por concurso nas pessoas
mais habeis, perítas e experimentadas, que os pertenderem, e pessoal
mente houverem de exercitar. A Junta dos Tres Estados o tenha assim
entendido, e o faça executar pela parte, que lhe toca. Belém 3 de A
gosto de 1753. = Com a Rubríca de Sua Magestade.
Regist, no Livro XXX, da Contadoria Geral a fol.
163I., dee F.
J. impr. na Collecção da Universidade por
•
1753 159
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará virem, que a vinte e tres
do mez de Novembro de mil seiscentos e doze se expedio o Alvará, cu
jo theor he o seguinte = Eu ElRei Faço saber aos que este Alvará vi
rem, que vendo Eu os grandes damnos, faltas, e inconvenientes, que
ha de andarem ordinariamente de serventia os mais dos Officios menores
de Justiça deste Reino, concedendo-se serventias por leves causas de
com modidades dos proprietarios delles; e desejando Eu de prover de re
medio em materia de tanta ponderação, e importancia ao serviço de
Deos, e Meu, e boa administração da Justiça, a estes, e outros incon
venientes, que disto se seguem : Hei por bem , e Mando, que os pro
prietarios de todos os Oficios de Justiça, assim de todos os Juizos, e
Tribunaes desta Cidade, como da Cidade, e Casa do Porto; e das Co
marcas do Reino , e do Algarve, sirvão seus Oficios por suas proprias
pessoas dentro de hum mez, que começará do dia da publicação deste
Alvará em diante; e não o fazendo assim dentro do dito termo, me praz
que cessem todas as serventias, que de seus Oficios estiverem dadas,
e as sirvão os Oficiaes companheiros dos mesmos Oficios, aonde os hou
verem, até os proprietarios delles estarem desempedidos para o fazerem;
e não havendo companheiros, que por elles possão servir, se haverão os
ditos Oficios por vagos, e Eu mandarei tratar logo da provisão delles,
sem que por isso fique a Minha fazenda com obrigação de satisfação al
guma aos proprietarios. E Mando aos Corregedores, Ouvidores, Prove
dores, Juizes de Fóra das Cidades, Villas, e Lugares deste Reino, que,
passado o dito termo de hum mez, avizem com suas cartas a Mesa do
despacho do Desembargo do Paço, dos que assim o não fizerem, decla
rando os impedimentos, que para isso tem ; as quaes cartas enviarão a
Pedro Sanches Farinha, meu Escrivão do despacho da dita Mesa, para
Eu as mandar ver, e prover em tudo, como mais for servido: porém se
alguns dos ditos proprietarios estiverem justamente impedidos, e disso
houverem informação certa dos ditos Ministros acima nomeados, a quem
tocar o dallas, em tal caso se não tratará de prover seus Officios , e as
serventias delles se proverão na fórma, que atégora se usou: e outrosim
mando aos ditos Julgadores, a cujo cargo estiver dar as informações dos
Oficios deste Reino, a todos em geral, e a cada hum em especial, que
no particular dellas tratem de fazer todas as diligencias necessarias para
mui distinctamente terem noticia das causas, e razões, porque os pro
prietarios estão impedidos, e que por nenhuma via os ditos Julgadores
possão prover , e nem provejão as serventias dos ditos Oficios mais que
o tempo, que a Ordenação lhes concede, tendo os proprietarios justos
impedimentos; e passado o dito tempo, e durando ao proprietario o im
pedimento, eles não poderão prover mais por tempo algum, e avisarão
á Mesa do Desembargo do Paço pela via, que fica dita, para nelle man
dar prover como for servido , e se lhes dará em culpa em suas residen
cias. E Mando ao Presidente, e Desembargadores do Paço, que cum
prão, e guardem este Alvará, e o fação cumprir, e guardar, como nel
Je se contém , e se registará no livro da dita Mesa, e valerá como Car
ta feita em Meu Nome, por Mim assignada, posto que seu efeito haja
de durar mais de hum anno, sem embargo da Ordenação em contrario
16o 1753
E ao Regedor da Casa da Supplicação, e ao Governador da Cidade, e
Relação do Porto, o fação publicar em seus Tribunaes, e dar á sua de
vida execução, e registar nos livros delles. E ao Doutor Damião de A
guiar, do Meu Conselho, e Chanceller Mór destes Reinos, que o faça
publicar na Chancellaria , e envie logo cartas com o traslado delle sob
Meu Sello, e seu signal, a todos os Corregedores, e Ouvidores das Co
marcas destes Reinos, aos quaes outrosim Mando o publiquem logo nos
lugares aonde estiverem , e o fação publicar em todos os das suas Co
marcas, e Ouvidorias, para que a todos seja notorio. Diogo Martins de
Medeiros o fez em Lisboa a vinte e tres do Novembro de mil seiscentos
e doze. E eu Pedro Sanches Farinha o fiz escrever. = E porque sou infor
mado, que o dito Alvará se não cumpre, e executa; e que os Ministros,
e Julgadores contra o disposto nelle prorogão muito as serventias dos Of
ficios de Justiça, além do tempo, que lhes he permittido pela Ordena
ção ; de que se seguem grandes inconvenientes ao Meu Real serviço,
querendo dar providencia para que mais se não continuem estes abusos:
Hei por bem , que o dito Alvará se observe inteiramente , e que além
das penas nelle estabelecidas contra os Ministros transgressores, quaes
quer Oficiaes, que servirem por provimento dos Ministros, ou Julgado
res, depois do tempo, em que estes, conforme a Ordenação , podem
prover as serventias, sejão castigados, como se servissem sem provimen
tos, e que os possa denunciar na Mesa do Desembargo do Paço qual
quer pessoa, em quem a mesma Mesa proverá a serventia, tendo os re
quisitos necessarios para bem servir. E Mando ao Presidente, e Desem
bargadores do Paço , que cumprão, e guardem este Alvará, e o fação
cumprir, e guardar, como nelle se contém ; e se registará no livro da
dita Mesa, e valerá como Carta feita em Meu Nome, e por Mim assig
nada, posto que seu efeito haja de durar mais de hum anno, sem em
bargo da Ordenação em contrario. E ao Regedor da Casa da Supplica
ção, e ao Governador da Cidade, e Relação do Porto, o fação publicar
em seus Tribunaes, e dar á sua devida execução, e registar nos livros
delles. E ao Doutor Francisco Luiz da Cunha de Ataide, do Meu Con
selho, e Chanceller Mór destes Reinos, que o faça publicar na Chancel
laria, e envie logo Cartas com o traslado delle sob Meu Sello, e seu si
gnal, a todos os Corregedores, e Ouvidores das Comarcas destes Rei
nos, aos quaes outrosim Mando, que o publiquem logo nos lugares, aon
de estiverém, e o fação publicar em todos das suas Comarcas, e Ouvi
dorias, para que a todos seja notorio. Lisboa, 8 de Agosto de 1753. =
Com a Assignatura de ElRei.
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EU ELREI Faço saber aos que este Alvará de Lei virem, que sendo
informado da eminente ruina , a que se achão expostos o Contrato, e o
Commercio dos Diamantes do Brasil, não só pelas desordens, que até
gora se commettêrão na administração, e no maneio delles, preferindo
se os interesses particulares ao bem público, que se segue da reputação
deste genero; mas tambem pelos consideraveis contrabandos, que delle
se fizerão, com grave prejuizo do Meu Real Serviço, e do cabedal dos
Meus Vassallos, que licita, e louvavelmente se empregão neste negocio,
em commum beneficio dos Meus Reinos, e das suas Conquistas: E tem
do consideração a que no estado, a que tem chegado as sobreditas des
ordens, não podia caber o remedio dellas, nem na applicação dos meios
ordinarios, nem nas faculdades dos particulares, que nelle tem interes
ses: Hei por bem tomar o referido Contrato, e Commercio debaixo da
Minha
guinte. Real, e immediata Protecção, ordenando a respeito delles o se
# •
III. Para que mais eficazmente seja esta Lei observada, Sou servi
do ordenar que as denuncias sejão tomadas em segredo, como se pratí
ca no Fisco dos ausentes; e que, sendo os denunciantes escravos, se li
bertem pela competente parte do premio da denuncia; entregando-se-lhes
o resto para delle uzarem, como bem lhes parecer.
IV. Bem entendido, que em todos os sobreditos casos, sendo os trans
X
162 1753
gressores desta Lei estrangeiros, não terão contra elles lugar as penas de
degredo para os Meus Dominios da America, ou Africa; mas antes em
lugar das referidas penas se executará nelles a de prizão até Minha mer
cê, e a de confiscação de todos os bens , que lhes forem achados nos
Meus Dominios, sendo exterminados para nelles mais não serem admit
tidos. E sendo caso, que nestes Reinos não tenhão bens equivalentes ao
valor do descaminho, e dobro delle acima ordenados , ficarão na cadêa
até que com efeito seja esta pena pecuniaria satisfeita com o inteiro pa
gamento dos interessados nella. * . .
Hei por muito recommendado o cuidado, que devem ter sobre esta ma
ter 1a.
XII. A Companhia de Dragões destinada á guarnição , e guarda do
Serro do Frio será sempre rendida no fim de cada seis mezes com todos
os seus Oficiaes: fazendo-os o Governador substituir por outros Oficiaes
dos Governos visinhos, que lhes parecerem mais dignos da sua approva
ção, e confiança.
XIII. Semelhantemente serão rendidos os Càpitães do Mato , dos
quaes o Governador nomeará, á custa da Minha Real Fazenda, os que
justamente lhe parecerem necessarios para a competente guarda das Ter
ras demarcadas.
XIV. Os Intendentes, além de conservarem sempre abertas as devas
sas que lhes tenho ordenado contra os contrabandistas de Diamantes, vi
sitarão pessoalmente, as mais vezes, que lhes for possivel, a Villa do
Principe, e os Arraiaes do districto, que tenho declarado, para maior
exame do que se passar naquelles lugares.
XV. Não só os referidos Intendentes , mas tambem todos os Minis
tros dos Territorios das Minas, e dos Pórtos do Brasil, perguntarão cui
dadosamente nas correições, e devassas, pelos descaminhos dos Diaman
tes , para por elles procederem contra os culpados na fórma desta Lei:
inquirindo-se nas residencias dos sobreditos Ministros se bem fizerão es
ta diligencia: Não sendo admittidos a despacho sem certidão de que cum
prírão com ella: e dando-se-lhes em culpa qualquer negligencia, em que
forem achados.
XVI. Porque não he da Minha Real Intenção prohibir a entrada dos
Diamantes, que o Commercio deste Reino traz a elle da India Oriental:
e para prevenir todo o abuso, que da entrada dos mesmos Diamantes se
podia seguir: Estabeleço, que os sobreditos Diamantes venhão da mes
ma sorte, que os do Brazil em cofre com arrecadação: registando-se cui
dadosamente na Casa da India , e fazendo-se nella assignar termos aos
seus respectivos donos de os não venderem neste Reino, e de os manda
rem para fóra delle debaixo das guias que Mando se lhes passem para
este efeito. O que tudo se observará debaixo das mesmas penas acima
ordenadas.
XVII. O mesmo determino a respeito de todas as pessoas, que nes
te Reino tiverem ao tempo da publicação desta Lei Diamantes brutos:
Ordenando , que no termo de hum mez, continua, e successivamente
contado do dia da mesma publicação, os venhão manifestar aos Admi
nistradores do Contrato, para se lhes permittir a extracção para fóra do
Reino, com termo competente, debaixo das guias, e segurança neces
S3T13S,
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