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DE POTÊNCIA
2
ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA ( SEP )
I.2- Objetivo.
Gerar energia elétrica suficiente nos locais mais adequados transmiti-la em grosso até o
centro de carga e então distribuí-la aos consumidores individuais sob forma e qualidade
adequadas e ao mais baixo preço econômico e ecológico. Os SEP são projetados para
atender certas exigências, tais como:
a)Confiabilidade de suprimento; b) Economia ( técnica e ecológica );
c)Qualidade de suprimento ( V = cte e f = cte ).
2
3
I.4- Estrutura do SEP.
O SEP opera em diversos níveis de tensão separados por transformadores.
Pr imária − 13,8 kV ; 34,5 kV
a) Nível de distribuição
Secundária − 220V / 127 V ; 380V / 220V
b) Nível de subtransmissão - 22 kV a 69 kV ou 138 kV
c) Nível de transmissão - 138 kV; 230 kV
- EAT : 345 kV ; 450 kV ; 550kV ; 750 kV
3
4
2- Operação Econômica do Sistema.
Uma determinada carga pode ser alimentada por diferentes alternativas, dependendo dos
despachos de geração das usinas, do perfil de tensão V do sistema e da configuração de
linhas de transmissão (LT’s) do sistema.
Portanto, é necessário decidir a estratégia operacional ótima do sistema levando-se em
conta:
→Despacho de geração mais econômico.
→Critérios de custos (operacionais de combustíveis).
→Critério de perdas nas linhas de transmissão, para diferentes configurações e
diferentes despachos de geração.
3- Controle do Sistema.
Controle f x P (Carga x Frequência)
Controle V x Q (Tensão x Reativos)
100% 100%
50%
50%
5
6
Os curtos-circuitos acarretam um colapso total ou parcial da tensão do sistema e as
correntes podem alcançar valores maiores que as limitações técnicas dos equipamentos e
LT’s.
Os elementos responsáveis por controlar ou eliminar tais transitórios são os relés e
disjuntores, religamento automático.
A finalidade do Estudo de Curto-circuito é de determinar presumidamente as
correntes e tensões de falta para selecionar os disjuntores do sistema e escolher o
sistema de proteção por relés que deverão sentir o defeito e iniciar o chaveamento
seletivo para minimizar os problemas técnicos dos equipamentos e as oscilações
mecânicas dos motores.
6
7
QUADRO RESUMO DE ESTUDO E ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
II-CONCEITOS BÁSICOS.
A forma de onda de tensão nos barramentos de um SEP pode ser assumida como sendo
puramente senoidal e de freqüência constante.
- As correntes e tensões senoidais são representadas na forma fasorial e com letras
maiúsculas, como por exemplo, V; I.
- V e I → Módulos de V e I respectivamente.
- Os valores instantâneos de corrente e tensão serão designados por letras minúsculas.
Ex.: v(t) ou v; i(t) ou i
- Quando uma tensão gerada (força eletromotriz) está especificada, usa-se a letra E em
vez de V para enfatizar o fato de uma genérica diferença de potencial entre dois pontos
está sendo considerada.
- Se uma tensão ou corrente são expressas em função do tempo, tais como:
v(t) = 141,4cos (wt + 30º) e i(t) = 7,07coswt, teremos:
Vmáx=141,4 V; Imax=7,07 A
7
8
Vmáx 141,4
Vrms = Vef = = V = = 100 V (lido nos voltímetros CA)
2 2
I máx 7,07
I rms = I ef = = I = = 5 A (lido nos amperímetr os CA)
2 2
-Expressando como fasores, fica:
V = 100∠30º V ou V = 86,6 + j 50 (V );
I = 5∠ 0º A ou I = 5 + j 0 ( A)
Vab = I ab Z A
8
9
II.4-Potência em circuitos monofásicos CA.
p=vanian
van
0
ian
A potência positiva calculada por vanian resulta quando a corrente está fluindo na direção
da queda de tensão e é a taxa de transferência de energia para a carga. Inversamente,
potência negativa calculada por vanian resulta quando a corrente está fluindo na direção de
9
10
um crescimento da tensão e significa que uma energia está sendo transferida da carga
para o sistema no qual a carga está ligada.
Se van e ian estão em fase, como no caso de carga puramente resistiva, a potência
instantânea nunca ficará negativa. Se a corrente e a tensão estão defasadas de 90°, como
num elemento ideal de circuito puramente indutivo ou capacitivo, a potência instantânea
terá semiciclos positivos e negativos iguais e seu valor médio será zero.
Usando identidades trigonométricas na equação de p, ela fica reduzida a:
V I V I
p = max max cos θ(1 + cos 2wt ) + max max senθsen2wt
2 2
Interpretando a expressão de p acima, destaca-se:
Vmax I max
a) O termo pode ser substituído pelo produto do valor rms da tensão e
2
corrente, ou seja:
Vmax I max Vmax I max
= = V .I .
2 2 2
Logo, p = V . I cos θ(1 + cos 2wt ) + V . I senθsen2wt
b) O primeiro termo que contem cosθ é sempre positivo e tem um valor médio de
V I
P = max max , ou em valores rms tem-se P = V . I cos θ.
2
P é chamada de potência média ou potência real, dada em Watts.
10
11
e) O termo V . I senθ.sen2wt , é alternadamente positivo e negativo e tem um valor
médio igual a zero. Esta componente de potência instantânea p é chamada potência reativa
instantânea e expressa o fluxo de energia alternativamente na direção da carga e para fora
da carga. O valor máximo desta potência pulsante, designada por Q, é chamado potência
reativa ou volt-ampère reativo.
V I
Logo, Q = max max senθ, ou valores rms Q = V . I senθ.
2
Os três lados ‘S’, ‘P’ e ‘Q’ do triângulo de potências podem ser obtidos do produto VI*,
cujo resultado é um número complexo, chamado potência complexa ‘S’. A sua parte real é
igual a potência média ‘P’ e a sua parte imaginária é igual a potência reativa ‘Q’.
Seja V = V∠α e I = I∠α + θ , então,
S = VI* = V∠α × I∠ − α − θ = VI∠ − θ
Resumindo, temos:
VR 2
Potência média ou ativa ⇒ P = VI cos θ =
R
{ }
= Re VI ∗ , (Watts)
11
12
2
VX
Potência reativa ⇒ Q = VIsenθ = XI 2 =
X
{ }
= Im VI ∗ , (Var)
V2 2
Potência aparente ⇒ S = VI = ZI = = Valor absoluto de VI ∗ , (VA)
Z
a
Ian
Zga
In
Ega ZL
b
o n
Zgb Ibn ZL
Egc Egb
ZL
Zgc
Icn
c
No gerador as fems Ega, Egb e Egc são iguais em módulo e deslocado uma da outra de
120°, ou seja, no sistema trifásico, a diferença de fase entre as tensões induzidas nas três
bobinas igualmente espaçadas é de 120°.
12
13
Considere a figura a seguir:
A C’
B’
N S
C
B
A’
A
A B C
A’ B’ t
120°
C’
B 240°
C
A
A C B
t
A’ C’
120°
B’
240°
C
B
13
14
A ligação dos terminais A’, B’ e C’, resulta num alternador ligado em Y (estrela), ao
passo que a ligação de A em B’, de B em C’ e de C em A’, resulta num alternador ligado
em ∆ (delta ou triângulo), representadas a seguir:
A
A
A≡B’
A
VFASE
VLINHA
B≡C’
A’≡B’≡C’=N B
B B
C C
C≡A’
C
2ª) Na ligação triângulo, as tensões de linha e de fase são iguais, e a corrente de linha é
3 a corrente de fase, ou seja;
VL = VF e I L = 3 .I F
OBS.: Seja qual for a ligação, as três linhas A, B e C constituem um sistema trifásico de
tensão. O ponto neutro da ligação em estrela fornece o quarto condutor do sistema trifásico
a quatro condutores.
C B A
14
15
EXEMPLOS:
1º) Um sistema ABC trifásico a três condutores, 110 volts, alimenta uma carga em
triângulo, constituída por três impedâncias iguais de 5∠45 o Ω . Determinar as correntes de
linha IA, IB e IC e traçar o diagrama de fasores.
2°) Um sistema CBA trifásico a quatro condutores, 208 volts, alimenta uma carga em
1 - TRANSFORMAÇÃO Δ Y:
ZB
Z1 Z2 Z A .Z B
Z1 =
Z A + Z B + ZC
Z B .Z C
Z2 =
ZA ZC Z A + Z B + ZC
Z3
Z A .Z C
Z3 =
Z A + Z B + ZC
15
16
2 - TRANSFORMAÇÃO Y Δ:
ZB
Z1 Z2 Z1 .Z 2 + Z1 .Z 3 + Z 2 .Z 3
ZA =
Z2
Z1 .Z 2 + Z1 .Z 3 + Z 2 .Z 3
ZC ZB =
ZA Z3
Z3
Z1 .Z 2 + Z1 .Z 3 + Z 2 .Z 3
ZC =
Z1
Z ∆ .Z ∆ Z ∆2 Z Z∆
Δ → Y: Z Y = = = ∆ ou seja, ZY =
Z ∆ + Z ∆ + Z ∆ 3Z ∆ 3 3
Z Y .Z Y + Z Y .Z Y + Z Y .Z Y 3Z 2Y
Y→Δ: Z ∆ = = = 3Z Y ou seja, Z ∆ = 3Z Y
ZY ZY
Sendo a corrente a mesma nas impedâncias de fase das cargas equilibradas em estrela
ou em triângulo, a potência de fase é igual a um terço da potência total.
16
17
OBS.: Como as equações para potência ativa PT são idênticas para as duas cargas
equilibradas (Y ou Δ), a potência em qualquer carga trifásica equilibrada é dada por
3 VL I L cos θ , onde θ é o ângulo da impedância de carga ou ângulo da impedância
Assim, para uma carga trifásica equilibrada, a potência aparente, a potência ativa e a
potência reativa são dadas por:
S T = 3 VL I L ; PT = 3 VL I L cos θ ; Q T = 3 VL I L sen θ
17
18
III–GRANDEZAS “ POR UNIDADE (pu) “
III.1- Introdução.
Na análise de redes de potência é necessário representar-se as grandezas elétricas
envolvidas (tensões, correntes, impedâncias, etc.) em “por unidade“. Uma grandeza em
“pu“ é dada pela relação entre o seu valor atual (em V, A, Ω, etc.) e um valor como base
(também em V, A, Ω, etc.).
Logo,
Grandeza Elétrica
Valor (pu ) =
Base
18
19
Nos estudos em regime permanente o parâmetro tempo não é considerado. Nesta
tabela verificamos que o ângulo de fase não tem dimensão e as quatro grandezas restantes
S = V .I *
são relacionadas como segue: Z = V
I
Assim uma escolha arbitrária de duas bases (em geral S e V) automaticamente fixará
as outras duas (I e Z).
⇒ Corrente Base:
S b [VA] S b [MVA ]
I b [ A] = V [V ] ; I b [KA] = V [KV ]
b b
MVA b
KI b =
KVb
⇒ Impedância Base:
Vb [V ] Vb 2 [V ] Vb 2 [KV ]
Z
b [ Ω ] = = ; Z b [ Ω ] =
I b [ A] S b [VA] S b [MVA ]
2
Z [Ω ] = KVb
b MVA b
⇒ Impedância Base
VbφN [KV ]2 KVbφN 2
Z b [Ω ] = ⇒ Z b [Ω ] =
S b1φ [MVA ] MVA b1φ
Vbφφ [KV ]2 KVbφφ 2
Z b [Ω ] = S ⇒ Z b [Ω ] =
b 3 φ [ MVA ] MVA b 3φ
20
21
III.6- Mudança de Base.
2
S VbA
Z N(pu ) = Z A(pu ) bN
S bA VbN
III.7- Aplicações.
3ª- No circuito da figura abaixo a tensão no ponto A é mantida com o valor eficaz de 1pu.
Calcule as potências (ativa e reativa) absorvidas pelos nove elementos cujas impedâncias
(com valores-base MVA – kV) são: Z1 = 0,015 pu ; Z 2 = j0,100 pu ; Z 3 = 0,210 pu ;
Z 4 = − j0,100 pu; Z 5 = j0,200 pu; Z 6 = j0,300 pu; Z 7 = − j0,201 pu; Z 8 = j0,400 pu e Z 9 = 0,600pu.
1 2
A
3 7
6
4
8 9
5
21
22
4ª) A reatância de um gerador, designada por X, é dada como sendo 0,25 pu baseado nos
dados de placa do gerador de 18 kV, 500 MVA. A base para cálculo é 20 kV, 100 MVA.
Encontre X na nova base.
6ª) Um gerador (que pode ser representado por uma F.E.M. em série com uma reatância
indutiva) é especificado nominalmente 500 MVA, 22 kV. Seus enrolamentos conectados
em Y têm uma reatância de 1,1 pu. Obtenha o valor ôhmico da reatância dos
enrolamentos.
22
23
IV- REPRESENTAÇÃO DE SEP’s
IV.1- Diagrama Unifilar
È usado para representar os elementos associados de um sistema elétrico de potência
(SEP).
Símbolos utilizados:
Fusível.
Transformador de corrente.
ou Transformador de potencial.
Disjuntor de potência.
A Amperímetro.
V Voltímetro.
1
T1 LT T2
3
Carga A Carga B
23
24
No diagrama, estão representados, dois geradores, um aterrado através de um reator e
o outro através de um resistor, onde são interligados a uma barra e, através de um
transformador elevador (T1), a uma linha de transmissão (LT). Um terceiro gerador,
aterrado através de um reator, é ligado a uma barra e, através de um transformador
elevador (T2), à extremidade oposta da linha de transmissão (LT). Uma carga é ligada a
cada barra. No diagrama, às vezes, são fornecidas informações sobre as cargas, as
potências e tensões nominais dos geradores e transformadores, e reatâncias dos diferentes
componentes do circuito.
E3
E1 E2
24
25
Baseado nas considerações anteriores obtém-se o diagrama de reatância do exemplo
considerado anteriormente, como segue:
E1 E2 E3
Exemplo:
Dado o diagrama unifilar abaixo, representá-lo num diagrama de reatâncias em “pu”.
13,8 kV 138KV
T1
G1 1 138kV
T3
LT
3 G3
T2
G2 2
Dados: G1: 100 MVA, j0,2 pu ; G2: 50 MVA , j0,2 pu ; G3: 50 MVA , j1,0 pu ; 6,6KV
T1=T2: 75 MVA, j0,1 pu ; T3: 50 MVA , j0,1 pu ; XLT = 0,8 Ω/mi , L = 50 mi.
25
26
V– ESTUDOS DE CURTO-CIRCUITOS EM SEP’s
V.1- Introdução.
V.2.1- Introdução
26
27
1
2
I’sc
c I’’sc
L1 c
L2
Ao resto do
sistema Ao resto do
sistema
CB CB
1 2
3
O curto
ocorre aqui
A tensão na barra V3 anterior à falta, medindo cerca de 100% , ou seja, 1,0 pu cairá
instantaneamente a zero. As partes do sistema à esquerda e à direita, que supomos conter
fontes ativas, irão imediatamente começar a alimentar a falta com as correntes de falta I’sc
e I’’sc por meio das barras 1 e 2. O valor dessas correntes será determinado pela força
dessas barras e pela impedância das linhas L1 e L2. Em geral tais correntes atingirão
valores muitas vezes superiores às correntes normais das linhas, e os disjuntores CB1 e
CB2 serão comandados para abrir, por intermédio dos sensores (relés de proteção), a fim
de isolar a barra com falta.
27
28
Se a tensão for medida em KV entre linhas e a corrente em KA por fase, a SCC será
dada em MVA trifásicos.
Logo;
SCC = 3 Vpré − falta × I pós − falta MVA
Nota: Sendo a tensão de pré-falta cerca de 1,0 pu, então podemos escrever a seguinte
relação aproximada: SCC ≈ I pós − falta pu MVA .
O curto
ocorre aqui
Com os disjuntores CB1 e CB2 abertos, o sistema divide-se em duas partes. Nessa
configuração, as barras 1 e 2 têm os seguintes MVA de curto-circuito:
SCC1 = 8,0 pu MVA e SCC 2 = 5,0 pu MVA . As impedâncias das linhas L1 e L2 são 0,3
pu cada uma. Se agora fecharmos os dois disjuntores, como isso afetará as capacidades de
curto-circuito das barras 1 e 2, e qual será a força da barra 3? Admitimos que todas as
impedâncias sejam puramente reativas.
L1 L2
E1 = 1,0 pu E2 = 1,0 pu
28
29
V.3- Componentes Simétricas
V.3.1- Introdução.
A resolução de redes trifásicas equilibradas (isto é, com impedâncias iguais nas três
fases) submetidas a excitações balanceadas simétricas (isto é, com tensões de fase iguais
em módulo, defasada de 120° uma das outras) é bastante facilitada pela simetria existente.
Assim, é suficiente considerar apenas uma das fases dos circuitos componentes, proceder
ao cálculo das grandezas correspondentes a esta fase, e a seguir as demais grandezas
poderão ser imediatamente obtidas bastando realizar rotações de fase convenientes.
Va0 , Vb0 , Vc0 , ....... , Vn0 => conjunto de n fasores de seqüência zero (defasados de 0.θc em fase)
Va1 , Vb1 , Vc1 , ....... , Vn1 => conjunto de n fasores de seqüência 1 ou positiva (defasados de 1.θc)
Va2 , Vb2 , Vc2 , ....... , Vn2 => conjunto de n fasores de seqüência 2 (defasados de 2.θc)
Va3 , Vb3 , Vc3 , ....... , Vn3 => conjunto de n fasores de seqüência 3 (defasados de 3.θc)
. . . . .
. . . . .
Va(n-1), Vb(n-1), Vc(n-1), ... , Vn(n-1) => conjunto de n fasores de seqüência (n-1) ou negativa (defasados
de (n-1).θc)
Onde θc é o ângulo característico do sistema, sendo dado por 2π/n, ou seja;
29
30
2π
θC = ,
n
Então,
Va = Va0 + Va1 + Va2 + Va3 + .... + Va(n-1)
Vb = Vb0 + Vb1 + Vb2 + Vb3 + .... + Vb(n-1)
Vc = Vc0 + Vc1 + Vc2 + Vc3 + .... + Vc(n-1)
. . . . . . .
. . . . . . .
. . . . . . .
Vn = Vn0 + Vn1 + Vn2 + Vn3 + .... + Vn(n-1)
Seqüência negativa
Seqüência positiva
Seqüência zero
balanceados
Fasores não
n fasores n2 fasores
VA W VA1 W
VA0 VB0 VC0 VD0 VD1
VB
1.θC
VC 0.θC
VD3
2.θC 3.θC VB3
Nota-se que são 16 variáveis a serem determinadas. Porém, podemos escrever os fasores
VB, VC e VD em função das componentes simétricas de VA, reduzindo-se o número de
variáveis a calcular de 16 para 04, utilizando-se um operador a = 1 θC , que causa uma
rotação de θC ou seja de 90°, no sentido positivo ou anti-horário para o nosso exemplo,
como segue:
VA 1 1 1 1 VA 0 1 1 1 1
V 1 a −1 1 a −1 a −3
a −3 VA1
−2 −2
a a É a Matriz de Transformação
B = . , onde
VC 1 a −2 1 a −2 VA 2 1 a − 2 1 a −2 de Fortescue.
−3
VD 1 a
−3
a −2
a −1 VA 3 1 a a −2 a −1
VA 0 1 1 1 1 VA 1 1 1 1
V a 3
a 3 VB
2
a2 1 1 a a É a Matriz Inversa de
A1 = 1 1 a . , onde
VA 2 4 1 a 2 1 a 2 VC 4 1 a 2 1 a2 Transformação de Fortescue.
3
VA3 1 a
3
a2 a VD 1 a a2 a
VC 31
32
Que pode ser decomposto em três sistemas equilibrados de seqüências zero, positiva e
2π
negativa, mostrados a seguir, sendo o ângulo característico, portanto θ C = rad ou 120° .
3
W W
W W
VC1
VA2
VA VB
VA1
1 1 1 1 1 1
Chamando de T = 1 a −1 a − 2 ou T = 1 a 2
a , a Matriz de Transformação de Fortescue
1 a − 2 a −1 1 a a 2
1 1 1
1
T −1
= 1 a a 2 , que nos permite calcular as componentes simétricas em função dos
3
1 a 2 a
32
33
VA 0 1 1 1 VA VA0 = 1/3 ( VA + VB + VC )
V = 1 1 a a 2 . VB , ou
A1 3 VA1 = 1/3 ( VA + a .VB + a2.VC )
VA 2 1 a 2 a VC VA2 = 1/3 ( VA + a2.VB + a .VC )
Aplicações:
1-Dada as tensões VA = 120∠0° , VB = 380∠ − 90° e VC = 380∠90° , decompô-la em
componentes simétricas.
3-Um condutor de uma linha trifásica está aberto. A corrente que circula para uma carga
conectada em triângulo por meio da linha A é de 10 A. Tomando a corrente da linha A
como referência e considerando que a linha C está aberta, achar os componentes
simétricos das correntes de linha.
33
34
b) Defeitos que introduzem assimetria no sistema (por exemplo um curto-circuito
entre uma fase e terra ou entre duas fases, interrupção de uma fase, etc.)
Zga
Ea
In Zn
Eb
Ec Ib
b
c Zgc Zgb
Ic
Quando ocorre uma falta (não indicado na figura) nos terminais do gerador, as correntes
Ia, Ib e Ic circulam nas linhas. Se a falta envolve a terra, a corrente que circula pelo neutro
do gerador é designada por In. Uma ou duas correntes de linha podem ser nulas, porém as
correntes podem ser decompostas em seus componentes simétricos independentemente do
quanto estejam desequilibradas.
Ib2 a
c b
Z2 Z2 Ia2
Va2 = – Ia2.Z2
Ic2
Obs.: Qualquer que seja o tipo de falta assimétrica que ocorra nos terminais de um gerador
pode-se escrever e aplicar as seguintes equações para as redes de seqüência:
Va0= - Ia0.Z0 Va 0 0 Z 0 0 0 I a0
Va1= Ea – Ia1.Z1 , que na forma matricial, fica => Va1 = E a − 0 Z1 0 . I a1 .
Va2= - Ia2.Z2 Va 2 0 0 0 Z 2 I a 2
35
36
a
Ia
Zga
Ia = In Ea
Zn
Eb
Ib
Ec
c Zgc b
Zgb
Ic
I a0 1 1 1 I a
1
I = 1 a
a1 3 a 2 . 0 , o que implica em Ia0 = Ia1 = Ia2 = Ia/3
I a 2 1 a 2 a 0
Va 0 0 Z 0 0 0 I a1
V = E − 0 Z1 0 .I a1
a1 a
Va 2 0 0 0 Z 2 I a1
Ea
0 = Ea – Ia1(Z1 + Z2 + Z0) => I a1 = , onde I a = 3I a1
Z1 + Z 2 + Z 0
36
37
Exemplo1 : Um gerador de pólos salientes sem amortecedores tem os valores nominais
de placa de 20 MVA, 13,8 KV e uma reatância subtransitória de eixo direto de 0,25 pu. As
reatâncias de seqüência negativa e zero são, respectivamente, de 0,35 e 0,10 pu. O neutro
do gerador está solidamente aterrado. Determine a corrente subtransitória no gerador e as
tensões de linha em condições subtransitórias quando ocorre uma falta fase-terra simples
nos terminais do gerador, quando este está operando sem carga com tensão nominal.
Despreze as resistências.
a
Ia
Zga
Ea
In = 0 Zn
Eb
Ec
b Ib
c Zgc Zgb
Ic
Va 0 1 1 1 Va
V = 1 1 a a 2 . Vb , o que implica em Va1 = Va2 .
a1 3
Va 2 1 a 2 a Vb
I a0 1 1 1 Ia
I = 1 1 a a 2 . − I c , o que resulta Ia0 = 0 e Ia2 = - Ia1
a1 3
I a 2 1 a 2 a I c
37
38
Nota: Com uma conexão entre o neutro do gerador e a terra, Z0 será finito e assim
Va0 = 0 desde que Ia0 = 0.
Substituindo nas equações das redes de seqüência as condições das componentes de
corrente e de tensão, anteriormente estabelecidas, vem:
0 0 Z 0 0 0 0
V = E − 0 Z1 0 . I a1
a1 a
Va1 0 0 0 Z 2 − I a1
Como Va1 = Va2 => Ea – Ia1.Z1 = Ia1.Z2 , que explicitando Ia1, fica:
Ea
I a1 =
Z1 + Z 2
Considere o diagrama a seguir de um gerador em vazio, para uma falta entre duas fases e
terra (b e c), sendo o mesmo ligado em Y e neutro aterrado através de uma reatância:
38
39
a
Ia
Zga
Ea
In Zn
Eb
Ec Ib
b
c Zgc Zgb
Ib + Ic = In
Ic
Va 0 1 1 1 Va
V = 1 1 a a 2 . 0 , onde Va0 = Va1 = Va2 = Va/3.
a1 3
Va 2 1 a 2 a 0
E I Z E I Z
E que Va0 = Va1 => I a0 = − a + a1 1 , e Va2 = Va1 => I a 2 = − a + a1 1 ,
Z0 Z0 Z2 Z2
E I Z E I Z 1
− a + a1 1 + I a1 − a + a1 1 = 0 => I a1 =
Z0 Z0 Z2 Z2 Z Z
Z1 + 2 0
Z2 + Z0
39
40
VI- Impedâncias de seqüência dos componentes do SEP
VI.1-Transformadores de dois enrolamentos.
São obtidas através dos ensaios de curto-circuito e circuito a vazio.
- Seqüência positiva e negativa:
Xdispersão
Xdispersão = X1 = X2
Seqüência zero
Caso A: Permissão de fluxo de I0 => X0 = X1 = X2
Caso B: Não permissão do fluxo de I0.
No caso A, a ligação de X0 no diagrama (sistema) depende da ligação dos enrolamentos
do transformador. Vejamos como efetuar a ligação de X0 no diagrama de seqüência zero.
1º-Colocar uma chave h e uma chave V em cada enrolamento do transformador em
questão, conforme a seguir:
Xdispersão
h h
V Xmagnetização V
Ref.
40
41
2º-Se I0 puder circular entre as fases e um neutro (ou terra) fecha-se a chave h, ou seja,
se o enrolamento for,
41
42
E E → valor eficaz da tensão de fase a neutro nos terminais do
X" = , sendo
I" gerador, antes do curto-circuito.
I"MAX I" → valor eficaz da corrente de curto-circuito do período
I" = subtransitório em regime permanente.
2
VI.3-Linhas de transmissão
Para as linhas de transmissão, existem técnicas para calcular as impedâncias de
seqüência.
X1 = X2; X0 ≠ X1 => X0 > X1, sendo [X0 ≅ (2 a 4 vezes)X1]
VII.1- Introdução
Para a dedução das equações para as componentes simétricas de correntes e tensões em
um ponto do SEP durante uma falta, designaremos por Ia, Ib e Ic as correntes que saem
do sistema originalmente equilibrado para a falta, respectivamente, das fases a, b e c.
42
43
Veja a figura:
a
Ia
b
Ib
c
Ic
As tensões de falta no local da falta serão designadas por Va, Vb e Vc. A tensão de fase
da fase A antes da ocorrência da falta, no local de falta, será chamada Vpf, que é uma
tensão de pré-falta.
1
T T2
P LT
3
Este sistema é suficientemente geral para que as equações deduzidas a partir dele sejam
aplicáveis a qualquer sistema equilibrado, independentemente de sua complexidade. O
ponto P no diagrama indica o local de ocorrência da falta.
Uma vez identificado o tipo de falta, devemos traçar as redes de seqüência positiva,
negativa e zero, e representar os circuitos equivalentes de Thévenin visto do ponto de falta
e a barra de referência, como segue:
E1 E2 E3 Vpf
Vpf Va1
Z1
P
P Ia1
Ia1
43
44
Equivalente de Thévenin
Rede de seqüência negativa. da rede de seqüência.
negativa
Va2
Z2
P
P Ia2
Ia2
Equivalente de Thévenin
Rede de seqüência zero. da rede de seqüência zero.
Va0
Z0
P
P Ia0
Ia0
Va 0 0 Z 0 0 0 I a 0
V = V − 0 Z1 0 . I a1
a1 p f
Va 2 0 0 0 Z 2 I a 2
Como exemplo, considere os seguintes dados para o sistema elétrico anterior dado:
G1 = G2: 30 MVA, 18 kV, X” = 20% ; G3: 50 MVA, 13,8 kV, X” = 20% ;
T1: 70 MVA, 18/138 kV, X = 10%; T2: 50 MVA, 13,8/138 kV, X = 10% ;
XLT = j100 Ω.
Calcule a corrente de curto-circuito trifásica e de fase-terra no ponto P.
A
Ia
B
Ib
C
Ic
I Vpf
Ia1 = Ia2 = Ia0 = a , onde I a1 =
3 Z1 + Z 2 + Z 0
Estas equações ratificam que as três redes de seqüência devam ser conectadas em série
através do ponto de falta, de modo a simular uma falta fase-terra simples.
B
Ib
C
Ic
A
Ia
B
Ib
C
Ic
In
Estas equações ratificam que as redes de seqüência devam ser conectadas em paralelo
no ponto de falta, de modo a simular uma falta fase-fase-terra.
A, B,C E
I sc 3φ =
Z1
46
47
A
2ª) Curto-circuito assimétrico (Fase-Terra) => (I sc1φ − T )
A 3× E
I sc1φ − T =
Z1 + Z 2 + Z 0
B
3ª) Curto-circuito assimétrico (Dupla fase) => ( I sc 2φ )
B E
I sc 2φ = (a 2 − a )
Z1 + Z 2
B
4ª) Curto-circuito assimétrico (Dupla Fase-Terra) => (I sc 2φ − T )
B
B I sc 3φ Z1 2 Z0
I sc 2φ − T = − K + a − aK ; onde K =
1+ K Z0 Z1 + Z 0
A A
2º Caso : Para Z 0 < Z 1 => I sc1φ − T > I sc 3φ ; que é o caso mais comum devido a
presença de transformadores delta – estrela aterrado.
B
B I sc 3φ B B
Onde, I sc 2φ = − j0,866. => I sc 2φ < I sc 3φ
1
47
48
VIII.3- Comparação entre o curto dupla fase-terra e o trifásico
Fazendo Z 1 = Z 2 e considerando os diagramas de seqüências a seguir, tem-se:
1
I sc 2φ − T
2 0
E I sc 2φ − T I sc 2φ − T
V
Z1 Z2 Z0
1 Z .Z K
V = I sc 2φ − T × 1 0 => V = I sc 3φ .Z1
Z1 + Z 0 1+ K
2 V 2 K
I sc 2φ − T = − => I sc 2φ − T = − I sc 3φ
Z1 1+ K
0 V 0 K Z
I sc 2φ − T = − => I sc 2 φ − T = − I sc 3φ 1
Z0 1+ K Z0
1 I sc 3φ
I sc 2φ − T =
1+ K
B 0 1 2
Sabendo que I sc 2φ − T = I sc 2φ − T + a 2 I sc 2φ − T + aI sc 2φ − T , e substituindo cada componente de
seqüência da corrente, anteriormente explicitadas em função da corrente de curto-circuito
trifásica, temos:
B
B I sc 3φ Z1 Z0
I sc 2φ − T = − K + a 2 − aK ; onde K =
1+ K Z0 Z1 + Z 0
48
49
B
1º Caso : Para Z 1 = Z 0 => I sc 2φ − T = I sc 3φ
B
2º Caso : Para Z 0 → 0 => I sc 2φ − T = 3 I sc 3φ
ou
Suponhamos, agora, uma variação de corrente na barra “q”, representada por ∆I q , ou;
Logo;
0 VBUS o + ∆VBUS = Z BUS ( I BUS o + ∆I BUS )
.
VBUS o + ∆VBUS = Z BUS I BUS o + Z BUS ∆I BUS
∆I BUS = ∆I q VBUS o − Z BUS I BUS o + ∆VBUS = Z BUS ∆I BUS
. 0 + ∆VBUS = Z BUS ∆I BUS
0
∴∆VBUS = Z BUS ∆I BUS ⇒ Estudo só as var iações.
Escalarmente vem:
. . . . . . . . .
= Z ⇒
∆ V q q1 Zq 2 . Z qq . Z qN ∆I q ∆Vq = Z qq .∆I q
. . . . . . . . .
N Z N1
∆ V ZN2 . Z Nq . Z NN 0 ∆VN = Z Nq .∆I q
Exemplo:
Dada a configuração abaixo, determinar ZBUS.
1 j1 2
j1
j1 j1
50
3
51
a) Injetando uma fonte de corrente de 1,0 pu na barra 1, temos:
∆V1 1 2
j1 I2-1=0
j1 I1=1,0
∆V2
I3-2=0
1,0 pu I3-1=0
j1 j1
1,0 pu 3
∆V3
∆I1 = 1,0 pu
∆V1 = Z11.∆I1 = j1.1 = j1 => Z11 = j1 pu
∆V2 = Z21.∆I1 = j1.0 + j1.1 = j1 => Z21 = j1 pu
∆V3 = Z31.∆I1 = j1.0 + j1.1 = j1 => Z31 = j1 pu
I3-2= 1/3
∆V1 1,0 pu
I3-1= 1/3
j1 j1
3
∆V3
∆I 2 = 1,0 pu
∆V1 = Z12.∆I2 = j1.1 = j1 => Z12 = j1 pu
∆V2 = Z22.∆I2 = j1.2/3 + j1.1 = j5/3 => Z22 = j5/3 pu
∆V3 = Z32.∆I2 = j1.1/3 + j1.1 = j4/3 => Z32 = j4/3 pu
I3-2= 1/3
∆V1
I3-1= 2/3
j1 j1
3
∆V3 1,0 pu
51
52
∆I 3 = 1,0 pu
∆V1 = Z13.∆I3 = j1.1 = j1 => Z13 = j1 pu
∆V2 = Z23.∆I3 = j1.1/3 + j1.1 = j4/3 => Z23 = j4/3 pu
∆V3 = Z33.∆I3 = j1.2/3 + j1.1 = j5/3 => Z33 = j5/3 pu
Portanto,
1 1 1
Z BUS
= j1 5 / 3 4 / 3
1 4 / 3 5 / 3
52
53
Temos ainda que:
1
∴ VKPÓS = 1 − Z Kq .I q = 1 − Z Kq .
V1PÓS − 1 = − Z1q .I q Z qq
PÓS
V2 − 1 = − Z 2 q .I q
Z qq − Z Kq
. Logo: VK
PÓS
=
Z qq
.
PÓS
VK − 1 = − Z Kq .I q
Z qq − Z lq Z qq − Z mq
−
VlPÓS − VmPÓS Z qq Z qq Z mq − Z lq Z mq − Z lq
i lm = = = ∴ i lm =
z lm z lm z lm .Z qq z lm .Z qq
Exemplos:
1º-Considerando a matriz impedância nodal abaixo, pede-se:
1 2 3 4
Determinar:
a)A corrente de curto-circuito trifásica na barra 3;
b)A corrente de curto-circuito fase-fase na barra 1;
c)Para um curto-circuito trifásico na barra 4, a corrente na linha 1 – 2 (sabe-se que a linha
1 – 2 apresenta impedância de j1 pu);
d) Para um curto-circuito trifásico na barra 4, a corrente na linha 1 – 3 (sabe-se que a linha
1 – 3 apresenta impedância de j1 pu);
e)Para um curto-circuito trifásico na barra 1, a tensão nas barras 3 e 4.
53
54
2º-Considerando o circuito de sequência zero abaixo, obter a matriz Z 0,BUS .
Os dados estão em pu. Trabalhe o resultado com quatro casas decimais.
J 0,050 J 0,025
J 0,050 J 0,025
1 J 0,20 2
J 0,20 J 0,20
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