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automação, etc.. Certamente, se uma embalagem deve servir para mais de um
produto, alguns ficarão com espaço sobrando, enquanto poucos caberão mais
justamente. O problema geral é o de minimizar a quantidade de embalagens
para todos os produtos, minimizando também as folgas inevitáveis. Não
temos, ainda, uma solução matemática, determinística, desse problema,
apesar de o mesmo ter já sido apresentado a diversos estudantes e
professores de computação e matemática. Talvez por termos uma solução
heurística que já se mostrou satisfatória.
A solução heurística envolve, primeiro, a criação de embalagens ideais
para cada produto. É possível, mesmo, que determinado produto tenha mais
de uma embalagem adequada, com a variação de posições ou arranjos, por
exemplo. Assim, para os meus cem produtos originais, posso ter 130 ou 140
embalagens ideais. O passo seguinte, é o de alinhar todas as embalagens por
ordem de altura, de forma que possa introduzir pontos de cesura, separando
diferentes grupos: o grupo das caixas mais altas, das menos altas, das médias,
das menos baixas e das mais baixas, por exemplo. Vamos, então, trabalhar
com cada grupo, plotando em um gráfico o comprimento e a largura de cada
caixa.
L L
X
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Poderia ser adotado o critério de
L
um limite de comprimento e outro de
largura para a folga admissível. Então,
sobre o gráfico, poderiam ser
posicionados retângulos com essas
dimensões limite, estudando-se o melhor
posicionamento. C
As nove caixas seriam substituídas por quatro.
Um refinamento da análise poderia ocorrer com a introdução de uma
classificação de Pareto (ABC) para cada um dos pontos, ou, ao menos, uma
identificação dos pontos correspondentes aos produtos mais importantes, para
os quais as folgas devem ser ainda menores. Tem-se, então, um jogo de
“quebra-cabeça” (portanto o método é heurístico), no qual se procura minimizar
o número de retângulos que cubram todos os pontos. O vértice superior direito
do retângulo corresponde à dimensão da caixa substitutiva. Alguns pontos
isolados são produtos que terão uma caixa só para eles.
Um outro critério de folga admissível poderia ser o de área máxima
perdida. Em lugar de um retângulo, teríamos uma figura parabólica:
L
CxL=k
C
L
Teríamos, nesse caso, cinco
caixas substitutivas, para esse grupo de
altura, em lugar das nove originais.
Faz-se, a seguir, um reajuste das
alturas de cada caixa.
C
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Eventualmente, as dimensões ideais de paletização (norma IPT-NEA 52
PD) também podem ser plotadas nesse jogo.
CAIXAS AJUSTÁVEIS
Caixas telescópicas, de papelão, podem ter uma tampa que se ajusta ao
fundo e se apóia no produto embalado (desde que este suporte empilhamento),
ficando a altura da embalagem determinada pela altura do produto. Bobinas de
diferentes larguras, formulários contínuos com diferentes números de cópias,
por exemplo, fazem uso desse sistema. Caixas com vincos múltiplos nas abas
da tampa também podem ter altura ajustável.
SISTEMAS DE MODULAÇÃO
Um quadro mais complexo é o da necessidade de se colocar diferentes
produtos em uma mesma caixa, simultaneamente. Isso ocorre em sistemas de
distribuição por encomenda, de consumidores (Avon) ou das lojas (C&A,
Pernambucanas), ou no projeto de embalagens para peças sobressalentes
(como o que realizamos para a antiga Engesa). Neste caso, não há uma
solução que possa ser baseada nas dimensões dos produtos. O referencial
externo passa a ser dominante. As dimensões do palete, ou as do contêiner
(no caso das grandes caixas de madeira para as peças sobressalentes), são
base para um sistema de modulação.
Os sistemas de modulação geralmente implicam grandes folgas,
grandes perdas de espaço. Um sistema de modulação pode ser pensado em
que apenas uma das dimensões é modulada. Para aproveitamento da altura
do caminhão, posso ter caixas com alturas moduladas, de forma a obter uma
certa regularidade do empilhamento.
Não interessa, naturalmente, um
bom aproveitamento do espaço pela
embalagem, mas sim pelo produto contido.
Para que não haja grande perda de espaço
dentro da embalagem padronizada, essa
padronização tem que ser muito bem
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estudada, em função das dimensões dos
produtos embalados.
Um separador rígido pode ser
colocado entre um e outro módulo de
empilhamento, para melhor distribuição das
cargas de compressão.
O caso mais geral de aproveitamento do referencial externo é o da
adequação da embalagem ao palete. A norma IPT-NEA 52 PD indica as
dimensões de caixas e arranjos das mesmas em paletes ISO de 1100 x 1100 e
1000 x 1200mm. A ISO especifica a dimensão de 1140 x 1140mm, mais
adequada ao contêiner, mas a de 1100 x 1100 é mais usual, especificada pela
ANSI e norma australiana.
Além dos paletes padrão ISO, o IPT propõe, com base em experiência
observada em diversos países da Europa, o conceito de “meio palete”. Com
dimensões de 1000 x 600mm, é adequado à movimentação manual por garfo
rodante Radicalizando esse conceito, foi proposto o “minipalete” de 600 x
500mm, como visto ao tratarmos da Movimentação. Essas propostas, do meio
e do minipalete, implicam a modulação de embalagens com o módulo de 600 x
500mm.
Os sistemas de modulação mais usados estão baseados nas dimensões
de 600 x 400mm e de 600 x 500mm. O primeiro é mais usado, pois foi um
sistema pioneiro, criado por empresas européias que tinham como referência o
palete Europa, de 1200 x 800mm, embora sirva também para o de 1200 x
1000mm. O segundo é adequado aos paletes de 1100 x 1100 e de 1200 x
1000mm. O segundo apresenta ainda as vantagens de menor custo por
volume de capacidade e melhor aproveitamento volumétrico no transporte de
caixas vazias, como vemos a seguir.
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ou duas caixas dentro de outras duas. Com isso, posso usar dois caminhões
em vez de três, em muitos casos. Para isso, no entanto, é preciso que as
caixas tenham determinadas dimensões, que permitam esse aproveitamento.
DIMENSIONAMENTO VOLUMÉTRICO
Um caso bastante comum de dimensionamento em função do produto
ocorre quando este não tem dimensões estabelecidas, mas um volume. Pode
haver, então, uma preocupação em minimizar a quantidade de material de
embalagem, ou seu custo. Para caixas de papelão usuais, por exemplo,
codificadas pela NBR 5980, são as seguintes as relações entre as dimensões
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de comprimento C, largura L e altura A que resultam em mínima área de
material para dado volume:
tipo relação
0201 C = 2L = A
0203, 0206 2C = 4L = A
0204 C=L=A
0301 C = L = 4A
0320 C = 2L = A
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com tambores de aço de 200 litros: a dificuldade de colocá-los em um
contêiner. Esses tambores têm diâmetro externo de aproximadamente 600mm
sobre os anéis de reforço, e o contêiner tem largura interna da ordem de
2340mm. O jeito é adotar um palete especial, com ressaltos que elevam dois
tambores em relação aos dois outros, fazendo desencontrarem-se os anéis de
reforço, o que também melhora a distribuição de esforços localizados,
reduzindo amassamentos.
largura
comprimento
altura
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Para controlar as medidas da caixa de papelão, a mesma deve ser
colocada sobre uma mesa plana e sobre ela deve ser colocada uma régua
pesada. Mede-se a distância da régua à mesa, nas três posições,
determinando-se, assim, as dimensões externas da caixa. Pode-se verificar,
também, o esquadramento. Para determinar as dimensões internas, basta
subtrair as espessuras. Este procedimento é melhor que o que usa calibres
milimétricos ajustáveis.
É um erro especificar as dimensões da caixa de papelão pelas
distâncias entre vincos. Certamente, quando é uma caixa tipo corte-e-vinco,
com forma complexa, a especificação deve conter um desenho com todas as
cotas e o controle da qualidade pode verificar a conformidade a esse desenho.
A especificação de dimensões deve apresentar uma tolerância, isto é, o
desvio máximo admitido em relação a uma medida nominal. Para caixas tipo
corte-e-vinco, produzidas com matrizes que não sofrem deformações, a
tolerância pode ser de ±1mm a ±2mm para caixas maiores. Para caixas de
produção em linha, com rolos de corte e de vinco, uma tolerância de ±0,5% é
razoável.
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