Objeto da prova

A matéria da prova, vê-se regulada no Livro III do CPP, e é um dos elementos mais
importante do processo penal para perseguir o seu objetivo, a descoberta da verdade
material, e não a impossível ontológica. Esta busca deve atender, claro, ao respeito
pelos princípios e direitos constitucionalmente consagrados, porque havendo alguém
que está a ser julgado pelo Estado, em sentido lato, deve ter todas as armas possíveis
para se defender.
Por conseguinte, a prova para o homem médio, tem apenas um significado muito
simbólico, e singular. Contudo, especialmente no processo penal, onde ao lado do civil,
a prova releva de forma particular, esta assume vários conceitos e significados,
adotando especial relevância dependendo da fase em que o processo se encontra.
Exemplos dos vários significados de prova, é prova enquanto atividade probatória;
prova como meio de prova; prova como resultado etc.
Importa então aludir, num primeiro patamar, á distinção entre indício e prova, que
representam realidades diferentes. O indício encontra-se num patamar de probabilidade,
e são factos “Que embora não demonstrando a existência histórica do factum
probandum, demonstram outros factos, os quais, de acordo com as regras da logica da
experiência, permitem tirar ilações quanto ao facto que se visa demonstrar.”1
Diferentemente a prova, (“…é a demonstração da realidade dos factos e é um juízo
de certeza”2, e tem como finalidade levar á formação da convicção do juiz acerca dos
elementos essenciais para o julgamento do litígio.
Dentro do enorme campo, que é o objeto do processo encontra-se o objeto da prova,
que se vê plasmado no Art.124º CPP, cuja definição, encontramos no n1 deste artigo:

1
Paulo Saragaçosa da Matta (advogado) em” jornadas do Direito processual penal e Direitos
Fundamentais”.
2
Cavaleiro Ferreira em “Curso de processo penal”